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Entendendo a insuficiência adrenal


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Entendendo a insuficiência adrenal 
A insuficiência adrenal é uma condição caracterizada por uma deficiência absoluta ou relativa da
produção de cortisol adrenal. Entendendo melhor as causas e manifestações da insuficiência adrenal,
pesquisadores procuram facilitar o diagnóstico, aprimorar os tratamentos disponíveis e aumentar a
qualidade de vida dos pacientes. 
Sinais e sintomas
Os sintomas da insuficiência adrenal são inespecíficos, muitas vezes negligenciados ou mal
diagnosticados. Estão relacionados com falta de cortisol, precursores androgênicos adrenais e
aldosterona. 
Os sinais e sintomas clínicos estão relacionados à respectiva deficiência hormonal. Muitas vezes, a
deficiência é manifestada gradualmente durante um longo período de tempo. Os principais sintomas
associados especificamente à deficiência de cortisol incluem fadiga, hipotensão e perda de peso.
Contudo, esses sintomas são inespecíficos e muitas vezes levam a atrasos e erros de diagnóstico.
Entendendo as classificações 
Na insuficiência adrenal primária, todas as zonas adrenocorticais são afetadas, resultando na deficiência
de todos os hormônios adrenocorticais.
Na insuficiência adrenal secundária, que é a mais frequente, a secreção hormonal especificamente da
zona fasciculada e da zona reticular é prejudicada devido à falta de estimulação do ACTH. A secreção
de aldosterona da zona glomerulosa permanece intacta.
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Um desequilíbrio entre demanda e disponibilidade de glicocorticoides pode resultar em crise adrenal.
Este estado é caracterizado por uma resposta imune modificada devido à falta de imunomodulação
mediada por glicocorticoides. Leva ao aumento das citocinas inflamatórias e ativa ainda mais as vias
pró-inflamatórias. 
Diagnóstico da insuficiência adrenal
O diagnóstico da insuficiência adrenal é baseado na medição dos hormônios corticosteroides adrenais e
de seus hormônios peptídicos reguladores. Cortisol sérico matinal <140 nmol/l (5 μg/dl) em combinação
com níveis aumentados de ACTH, duas vezes o limite superior normal, confirma o diagnóstico de
insuficiência adrenal primária.
O teste de tolerância à insulina é considerado pela maioria dos médicos como o teste padrão de
referência para confirmar o diagnóstico de insuficiência adrenal secundária. É descartada se os valores
de pico de cortisol sérico no teste de tolerância à insulina atingirem pelo menos 550 nmol/l.
Tratamento e conscientização
Além da terapia padrão com hidrocortisona, novas formulações e modos de administração projetados
para melhor imitar o ritmo circadiano fisiológico do cortisol estão sendo avaliados em ensaios clínicos.
Os objetivos mais importantes do tratamento incluem atingir o regime de dosagem ideal de
glicocorticóide, melhorar a qualidade de vida do paciente e o desempenho na vida diária, evitar os riscos
de reposição excessiva (especificamente síndrome metabólica, doença cardiovascular e osteoporose) e
prevenir a mortalidade, principalmente por crise adrenal.
A conscientização sobre a insuficiência adrenal primária é fundamental, uma vez que a maioria dos
pacientes é diagnosticada apenas após anos de sintomas como fadiga, mal-estar, tontura postural,
náusea e perda de peso. Os sintomas são frequentemente atribuídos a outras causas.
Referência
Hahner, Stefanie et al. “Adrenal insufficiency.” Nature reviews. Disease primers vol. 7,1 19. 11 Mar. 2021,
doi:10.1038/s41572-021-00252-7
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https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33707469/
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