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HPV EPIDEMIOLOGIA INTRODUÇÃO O HPV corresponde ao vírus do papiloma humano, que costuma atingir a pele e mucosas vindo futuramente a causar verrugas ou lesões, podendo em alguns casos evoluir para câncer, sendo os principais deles câncer de útero, garganta e ânus. Cerca de 80 a 90% da população certamente já entrou em contato com o vírus em algum momento de sua vida, mesmo que não tenha desenvolvido lesões, mas é importante ressaltar que 90% das pessoas conseguem eliminar o vírus do organismo naturalmente, não apresentando manifestações clinicas. No primeiro contato sexual a cada 10 meninas 1 entra em contato com o vírus do HPV Existem mais de 200 variações do vírus HPV, cerca de 140 deles já foram sequenciados e identificados geneticamente, dentre todos apenas 14 desses podem causar lesões que repercutem a câncer. HPV – Transmissão Sua transmissão ocorre através do contato direto com a pele, fazendo assim com que seja considerada uma doença sexualmente transmissível, cerca de 98% dos casos de HPV são transmitidos através do contato sexual. O que ira diferenciar o HPV das demais doenças sexualmente transmissíveis é que não existe a necessidade da troca de fluidos para que ocorra a transmissão da doença, diferente das demais DSTs. Outras formas de transmissão do vírus HPV são através do contato com verrugas de pele, compartilhamento de roupas intimas ou toalhas e transmissão vertical. HPV – Fatores de Risco São situações que predispõem a infecção pelo HPV e podem ser: Início precoce da relação sexual. No caso das mulheres, a adolescente apresenta o colo uterino juvenil, favorecendo a penetração do vírus. Múltiplos parceiros sexuais. Há risco de infecções múltiplas pelos HPV, bem como outros agentes infecciosos que podem interferir na resposta imunológica à presença do vírus. Fumo. Idade mais jovem (antes dos 25 anos é mais comum). Desnutrição. Interfere na imunidade, levando a persistência da infecção pelo HPV. Outras DTS. HPV - Prevenção A Anvisa licenciou no Brasil, duas vacinas contra o HPV. Uma Quadrivalente (Gardasil). Outra Bivalente (Cervarix). A vacina se baseia no desenvolvimento de partículas semelhantes ao vírus (VLP), onde a principal proteína do capsídeo (L1) é expressa sem o DNA, tornando-se não infectante. A Gardasil é a mais utilizada e contempla os tipos 6, 11, 16 e 18. Ela apresentou excelentes resultados na prevenção de verrugas genitais e câncer. Com eficácia de quase 100% nesses tipos. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a vacina para meninas e mulheres e meninas de 9 a 26 anos de idade. No SUS é oferecida para meninos 12 a 13 anos e meninas entre 9 e 13. Mulheres e homens com HIV também tem direito a vacina. A imunização dura no mínimo 5 anos. Mas NÃO tem eficácia se o indivíduo já entrou em contato com o vírus. HPV – Sinais e Sintomas O vírus do HPV normalmente não apresenta sintomas, a menos que o tipo do vírus que o indivíduo se contaminou cause verrugas. Nesse caso o principal sintoma do vírus HPV é o surgimento de verrugas ou lesões na pele que normalmente se localizam na região genital. A verruga ou lesões provocada pelo vírus correspondem a uma mancha branca ou acastanhada que em alguns casos podem vir a coçar, é importante ressaltar que essas lesões podem também não ser visíveis a olho nu, sendo necessária a solicitação de exames como colonoscopia, vulvoscopia e peniscopia. No organismo feminino: as lesões costumam se desenvolver na vulva, vagina ou colo do útero Na genitália masculina: O pênis é o local mais comum para aparecimento do HPV Mas também existem locais em comum para se desenvolver em ambos os gêneros, sendo eles: Anus, garganta, boca, pés e mãos HPV – Sinais e Sintomas Fonte: http://www.suburbioonline.com/hpv-pode-provocar-cancer-de-penis-anus-e-boca-virus-pode-ser-transmitido-pelo-contato-com-pele/ HPV – Tratamento O objetivo principal do tratamento é a remoção das lesões condilomatosas, não a eliminação do vírus. Isso leva a cura da maioria dos pacientes. Ele pode ser feito com: Acido Tricloroacético 30% a 50%. Podofilotoxina 0,05%. Nitrogênio Liquido. Imiquimod 5%. Cirurgia a laser (eletrocoagulação ou crioterapia). O uso da cirurgia é mais satisfatório e menos traumático. E é recomendado quando existe câncer, quando as lesões são muito graves, ou o paciente tem tendência á sangramentos. Se deixados sem tratamento os condilomas podem desaparecer, não sofrer alteração, ou aumentar em tamanho e número. HPV – Prevalência e Incidência Cerca de 41% de um total de 3.210 pessoas entre homens e mulheres procuram atendimento no SUS. O vírus é altamente prevalente na população feminina, cerca de 80% de casos. Os dados estatísticos indicam que a incidência desse tipo de infecção vem aumentando quase todo o mundo. Cerca de 10 a 20% da população sexualmente ativa tenha infecção de HPV. Os jovens estão apresentando um numero maior dessa infecção, entre 20 a 40 anos e com incidência entre 20 a 24 anos, tanto na população feminina quanto na masculina. HPV – Surto e Epidemia HPV é a epidemia do século XXl, alerta infectologista Hayden Ricardo. O Brasil é o primeiro colocado quando se fala em câncer de pênis por HPV, e em segundo por cólon de útero. É a quarta maior causa de morte por câncer entre as brasileiras. Estima-se que 25% das mulheres sexualmente ativas estejam infectadas pelo HPV. Segundo um levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2016 cerca de 16.340 mulheres receberam o diagnóstico da doença e 5.430, morreram por causa dela no país. HPV - Equipe Multidisciplinar Papel da Equipe Multidisciplinar: Com uma equipe multiprofissional cada integrante irá atuar de acordo com seu nível de competência específico, não sobrecarregando ninguém. Desta forma existe uma melhora na qualidade do serviço e o alcance de melhores resultados. O Nutricionista: O Sistema Imunológico fortalecido é parte determinante na cura do HPV. Após a destruição das lesões (verrugas vaginais), duas mulheres em 100 casos podem apresentar a volta da doença, nesses casos a melhor forma de combater a doença é fortalecer o sistema imunológico da paciente para que suas próprias defesas acabem de vez com o HPV. Uma das formas de alcançar esse fortalecimento do sistema imunológico será através da alimentação saudável, por isso a orientação do nutricionista é essencial para que o paciente tenha as informações necessárias para adotar uma alimentação mais adequada. HPV - Equipe Multidisciplinar O Enfermeiro: O enfermeiro atua no prevenção, diagnóstico e tratamento do HPV. A principal função do enfermeiro contra o HPV é a prevenção, através de ações de educação em saúde, levando conhecimento a população sobre a doença. Pode também auxiliar no diagnostico identificando lesões suspeitas no exame ginecológicos. E tem atuação no tratamento com as consultas de enfermagem ou visitas domiciliares, consegue esclarecer dúvidas sobre a doença, acolhendo o paciente, respeitando seus sentimentos e medos, formando um vínculo de confiança, onde o paciente retornara à consulta para dar continuidade ao tratamento. Sendo assim será fundamental a participação da enfermagem no combate ao HPV. Bibliografia PASTORE, Karina. Confira Mitos e Verdades Sobre o Vírus HPV. São Paulo, 2017. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2016/11/1836344-epidemia-global-de-hpv-já-infectou.10-milhoes-de-brasileiros.shtml. Acesso em: 17/mar/2017. Hayden, Ricardo. HPV é a epidemia do século XXl, alerta infectologista. São Paulo, 2017. Disponível em: http://www.atribuna.com.br/noticias/detalhe/noticia/hpv-e-a-epidemia-do-seculo-21-alerta-infectologista/?cHash=1a796617755ba5c6167c11468acd34ba. Acesso em: 17/mar/2017. VARELLA, Drauzio. Infecção pelo HPV, o Papilomavírus Humano. São Paulo, 2017. Disponível em: https://drauziovarella.com.br/mulher-2/hpv-papilomavirus-humano-4/. Acesso em: 16/mar/2017. Bibliografia RAMIRES, Rogério. Revista VIVA Saúde, 5 de junho de 2015. São Paulo, 2017. Disponível em: revistaVIVAsaude.uol.com.br. Acesso em: 11/mar/2017. Leto MGP,Santos Jr GF, Porro AM, Tomimori J. Infecção pelo papilomavírus humano: etiopatogenia, biologia molecular e manifestações clínicas. An Bras Dermatol. 2011;86(2):306-17. SATO, Helena; MARQUES, Silvia. Atualidades em Doenças Infecciosas: Manejo e Prevenção. 2* Edição. São Paulo: Atheneu, 2014.
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