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Nódulos Tireoidianos

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Figura 23.1 Nódulos tireoidianos (setas) são um achado bastante comum (prevalência de 3 a 7% à palpação e 20 a 76% à
ultrassonografia). Pelo menos, 90% são benignos.
A grande importância no manuseio dos NT, apesar de a maioria representar lesões benignas, é descartar a possibilidade de
câncer (Ca) da tireoide, que ocorre em 5 a 10% dos casos em adultos e em até 26% em crianças. Esses percentuais não diferem
significativamente se a glândula apresentar um nódulo único ou múltiplos nódulos.8–10
A doença nodular da tireoide, que contempla nódulos solitários e bócio multinodular, é, portanto, um problema clínico
corriqueiro, com etiologias diversas e preponderantemente benignas, mais comum em mulheres, idosos e em regiões com
deficiência de iodo (Quadro 23.1). As causas mais frequentes de NT são cistos coloides e tireoidites (80% dos casos), além de
neoplasias foliculares benignas (10 a 15%) e carcinoma (5 a 10%).2,8–10
O mecanismo de formação de NT é pobremente entendido. Embora o TSH seja o principal estimulador da função celular
tireoidiana normal, seu papel como fator de crescimento na doença nodular é controverso. Outros fatores de crescimento atuam
diretamente nas células foliculares, porém a relação entre esses fatores e o TSH é complexa e ainda pouco compreendida.
Parece que tais fatores estão também envolvidos em mutações que, em muitos casos, determinariam o surgimento da doença
nodular tireoidiana.7–9
Diagnóstico
NT mostram-se, em geral, de evolução insidiosa e assintomática, sendo frequentemente descobertos em exame clínico de
rotina, ou acidentalmente, em avaliações por imagens da região cervical anterior, caracterizando os chamados incidentalomas
tireoidianos. Estes últimos são, geralmente, não palpáveis e têm diâmetro < 1 cm. Estudos com US mostram NT em 13 a 50%
dos pacientes sem anormalidades à palpação cervical.8–10
Quando se detecta um nódulo na tireoide, qualquer que seja o modo de identificação inicial, é fundamental descartar a
possibilidade de neoplasia maligna e caracterizar o status funcional e anatômico da glândula. Essa investigação inclui uma
história clínica completa e um exame clínico cuidadoso, além dos testes de função tireoidiana, exames de imagem e, se
necessário, punção aspirativa com agulha fina (PAAF).10
História clínica
Apesar de a história clínica, na maioria das vezes, não ser sensível ou específica, existem alguns fatores que interferem no
risco para malignidade em NT (Quadro 23.2), entre os quais se destacam:
Sexo: embora nódulos sejam oito vezes mais comuns em mulheres, o risco de malignidade no sexo masculino é duas a três
vezes maior11
Idade: o Ca da tireoide é mais comum em crianças (10 a 26% dos nódulos são malignos) e pessoas idosas, mas a maioria das
lesões nodulares nessa faixa etária é benigna. Nódulos em indivíduos com menos de 20 anos e acima de 70 anos de idade
apresentam maior risco de serem malignos9–10
Quadro 23.1 Principais causas de nódulos tireoidianos.
Bócio coloide ou adenomatoso
Cistos simples ou secundários a outras lesões da tireoide
Tireoidites (Hashimoto, linfocítica, granulomatosa, aguda ou de Riedel)
Doenças granulomatosas
Neoplasias: adenomas, carcinomas, linfomas, tumores raros, lesões metastáticas
Doença tireoidiana policística
Sintomas locais: sintomas como rápido crescimento do nódulo, rouquidão persistente ou mudança da voz e, mais raramente,
disfagia e dor podem indicar invasão tissular local por um tumor. Entretanto, pacientes com Ca de tireoide em geral evoluem
sem sintomas. Lesões benignas mais vascularizadas podem apresentar rápido crescimento e dor em decorrência de
hemorragia intranodular, achado mais frequente em neoplasias benignas, como os adenomas. A disfunção do nervo recorrente
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	Endocrinologia Clinica - Vilar 6 edicao

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