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AULA 3 CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES E COMPETÊNCIAS TEMA 1 – COMPETÊNCIAS É comum ouvirmos falar que certa pessoa tem competência para executar uma determinada tarefa. Mas o que isso significa? O que configura uma pessoa competente? Afinal, o que é competência? O conceito de competência se refere a um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) dos indivíduos que desempenhariam com eficiência e eficácia suas tarefas. O mundo corporativo permite que cada colaborador, com suas competências individuais, exerça bem as atividades pertinentes ao cargo, função e papel na empresa da qual faz parte. A competência é percebida como o estoque de recursos que o indivíduo detém para desempenhar suas tarefas. Figura 1 – As dimensões da competência Fonte: Elaborado com base em Fleury; Fleury, 2001. Habilidade Conhecimento Atitude Competência 2 As dimensões de CHA compreendem: o conhecimento, que é o saber, com o conjunto de informações que uma pessoa pode deter; e a habilidade, que é o saber fazer, sua capacidade de realizar algo. Agora, imagine um cirurgião que tem todo o conhecimento teórico sobre a sua área, mas que não sabe pô-lo em prática? Seria complicado! E se a pessoa tiver conhecimento e habilidade, mas não quiser aplicá-los como preciso? Dizemos, nesses casos, então, que lhe falta atitude. São as características pessoais, algo concernente ao próprio comportamento, que levam as pessoas a realizarem ou não o que elas sabem e como aplicar o que sabem fazer. Gramigna (2007) aborda os elementos de CHA por meio da metáfora da árvore. Em uma árvore, sabemos que a raiz é a base que fixa e alimenta o tronco e esse dá a sustentação às folhas, flores e frutos que ficam na copa da árvore. A raiz corresponde, assim, às atitudes, representa a disposição interna do indivíduo em face de um elemento do mundo externo, que orienta a sua conduta e que mantém as pessoas numa organização. Pode-se dizer ainda que as atitudes estão ligadas às crenças, valores, sentimentos, julgamentos e princípios que levam alguém a ter comprometimento com projetos pessoais e coletivos. O conhecimento é a sustentação dos indivíduos, é o tronco que dá conta do conjunto de informações que se tem e que são armazenadas e utilizadas quando necessário. A copa refere-se à aplicação efetiva dos conhecimentos, são as habilidades adquiridas e disponíveis para a realização do trabalho. 3 Figura 2 – Árvore da competência Habilidades - saber fazer: vivenciar, experimentar e aperfeiçoar os conhecimentos adquiridos Conhecimentos – saber: são as informações, conteúdos teóricos, conceitos Atitudes – saber ser: são os valores, as crenças, opiniões de cada indivíduo e a forma como se porta a respeito. Fonte: Elaborado com base em Gramigna, 2007. Crédito: Stockakia/Shutterstock. De acordo com Nascimento (2014, p. 28), ser competente “[...] é [se] estar habilitado aos objetivos que [se] persegue – ou, simplesmente, alcançar os resultados pretendidos”. A competência é a demonstração de que temos capacidade para realizar algo. Já para Chiavenato (2010), as competências individuais se referem à soma de talentos que as pessoas têm, o que concilia conhecimento, habilidade e atitude com o objetivo de agregar e focar uma tarefa deliberada. Becker e Ruas (2011) afirmam que as competências individuais podem ser previstas ou organizadas com o propósito de formarem um conjunto de qualificações que ofereçam ao indivíduo um melhor desempenho em seu trabalho. Quando falamos sobre competência, estamos nos remetendo, pois, a uma relação direta entre o desempenho de uma pessoa em uma atividade e o resultado por ela obtido. Existem, ainda, as competências organizacionais, que Ruas (2005, citado por Torres; Ziviani; Silva, 2012, p. 7) define como aquelas “[...] que resultam do relacionamento e da cooperação de recursos e capacidades coletivas da organização, bem como interações de seus grupos e áreas de atuação”. Há uma relação íntima entre competências organizacionais e individuais, uma vez que é 4 mútua a influência de umas às outras. Dutra (2008) complementa que existe um processo contínuo e enriquecedor entre organização e pessoas realizando a troca de competências, ou seja, a organização transfere seu patrimônio para as pessoas, tornando-as preparadas para enfrentar novas situações; e as pessoas transferem seu aprendizado e conhecimento à organização, capacitando-a a enfrentar novos desafios e tornando-a mais competitiva. No ambiente organizacional, ser competente tem um sentido mais amplo. Os resultados esperados vão além do conhecimento puro, ou seja, do conhecimento que já se tem, pois esse saber precisa ser aperfeiçoado e estar acompanhado de habilidades e atitudes que permitam um diferencial no processo de tomada de decisão. Então, quando se tratam de relações de trabalho, o indivíduo é o responsável pela competência, mas a empresa deve reconhecê-la, acompanhá-la e avaliá-la, possibilitando e estimulando o seu desenvolvimento. TEMA 2 – TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO APLICADOS A COMPETÊNCIAS Em conteúdos anteriores, abordamos o que são as etapas de um treinamento. Neste momento, retornaremos ao tema, porém direcionando-o às competências como explicadas no tópico anterior. Como mencionado os programas de treinamento e desenvolvimento servem para desenvolver competências e habilidades específicas para que os profissionais desempenhem suas atividades de maneira assertiva e com satisfação. Para que as organizações tenham êxito na conquista de seus objetivos, é de fundamental importância treinar e desenvolver pessoas. É muito importante se investir em treinamento, dentro da organização, visando ao crescimento do funcionário. Há tempos atrás, o treinamento estava ligado somente para preparação de uma atividade para executar determinadas práticas dentro de uma instituição. Atualmente, percebeu-se sua importância, não somente como para preparação técnica, mas também para o desenvolvimento e competências comportamentais que auxiliam as pessoas a desenvolverem suas habilidades de forma mais saudável, contribuindo para o crescimento pessoal, que trará inúmeros benefícios para a organização. (Camaras, 2014) De acordo com Maximiano (2019), as competências estão em fluxo constante de desenvolvimento – estão em um continuum –, uma régua sem fim. Nascem das aptidões, que se transformam em habilidades e se desenvolvem 5 como capacidades de agir de maneira efetiva. Em estágio superior, transformam- se em perícia (expertise): peritos (experts) são pessoas que desenvolveram suas competências no nível mais elevado possível. Vimos, em conteúdos anteriores, que o treinamento se inicia com a identificação das necessidades, um diagnóstico para avaliar o gap que existe na organização. Com o treinamento por competências também é realizada essa mesma análise, que aqui chamamos de mapeamento de competências. Behr (2010, citado por Torres; Ziviani; Silva, 2012, p. 196) relata que: [...] no mapeamento de competências, devem ser avaliadas as competências existentes em uma empresa e as competências fundamentais para seu desenvolvimento. O mapeamento de competências permite, além de outras coisas, alocar adequadamente os colaboradores na empresa, identificar potencialidades e carências de competências e, ainda, selecionar e desenvolver competências necessárias ao desempenho estratégico da organização. [...] e o mapeamento de competências passa por um processo que visa a identificar as competências e a avaliá-las, formular conclusões e registrar resultados. O objetivo da fase de identificação de competências é elaborar uma lista de competências relevantes no setor em que a empresa atua. O que é complementado por Brandão e Bahry (2005), para os quais o mapeamento das competências visa identificar quais as competências necessárias para o exercício das funçõese qual o nível de domínio das que já existem no rol da organização. Desse levantamento obtém-se o gap ou lacuna de competências, que, por sua vez, pode subsidiar a implementação de treinamento para desenvolver as competências necessárias. Resumindo, o mapeamento de competências é uma forma de se identificar, sistematizar e evidenciar as competências. Com base nele, é possível identificar os pontos fortes e as lacunas de competências para que a organização decida como investir na formação dos seus profissionais. Mas, quais são essas competências? Elas podem ser definidas de acordo com o Quadro 1 a seguir. 6 Quadro 1 – Competências e suas definições Técnicas Sobre a organização Conhecimento específico sobre o que deve ser executado Conhecimento do fluxo de processo e local de trabalho Competências Definições Essenciais Fundamentam a sobrevivência da organização, sendo o centro de sua estratégia Distintivas Reconhecidas pelos clientes como diferenciais, mantêm a vantagem competitiva da organização De unidades de negócios Atividades-chave (entre três e seis) esperadas pela organização, em relação às unidades de negócio De suporte Atividades que servem de base para outras atividades da organização (ex.: o desenvolvimento de um novo produto na área de pesquisa e desenvolvimento demanda ações nas demais áreas da organização, como vendas, produção, marketing, gestão Dinâmicas Permitem à organização adaptar continuamente suas competências às exigências dos seus ambientes interno e externo 7 Fonte: Elaborado com base em Dutra, 2011, p. 25-26; Bitencourt; Azevedo; Froehlich, 2013, p. 48- 49. Entende-se que os treinamentos têm como objetivo principal o desempenho organizacional, tornando a empresa mais competitiva; mas, para isso, há a necessidade de se focar no desempenho individual, pois, quanto mais as pessoas forem competentes, melhor desempenharão suas atividades. Os programas de treinamento, ao desenvolverem as competências individuais, estão contribuindo para o desenvolvimento organizacional. Ressalta-se que esse aumento no nível de exigência em relação às competências faz com que os profissionais se atentem à sua empregabilidade. A responsabilidade do profissional sobre sua carreira tornou- se essencial. Ao pensar em vantagem competitiva, ele precisa desenvolver estratégias que lhe permitam garantir a sua sustentabilidade no mercado de trabalho. Ao pensar em termos de carreira, o profissional deve imaginar-se como uma empresa. Dessa maneira, ele percebe que são necessários investimentos constantes para manter- se no mercado e driblar a concorrência, se tornando empregável. E, nesse sentido, o profissional realiza cursos, participa de congressos, entre outras iniciativas, de forma independente, sem depender de organizações para subsidiá- lo. Os conhecimentos, as habilidades e as atitudes dos profissionais podem ser considerados recursos únicos e valiosos, contanto que não se tornem obsoletos. As competências permitem a identificação do potencial e da limitação dos profissionais, no presente e para o futuro. Nesse contexto, Organizacionais São as específicas a cada organização e permitem excelência operacional, inovação em produtos e orientação para clientes Individuais São entregas esperadas dos indivíduos com relação a seus conhecimentos, habilidades e atitudes De serviços Aliam o conhecimento à habilidade, de forma que o resultado seja percebido pelo cliente Sociais Atitudes que sustentam o comportamento dos indivíduos (autonomia, responsabilidade e comunicação) treinar e desenvolver as competências tornam-se alternativas viáveis e estratégicas para o crescimento organizacional e, claro, para o profissional. 8 TEMA 3 – DESENVOLVIMENTOS INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL Falar de indivíduos, no ambiente organizacional, remete aos conceitos de carreira, que tratam do caminho percorrido pelo indivíduo em sua vida profissional. Nos estudos de carreira da década de 1970, conforme apresentam Silva et al. (2011), observou-se que as trajetórias acabavam sendo impostas pelas organizações em virtude de estruturas formais e rígidas, o que forçava a entrada de indivíduos em carreiras que não estavam relacionadas com seus talentos. Nos dias atuais, devido a informações constantes, exigências de clientes e desenvolvimento constante dos profissionais, as barreiras organizacionais estão sendo rompidas e, dessa forma, abrem-se novas possibilidades e oportunidades para as empresas conquistarem novos mercados. As organizações colaboram com o gerenciamento das carreiras, deixando claras as competências requeridas e também ofertando formação, por meio de centros virtuais ou universidades corporativas, para que os profissionais atendam às necessidades da organização, garantindo assim um processo de aprendizado contínuo (Chiavenato, 2009). França (2014) vai além: para ela, as reestruturações organizacionais, os avanços tecnológicos, as modificações ocorridas no mercado, as crises de emprego e a valorização do constante crescimento das metas corporativas fazem com que as organizações comecem a privilegiar o profissional mais qualificado e que conduz coerentemente uma carreira, tendo mais condições de colaborar com o alcance das metas organizacionais. Essa nova exigência faz com que pessoas compreendam a importância de assumirem a responsabilidade por suas carreiras, assegurando que tenham sempre as competências requeridas no mercado de trabalho. Consequentemente, os indivíduos têm de se adequar e tornarem-se independentes, visualizando de que forma se encaixam no futuro da organização e como será sua carreira. A abertura das empresas para o mercado mundial promoveu as chamadas oportunidades sem fronteiras, possibilitando ao profissional vivenciar experiências em diferentes empresas, ampliando seu processo de aprendizagem. De acordo com Senge (2008), quando o colaborador compreende a importância de suas atividades e de seu trabalho, gera significado e maior comprometimento com a organização e consigo. Consequentemente, isso requer dele aprendizado contínuo e autodesenvolvimento profissional, para manter a vantagem competitiva da empresa. A continuidade desse aprendizado requer investimento, por parte da 9 empresa e do colaborador, em cursos, treinamentos internos e externos, parcerias com fornecedores. Como mencionamos anteriormente, a aprendizagem organizacional se constrói com base na necessidade de desenvolvimento causada pelas demandas do ambiente interno (novos conhecimentos, mudanças em processos, novos produtos) e do externo (exigências dos clientes, ações concorrentes). As mudanças ocorridas nesses ambientes exigem dos indivíduos um processo de contínuo aprendizado que agregue novos conhecimentos, amplie os conhecimentos existentes e possibilite comportamentos e atitudes que se adéquem às necessidades da organização. Dessa forma, podemos dizer que a aprendizagem organizacional é um processo interativo e dinâmico que se estabelece pelo compartilhamento dos modelos mentais individuais. Ao integrarem-se a outros modelos, os indivíduos promovem uma transformação de comportamentos, atitudes e práticas que, reunidos e alinhados, conduzem à melhoria contínua de todos e de cada um. Essa construção coletiva sofre a influência do padrão de pensar e agir que determina a identidade da empresa, ou seja, a cultura organizacional. Mas, o que é cultura organizacional? Robbins, Judge e Sobral (2014, p. 350) definem cultura organizacional como “Um sistema de significados compartilhado e mantido pelos membros e que distingue a organização de outras organizações.” Os programas de treinamento e desenvolvimento são baseados na troca de informações, que, por sua vez, está fundamentada na estratégia e nos dados disponibilizados pelos indivíduos e pelos setores da organização. Portanto, se a cultura organizacional não propicia a disseminação dessas informações e ainteração entre os grupos, os programas de treinamento e desenvolvimento podem ser prejudicados por dados incorretos ou incompletos. É importante que a organização esclareça ao profissional o que é esperado dele e quais competências ele terá que adquirir para atingir os objetivos estratégicos. TEMA 4 – MINDSET A acelerada transformação tecnológica tem contribuído para o desenvolvimento de uma nova era, em que os métodos e conhecimentos humanos tornam-se obsoletos e as pessoas precisam constantemente estar em aprendizado. As transformações do século XXI exigem das pessoas o aumento 10 do seu nível de desenvolvimento, mas não basta somente o desenvolvimento técnico, é necessário o desenvolvimento humano e das competências sociais. Diversos estudiosos contemporâneos têm percebido que as pessoas possuem mais capacidade do que se acreditava para aprender e desenvolver o cérebro ao longo da vida. Apesar das diferenças genéticas, das distintas aptidões e do temperamento das pessoas na primeira fase da vida, o treino, a experiência e o esforço pessoal conduzem os indivíduos ao longo de suas trajetórias. Nesse sentido, Dweck (2017, p. 13) apresenta que: Alguns filósofos modernos [...] afirmam que a inteligência de um indivíduo é uma quantidade fixa, uma quantidade que não pode ser aumentada. Devemos reagir e protestar contra esse pessimismo brutal. Com a prática, treinamento e acima de tudo o método, somos capazes de aperfeiçoar nossa atenção, nossa memória e nossa capacidade de julgamento, tornando-nos literalmente mais inteligentes do que éramos antes. A autora ainda menciona que a opinião que as pessoas adotam sobre si afeta, significativamente, a maneira como conduzem suas vidas e que há dois tipos de pensar, das pessoas, que interferem na maneira como conduzem suas vidas: o mindset fixo e o mindset de crescimento. A pessoa que tem o mindset fixo acredita que suas qualidades são imutáveis, e consequentemente, desenvolve a necessidade constante de provar seu valor a sim mesma e às demais pessoas. Por sua vez, a pessoa com mindset de crescimento acredita que é capaz de conquistar as qualidades básicas a partir de seu próprio esforço e suas experiências da vida. Esse mindset permite que as pessoas prosperem em diversas situações (Dweck, 2017). 4.1 Mindset fixo No mindset fixo, conforme exposto anteriormente, acredita-se que as qualidades são imutáveis. Algumas pessoas aprendem a adotar esse tipo de mindset desde a infância. Acompanhe o relato de Dweck (2017, p. 14): Ainda criança, eu me preocupava em ser inteligente, mas o verdadeiro mindset ficou na verdade marcado em mim por causa da Sra. Wilson, minha professora da sexta série. Ela achava que os resultados do QI revelam exatamente quem eram as pessoas. As carteiras da sala eram arrumadas em ordem de QI. E somente os alunos que tinham QI mais elevado eram encarregados de cuidas dos apagadores ou levar bilhete ao diretor. Isso fazia com que se criasse um mindset fixo no qual cada criança tinha um objetivo: parecer inteligente e não boba. Quem poderia se ocupar de aprender, ou achar isso divertido, se quando ela dava uma prova ou nos interrogava na aula sentíamos ameaçados? 11 O comportamento de muitas pessoas pode ser justificado pelo que nos informa o relato, como as pessoas que buscam, o tempo todo, provarem para si e para as outras pessoas que são inteligentes. Para essas pessoas, cada situação vivenciada passa por avaliações: conseguirão elas obter sucesso ou fracasso? Serem aceitos(as) ou rejeitados(as)? As pessoas as verão como inteligentes? Serão elas vencedoras ou perdedoras? Imagine a seguinte situação: em determinado dia, você recebe a nota de uma prova do primeiro semestre que não foi boa, e isso, claro, lhe decepciona. Depois disso, quando vai pegar seu carro para ir para casa, você descobre que seu carro foi multado por estar estacionado em local proibido e você, muito triste, liga para seu melhor amigo para compartilhar tudo o que aconteceu, mas ele não lhe dá muita atenção. Como você se sentiria? O que pensaria? O que faria diante dessa situação? Uma pessoa com mindset fixo responderia que se considera fracassada, perdedora, rejeitada; ou seja, essa pessoa entenderia que os acontecimentos do dia são resultados diretos de sua incompetência. Possivelmente, essa pessoa pensaria que sua vida é lastimável, que Deus não gosta dela, que todos estão conspirando contra ela, que a vida é injusta, que ela é desprovida de sorte, que nada de bom acontece em sua vida, ou seja, focaria os aspectos negativos, tendendo a potenciá-los. E ainda teria pensamentos como estes: Não farei mais nada de agora em diante, Vou beber para esquecer, Vou chorar, pois que mais posso fazer? Mas, será que esse dia relatado foi isso tudo de ruim mesmo? Nesse momento, vale destacar alguns pontos da situação ilustrada: a nota tirada foi 5 e não 2, 1 ou 0. E a prova foi no início do semestre e não no fim, tendo a pessoa ainda a chance de se recuperar. Ela recebeu apenas uma multa e não se envolveu em um acidente. E o amigo não a rejeitou totalmente, apenas não lhe deu atenção, naquele momento, talvez porque pudesse estar ocupado. Mas, mesmo assim, o mindset fixo criaria um sentimento de fracasso total diante dessa leitura mais completa dos fatos. 4.2 Mindset de crescimento As pessoas com mindset de crescimento acreditam que conseguem adquirir habilidades básicas, por meio de seus esforços e suas experiências. Elas creem que o verdadeiro potencial dos seres humanos é desconhecido e que não 12 são capazes de prever o que é possível realizar mesmo com anos de treino, esforço e paixão. Logo, uma pessoa com mindset de crescimento que vivencia um dia de acontecimentos ruins pensaria em conclusões, sobre esse dia, deste tipo: Preciso me esforçar mais da próxima vez; Preciso ter mais cuidado ao estacionar o carro e me esforçar mais na matéria; A nota 5 demonstra que tenho que me dedicar mais, porém ainda tenho o restante do semestre para me recuperar. Diante da ideia de fracasso, lhe viriam à mente soluções como: Estudarei mais para a próxima prova; Pagarei a multa e tomarei mais cuidado, para que isso não ocorra novamente; Conversarei com meu amigo para ver o que se passa com ele, pois talvez ele é que não esteja bem. Assim, essa pessoa teria pensamentos mais coerentes e assertivos diante do acontecido e dedicaria seus esforços para prosseguir e melhorar. Todas as pessoas nascem com potencialidades e motivação para aprender. Pessoas com mindset de crescimento buscam o desafio e prosperam com ele. Para essas pessoas, quanto maior for o desafio, maior será o seu desenvolvimento. Conheça, agora, um trabalho realizado por Dweck (2017, p. 21), intitulado Conheça seu mindset: Qual é seu mindset? Responda a estas perguntas sobre inteligência. Leia cada uma das afirmativas seguintes e diga se, na maior parte das vezes, concorda ou não com elas. 1. Sua inteligência é algo muito pessoal, e você não pode transformá-la demais. 2. Você é capaz de aprender coisas novas, mas, na verdade não pode mudar seu nível de inteligência. 3. Qualquer que seja seu nível de inteligência, sempre é possível modificá-lo bastante. 4. Você é capaz de mudar substancialmente seu nível de inteligência. As afirmativas 1 e 2 se referem ao mindset fixo. As de número 3 e 4 se referem ao mindset de crescimento. Com qual dos dois grupos você concorda mais? É possível que sua resposta seja mista, mas a maioria das pessoas se inclina mais para um grupo do que para outro. Você também possui crenças a respeito de outras capacidades. Pode substituir “inteligência” por “talento artístico”, “tino comercial”, ou “aptidão para esportes”. Tente fazer isso. Não se trata somente de suas aptidões, mas também de suas qualidades pessoais. Veja estas afirmações sobre personalidade e caráter e decida se concorda ou não com cada uma delas. 1. Você é certo tipo de pessoa, e não há muito o quese possa fazer para mudar esse fato. 2. Independentemente do tipo de pessoa que você seja, sempre é possível modificá-lo substancialmente. 3. Você pode fazer as coisas de maneira diferente, mas a essência daquilo que você é não pode ser realmente modificada 13 4. Você é capaz de modificar os elementos básicos do tipo de pessoa que você é. As afirmativas 1 e 3 se referem ao mindset fixo. As de número 2 e 4 se referem ao mindset de crescimento. Com qual dos dois grupos você concorda mais? Seria esse resultado diferente de seu mindset em relação à inteligência? É possível. Seu “mindset para a inteligência” entra em ação quando as situações envolvem capacidade mental. Seu “mindset para a personalidade” entra em ação nas situações que envolvem suas qualidades pessoais – por exemplo, quão confiável, cooperativo, atencioso ou socialmente habilidoso você é. O mindset fixo faz com que você se preocupe com a forma pela qual será avaliado, o mindset de crescimento torna-o interessado em seu aperfeiçoamento. A mensagem final: você é capaz de mudar seu mindset. É possível, portanto, mudar seu mindset! Mas, nem sempre mudanças são fáceis. Evoluir do mindset fixo para o de crescimento significa transformar sua história e conquistar melhor qualidade de vida e desenvolvimento humano. TEMA 5 – O PAPEL DA GESTÃO NO PROCESSO DE CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO O sucesso de um programa de treinamento e desenvolvimento depende, antes de tudo, de um processo sólido de elaboração que atenda às necessidades da empresa e que considere também o perfil do profissional a ser treinado, além das habilidades que devem ser desenvolvidas. Para tal, é preciso conhecer tanto as deficiências organizacionais quanto as da equipe e ter ciência da cultura da empresa e do que se espera do colaborador. Mas, quem fornece essas informações para a área responsável pelos programas de treinamento e desenvolvimento? Pois esse é o papel da gestão. Os fatores facilitadores promovem a aprendizagem em qualquer ambiente. O gestor acompanha o dia a dia do colaborador, o que lhe permite ter uma visão ampla sobre a participação efetiva, ou não, desse profissional no ambiente de trabalho. O comprometimento do gestor com a empresa e com os resultados organizacionais permite o seu entendimento amplo e sistêmico sobre a importância dos programas de treinamento e desenvolvimento; e esse engajamento influencia o compromisso do colaborador com o processo, pois faz com que ele compreenda a importância de seu desenvolvimento para o negócio. Logo, os resultados organizacionais estão vinculados à forma de gerir as pessoas no ambiente organizacional. Zanelli e Silva (2008) afirmam que gerir e organizar o trabalho exige compreensão dos processos e habilidade para lidar com as mudanças 14 decorrentes dos processos de desenvolvimento individual e coletivo. Os autores citados também apresentam ideias que contribuem para a construção desse processo, tais como: • as práticas da participação provêm da confiança do gestor em sua equipe; • o gestor deve criar espaços para que as pessoas, sob condições adequadas, exerçam influência direta ou indireta nas decisões organizacionais; • o gestor deve ter um profundo conhecimento da missão, da visão e dos valores da empresa; • é preciso definir competências e comportamentos necessários e também sinalizar os inaceitáveis, para apoiar a estratégia organizacional; • é preciso alinhar os objetivos organizacionais aos pessoais – esse é um dos aspectos mais complexos do processo, porém é aquele que demonstra a eficácia da gestão; • o gestor deve estabelecer condições para a aprendizagem, de forma a predizer o futuro e desenvolver as pessoas para a sustentabilidade do negócio; • o gestor precisa avaliar de forma crítica seus próprios valores, crenças e comportamentos. Dessa forma, verifica-se como é importante que a gestão crie um ambiente que possibilite a interação entre as pessoas, em que prevaleçam a confiança, o respeito e a solidariedade, para que se obtenha a visão compartilhada do negócio. Contribuindo para a construção dessa relação de confiança, Araújo e Garcia (2009, p. 236-237) apresentam os chamados sete cês (7 Cs), a saber: 1. Confiança: é vital para o sucesso do negócio, e para isso é importante que haja uma abertura para o diálogo tanto por parte de gestores como de subordinados (gestão com livro aberto). 2. Comprometimento: os valores adotados pela empresa criam união e sentido de direção, o que fortalece a confiança e contribui para aumentar o comprometimento da equipe. 3. Criação conjunta: há a inclusão de todas as pessoas nos novos projetos organizacionais. 4. Conexão: todos os esforços organizacionais são direcionados para determinar a visão futura da empresa e transformá-la em ações. 15 5. Comunicação: para que um projeto seja construído, a comunicação é um fator primordial, pois promove o comprometimento e a confiança. 6. Celebração e correção de curso: é vital celebrar a vitória e corrigir falhas e erros no decorrer do curso. 7. Clima bom: é necessário estabelecer um ambiente positivo, em que as pessoas sejam ouvidas e respeitadas na organização. No Quadro 2, Noe (2015) apresenta o que é esperado dos gestores. Quadro 2 – O que os gestores precisam fazer Gerenciar o desempenho do grupo Delimitar áreas de responsabilidade; reunir-se com outros gerentes para 16 Gerenciar o desempenho individual e da equipe Motivar funcionários a mudarem o seu nível de desempenho, oferecer-lhes feedback de desempenho e monitorar suas atividades de treinamento; esclarecer as metas individuais e coletivas; e garantir o alinhamento dos empregados com as metas da Desenvolver os funcionários e incentivar o aprendizado contínuo Explicar atribuições e oferecer a especialidade técnica necessária; criar um ambiente que estimule o aprendizado Planejar e alocar recursos Traduzir planejamentos estratégicos em atribuições; estabelecer prazos para os projetos Coordenar atividades e equipes interdependentes Convencer outras unidades a oferecer ao grupo de trabalho os produtos ou recursos de que se precisa; entender as metas e planos das outras unidades; certificar-se de que a equipe está atendendo às Fonte: Elaborado com base em Noe, 2015, p. 59. Noe (2015, p. 59) também ressalta que a alta gerência da organização é responsável por: Estabelecer uma direção clara para o aprendizado (visão). Oferecer incentivo, recursos e comprometimento com o aprendizado estratégico (patrocinador). Assumir um papel ativo na administração do aprendizado, incluindo revisar metas, e objetivos e oferecer ideias sobre como medir a eficácia do treinamento (gestor). Desenvolver novos programas de aprendizado para a empresa (especialista no assunto). Lecionar nos programas e oferecer recursos on-line (corpo docente). Servir como modelo de aprendizado para toda a empresa e demonstrar vontade de aprender constantemente (aprendiz). Promover o comprometimento da empresa com o aprendizado, posicionando-se ao seu favor em discursos, relatórios anuais, entrevistas e outras ferramentas de relações públicas (agente de marketing). O gestor atua, então, como um mediador entre a organização e a sua equipe, visando prover soluções que permitam o desenvolvimento de habilidades, 17 discutir os efeitos de mudanças na unidade de trabalho, em seus grupos; facilitar mudanças; implantar a estratégia de negócio Facilitar o processo de tomada de decisões Facilitar a tomada de decisões individuais e coletivas; estimular o uso de processos eficazes de tomada de decisões (gerenciar conflitos, com controle estatístico de processos) Criar e preservar a confiança Garantir que cada membro da equipe seja responsável pela sua carga de trabalho e clientes; tratar todos os membros da equipe com respeito; escutar as ideias e responder as perguntas da equipe honestamente Representar a unidadede trabalho Desenvolver relações com os outros gerentes, comunicar as necessidades do grupo de trabalho para as outras unidades e oferecer informações sobre a situação do grupo de trabalho de forma a gerar melhores resultados para o negócio. Para Baldwin, Rubim e Bommer (2008, p. 2-3) são três os fatores resultantes do gerenciamento, conforme Figura 3. Figura 3 – Fatores resultantes do gerenciamento organizacional Pessoas não saem da empresa, elas saem da administração dos seus gerentes As pessoas gerenciam do modo como foram gerenciadas, na maioria das vezes O desempenho e a satisfação das pessoas no trabalho sofrem influência mais forte de seu gerente imediato Fonte: Baldwin; Rubim; Bommer, 2008, p. 2-3. Um fator que deve ser ressaltado é a cultura organizacional. Ela influencia diretamente a motivação e o clima organizacional, por reunir crenças, valores e formas de pensar e agir da organização e de seus membros. De acordo com Boog e Boog (2013, p. 88-89), “[...] o clima organizacional está relacionado com a qualidade da gestão e consequentemente com o resultado do negócio, o que demanda das lideranças maior desenvolvimento e maturidade.” A gestão é de grande importância na manutenção do ambiente organizacional. Por meio dela, são tomadas as decisões sobre o presente e o futuro da organização, com base em informações e conhecimento sobre o negócio. No que se refere aos programas de treinamento e desenvolvimento, a responsabilidade da gestão passa a ser fundamental para o crescimento da empresa. Direcionar, acompanhar, propor melhorias e tomar decisões não são tarefas fáceis e exigem total compreensão do negócio e, principalmente, da equipe. É o domínio desses aspectos, porém, que permite ao gestor identificar limitações e potencialidades para que os responsáveis pelos programas de 18 treinamento e desenvolvimento possam apresentar alternativas e soluções à análise da gestão. O gestor, ao longo do processo de desenvolvimento de sua equipe, precisa ser um incentivador dos resultados a serem alcançados. Nesse processo de incentivo, a motivação dos colaboradores é um aspecto essencial ao desenvolvimento contínuo. Sabe-se que a motivação está ligada a fatores psicológicos que impulsionam os indivíduos a uma ação efetiva (Oliveira; Passos, 2013). Oliveira e Passos (2013, p. 37-40) ainda apresentam a importância do gestor no processo de desenvolvimento, exercendo as tarefas de: • administração dos conflitos existentes; • harmonização do ambiente organizacional (com bom humor, espírito de equipe, profissionalismo e comunicação direta e clara – a comunicação é um dos aspectos mais importantes nessa harmonização do ambiente); • manutenção do bom relacionamento interpessoal; • definição de metas, formas de incentivo e orientação da equipe, administração de conflitos; • avaliação da postura de colaboradores, de seus pontos positivos e daqueles que necessitam ser aperfeiçoados; • fornecimento de orientação e direcionamento, no dia a dia. Por meio de programas de treinamento e desenvolvimento, as organizações ampliam suas perspectivas. Dessa maneira, as habilidades da gestão vão além do direcionamento das ações, focando o equilíbrio entre as necessidades pessoais e as organizacionais e fazendo com que a equipe assuma uma postura proativa e apresente resultados que permitam a manutenção da vantagem competitiva organizacional. Saiba mais Sugestões de aprendizagem complementar: • Primeiramente, leia a matéria Treinamento para competências, desenvolvimento para valores e transdisciplinaridade, disponível em: <https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/treinamento-para-competncias- desenvolvimento-para-valores-e-transdisciplinaridade/> (Fragoso, 2015). • Em seguida, o artigo Mapeamento e gestão de competências em inteligência competitiva, disponível em: <http://www.brapci.inf.br/ index.php/article/download/7642> (Amaral; Garcia; Alliprandini, 2008). 19 REFERÊNCIAS AMARAL, R. M. do; GARCIA, L. G.; ALLIPRANDINI, D. H. Mapeamento e gestão de competências em inteligência competitiva. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação, v. 9, n. 6, dez. 2008. Disponível em: <www.brapci.inf.br/index.php/article/download/7642>. Acesso em: 27 abr. 2022. ARAÚJO, L. C. G. de; GARCIA, A. A. Gestão de pessoas: estratégias e integração organizacional. São Paulo: Atlas, 2009. BALDWIN, T.; RUBIN, R.; BOMMER, W. Desenvolvimento de habilidades gerenciais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. BECKER, G. V.; RUAS, R. L. Formação e desenvolvimento de competências organizacionais: desvendando uma trajetória na competitividade empresarial. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPAD, 29., 2005, Campinas. Anais... Campinas: Anpad, 2005. BITENCOURT, C.; AZEVEDO, D.; FROEHLICH, C. Na trilha das competências: caminhos possíveis no cenário das organizações. Porto Alegre: Bookman, 2013. BOOG, G.; BOOG, M. (Coord.). Manual de treinamento e desenvolvimento: gestão e estratégias. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013. BRANDÃO, H. P.; BAHRY, C. P. 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