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AD2 Escola, Violência e Direitos Humanos

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO / CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO / FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio 
CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD 
Escola, Violência e Educação em Direitos Humanos 
Articulação Acadêmica: Profª. Aura Helena Ramos 
Mediação Pedagógica: Profª. Rosana de Assis e Prof. Guilherme N. Pereira 
Aluna: Gizelle de Oliveira Alves Dias dos Santos Matrícula: 19212080232
Polo: Itaguaí
 
TEMA 2 BULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR 
 
FICHA DE ESTUDO 
 
TEXTO: 
CANDAU, V. M. et al. Prevenindo a violência escolar e o bullying. In: CANDAU, V.
M. et al. Educação em Direitos Humanos e formação de professores(as). 1. ed. São
Paulo: Cortez, 2013. 
 
 
Bullying é um termo que surgiu como um conceito bem definido e delimitado para
designar determinada forma de violência, mas hoje é aplicado a praticamente toda
atitude indesejada, pouco amistosa, de maltrato, implicância etc. Tal generalização é
danosa, pois torna banal algo que está longe de ser pouco ofensivo. É necessário que
profissionais que lidam diretamente com o fenômeno possam compreendê-lo para além
da percepção superficial do senso comum, sobretudo quando cabe a eles o papel de
intervir no problema pedagogicamente, o que é precisamente o caso de professores.
Como indica Vera Candau no texto destacado para estudo do Tema 2 do nosso
programa, 
 
É importante a compreensão dos elementos constitutivos do bullying
pois isso possibilita distingui-lo de outras formas de violência escolar e
criar os mecanismos adequados para sua prevenção e enfrentamento. 
 
Nesse texto, Vera Candau apresenta o conceito iniciando por detalhar sua caracterização
e complexidade para, em seguida, apontar limites e possibilidades para intervenção
pedagógica no fenômeno em suas manifestações escolares, tendo como horizonte os
princípios da educação em Direitos Humanos. 
 
 
LEIA O TEXTO FAZENDO UM EXERCÍCIO DE REFLEXÃO A PARTIR DA
NOÇÃO DE VIOLÊNCIA APROFUNDADA POR NÓS NO TEMA 1 
 
1 Sintetize por escrito seu entendimento quanto ao que Candau aponta em relação a
limites para o enfrentamento da questão do bullying: 
 Fixação das identidades dos sujeitos envolvidos 
Os sujeitos envolvidos no bullyinng são: o agressor que ameaça, oprime, maltrata e
agride a vítima, que é um sujeito sem condições de defesa, para intimidá-la através
dessa violência física ou psicológica. Além desses indivíduos, existem as testemunhas
que assistem as ocorrências sem se envolver ou interferir, e que geralmente preferem
ficar em silêncio.
 Banalização do termo 
O termo bullying tem sido utilizado de forma equivocada para representar todo tipo de
comportamento agressivo dentro da escola, o que dificulta que seja dado tratamento
correto às ocorrências. Porém o bullying é uma forma específica de violência escolar
onde há um desequilíbrio de forças, seja físico ou psicológico.
 Aparente falta de causa do fenômeno 
 
2 EXPLICITE POR ESCRITO SEU ENTENDIMENTO SOBRE A AFIRMAÇÃO
ABAIXO: 
 
“Bullying pressupõe um desequilíbrio de forças, configurado por uma 
relação assimétrica de poder.” (pg101) 
 O bullying é uma forma específica de violência escolar onde há um desequilíbrio de
forças, seja físico ou psicológico. O que caracteriza o bullying é a ação do valentão
contra a vítima, sem capacidade de defesa, que será intimidada física e
psicologicamente, podendo inclusive desenvolver transtornos como ansiedade e
depressão, e muitas vezes pode levar até o suicídio, devido ao desequilíbrio e pressão
psicológica vivida.
 
 
 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO / CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO / FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia 
 
 
 
Escola, Violência e Educação em Direitos Humanos 
Articulação Acadêmica: Profª. Aura Helena Ramos 
Mediação Pedagógica: Profª. Rosana de Assis e Prof. Guilherme N. Pereira 
Aluna: Gizelle de Oliveira Alves Dias dos Santos Matrícula: 19212080232
Polo: Itaguaí
 
TEMA 3.1 UMA PEDAGOGIA SITUADA 
 
APRESENTAÇÃO 
Educadores e educadoras que se orientam pelos princípios dos direitos humanos, têm a
responsabilidade de pensar sobre uma organização do processo pedagógico que seja
compatível com os princípios de uma formação para a cidadania comprometida radicalmente
com a liberdade e com justiça social para todos e todas. Queremos, então, refletir sobre uma
base teórica que seja coerente com essa intencionalidade. Não precisamos ir muito longe,
pois temos a inspiração de Paulo Freire, o Patrono da Educação brasileira.12. 
Em sua vasta obra Paulo Freire cria termos para registrar sua abordagem sobre o
fenômeno educacional que, desde Pedagogia do Oprimido, irão inovar a reflexão e a
prática de educadoras e educadores do mundo inteiro. Educação bancária, pedagogia
situada, metodologia dialógica, pedagogia libertadora, temas geradores e tantos
outros, são termos que se fixaram no nosso vocabulário e não podem ser ignorados,
mesmo por aqueles que discordam das propostas revolucionárias freireanas, ou por
pensadores que construiram outras bases de reflexão sobre o modo como o social se
movimenta, mas reconhecem a enorme contribuição de Paulo Freire para o
pensamento pedagógico do século XX. 
Dentre esses muitos termos cunhados por Freire para expressar suas idéias sobre
educação e sua proposta metodológica, diálogo talvez seja o que melhor traduz o
potencial freireano para os processos educativos comprometidos com os princípios dos
direitos humanos. 
No texto “O que é método dialógico de ensino?”3, Paulo Freire conversa com Ira
Shor, um educador norteamericano com quem compartilha muitas ideias sobre
educação e processos de ensino, explorando diferentes aspectos da proposta
1 Em 2012 Paulo Freire foi oficialmente declarado patrono da educação brasileira pela Lei 
2 .612/2012 
3 In: FREIRE,Paulo e SHOR,Ira(1986) Medo e Ousadia – O Cotidiano do Pro.fessor. Rio de Janeiro: Paz e Terra 
 
 
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FACULDADE DE EDUCAÇÃO / FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia 
 
 
metodológica nascida da pedagogia da libertação. Em torno do tema “diálogo” como
questão metodológica, refletem sobre diferentes concepções de conhecimento, sobre
autoridade docente; sobre a condição necessáriamente coletiva do processo de
emancipação e tantos outros aspectos aspectos constitutivos do legado de Freire. 
Para estimular nossa reflexão sobre a questão teórico-metodológica da educação em
direitos humanos, reproduzo a seguir um pequeno trecho da conversa de Ira Shor com
Paulo Freire, no qual eles abordam mais diretamente o que nomeiam como método
dialógico. 
EXTRATO DE... 
FREIRE, Paulo e SHOR,Ira - O que é método dialógico de ensino? In: Medo e Ousadia – 
O Cotidiano do Pro.fessor. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1986 
 
IRA SHOR - (...) por que você não começa com as primeiras palavras-chave, “diálogo” ou
“educação dialógica”? Os professores perguntam freqüentemente sobre isto. Eles sabem
alguma coisa sobre “diálogo”. Os professores foram alunos em cursos onde o método do
professor era o “diálogo socrático”. Freqüentemente usam esse modelo em suas próprias
aulas. Em outro tipo de “diálogo”, os professores estão familiarizados com aulas com
argüição. A “argüição” é uma aula menor, que se segue à aula expositiva, em que o
professor repassa as leituras indicadas ou a aula anterior, num formato de
perguntaresposta-discussão. Muitos professores usam também círculos de discussão em
suas classes. (...) Como é que o método dialógico apresenta um modelo diferente de
aprendizagem e de conhecimento? 
 
PAULO FREIRE - Antes de mais nada, Ira, penso que deveríamos entender o“diálogo”
não como uma técnica apenas que podemos usar para conseguir obter alguns resultados.
Também não podemos, não devemos, entender o diálogo como uma tática que usamos para
fazer dos alunos nossos amigos. Isto faria do diálogo uma técnica para a manipulação, em
vez de iluminação. Ao contrário, o diálogo deve ser entendido como algo que faz parte da
própria natureza histórica dos seres humanos. É parte de nosso progresso histórico do
caminho para nos tornarmos seres humanos. Está claro este pensamento? Isto é, o diálogo
é uma espécie de postura necessária, na medida em que os seres humanos se transformam 
 
 
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cada vez mais em seres criticamente comunicativos. O diálogo é o momento em que os
humanos se encontram para refletir sobre sua realidade tal como a fazem e re-fazem.
Outra coisa: na medida em que somos seres comunicativos, que nos comunicamos uns com
os outros enquanto nos tornamos mais capazes de transformar nossa realidade, somos
capazes de saber que sabemos, que é algo mais do que só saber, De certa maneira, por
exemplo, os pássaros conhecem as árvores. Eles até se comunicam entre si, usam uma
espécie de linguagem oral e simbólica, mas não usam a linguagem escrita. E eles não
sabem que sabem – pelo menos até agora, cientificamente, não temos certeza de que eles
sabem que sabem. Por outro lado, nós, seres humanos, sabemos que sabemos, e sabemos
também que não sabemos. Através do diálogo, refletindo juntos sobre o que sabemos e não
sabemos, podemos, a seguir, atuar criticamente para transformar a realidade. Ao nos
comunicarmos, no processo de conhecimento da realidade que transformamos,
comunicamos e sabemos socialmente, apesar de o processo de comunicação, de
conhecimento, de mudança, ter uma dimensão individual. Mas o aspecto individual não é
suficiente para explicar o processo. Conhecer é um evento social, ainda que com
dimensões individuais. O que é o diálogo, neste momento de comunicação, de
conhecimento e de transformação social? O diálogo sela o relacionamento entre os
sujeitos cognitivos, podemos, a seguir, atuar criticamente para transformar a realidade. 
 
IRA - De um outro ângulo, eu acrescentaria que o diálogo valida ou invalida as relações
sociais das pessoas envolvidas nessa comunicação. Isto é, comunicar não é mero
verbalismo, não é mero pinguepongue de palavras e gestos. A comunicação afirma ou
contesta as relações entre as pessoas que se comunicam, o objeto em torno do qual se
relacionam, e a sociedade na qual estão. O diálogo libertador é uma comunicação
democrática, que [inibe a] dominação e reduz a obscuridade, ao [se abrir à] liberdade dos
participantes de refazer sua cultura. O discurso tradicional convalida as reações sociais
dominantes e a forma herdada e oficial do conhecimento. 
 
PAULO - Isso mesmo. Além disso, através dessa forma de entender o diálogo, o objeto a
ser conhecido não é de posse exclusiva de um dos sujeitos que fazem o conhecimento, de
uma das pessoas envolvidas no diálogo. No caso da educação, o conhecimento do objeto a
ser conhecido não é de posse exclusiva do professor, que concede o conhecimento aos
alunos num gesto benevolente. Em vez dessa afetuosa dádiva de informação aos
estudantes, o objeto 
 
 
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a ser conhecido medeia os dois sujeitos cognitivos. Em outras palavras, o objeto a ser
conhecido é colocado na mesa entre os dois sujeitos do conhecimento. Eles se encontram
em torno dele e através dele para fazer uma investigação conjunta. Claro que o educador
já teve certa experiência gnosiológica para escolher este objeto de estudo, antes que os
alunos o encontrassem na sala de aula, ou para descrevê-lo e apresentá-lo para
discussão. O contato prévio do educador com o objeto a ser conhecido não significa, no
entanto, que o professor tenha esgotado todos os esforços e todas as dimensões no
conhecimento do objeto. 
 
PAULO - O diálogo não existe num vácuo político. Não é um “espaço livre” onde se
possa fazer o que se quiser. O diálogo se dá dentro de algum tipo de programa e
contexto. Esses fatores condicionantes criam uma tensão para alcançar os objetivos que
estabelecemos para a educação dialógica. Para alcançar os objetivos da transformação,
o diálogo implica responsabilidade, direcionamento, determinação, disciplina, objetivos.
Não obstante, uma situação dialógica implica a ausência do autoritarismo. O diálogo
significa uma tensão permanente entre a autoridade e a liberdade. Mas, nessa tensão, a
autoridade continua sendo, porque ela tem autoridade em permitir que surjam as
liberdades dos alunos, as quais crescem e amadurecem, precisamente porque a
autoridade e a liberdade aprendem a autodisciplina. E tem mais: uma situação dialógica
não quer dizer que todos os que nela estejam envolvidos têm que falar! O diálogo não tem
como meta ou exigência que todas as pessoas da classe devam dizer alguma coisa, ainda
que não tenham nada a dizer! 
 
 
E como podemos pensar com Paulo Freire (dialogar com ele) sobre a temática da 
violência e da educação em direitos humanos? 
 Neste ponto, gostaria de fazer uma mudança de direção no modo como as coisas costumam
ser enunciadas quando se fala de educação em direitos humanos. No lugar de dizer que
quero eliminar a diferença, afirmo que quero valorizar a diferença. Ao invés de ter um
mundo de paz como horizonte utópico, desejo um mundo que aprenda a lidar com o conflito
de forma construtiva. Uma educação em direitos humanos que, como compreendo, tem o
conflito como eixo... 
 
 
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1) Compreende que conflitos emergem da condição humana de produtora de diferentes
modos de se organizar socialmente e de se relacionar com o outro, com a natureza e com o
sagrado – diferentes culturas. 
2) Assume, portanto, que o conflito é algo que faz parte das relações sociais, algo é
impossível de ser erradicado. Não há, assim, o desejo de acabar com o conflito, pois isso
seria o mesmo que pretender eliminar toda diferença, e, além de ser constitutiva da
sociedade, a diferença aqui é entendida como uma riqueza humana e não como um problema
social. 
3) Apreende que o encontro da diferença gera necessariamente conflito, mas que isso
não é o mesmo que dizer que promove violência. Conforme afirmei na apresentação do
tema 1, conflito em si não é sinônimo de violência. Violentas são certas formas de resolver
o conflito. 
Para um/a educador/a em direitos humanos orientado/a por esses princípios repudiar a
violência e proclamar a paz já não será suficiente. Será necessário adotar um
procedimento pedagógico que abra espaço à participação, que seja intransigente com
todo tipo de discriminação e preconceito, que cultive o potencial criativo que só se
revela no encontro da diferença, e que explore a emersão do conflito como
oportunidade de exercício político de negociação. Vejo no “método dialógico” de
Paulo Freire a semente desse modo de abordar as temáticas da violência e da educação
em direitos humanos. 
Sobre questões didáticas da educação em direitos humanos, recomendo a leitura do
texto que faz parte do material do TEMA 3.1. Ele reforça alguns aspectos importantes
do que tratamos aqui, explorando um pouco mais a centralidade do aspecto
participativodessa abordagem metodológica. 
Sobre isso, acho importante sublinhar que “metodologia participativa” pode significar
algo conceitualmente distinto de “metodologia ativa”. De modo bastante condensado,
pode-se dizer que frequentemente o que se designa como metodologias ativas, são
procedimentos metodológicos que partem do princípio de que o aprendizado se dá de
forma eficaz por atividades de descoberta do conhecimento. Investem no interesse
pessoal, e no desenvolvimento da autonomia do indivíduo na busca do saber. A
finalidade da ação educativa é a formação do indivíduo competente na construção do
 
 
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Curso de Licenciatura em Pedagogia 
 
 
próprio futuro. Quando se fala metodologia participativa, o eixo sai do indivíduo (ainda
que qualquer ação social dependa de pessoas) para localizar-se no coletivo. 
Sobre isso, há uma conhecida frase de Paulo Freire que argumenta... Ninguém educa
ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados
pelo mundo. A finalidade da educação, nessa perspectiva, 
é o empoderamento, é a emancipação do indivíduo como sujeito da transformação
social. 
 
FICHA DE ESTUDO 
Com apoio na reflexão proposta na apresentação que acabamos de fazer e no Texto
EDH Estratégias Didático-Metodológicas, registre por escrito considerações sobre a
afirmativa a seguir. 
A ideia de diálogo desenvolvida por Paulo Freire, é um dos mais importantes aspectos 
de uma metodologia didático-pedagógica orientada pelos princípios da Educação em 
Direitos Humanos. 
Paulo Freire valoriza e respeita às diferenças existentes entre indivíduos e culturas.
Ele orienta que a educação valorize essas diferenças levando para dentro da escola conteúdos
que dialoguem com a realidade dos estudantes. Também defende que o aprendizado se dá
através da troca de experiências e vivências, mediados pelo mundo e na escola mediados
pelos professores. Paulo Freire traz um diálogo onde a educação tem sua base nos Direitos
Humanos, e que combate toda forma de discriminação, intolerância, preconceito e racismo.
Essa educação valoriza as diferenças, cultivando o respeito e com isso reduzindo assim ações
violentas.
	Escola, Violência e Educação em Direitos Humanos
	APRESENTAÇÃO
	FICHA DE ESTUDO

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