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Neurointensivismo

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Terapia Intensiva – Amanda Longo Louzada 
1 NEUROINTENSIVISMO 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: 
➔ Avaliação Funcional: 
➢ Exame neurológico 
➢ Eletroencefalograma 
➔ Avaliação Metabólica: 
➢ Doppler transcraniano 
➢ Pressão de perfusão cerebral (PPC) 
EVENTOS DETERMINANTES DA LESÃO 
CEREBRAL: 
SISTÊMICOS: 
➔ Hipotensão 
➔ Hipóxia 
➔ Alterações do gás carbônico 
➔ Anemia 
➔ Febre 
➔ Hipoglicemia 
➔ Hiperglicemia 
➔ Hiponetremia, pode levar a edema cerebral 
➔ Sepse, pode levar a encefalopatia séptica 
➔ Coagulopatias, podendo levar a alteração do nível 
de perfusão cerebral 
INTRACRANIANOS: 
➔ Hematomas 
➔ Edema cerebral 
➔ Hipertensão intracraniana 
➔ Vasoespasmo 
➔ Hidrocefalia 
➔ Infecção do SNC 
➔ Convulsões 
➔ Lesões vasocerebrais 
➔ Resposta inflamatória 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA FUNCIONAL: 
EXAME NEUROLÓGICO: 
➔ Nível de consciência 
➔ Escala de coma de Glasgow 
➔ Importância da redução da sedação em UTI 
ELETROENCEFALOGRAMA: 
➔ Registro dos potenciais elétricos excitatórios e 
inibitórios 
➔ Classificadas em termos de frequência (Hertz – 
ciclos/segundos) e amplitude (voltagem) 
➔ Delta, teta, alfa e beta 
➔ Ondas Delta: 
➢ Ocorre nas seguintes situações: 
• Sono 
• Antestesia profunda 
• Isquemia 
• Intoxicação exógena 
➔ Ondas Teta: 
➢ Ocorre nas seguintes situações: 
• Sono 
• Antestesia profunda 
• Isquemia 
• Intoxicação exógena 
➔ Ondas Alfa: 
➢ Ocorre nas seguintes situações: 
• Anestesia moderada 
• Coma leve 
➔ Ondas Beta: 
➢ Ocorre nas seguintes situações: 
• Pacientes concentrados 
• Levemente sedados 
➔ ATENÇÃO: ondas teta e delta, são onda 
lentificadas, e estão associadas a anestesia 
profunda e isquemia grave 
 
➔ Indicações de EEG Contínuo: 
➢ Diminuição inexplicada de nível de consci~encia 
➢ Detecção de convulsões subclínicas 
➢ Isquemia cerebral instável 
➢ Detecção precoce da isquemia 
➢ Prognóstico 
BIS-ÍNDICE BIESCPECTRAL: 
➔ Índice derivado da análise eletroencefalográfica 
➔ Usado na monitorização da sedação 
➔ Usa 3 espectros de onda do EEG 
➔ Valor numérico de 0 a 100 
➔ Possui 4 eletrodos que vão ser posicionados na 
cabeça, de tal forma que é possível ter uma 
análise, e vai aparecer um número no monitor, que 
vai falar o índice de sedação do paciente 
Terapia Intensiva – Amanda Longo Louzada 
2 NEUROINTENSIVISMO 
 
PE- POTENCIAL EVOCADO: 
➔ Registro da atividade elétrica cortical determinada 
por estímulo sensorial 
➢ Elétrico 
➢ Auditivo 
➢ Visual 
➔ Registro da atividade elétrica cortical determinada 
por estímulo motor 
➢ Elétrico 
➢ Magnético 
➔ Potencial Evocado Somato Sensitivo: 
➢ Resistente a anestésicos e hipotermia 
➢ Correlação com isquemia cerebral 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA METABÓLICA: 
DOPPLER TRANSCRANIANO: 
➔ Avalia a velocidade do fluxo sanguíneo cerebral 
➔ Associação da velocidade do fluxo cerebral e o 
fluxo cerebral propriamente dito é indireta e 
limitada 
➔ Importante associada às outras análises 
➔ Hemorragia Subaracnóide: muito indicado nessa 
patologia, pois pode ter como complicação o 
vasoespasmo que é possível ver por esse exame 
➢ É visto um aumento da velocidade do fluxo, 
evidenciando o vasoespasmo 
➔ Outros Usos: 
➢ TCE grave 
➢ Elevação da PIC 
➢ Determinação de morte encefálica 
OFERTA E CONSUMO DE OXIGÊNIO CEREBRAL: 
➔ Monitorização de saturação venosa do bulbo 
jugular 
➔ Amostras de sangue colhidas de catéter no bulbo 
jugular ou 
➔ Avaliação contínua com cateter de fibra óptica 
➔ Jogamos um sangue rico em oxigênio que vai 
extrair o oxigênio, formando a taxa de extração. E 
quando esse sangue voltar ao território pulmonar, 
ele vai estar em termos de saturação de oxigênio 
em torno de 70%, tendo então uma taxa de 
extração de 30%, isso em um organismo 
homeostático 
➢ No cérebro a taxa de extração costuma ser um 
pouco maior, pois possui muita atividade 
metabólica, ficando em torno de 55 – 75% ao 
chegar no pulmão 
➔ Valor da SjVO2: entre 55 – 75% 
➢ Saturação arterial de oxigênio 
➢ Fluxo sanguíneo cerebral 
➢ Taxa de extração de oxigênio cerebral (taxa 
metabólica cerebral – TMC) 
➢ Se tiver uma redução dessa saturação quer dizer 
que a TMC está alta 
➢ Redução da SjVO2: 
• Aumento na taxa de extração 
• Hipóxia sistêmica 
• Baixo fluxo cerebral 
• Elevação da PIC 
• Febre e convulsão 
➢ Aumento da SjVO2: 
• Perda da autorregulação do fluxo cerebral 
MICRODIÁLISE: 
➔ Introdução de um cateter de 0,2 – 0,6 mm de 
diâmetro no córtex frontal 
➔ O catéter é perfundido continuamente com uma 
solução de diálise geralmente iônica com 
velocidade de 0,1 a 0,2 microlitro/min 
➔ No tecido, os solutos presentes no interstício 
difundem-se no sentido do cateter, de acordo com 
o gradiente de concentração 
➔ Concentração do soluto mensurada na solução 
recuperada (dialisato) pelo catéter representa 
mesma concentração representa mesma 
concentração intersticial daquele soluto 
➔ Permite a concentração de solutos de baixo peso 
molecular (moléculas pequenas e 
neurotransmissores) 
➔ Permite a concentração de solutos de baixo peso 
molecular (moléculas pequenas e 
neurotransmissores) no interstício, além da 
análise quantitativas das concentrações de 
glicose, glicerol, piruvato, lactato e de 
neurotransmissores como aspartato e glutamato 
PRESSÃO INTRACRANIANA – PIC: 
➔ Valor Normal < 10 mmHg 
Terapia Intensiva – Amanda Longo Louzada 
3 NEUROINTENSIVISMO 
➔ Valores > 20 mmHg por mais de 10 minutos, 
necessitam de intervenção 
➔ PPC = PAM – PIC 
➔ PPC > 50 a 60 mmHg 
 
➔ PIC elevada e/ou PPC baixa por mais de 10 
minutos 
➢ Intervenções Imediatas: 
• Drenagem de LCR se existir cateter 
intraventricular 
• Garantia de PPC, mantendo a euvolemia 
• Normoventilação (paCO2 = 35 mmHg) 
• Vasopressores se a PPC ainda se manter baixa 
➢ Intervenções de Primeira Linha: 
• Sedação adequada 
• Saturação = 95% 
• Tratamento imediato de febre e convulsões 
• Elevação da cabeceira (máximo de 30º) e 
alinhamento do pescoço 
➢ Se a PIC se manter elevada após as 
intervenções deve repetir a TC de crânio 
➢ Intervenções de 2ª Linha: 
• Hiperventilação leve (paCO2 = 30 – 35 mmHg) 
• Manitol (0,25 a 1g/kg) 
• Barbitúricos 
➢ Se a PIC se manter elevada após as 
intervenções de 2ª linha deve repetir a TC de 
crânio 
➢ Intervenções de 3ª Linha: 
• Se hiperventilação (paCO2 < 30 mmHg) 
temporária, com oximetria do bulbo jugular 
• Se solução salina hipertônica 
• Se hipotermia (32 – 34ºC) 
• Se craniectomia descompressiva

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