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De Reta a Plano: Sejam 𝑟 uma reta e α um plano em ℝ3. Se 𝑟 e α são transversais ou 𝑟 está contida em α, então a distância entre eles é zero. Se 𝑟 e α são paralelos, então a distância entre eles é igual à distância de um ponto da reta ao plano. Em termos de estratégia para o cálculo da distância de uma reta a um plano, sugiro que verifiquem incialmente se eles são transver- sais. Caso sejam, a distância é zero. Caso não Distâncias sejam, a distância entre eles será a distância de um ponto qualquer da reta ao plano (note que neste caso, se a distância der zero, então a reta está contida no plano). Exemplo 5: Determine a distância da reta 𝑟: 𝑥, 𝑦, 𝑧 = −2, 1, 5 + 𝑡 4, 2, 3 , 𝑡 ∈ ℝ, ao plano π: −3𝑥 + 4𝑧 = 1. Solução: 𝑣 = 4, 2, 3 é um vetor diretor de 𝑟 e 𝑛 = −3, 0, 4 é um vetor normal a π. 𝑣 . 𝑛 = 4, 2, 3 . −3, 0, 4 𝑣 . 𝑛 = −12 + 0 + 12 = 0 . Logo, 𝑟 ⊂ π ou 𝑟 ⫽ π . Consequentemente, para calcular a distância de 𝑟 a π vamos tomar um ponto de 𝑟 e calcular a distância deste ponto a π. Pela equação vetorial de 𝑟, 𝑃 = −2, 1, 5 é um ponto de 𝑟. Calculemos 𝑑 𝑃, π : bem, para isso precisamos de um ponto 𝐴 do plano. Substituindo 𝑥 = 1 na equação do plano e considerando 𝑦 = 0 , obtemos 𝑧 = 1 . Sendo assim, 𝐴 = 1, 0, 1 é um ponto do plano π. Distâncias 𝑑 𝑟, π = 𝑑 𝑃, π = 𝐴𝑃. 𝑛 𝑛 𝑑 𝑟, π = −3, 1, 4 . −3, 0, 4 −3 2 + 4 2 = 25 5 = 5. Exemplo 6: Determine a distância entre a reta 𝑟: 𝑥, 𝑦, 𝑧 = −2, 1, 5 + 𝑡 4, 2, 3 , 𝑡 ∈ ℝ, e o plano π: 𝑥 − 𝑦/2 − 5𝑧 = 10. Solução: 𝑣 = 4, 2, 3 é um vetor diretor de 𝑟 e 𝑛 = 1,−1/2,−5 é um vetor normal a π. 𝑣 . 𝑛 = 4, 2, 3 . 1, −1/2,−5 = −12 ≠ 0 . Logo, 𝑟 e π são transversais ⇒ 𝑑 𝑟, π = 0. Entre dois Planos: Se dois planos α e β são transversais ou coincidentes (α = β ), então a distância entre eles é zero. Se α e β são paralelos, então a distância entre eles é igual à distância de um ponto de um dos planos ao outro. Em termos de estratégia para o cálculo da distância entre α e β, sugiro que verifiquem ini- cialmente se eles são transversais. Caso sejam, 𝑑 α, β = 0 . Caso não sejam, 𝑑 α, β será a distância de um ponto qualquer de um deles ao outro (neste caso, se 𝑑 α, β = 0, então α = β). Distâncias Exemplo 7: Determine a distância entre os planos α: 𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 4 e β: 2𝑥 = −6 − 2𝑦 − 2𝑧. Solução: Organizando as equações fica fácil notar que o vetor normal ao plano α , 𝑛1 = 1, 1, 1 , é paralelo ao vetor normal ao plano β, 𝑛2 = 2, 2, 2 , já que 𝑛2 = 2𝑛1. Logo, α e β não são transversais. Portanto, vamos tomar um ponto 𝐴 ∈ α a fim de calcular 𝑑 α, β , uma vez que 𝑑 α, β será igual a 𝑑 𝐴, β . Substituindo 𝑥 = 0 e 𝑦 = 0 na equação de α, obtemos 𝑧 = 4. Sendo assim, 𝐴 = 0, 0, 4 ∈ α. Distâncias Analogamente, substituindo 𝑥 = 0 e 𝑦 = 0 na equação de β , obtemos 𝑧 = −3 . Sendo assim, 𝐵 = 0, 0, −3 é um ponto do plano β. Logo, 𝑑 α, β = 𝑑 𝐴, β = 𝐴𝐵. 𝑛2 𝑛2 = 0, 0, −7 . 2,2,2 2 2 + 2 2 + 2 2 = 14 2 3 = 7 3 3 . Distâncias Exemplo 8: Determine a distância entre os planos δ:−𝑥 + 3𝑦 = 0 e σ: 3𝑥 − 𝑦 + 4𝑧 = 1. Solução: Verifiquemos se o vetor normal ao plano δ , 𝑛1 = −1, 3, 0 , é paralelo ao vetor normal ao plano σ, 𝑛2 = 3,−1, 4 : 𝑛1 × 𝑛2 = 𝑖 𝑗 𝑘 −1 3 0 3 −1 4 = 𝑖 3.4 + 𝑗 0.3 + + 𝑘 −1. (−1 ) − 𝑘 3.3 + 𝑖 0. −1 + 𝑗 4. −1 = 12, 4, −8 ≠ 0 . Ou seja, não são paralelos. Logo, δ e σ são transversais ∴ 𝑑 δ, σ = 0.
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