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Contabilidade e Planejamento Tributário

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CONTABILIADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Conceitos, Cálculos e contabilizações dos juros sobre o capital próprio, distribuição de lucros e dividendos
· A seção XV do regulamento de IR (RIR), Decreto 9.580/2018, trata exclusivamente de Juros sobre o capital próprio.
Ex prático de juros sobre capital próprio:
Dados para análise:
	Capital Social
	3.900.000
	Reserva de Reavaliação
	650.000
	Outras Reservas
	455.000
	Lucros Acumulados
	1.300.000
	Total do PL
	6.305.000
· Lucro do exercício antes do JCP – 780.000
· Taxa anual do TJLP – 12%
Calculo dos JCP
	(+) Total do PL
	6.305.000
	(-) Reserva de Reavaliação
	(650.000)
	(=) Base de calculo
	5.655.000
	(X) Alíquota TJPL
	12%
	(=) Juros sobre o capital próprio
	678.600
Analise a dedutibilidade para adequação legal:
50% do lucro líquido do exercício (780.000 x 50%) = 390.000
50% dos lucros acumulados (1.300.000 x 50%) = 650.000
O valor máximo que pode ser distribuído como JCP é de R$ 650.000, uma vez que 678.600 (valor total do JCP) ultrapassa o estipulado em lei. Leva-se sempre em consideração o valor máximo possível para distribuição.
Se o valor do JCP fosse menor que o máximo estipulado poderia ser distribuído totalmente.
Contabilização dos juros sobre o Capital Próprio:
Ex:
D – Despesas financeiras – JCP 650.000
C – JCP a pagar (PC) – 650.000
D – JCP a pagar (PC) – 97.500 (JCP x 15% IR)
C – IRRF a recolher (PC) – 97.500
CONCEITO DE DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS:
O lucro é a remuneração do capital aplicado pelo sócio na empresa, diferente do pró-labore, que é a remuneração pelo trabalho do sócio.
Ele é calculado anualmente quando o balanço é fechado e, posteriormente, distribuído aos sócios, podendo ser de acordo com a participação no capital social ou de forma diferente da participação do capital social desde que exista um acordo entre os sócios.
A distribuição de lucros é isenta de impostos, uma vez que o lucro já foi tributado na pessoa jurídica que apurou.
Para chegar ao valor do lucro que poderá ser distribuído aos sócios há duas opções:
· Fazer escrituração contábil
· Calcular o valor do Lucro Presumido, conforme legislação.
O que pode acontecer é que o valor do Lucro Presumido pode ser menor que o apurado pela escrituração.
Levando-se em consideração que a escrituração contábil é obrigatória para todas as empresas, conforme citado pelo Conselho Federal da Contabilidade (CFC), é valido que seja feita para apuração dos valores a serem retirados pelos sócios.
A Distribuição de Lucros deve ser feita anualmente, sendo possível a antecipação de lucro. Para isso deve-se calcular o lucro da empresa até o mês que está sendo antecipada a antecipação e transferir da conta corrente da empresa para conta corrente do sócio. Porém para que essa operação seja validada, a empresa deve estar com todos os registros contábeis, fiscais e financeiros em ordem. Caso contrário, a distribuição do lucro será tributada, sendo entendida como pró-labore. Vale destacar que os lucros só podem ser distribuídos se eles existirem na empresa. Lei nº 9.249/95 – art. 10
O art. 1.008 da lei 4.357/1964 cita: “Caso a empresa tenha débitos federais, municipais ou estaduais, não poderá realizar distribuição de lucros, estando sujeita a multa de 50% do valor distribuídos”.
Contabilização da retirada de lucro:
A contabilização da retirada de lucro apenas reflete a transferência de valores monetários (dinheiro) da conta da empresa para a conta do sócio.
É preciso atentar se estamos contabilizando uma antecipação de distribuição de lucro ou já efetivando a distribuição de lucro no final do período.
Vamos contabilizar as duas situações, utilizando valores fictícios.
Exemplo 1: Contabilização de antecipação de distribuição de lucro
No mês X a empresa fez antecipação de lucro para o sócio H, no valor de 1.200. Verificou-se que foi apurado o valor de 1.400 de lucro no período.
D – Antecipação de Distribuição de Lucro (Ativo Circulante)1.200
C – Banco conta Movimento (Ativo Circulante)1.200
Assim que o lucro for apurado ao final do exercício, precisaremos contabilizar o valor distribuído no Patrimônio Líquido.
Em dezembro, a empresa apurou o lucro total de 7.800. Distribuiu aos sócios 7.800, levando em consideração o valor distribuído anteriormente.
D – Reserva de lucros / Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido)1.200
C – Antecipação de Distribuição de Lucro (Ativo Circulante)1.200
D – Reserva de lucros / Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido)6.600
C – Banco conta Movimento (Ativo Circulante)6.600
Exemplo 2: Contabilização da distribuição efetiva de lucro
No final do ano de XX, foi apurado na empresa ABC o lucro de 9.750, o qual será todo distribuído aos sócios.
D – Reserva de lucros / Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido)9.750
C – Banco conta Movimento (Ativo Circulante)9.750
Porém, pode acontecer de a empresa apurar lucro e querer distribuir aos sócios, contudo, o pagamento só vai ocorrer no próximo período. Então, faz-se necessário contabilizar a provisão do pagamento no exercício de apuração do lucro.
Exemplo 3: Provisão da Distribuição de Lucro
No final do ano de YY, foi apurado na empresa XZD o lucro de 11.100, o qual será distribuído no seu montante, porém pago no próximo ano.
D – Reserva de lucros / Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido)11.100
C – Distribuição de Lucro a Pagar (Passivo Circulante)11.100
CONCEITO DE DIVIDENDOS:
Dividendos são valores distribuídos na forma de remuneração aos acionistas, por ocasião do encerramento do exercício, quando há lucro apurado em Sociedades Anônimas.
Os valores podem ser pagos na forma de dinheiro, ações ou direitos de propriedades, sempre proporcional à quantidade de ações do investidor, sendo a periocidade especificada no estatuto da empresa.
De acordo com o artigo 202 da Lei 6.404/76 (Lei das S/As), que regula esse tema, o estatuto social determinará a porção mínima dos lucros que devem ser distribuídos, sendo obrigatório, por lei, distribuir dividendos ao final de cada exercício.
Muitas empresas adotam um percentual mínimo de 25%, mas existem outras que adotam percentuais menores ou maiores, e não há um limite mínimo exato estabelecido por lei.
Dentro do conceito de dividendos, temos a bonificação e o dividendo especial extraordinário. A bonificação (bônus) é paga em forma de ações, proporcionalmente ao número de papéis adquiridos. Já o dividendo especial extraordinário é distribuído com base em acontecimentos inesperados no decorrer do exercício que aumentam a receita e o caixa da empresa. Exemplo: venda de ativo.
No Brasil, os dividendos são isentos de imposto de renda, uma vez que as empresas já foram tributadas em suas operações e, por isso, tributar os dividendos seria uma espécie de bitributação.
Contabilização de dividendos
Como há necessidade de apuração do lucro para distribuição dos dividendos, normalmente, o pagamento se dá no período seguinte à apuração. Portanto, a contabilização ficará assim:
D – Reserva de lucros / Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido)
C – Dividendos a Pagar (Passivo Circulante)
CONCEITOS, CÁLCULOS E CONTABILIZAÇÃO DO MEI (MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL)
Conceitos de MEI, SIMEI e respectivos tributos:
A sigla MEI significa Microempreendedor Individual e é uma tratativa adotada para que os trabalhadores informais fiquem dentro da legalidade, com carga tributária reduzida.
O profissional cadastrado como MEI passa a ter CNPJ, ou seja, tem facilidades com a abertura de conta bancária, no pedido de empréstimos, e na emissão de notas fiscais, além de ter obrigações e direitos de uma pessoa jurídica.
Para ser MEI, algumas regras precisam ser seguidas:
•. Exercer profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços (art. 966 do Código Civil);
• Auferir receita bruta acumulada nos anos-calendário anterior e em curso de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais). No caso de início de atividade, o limite deve ser de R$ 6.750,00 (seis mil setecentos e cinquenta reais) multiplicado pelo número de meses compreendidos entre o mês de início de atividade e o final do respectivoano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro;
• Exercer tão somente as ocupações constantes do Anexo XI da Resolução CGSN nº 140, de 2018;
• Possuir um único estabelecimento;
• Não participar de outra empresa como titular, sócio ou administrador;
• Não contratar mais de um empregado, que só poderá receber 1 (um) salário-mínimo previsto em lei federal ou estadual ou o piso salarial da categoria profissional, definido em lei federal ou por convenção coletiva da categoria;
• Não guardar, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade;
• Não realizar suas atividades mediante cessão ou locação de mão de obra.
Para a constituição como microempreendedor individual (MEI) e optante pelo Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional (SIMEI), deve-se acessar o Portal do Empreendedor e informar os dados pessoais do empreendedor individual para a sua formalização.
Como já citado, a carga tributária de um MEI é diferenciada por ser reduzida. A alíquota é de 5% do limite mensal do salário-mínimo e mais R$ 1,00 (um real), a título de ICMS, caso seja comerciante e/ou R$ 5,00 (cinco reais), a título de ISS, caso seja prestador de serviço. O pagamento pode ser feito por meio de débito automático, on-line, ou emissão do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).
Diferentemente do que ocorre com os demais optantes pelo Simples Nacional, o optante pelo Simei é isento dos seguintes tributos:
• IRPJ
• CSLL
• Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI (exceto se incidentes na importação)
• Contribuição previdenciária patronal (exceto se contratar empregado)
Assim como acontece com a opção pelo Simples Nacional, a opção pelo Simei não exclui a incidência de outros tributos, por exemplo:
• IOF;
• Impostos sobre a Importação e Exportação;
• Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI incidentes na importação;
• ITR;
• Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável, bem como relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente, ou relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica a pessoas físicas;
• FGTS;
• Contribuição previdenciária relativa ao empregado.
A opção pelo Simei também não é suficiente para dispensar a obrigatoriedade de reter IRPJ, CSLL, Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, conforme a legislação federal de regência desses tributos.
No que se refere ao pagamento dos tributos, O MEI tem as seguintes opções para emitir o DAS-MEI:
• por meio do respectivo Programa Gerador – PGMEI;
• por meio do APP do MEI para celular;
• através do Totem Sebrae; ou
• incluir em Débito Automático.
A Lei Complementar nº 126, de 2006, no caput do art. 18-A cita: “De qualquer modo, o MEI está obrigado a pagar o valor mensal previsto pelo Simei, porque esse valor é fixo e independe do exercício de atividade e do volume de receita”.
Então, vale dizer que, a partir do momento em que o MEI for optante pelo Simei, ele deverá recolher os valores do DAS-MEI, ainda que esteja inativo ou que tenha receita zero.
OBRIGAÇÕES FISCAIS, LEGAIS E CONTÁBEIS DO MEI:
Conforme Resolução CGSN nº 140, nos artigos 106, 108 e 109, as obrigações acessórias previstas para o MEI são:
• Emitir documento fiscal para destinatários inscritos no CNPJ, salvo se o destinatário emitir nota fiscal de entrada de mercadorias;
• Manter Relatório Mensal de Receitas Brutas para comprovação das receitas, no qual deverão ser anexadas as notas fiscais de entrada de mercadorias e serviços tomados, bem como as notas fiscais emitidas de vendas ou prestação de serviços;
• Apresentar Declaração Anual para o MEI – DASN-Simei;
• Prestar informações relativas a terceiros, nos casos de contratação de funcionário.
Em relação ao Relatório Mensal de Receitas Brutas, a obrigação do MEI é mantê-lo, para apresentação apenas quando solicitado pelo Fisco.
Eventual inatividade do MEI não o desobriga de apresentar a DASN-Simei, pois o MEI que deixar de apresentar a DASN-Simei ou que a apresentar com incorreções ou omissões ou, ainda, que a apresentar fora do prazo fixado, será intimado a apresentá-la ou a prestar esclarecimentos, conforme o caso, no prazo estipulado pela autoridade fiscal, e estará sujeito a multa.
O fato de ser MEI não é suficiente para obrigar ou desobrigar o contribuinte de apresentar declaração de imposto de renda pessoa física. Caso ele se enquadre em qualquer das hipóteses de obrigatoriedade de declarar, de acordo com a legislação federal pertinente, deverá fazê-lo. Caso contrário, não.
O MEI só está desobrigado de apresentar GFIP e RAIS se não contratar empregado.
O MEI fica dispensado da escrituração dos livros fiscais, contábeis e da Declaração Eletrônica de Serviços (DES), assim como de emitir nota fiscal para consumidor pessoa física. Porém, estará obrigado à emissão quando o destinatário da mercadoria ou serviço for cadastrado no CNPJ, salvo quando esse destinatário emitir nota fiscal de entrada. Independentemente da dispensa de emissão de nota fiscal, o MEI deve sempre adquirir mercadorias ou serviços com documento fiscal.
BAIXA OU DESENQUADRAMENTO DO SIMEI:
Não podemos confundir desenquadramento do Simei com baixa do MEI.
No desenquadramento, o contribuinte sai do Simei, mas mantém sua inscrição no CNPJ. Ou seja, o MEI pode ser desenquadrado do Simei e permanecer existindo como empresário individual, no Simples Nacional ou não. Já a baixa do MEI equivale à sua extinção, com baixa de sua inscrição no CNPJ.
O desenquadramento por opção do MEI poderá ser realizado a qualquer tempo, mas só produzirá efeitos a partir de 1º de janeiro do ano calendário subsequente. Já se a comunicação for feita no mês de janeiro, o desenquadramento produzirá efeitos nesse mesmo ano-calendário.
A obrigatoriedade do desenquadramento mediante comunicação dar-se-á por opção do MEI ou obrigatoriamente quando:
• exceder no ano-calendário imediatamente anterior ou no ano-calendário em curso o limite de receita bruta previsto no § 1º do artigo 18-A da Lei Complementar nº 123, de 2006 (R$ 81.000,00, a partir de janeiro/2018);
• exceder no ano-calendário de início de atividade o limite proporcional previsto no § 2º do art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 2006 (R$ 6.750,00 multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início de atividade e o final do respectivo ano-calendário, a partir de janeiro/2018);
• exercer atividade não constante no Anexo XI da Resolução CGSN nº 140, de 2018;
• possuir mais de um estabelecimento;
• participar de outra empresa como titular, sócio ou administrador;
• contratar mais de um empregado ou pagar a ele mais que um salário-mínimo ou o piso salarial da categoria profissional;
• incorrer em alguma das situações previstas para exclusão do Simples Nacional.
Será desenquadrado automaticamente do Simei o microempreendedor individual que promover a alteração de dados no CNPJ que importem em:
• alteração para natureza jurídica distinta de empresário individual;
• inclusão de atividade econômica não permitida pelo CGSN;
• abertura de filial.
O desenquadramento produzirá efeitos a partir do mês subsequente ao da ocorrência da situação impeditiva.
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS:
São considerados isentos do imposto sobre a renda, na fonte e na declaração de ajuste do beneficiário, os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao Microempreendedor Individual – MEI, optante pelo Simples Nacional, exceto os que corresponderem a pró-labore ou aluguéis.
A isenção fica limitada ao valor resultante da aplicação, sobre a receita bruta mensal, no caso de antecipação de fonte, ou da receita bruta total anual, tratando-se de Declaração de Ajuste Anual, dos percentuais de apuração do Lucro Presumido, mencionados no artigo 15, da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995.
O limite acima não se aplica na hipótese de o microempreendedor individual manter escrituração contábil que evidencia lucro superior àquele limite.
Vale lembrar que o MEInão está obrigado a ter escrituração contábil, porém, se optar por distribuir valor maior que o apurado no cálculo de lucro presumido, terá de ter os livros contábeis em ordem.
CONCEITOS, CÁLCULOS E CONTABILIZAÇÃO DO EIRELI (EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA) E SOCIEDADE LIMITADA UNIPESSOAL:
CONCEITO DE EIRELI:
EIRELI é a sigla de Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. Trata-se de um tipo societário, criada pela Lei nº 12.441, em 2011, com o objetivo de legalizar o empresário individual como sociedade limitada, eliminando a figura do sócio, sendo uma das alternativas para os que não podem ser enquadrados como MEI.
A separação do patrimônio empresarial do privado se dá como uma das principais características da EIRELI. Porém, é importante destacar que essa separação patrimonial é válida apenas se o titular da empresa não tiver praticado qualquer tipo fraude ou ato ilícito comprovado.
A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI poderá ser constituída tanto por pessoa natural quanto por pessoa jurídica, nacional ou estrangeira. Do ato constitutivo da EIRELI formada por pessoa natural deverá constar cláusula com a declaração de que o seu titular não participa de nenhuma outra empresa dessa modalidade. A constituição de EIRELI por pessoa jurídica impede a constituição de outra com os mesmos sujeitos naturais integrantes a titular, em respeito ao disposto no § 2º do art. 980-A do Código Civil.
O capital social, que deverá ser totalmente integralizado, não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no país, sendo desnecessária a atualização do capital por alteração e/ou decisão do titular, quando houver mudanças no valor instituído pelo Governo Federal.
É vedada a contribuição ao capital que consista em prestação de serviços, assim como o objeto que inclua a atividade de advocacia.
Na razão social deverá constar o termo EIRELI, porém, sem a obrigatoriedade de constar o nome do proprietário.
Não há limite de faturamento para uma EIRELI, mas é necessário levar em consideração o regime tributário escolhido.
Obrigações fiscais e contábeis de uma EIRELI
Uma EIRELI pode escolher entre os três regimes tributários a seguir:
• Lucro Presumido
• Lucro Real
• Simples Nacional
As obrigações fiscais e contábeis para as empresas EIRELI são as mesmas citadas na lei das S/As, no Regulamento do Imposto de Renda, e nas legislações específicas do Ministério do Trabalho.
Como iremos tratar dessas leis e normas em momento específico, vou apenas elencar algumas obrigações, independentemente do tipo de tributação escolhido:
• Escrituração Contábil
• Escrituração Fiscal
• Registro de Empregados
• GEFIP / SEFIP
• DIRF
Fazer a escrituração contábil da empresa é obrigatório, pois os documentos/demonstrativos gerados são exigidos por lei para verificar regularmente se a empresa está em dia e pagando os devidos impostos.
As informações extraídas das demonstrações contábeis são relevantes para:
• orientação e escolha do regime tributário mais adequado para a empresa;
• manutenção do registro da empresa junto aos órgãos governamentais;
• garantia da conformidade com a legislação fiscal, trabalhista e previdenciária;
• fornecimento de dados para previsões financeiras, como o fluxo de caixa e o capital de giro;
• precificação do produto;
• análise de indicadores financeiros;
• comprovação de lucro ou prejuízo para retirada de valores pelos sócios
Conforme o item Perguntas Frequentes do site do CFC, temos a seguinte pergunta sobre a contabilização das empresas:
Pergunta: A escrituração contábil é obrigatória para todas as entidades, inclusive micro e pequenas empresas?
Resposta: Sim, os profissionais de contabilidade estão obrigados a aplicar a ITG 2000, aprovada pela Resolução CFC nº 1.330/11.
O item 2 da referida Interpretação determina que a mesma deve ser adotada por todas as entidades, independente da natureza e do porte, na elaboração da escrituração contábil, observadas as exigências da legislação e de outras normas aplicáveis, se houver.
Já em relação à remuneração dos sócios, podemos elencar a retirada de pró-labore, a distribuição de lucro e o recebimento de juros sobre capital próprio.
SOCIEDADE LIMITADA UNIPESSOAL
A MP 881/2019 convertida na lei 13.874/2019 institui esse novo formato empresarial.
A Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) permite a abertura de uma empresa sem a necessidade de um capital mínimo, com garantia do patrimônio particular permanecer protegido e sem sócios.
Portanto, é uma facilidade para profissionais deixarem a informalidade, sem a obrigatoriedade de terem sócios ou capital social integralizado alto. Há a possiblidade de abertura de mais de uma empresa pelo sócio e as atividades não são restritas.
Poderá ser definida no ato de constituição, saída de sócios da sociedade, por meio de alteração contratual, bem como por meio de transformação, fusão, cisão, conversão e outras situações.
Uma observação a ser feita sobre um capital social (inicial) reduzido é que, se a empresa tiver prejuízos, poderá não conseguir pagá-los, diferente das possibilidades da EIRELI, que são maiores para esse tipo de situação.
O DREI – Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração – divulgou a Instrução Normativa 63, de 11/06/2019, considerando os termos da MP 881, ainda não convertida em lei, orientando os procedimentos no arquivamento dos pedidos de constituição e alteração do contrato social para a Sociedade Limitada Unipessoal.
Assim, dispõe a IN 63/2019 que a Sociedade Limitada Unipessoal:
(i) deverá adotar, como nome empresarial, o nome civil do sócio único, de forma completa (podendo ser abreviado o prenome) acrescido da expressão limitada, por extenso ou abreviada;
(ii) o ato constitutivo do sócio único observará as disposições previstas na lei para o contrato social da sociedade limitada;
(iii) as decisões do sócio único deverão ser consolidadas em documento escrito, dispensando publicação, exceto em caso de redução do capital social, quando excessivo em relação ao objeto da sociedade;
(iv) na hipótese de falecimento do sócio único, a sucessão dependerá de autorização judicial enquanto não concluída a partilha ou a escritura pública de partilha de bens, a exemplo do que ocorre em relação ao herdeiro do titular de EIRELI;
(v) sua extinção se opera pelo distrato do contrato social.
Importante deixar claro que regras quanto à capacidade e aos impedimentos para ser sócio se mantêm como Sociedade Limitada.
Todas as obrigações acessórias, assim como a escolha da melhor forma de tributação são iguais das empresas do tipo EIRELI.
DIVISÃO DA TRIBUTAÇÃO BRASILEIRA E REGIMES DE TRIBUTAÇÃO DOS IMPOSTOS SOBRE A RENDA NO BRASIL
DIVISÃO TRIBUTÁRIA
Conforme o Código Tributário Nacional (CTN), no art. 3, entende-se por tributo toda prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Ainda no CTN, artigo 5º, e na Constituição Federal, artigo 145º, os tributos são assim divididos:
1) Impostos;
a) Taxas, cobradas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição;
b) Contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas;
c) Contribuições especiais;
d) Empréstimos compulsórios.
O sistema tributário brasileiro consiste no recolhimento de tributos, com o objetivo de subsidiar as ações do governo, envolvendo os serviços prestados à população, a melhoria da infraestrutura das entidades governamentais, e o pagamento dos servidores públicos.
Normalmente, os tributos são cobrados do cidadão direta ou indiretamente pelo governo, seja durante a aquisição/utilização de algum produto ou serviço, tanto de empresas públicas como privadas.
Entretanto, devido à falta de unificação da legislação tributária, existe a complexidade do sistema tributário nacional.
Os tributos são divididos nas três esferasgovernamentais.
I. Tributos federais
São os tributos arrecadados pela União com o objetivo de pagar gastos públicos nas áreas de saúde, segurança e educação, e podem ser utilizados para aumentar ou diminuir o consumo de determinados bens e serviços, tendo a União maior controle sobre a economia do país.
• Exemplos de tributos federais:
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
• Imposto sobre Operações Financeiras (IOF);
• Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ);
• Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF);
• Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP);
• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS).
II. Tributos estaduais
Os tributos estaduais são regulamentados pelos governos estaduais, sendo a utilização definida pelo próprio.
Os tributos estaduais são:
• Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
• Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA);
• Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD).
III. Tributos municipais
Os tributos municipais são de competência das prefeituras e os valores arrecadados são utilizados para sanar as despesas com a folha de pagamento e demais custos para a manutenção dos gastos públicos.
São tributos municipais:
• Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos (ITBI);
• Imposto sobre Serviços (ISS);
• Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).
A União é a responsável por recolher a maior parte dos tributos no Brasil, cabendo a ela administrar a repartição dessa receita, distribuindo aos Estados e ao Distrito Federal (ente federativo autônomo) – e esses, por sua vez, aos Municípios – os valores com o objetivo de diminuir as desigualdades econômicas regionais.
REGIME DE TRIBUTAÇÃO
Regime de Tributação é a forma com que o contribuinte deve tributar seus resultados, operações, rendimentos ou rendas.
Para as empresas possuidoras de CNPJ temos três tipos básicos de regimes, o qual será escolhido entre as atividades permitidas e a legislação, que pode obrigar a adotar um deles. São:
Lucro Presumido – tem como base o faturamento da empresa e a presunção de lucro conforme o tipo de atividade (Comércio, Indústria ou Prestação de Serviço);
Lucro Real – tem como base o lucro contábil para apuração do IRPJ e a CSLL e as compras e vendas para PIS e COFINS;
Simples Nacional – utiliza a receita bruta do mês e acumulada do ano para cálculo de guia única para recolhimento.
Algumas limitações são dadas para se enquadrar no Lucro Presumido, e ainda mais restrições quando falamos no enquadramento ao Simples Nacional. Já em outros casos, a empresa está obrigada a optar pelo Lucro Real.
O Imposto de Renda Pessoa Física parte da tributação da renda auferida pelo indivíduo em determinado período. Ao final dele, o contribuinte é obrigado a declarar toda a renda, segregando-a entre tipos específicos, se houver tratamentos diferenciados na tributação.
Na mesma declaração de rendas, o contribuinte informa gastos específicos que podem ser abatidos do montante total a ser pago (denominados deduções). Algumas rendas podem ser isentas de tributação, o que também diminui a renda tributável. Ao final, sobre o montante tributável, são aplicadas alíquotas escalonadas, de modo a definir o valor devido ou a restituir.
Para esse cálculo, é apresentada pelo Fisco Federal a tabela de cálculo progressivo, na qual são escalonadas por faixas as rendas, assim como as alíquotas e os valores a deduzir.
Os valores também informados pelo Fisco Federal, a título de Dependentes, também abatem o valor a recolher.
Todos os anos, a Receita Federal apresenta as regras de obrigatoriedade de entrega de declaração de Imposto de Renda Pessoa Física, o prazo de entrega e condições, assim como a lista de perguntas e respostas para a melhor apresentação da obrigação.
Juntamente com o Imposto de Renda Retido da Fonte – o qual é retido pelo empregador por meio da folha de pagamento e recolhido ao fisco através de DARF –, há também o desconto de INSS, que se destina ao financiamento da aposentadoria.

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