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Artigo - Estágio Língua Inglesa

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Superando os desafios no Ensino e Aprendizagem da Língua Inglesa no Ensino Básico
Dilaine Ester Freitas Lopes
RESUMO
O presente artigo contempla os resultados de algumas pesquisas realizadas sobre as potencialidades e desafios encontrados no ensino e aprendizagem da língua inglesa na educação básica. O artigo irá apresentar algumas dificuldades vivenciadas por professores e alunos no decorrer do processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa. Os artigo mostra a importância da parceria entre escola , professor e aluno para obter sucesso no ensino e aprendizagem da língua inglesa. 
Palavras-chave: Desafios, ensino, aprendizado, língua inglesa.
1 INTRODUÇÃO
Sabemos que os desafios sempre existiram e sempre existirão, portanto, tanto o aluno quanto o professor e a escola devem estar cientes de seu papel no processo de ensino e aprendizagem especialmente na aquisição uma língua estrangeira, o que torna o desafio mais difícil em executar. 
A língua inglesa muitas vezes é vista como uma disciplina sem importância e algo supérfluo trazendo a falta de interesse do aluno. Porém, não é apenas por ser algo considerado supérfluo que traz o desinteresse aos alunos, mas a falta de recursos nas escolas e como a disciplina é vista pela gestão escolar.
Numerosas são as dificuldades que os alunos enfrentam nas aulas de língua inglesa, a falta de recursos e a desvalorização da disciplina de língua inglesa não são os únicos desafios, mas também a falta de respeito ao professor, salas superlotadas, carga horária reduzida, a falta de incentivo por parte da família do discente, a forma como o docente aplica a metodologia, a qualificação do professor; esses são alguns fatores que potencializam os desafios no ensino/aprendizagem da língua inglesa na educação básica. 
Em relação às dificuldades encontradas para se ensinar língua estrangeira, (no nosso estudo a língua inglesa), Galli afirma que a relação entre representação e realidade do ensino de LE no Brasil é conflituosa na medida em que, se não há utilidade para o ensino desta cultura na esfera pública, consolida-se o pensamento fragmentado do início do século passado em que o saber era dicotomizado (GALLI, 2015, p. 16).
2 REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA NO ENSINO FUNDAMENTAL E NO ENSINO MÉDIO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES
A aquisição de uma nova língua exige materiais elaborados com qualidade para que possa atender com eficácia cada faixa etária e condição do aluno (pois há alunos que tem maiores dificuldades em aprender do que outros), e essa realidade está aquém na educação básica, logo, é na educação básica que o aluno deveria obter maior contato com a língua inglesa (por ser umas línguas mais faladas no mundo inteiro), é na educação básica onde o aluno deve aprender a se comunicar em inglês, para que ao se formarem, possam ter acesso ao mercado de trabalho e às oportunidades que surgirem. 
Oferecer um ensino com qualidade de língua inglesa aos alunos do ensino fundamental e médio é entregar-lhes a chave para um mundo sem fronteiras, onde lhes abrirão portas para o sucesso, porém, muitos professores acabam por se sentirem desmotivados ao ensinar a língua inglesa no ensino básico por ser vista apenas como uma disciplina extracurricular, por perceberem que os alunos não tem interesse em aprender por acharem que é impossível aprender uma nova língua e conseguinte os professores acabam por apenas cumprir a carga horária com gramáticas cansativas e ensino desmotivador. 
Para Lefta (2011) a cumplicidade do professor com os alunos envolve compartilhar com eles um objetivo, que não é nem o objetivo do professor e nem o do aluno; é o objetivo da turma, é um objetivo de todos os que fazem parte do corpo docente. Nesse objetivo que os conflitos serão resolvidos e as dificuldades que aparecem no caminho serão vencidas, ou seja, um trabalhando a favor do outro, o professor e a gestão escolar procurando o melhor para motivar os alunos no interesse pela aquisição da língua estrangeira. 
O papel do professor nesse processo é se qualificar, estar em constante aprendizado, abarcar seus conhecimentos para que possa ensinar com excelência, criatividade, motivação, inspiração e muitas vezes usar o lúdico para despertar a atenção dos alunos. Nessa premissa, Gimenez, Calvo & El Kadri (2011) destacam que é de suma importância a comunicação com outros falantes não-nativos para se aprender inglês. Além disso, outras variedades da língua inglesa que não apenas norte-americana ou britânica precisam ser apresentadas aos alunos no desenvolvimento das habilidades receptivas e nas de compreensão, assim como os temas trazidos para a sala de aula, os quais abrangem questões sociais, e tudo aquilo que faz parte do cotidiano do aluno, e nessa vertente o professor é o responsável por apresentar tais possibilidades de os alunos se desenvolverem na aquisição da língua inglesa. 
O papel da escola é oferecer materiais adequados para todas as turmas e faixa etárias, reconhecer a importância da disciplina de língua inglesa como as demais disciplinas e promover eventos no âmbito da língua inglesa. O papel do aluno é ser disciplinado e envolvido com as aulas, buscar fazer a sua parte como estudante e pesquisador mesmo fora do ambiente escolar. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento do ensino e aprendizagem da língua inglesa demanda um comprometimento com todos os envolvidos na esfera educacional, é um processo que permite que haja parceria entre escola, professor e aluno para que trabalhem em conjunto, tornando, assim os desafios mais amenos e prazerosos do que dificultosos e maçantes. 
Conclui-se que de nada adianta colocarmos a culpa no governo, na escola, nos professores, nos alunos ou até mesmo na sociedade, mesmo diante de tantas dificuldades e desafios, no entanto, é possível haver uma mudança nesse cenário. E para que isso aconteça, é preciso estabelecer laços, metas, elaborar estratégias para que a parceria entre escola, professores e alunos de língua inglesa sejam bem sucedidas. Continuar buscando e lutando para que os desafios sejam superados e possamos ter uma educação com efeito e de qualidade.
4 REFERÊNCIAS
GALLI, Joice Armani. As línguas estrangeiras como políticas de educação pública bilíngue. In: GALLI, J. A. Línguas que botam a boca no mundo: reflexões sobre teorias e práticas de língua. Recife: Ed. EDUFPE, 2011, p. 16.
LEFFA, V. Criação de Bodes, Carnavalização e Cumplicidade. Considerações Sobre o Fracasso da Lei na Escola Pública. In: CÂNDIDO DE LIMA. Diógenes (Org.). Inglês em Escolas Públicas não Funciona: uma questão, múltiplo olhares. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. p. 30.
GIMENEZ, T.; CALVO, L. C. S.; EL KADRI, M. S. Inglês como língua franca: ensino-aprendizagem e formação de professores. Campinas, SP: Pontes Editores., 2011. p.15-16

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