Buscar

CASO4

Prévia do material em texto

Para responder a este caso, vamos abordar as duas questões: diagnóstico provável e 
próximos passos no tratamento.
▏Qual é o diagnóstico mais provável?
O diagnóstico mais provável para este homem de 55 anos com dor torácica súbita, 
dispneia, alteração do sensório e os parâmetros hemodinâmicos e sinais clínicos 
descritos é choque cardiogênico. Vários fatores no caso sugerem esse diagnóstico:
Histórico de Doença Arterial Coronariana (DAC): Um histórico longo de DAC 
pode predispor a isquemia cardíaca ou infarto do miocárdio.
•
Dor Torácica Súbita e Dispneia: Esses sintomas podem ser sinais de uma 
complicação cardíaca aguda, como infarto do miocárdio ou insuficiência cardíaca 
aguda.
•
Hipotensão, Taquicardia e Estertores Bilaterais: Os valores de pressão arterial 
baixa, frequência cardíaca alta e estertores bilaterais indicam disfunção cardíaca 
e congestão pulmonar.
•
Parâmetros Hemodinâmicos:
Alta pressão venosa central (PVC): Indica aumento da pressão no lado 
direito do coração.
•
Alta pressão arterial pulmonar (PAP): Sugere sobrecarga no lado direito 
do coração.
•
Alta pressão de oclusão da artéria pulmonar (POAP): Indica pressão 
elevada no lado esquerdo do coração, sugerindo congestão pulmonar ou 
falência do coração esquerdo.
•
Baixo débito cardíaco (DC): Indica que o coração está tendo dificuldade 
para bombear sangue suficiente para o corpo.
•
•
Exame Físico: Galope B3 e estertores bilaterais indicam disfunção ventricular. O 
edema dos membros inferiores com extremidades frias e pulsos débeis sugere 
má perfusão periférica, uma consequência típica do choque cardiogênico.
•
▏Idealmente, quais são os próximos passos no 
tratamento deste paciente?
O tratamento do choque cardiogênico é complexo e envolve intervenções imediatas 
 Página 1 de CASOS 
O tratamento do choque cardiogênico é complexo e envolve intervenções imediatas 
para estabilizar o paciente e tratar a causa subjacente. Os passos ideais incluem:
Suporte Hemodinâmico:
Uso de vasopressores (como noradrenalina) para elevar a pressão arterial e 
manter a perfusão.
•
Uso de inotrópicos (como dobutamina) para aumentar a contratilidade 
cardíaca e melhorar o débito cardíaco.
•
Monitoramento contínuo dos parâmetros hemodinâmicos para ajustar a 
terapia conforme necessário.
•
•
Suporte Respiratório:
Suporte de oxigênio ou ventilação mecânica para melhorar a oxigenação.•
Medidas para tratar a congestão pulmonar, como diuréticos, se apropriado.•
•
Identificação e Tratamento da Causa Subjacente:
Investigar a causa do choque cardiogênico, como infarto do miocárdio ou 
disfunção valvar.
•
Se infarto do miocárdio for confirmado, considerar intervenções percutâneas 
ou cirúrgicas para revascularização.
•
Se houver suspeita de outras causas, como miocardite ou insuficiência 
valvar, avaliação por ecocardiograma e outros exames de imagem.
•
•
Suporte Multidisciplinar:
Equipes de cardiologia, terapia intensiva e enfermagem devem trabalhar 
juntas para gerenciar a condição complexa do paciente.
•
Considerar a transferência para um centro de cuidados cardíacos 
especializados, se necessário.
•
•
Comunicação com a Família:
Manter a família informada sobre o estado do paciente e o plano de 
tratamento.
•
Discutir o prognóstico e expectativas, proporcionando apoio emocional 
conforme necessário.
•
•
Estas intervenções buscam estabilizar o paciente, identificar a causa subjacente do 
choque cardiogênico e fornecer cuidados adequados para melhorar o prognóstico e 
reduzir complicações.
 Página 2 de CASOS

Continue navegando