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1 redentor.edu.br PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E EXPLOSÕES http://redentor.edu.br 2 redentor.edu.br Heitor Antonio da Silva Reitor Cláudia Regina Boechat Silva Vice-reitora Luís Adriano Pereira da Silva Pró-reitor de Operações e Finanças André Raeli Gomes Pró-reitor de Ensino, Pesquisa e Extensão João Victor da Silveira Costa Diretor de Pós-Graduação Maria Esther de Araújo Coordenadora de Educação a Distância Caio Valeriote Revisão Ortográfica Muriel Batista de Oliveira Autora do e-Book http://redentor.edu.br 3 redentor.edu.br ÍND ICE Proteção Contra Incêndios................................... Legislação............................................................ Requisitos Funcionais.......................................... Dinâmica do Fogo................................................ Sistemas de combate à incêndio........................ 3 6 6 8 10 http://redentor.edu.br 4 redentor.edu.br Proteção contra incêndios e explosões http://redentor.edu.br 5 redentor.edu.br Proteção contra incêndios e explosões Os sistemas de proteção contra in- cêndio e explosões são de extrema importância e têm, por objetivo, prote- ger a vida e o patrimônio. São de ca- ráter obrigatório perante os órgãos municipais e estaduais, devendo ser analisados e projetados por profissio- nais especializados nessa área, como você, engenheiro de segurança do trabalho, que também será responsá- vel junto ao empregador, ao cliente, às seguradoras e às entidades gover- namentais em caso de sinistro. Prevenção: Medidas que se desti- nam, exclusivamente, a prevenir a ocorrência do início do incêndio. Proteção: Medidas destinadas a pro- teger a vida humana e os bens mate- riais dos efeitos nocivos do incêndio, na proporção que as medidas de pre- venção venham a falhar. http://redentor.edu.br 6 redentor.edu.br Proteção contra incêndios e explosões Legislação O Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI) deverá seguir a Legislação Estadual (cada estado tem o seu), por meio do Decreto ou das Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros e as normas pertinentes (NBR) emitidas pela Associação Bra- sileira de Normas Técnicas (ABNT), e será o documento principal, onde estarão detalhados todos os equi- pamentos e sistemas necessários à adequada proteção contra incêndios. Não podemos esquecer da Norma Regulamentadora NR 23 que é a nor- ma do Ministério do Trabalho, que tra- ta da proteção contra incêndios nos ambientes de trabalho, que em seu item 23.1 diz: “Todos os emprega- dores devem adotar medidas de preven- ção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis.” Requisitos Funcionais Considerando o princípio da precau- ção, devemos levar em conta sem- pre a legislação mais restritiva para proporcionar melhor segurança ao empreendimento (patrimônio) e às pessoas. O sistema de segurança contra incên- dio atende a alguns requisitos funcio- nais, como: • Precaução contra o início do incên- dio; • Limitação do crescimento do incên- dio; • Extinção inicial do incêndio; • Limitação do desenvolvimento do incêndio; • Abandono seguro do edifício; • Precauções contra a propagação do fogo para edifícios vizinhos; • Precaução contra o colapso estru- tural; • Rapidez, eficiência e segurança nas operações de combate e salva- http://redentor.edu.br 7 redentor.edu.br Proteção contra incêndios e explosões Importante destacar a diferença das medidas passivas e ativas: Medidas de proteção passivas Estão incorporadas ao projeto da edi- ficação e em projetos complementa- res, com o objetivo de evitar, ao máxi- mo, a ocorrência de um foco de fogo, e, caso aconteça, reduzir as con- dições propícias para o seu cresci- mento e alastramento para o resto da edificação e para as edificações vizi- nhas. São exemplos de medidas pas- sivas: saídas de emergência, portas corta-fogo, sinalização e iluminação de emergência, sistema de detecção (sensores), compartimentação hori- zontal e vertical, pintura intumescen- te, controle de fumaça, rotas de fuga, sistema SPDA, etc. Medidas de proteção ativa ou de combate São de reação ao fogo, que já está ocorrendo, e são formadas por siste- mas e equipamentos que devem ser acionados e operados, de forma ma- nual ou automática, para combater o foco de fogo, com o objetivo de ex- tingui-lo ou, em último caso, mantê-lo sob controle até a sua autoextinção. São exemplos de medidas ativas: alarme manual, hidrantes, mangoti- nhos, extintores de incêndio, brigada de incêndio, etc. http://redentor.edu.br 8 redentor.edu.br Proteção contra incêndios e explosões Dinâmica de Fogo A representação gráfica de um incên- dio (fogo fora de controle) pode ser dada pelo triângulo ou tetraedro do fogo. A combustão só existe se os três la- dos do triângulo estiverem presentes (combustível, comburente e fonte de calor) e ocorre a reação em ca- deia - (tetraedro do fogo – onde, após iniciado o processo, parte do calor liberado é usado para ser ignição e continuidade do processo de combus- OXIGÊNIO ACIMA DE 13% SÓLIDOS, LÍQUIDOS E GASOSOS ENERGIA QUE PROVOCA CALOR Co m bu st íve l Com burente Calor tão). Isso significa que, na ausência de qualquer um desses elementos, não há nenhum risco de fogo e, em caso de incêndio, a anulação de um dos três elementos causa a extinção do fogo. Se não há calor (temperatura de ignição), por exemplo, extingue-se o fogo por resfriamento. Se não há oxigênio (comburente), extingue-se o fogo por abafamento, se não há com- bustível, o incêndio termina por isola- mento. http://redentor.edu.br 9 redentor.edu.br Proteção contra incêndios e explosões A partir do tipo de combustível pre- sente no ambiente profissional, tam- bém é possível classificar o tipo de fogo e identificar a melhor forma de agir diante de um incêndio. O fogo pode ser classificado nas seguintes classes: • Classe A - são materiais de fácil combustão que queimam tanto em sua su- perfície quanto na profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madei- ra, papel, fibras, etc.; • Classe B - são os líquidos e gases inflamáveis que queimam somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasoli- na, etc.; • Classe C – trata-se de incêndio em equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.; • Classe D - incêndio envolvendo materiais pirofóricos como magnésio, zinco, zircônio, selênio, titânio; • Classe K – fogo em óleos ou gorduras vegetais ou animais, utilizados na cocção. http://redentor.edu.br 10 redentor.edu.br Sistemas de combate à incêndio http://redentor.edu.br 11 redentor.edu.br Proteção contra incêndios e explosões Os extintores são equipamentos de segurança muito utilizados para extin- guir um princípio de incêndio. A partir desta representação, é pos- sível obter informações a respeito das melhores formas de prevenção e combate a incêndios. Dependendo da classe do fogo, te- mos um tipo de extintor específico mais adequado, conforme ilustra a fi- gura 3. Figura 3: Agente extintor mais adequado para cada classe de fogo Fonte: http://www.petroserraextintores.com.br http://redentor.edu.br 12 redentor.edu.br Proteção contra incêndios e explosões Sistema de combate por gases Nos sistemas de combate por gás, temos um conjunto de cilindros con- tendo o elemento extintor, uma rede de distribuição e os difusores (equi- pamento responsável pelo lançamen- to do gás no ambiente). O sistema de gás poderá ser manual ou automáti- co. Para acionamento automático, é necessário um sistema de detecção e alarme, no qual uma central recebe informações do ambiente protegido através de sensores e, na ocorrência de um incêndio, envia um sinal elétri- co para disparo dos cilindros de gás. Esse sistema pode ser instalado em locais não ocupados, eventualmente ocupados e permanentemente ocu- pados, como um laboratório. Para cada lugar, existe o gás apropriado (FM200, CO2, INOVEC 1230, iner- gen, argon, etc.) com procedimentos e lógicas de funcionamento distintas. http://redentor.edu.br 13 redentor.edu.br Proteção contra incêndios e explosões Sistema de hidrantes O sistema é composto de um reser- vatório de água, conectado a uma Casa de Bombas ou diretamente na rede de alimentação d’água que in- terliga todas as válvulas (simples ou duplas) de conexão das mangueiras de hidrantes. Ao lado dos pontos de hidrante, são instalados os abrigos de incêndio comumente metálicos ou em fibra de vidro, contendo as manguei- ras de incêndio, chave, esguichos e acessórios, que deverão ser utiliza- dos pelo Corpo de Bombeiros ou pela brigada de incêndio. http://redentor.edu.br 14 redentor.edu.br Proteção contra incêndios e explosões Mangotinhos Sistema idêntico ao dos hidrantes, po- rém descarrega água em quantidade inferior, mas em quantidade adequada ao risco da área onde está instalado. Com uma simples saída d’água, con- tendo válvula de abertura rápida, de passagem plena, que tem uma man- gueira semirrígida permanentemente acoplada, com esguicho regulável na extremidade, oferece maior facilida- de e rapidez de operação, dado que o manuseio é possível por, apenas, uma pessoa. http://redentor.edu.br 15 redentor.edu.br Proteção contra incêndios e explosões Sistema de chuveiros automáticos: Sprinklers O sistema é composto de um reser- vatório de água que está conectado a uma Casa de Bombas, a qual alimenta a rede de distribuição de água, onde estão instaladas as válvulas de gover- no e alarme (VGA), e os sprinklers, a fim de combater automaticamente os focos de incêndio. O acionamento de cada sprinkler é feito pelo rompimen- to de sua ampola ou fusível, termo sensível quando atingida pelo calor do fogo. A água liberada sob pressão atinge o defletor do sprinkler e dis- persa-se de forma difusa, combaten- do e extinguindo o foco de incêndio dentro da área de cobertura de cada chuveiro. http://redentor.edu.br 16 redentor.edu.br Proteção contra incêndios e explosões Sistema de detecção e alarme O sistema é composto de uma cen- tral de alarme (painel de detecção e alarme), a qual coleta e gerencia in- formações dos ambientes através de sensores (detectores de fumaça, de temperatura, de chama, de gás). Essa central de alarme monitora, continu- amente, os sensores implantados e, ao perceber uma condição anormal, o alarme é disparado, bem como ou- tras medidas acessórias, como fechar uma porta corta-fogo, ou o sistema de exaustão de fumaça. IMPORTANTE! E você, engenheiro de segurança, não se esqueça do sistema de ges- tão de segurança contra incêndio e de analisar os requisitos funcio- nais. Tenha sempre um plano de emergência bem elaborado, testado e avaliado. http://redentor.edu.br 17 redentor.edu.br http://redentor.edu.br
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