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Unidade II

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Unidade II
Manutenção Aplicada e Normas 
Regulamentadoras
Metodologia da 
Manutenção
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
ALESSANDRA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
ANDREW SCHAEDLER
GISELLY MENDES
AUTORIA
Andrew Schaedler
Sou formado em Engenharia Mecânica e tenho experiência técnico-
profissional de mais de 8 anos na área de engenharia de processos e 
usinagem de precisão. Passei por empresas como a TDK (multinacional 
japonesa produtora de componentes eletrônicos) e John Deere 
(multinacional americana produtora de equipamentos agrícolas), e hoje 
sou sócio-proprietário de uma metalúrgica especializada em usinagem 
de precisão, atendendo empresas de grande porte do ramo automotivo. 
Giselly Mendes
Sou mestra em Qualidade Ambiental, tecnóloga em Polímeros, 
administradora e educadora com experiência técnico-profissional de mais 
de 12 anos na área de processos gerenciais e educacionais.
Somos apaixonados pelo que fazemos e adoramos transmitir nossa 
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por 
isso, fomos convidados pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estamos muito felizes por podermos ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte conosco!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando necessárias 
observações ou 
complementações 
para o seu 
conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas 
e links para 
aprofundamento do 
seu conhecimento;
REFLITA:
se houver a 
necessidade de 
chamar a atenção 
sobre algo a ser 
refletido ou discutido;
ACESSE: 
se for preciso acessar 
um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de 
autoaprendizagem 
for aplicada;
TESTANDO:
quando uma 
competência for 
concluída e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Manutenção mecânica ............................................................................. 10
Processos da manutenção mecânica ..............................................................................10
Ferramentas para manutenção ..........................................................................11
Técnicas de montagem e desmontagem de equipamentos ......16
Fundamentos de usinagem ................................................................................. 17
Manutenção predial civil .......................................................................... 21
Conhecendo a manutenção predial .................................................................................. 21
Inspeção Predial............................................................................................................24
Manutenção predial x Inspeção predial ......................................................27
Classificação de falhas .............................................................................................28
Manutenção elétrica .................................................................................. 31
Entendendo a manutenção elétrica predial ................................................................ 31
Periodicidade da manutenção elétrica predial ......................................34
Verificação de rotina em manutenção preventiva ...............................35
Processos da manutenção elétrica predial ................................................................. 36
Normas regulamentadoras da manutenção ...................................40
O que são Normas? ...................................................................................................................... 40
Normas Técnicas Brasileiras ...................................................................................................42
7
UNIDADE
02
Metodologia da Manutenção
8
INTRODUÇÃO
Você sabia que a área da manutenção é uma das maiores 
demandas na indústria? A manutenção está presente em nosso dia a 
dia praticamente em todo lugar que frequentamos e existe em todas as 
regiões do mundo. Nesta unidade vamos iniciar nossos estudos sobre 
esta área de conhecimento tão utilizada pela sociedade atual e aprender 
sobre os conceitos e as definições de manutenção. Neste capítulo vamos 
aprender um pouco mais sobre as manutenções mecânica, predial civil e 
elétrica predial, conhecer alguns processos de execução relacionados a 
esses três tipos de manutenção e veremos exemplos de alguns problemas 
frequentes e como resolvê-los. Para finalizar a unidade, vamos conhecer 
as normas regulamentadoras que regem os profissionais da manutenção. 
Ficou empolgado? Ótimo! Então vamos seguir aprendendo sobre essa 
vasta área de conhecimento!
Metodologia da Manutenção
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2 – Manutenção Aplicada 
e Normas REGULAMENTADORAS. Nosso objetivo é auxiliar você no 
desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término 
desta etapa de estudos:
1. Compreender o macroprocesso da manutenção mecânica.
2. Entender como se processa a manutenção predial civil.
3. Discernir sobre as especificidades da manutenção elétrica predial.
4. Aplicar as normas regulamentadoras ao processo de manutenção.
Então, preparado para entrar no mundo da manutenção? Esta área 
de conhecimento nos cerca todo o tempo e em todo lugar! Vamos lá!
 
Metodologia da Manutenção
10
Manutenção mecânica
OBJETIVO:
Neste capítulo vamos conhecer um pouco mais sobre 
manutenção mecânica e entender onde ela é aplicada 
e como os profissionais de manutenção trabalham. 
Também vamos conhecer um pouco sobre processos 
e equipamentos utilizados na manutenção mecânica, 
no reparo de peças quebradas ou desgastadas e n a 
confecção de novas peças para reposição. Ficou curioso, 
não é mesmo? Ótimo, vamos em frente!
Processos da manutenção mecânica
Podemos entender manutenção mecânica como o conjunto de 
reparos e cuidados técnicos para o bom funcionamento e reparo de 
máquinas, equipamentos, peças, moldes ou ferramentas.
A manutenção não atua exclusivamente em máquinas e 
equipamentos que estão em operação, mas também na concepção 
de um projeto, na acessibilidade dos conjuntos pelo mecânico ou no 
dimensionamento de peças e dos componentes devem atender a 
critérios para facilitar as operações de manutenção que serão executadas 
no futuro.
Assim como as máquinas, ferramentas, materiais e tecnologia 
evoluíram desde o surgimento da mecanização, industrialização e 
automatização. A mecânica também evoluiu, não só no que se refere 
aos procedimentos práticos de montagem, desmontagem, substituição 
de peças e alinhamento, mas também à parte de gestão da manutenção 
(ALMEIDA, 2018).
Metodologia da Manutenção
11
Figura 1 – Manutenção mecânica
Fonte: Freepik 
Vamos conhecer as ferramentas utilizadas nos processos de 
manutenção montagem e desmontagem, como os processos de 
usinagem e soldagem.
Ferramentas para manutenção
Para que o mecânico de manutenção efetue as operações de 
manutenção necessárias, garantindo o bom funcionamento de máquinas 
e equipamentos, é essencial que ele conheça as ferramentas que podem 
ser empregadas nos procedimentos que ele irá executar. 
1. Chaves fixas de montagem e desmontagem: 
a. Chave de boca: utilizada para apertar e desapertar porcas e 
parafusos com perfil quadrado e sextavado.
b. Chave estrela: possui o mesmo campo de atuação que a chave deboca, porém possibilita maior quantidade de posições de trabalho.
Metodologia da Manutenção
12
Figura 2 – Chaves de boca (esquerda) e de estrela (direita)
Fonte: Almeida (2018).
c. Chave combinada possui em uma de suas extremidades uma 
chave de boa e uma chave de estrela, o que a torna extremamente 
prática.
Figura 3 – Chaves combinadas
Fonte: Almeida (2018).
2. Chave de soquete: entre as chaves intercambiáveis, é o tipo 
mais comum, prático e versátil, em virtude da ampla gama de 
acessórios fornecidos. Os soquetes podem ter o perfil sextavado 
ou estriado. A chave de soquete possibilita o acesso a porcas ou 
Metodologia da Manutenção
13
parafusos em locais onde outros tipos de chaves não conseguem 
alcançar, e permite o acoplamento em catracas que possibilitam o 
aperto dos parafusos sem a retirada da chave.
Figura 4 – Jogo de chaves de soquete com catraca
Fonte: Almeida (2018).
3. Chave hexagonal tipo Allen: é utilizada para fixar ou soltar 
parafusos com sextavados internos, com ou sem cabeça. O tipo 
de chave Allen mais utilizado possui perfil L, o que possibilita o 
efeito alavanca durante o aperto ou desaperto de parafusos.
Figura 5 – Jogo de chaves Allen
Fonte: Almeida (2018).
Metodologia da Manutenção
14
4. Chave para canos e tubos: também conhecida como grifo, é 
uma ferramenta específica para instalação e manutenção de 
tubulações.
5. Chave de boca ajustável: conhecida como chave inglesa, é 
muita utilizada na mecânica e pode ser usada em trabalhos 
de manutenção predial, como montagem de tubulações ou 
eletrodutos com elementos de fixação rosqueáveis. 
Figura 6 – Chaves de canos (esquerda) e chave inglesa (direita)
Fonte: Almeida (2018).
6. Alicate universal: ferramenta manual destinada a segurar, puxar ou 
dobrar objetos. Tem a função de uma morsa.
7. Alicate de pressão: tem a mesma função que o alicate universal, 
porém possui regulagem de abertura das garras.
Figura 7 – Alicate de pressão
Fonte: Almeida (2018).
Metodologia da Manutenção
15
8. Martelo: ferramenta utilizada na conformação de chapas, pregos, 
peças, entre outras, nas diversas áreas da mecânica, caldeiraria, 
funilaria, marcenaria e construção civil. Apesar de ter uma 
construção simples, o tipo de martelo deve ser selecionado 
corretamente, para evitar danos à peça que está sendo utilizada 
(ALMEIDA, 2018).
Figura 8 – Martelos, de cima para baixo: martelo de borracha, martelo para pregos, martelo 
bola, martelo de pena.
Fonte: Almeida (2018).
São muitas ferramentas, não é mesmo? Imagine como esse número 
aumenta quando começamos a utilizar ferramentas especiais ou com 
tamanhos variáveis. É fundamental para o profissional de manutenção 
conhecer e saber escolher as ferramentas que irá utilizar.
Metodologia da Manutenção
16
Técnicas de montagem e desmontagem de 
equipamentos
Quando pensamos em manutenção de máquinas, qual imagem 
que vem a sua imaginação? Aposto que é uma máquina desmontada com 
um profissional de manutenção segurando uma ferramenta, certo?
Montar e desmontar equipamentos estão diretamente ligados 
a sua manutenção. Além disso, existem normas e boas práticas para 
esses processos, a fim de assegurar a melhor execução da atividade de 
manutenção. Durante a desmontagem de equipamentos, é necessário 
assegurar a integridade das peças e dos componentes, além de garantir 
que a montagem não comprometa a eficiência do equipamento. 
Vamos aprender sobre os procedimentos que visam reduzir o risco de 
problemas na desmontagem e montagem de máquinas e equipamentos, 
sempre aplicando as técnicas de manutenção e os requisitos da norma 
ABNT 15154 - Requisitos para mecânico de manutenção (ALMEIDA, 2018).
 • Procedimento para a correta desmontagem de máquinas: 
1. Desligar a chave geral da máquina.
2. Sinalizar com placas ou faixas de atenção a área de manutenção.
3. Organizar as ferramentas necessárias para a desmontagem do 
equipamento.
4. Elaborar a sequência de procedimento em folha de execução.
5. Quando disponível, ter em mãos o desenho explodido da máquina 
em que será executada a manutenção.
6. Limpar a máquina e drenar lubrificantes ou fluidos de corte.
7. Remover alavancas, mangueiras, tubulações e cabos existentes, 
sempre identificando-os para posterior montagem.
8. Os conjuntos mecânicos pesados devem ser calçados, para evitar 
queda ou desequilíbrio do equipamento.
Metodologia da Manutenção
17
9. Separar as peças em lotes, levando em conta o estado em que 
elas se encontram, sendo eles:
Lote 1 – peças em perfeito estado.
Lote 2 – peças que precisam de recondicionamento ou troca de 
reparos.
Lote 3 – peças danificadas que devem ser substituídas ou fabricadas.
Lote 4 – peças a serem examinadas em laboratório.
Após o conserto das partes identificadas, segue-se com a 
montagem do equipamento (ALMEIDA, 2018).
 • Procedimento para a correta montagem de máquinas: 
1. Consultar os manuais e desenhos técnicos disponíveis.
2. Verificar os elementos e as peças a serem montados.
3. Verificar as ferramentas e os instrumentos de aferição que serão 
utilizados e organizá-los de maneira que facilite o manuseio.
4. Iniciar a operação de montagem de acordo com o planejado, 
sempre cuidando para que não haja impurezas ou fragmentos que 
possam contaminar as peças e componentes.
5. Após a finalização das operações de montagem, testar o 
equipamento montado.
É fundamental que o profissional de manutenção esteja habilitado 
e treinado para a tarefa que vá exercer. Na montagem e desmontagem 
não é diferente, pois o profissional precisa estar preparado para executar 
a função e não ter problemas inesperados em razão da falta de 
conhecimento.
Fundamentos de usinagem
Você certamente já ouviu falar de usinagem de peças, certo? 
Com certeza já viu peças metálicas com design complexo e ficou se 
perguntando como elas foram fabricadas. Normalmente, é usado o 
processo de usinagem nessas situações.
Metodologia da Manutenção
18
Usinagem é o processo de fabricação mecânica que consiste na 
remoção de material por corte ou abrasão visando à fabricação ou ao 
reparo de peças de material metálico e não metálico, obedecendo a 
medidas, geometria e normas de desenho técnico.
A maneira como a peça será usinada e fixada, a ferramenta de 
corte a ser utilizada, as condições de manutenção da máquina em que 
a operação será realizada e principalmente a competência técnica do 
profissional que irá executar a usinagem impactam diretamente no 
processo de usinagem e resultado final.
O processo de usinagem é dividido nas seguintes etapas:
 • Desbaste, que é retirada do excesso de material, deixando uma 
pequena quantidade dele, chamada de sobremetal, que será 
retirado na fase de acabamento.
 • Acabamento, que é a retirada do sobremetal, respeitando as 
medidas dimensionais e geométricas exigidas no desenho técnico 
da peça.
 • Controle, que é o processo de inspeções das dimensões e dos 
requisitos solicitados da peça que foi usinada.
É possível realizar a usinagem com ferramentas manuais, como 
limas ou com auxílio de máquinas operatrizes.
Entre as máquinas operatrizes de usinagem presentes no cotidiano 
mecânico de manutenção, temos:
1. Torno mecânico: é uma das máquinas mais comuns da indústria 
metalomecânica e também uma das mais antigas. Possui inúmeras 
variações e tipos que são utilizados em diversos processos 
de fabricação, sendo usado com frequência na realização de 
manutenção de peças ou ferramentas (ALMEIDA, 2018).
Metodologia da Manutenção
19
Figura 9 – Torno mecânico universal
Fonte: Almeida (2018).
2. Fresadora mecânica: é uma máquina de usinagem destinada 
à usinagem de peças com diversas faces, geometrias, canais, 
rasgos, engrenagens, rebaixo, furações, entre outras formas. São 
máquinas versáteis e muito comuns nas empresas por causa da 
grande variedade de peças que é possível produzir com elas. A 
ferramenta e corte utilizada na fresadora recebe o nomede fresa, 
que pode de aço rápido ou metal duro. 
Figura 10 – Fresadora mecânica universal
Fonte: Almeida (2017).
Metodologia da Manutenção
20
3. Retifica plana e cilíndrica: são máquinas com mesa magnética que 
executa movimentos longitudinais ou transversais para retificar 
uma superfície, e movimentos verticais controlados pelo operador 
manualmente, assim posicionando o rebolo e controlando a 
quantidade de material que será retirado em cada passe na peça 
(ALMEIDA, 2018).
A usinagem está sempre presente na manutenção mecânico em 
razão da necessidade de confeccionar ou reparar peças metálicas, por 
isso é de suma importância que o profissional de manutenção mecânica 
tenha conhecimentos técnicos em usinagem.
RESUMINDO:
Vimos bastante informação, não é mesmo? Garanto que 
você nunca mais irá olhar para suas ferramentas da mesma 
maneira. Também aposto que você nunca tinha visto a 
desmontagem e montagem de equipamentos como 
um dos processos de manutenção. Neste capítulo vimos 
alguns dos processos de manutenção e suas ferramentas, 
aprendemos sobre o processo de usinagem, tão utilizado 
no reparo e confecção de peças de reposição, e vimos 
modelos de máquinas operatrizes. Também aprendemos 
sobre as principais ferramentas utilizadas em montagem 
e desmontagem nas operações de manutenção e 
entendemos a importância e as etapas dos processos 
de desmontagem e montagem executados durante as 
manutenções mecânicas
Metodologia da Manutenção
21
Manutenção predial civil
OBJETIVO:
Neste capítulo vamos estudar sobre manutenção predial 
e entender um pouco como os profissionais da área a 
executam. Também vamos aprender sobre os processos 
utilizados para realizar a manutenção predial, os problemas 
mais comuns e como eles podem ser resolvidos. Acredito 
ter despertado seu interesse, não é mesmo? Vamos em 
frente!
A manutenção predial é regida pela NBR 5674 da Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT), mas na prática temos poucos edifícios que 
têm um sistema ou uma cultura de manutenção implementado. O que 
acontece na prática é a simples correção dos problemas que surgem 
com o tempo ou, como nós já vimos, apenas a manutenção corretiva 
é efetuada. É difícil encontrarmos um edifício ou condomínio com uma 
gestão da manutenção preventiva em funcionamento, o que muitas vezes 
acaba expondo o edifício e suas estruturas a certos riscos.
DEFINIÇÃO:
Vamos aplicar aqui a definição utilizada pela Norma de 
Inspeção Predial do Instituto Brasileiro de Avaliações e 
Perícias de Engenharia (IBAPE): a manutenção predial é o 
conjunto de atividades e recursos que garante o melhor 
desempenho da edificação para atender às necessidades 
dos usuários, com confiabilidade e disponibilidade, ao 
menor custo possível (GOMIDE; FAGUNDES NETO; GULLO, 
2014).
Conhecendo a manutenção predial
Você com certeza já se deparou com manutenções em sua casa, 
edifício ou condomínio, certo? E com certeza alguns pequenos reparos 
você mesmo teve que executar ou chamou um profissional para fazê-lo, 
não é mesmo?
Metodologia da Manutenção
22
Pensando na gestão da manutenção e nas manutenções corretivas, 
preventivas e preditivas que vimos serem tão eficientes no mundo 
industrial, podemos trazer esses conceitos para a manutenção predial.
É comum nos depararmos com manutenções corretivas sendo 
feitas em edifícios, porém a manutenção preventiva e até mesmo a 
preditiva já é mais difícil de enxergarmos. Claro que a maioria dos edifícios 
possui uma boa durabilidade, mas será que não precisam de um olhar 
mais cauteloso no quesito de manutenção?
Não só para identificar e corrigir problemas serve a manutenção 
predial. Ela ajuda a prevenir falhas para manter a funcionalidade das 
construções, atender exigências de segurança e garantir vida longa às 
edificações.
Toda construção deve ser monitorada por profissionais de 
manutenção predial ao longo de sua vida útil. Quando a manutenção é 
ignorada, o edifício corre o risco de perder sua capacidade funcional, 
expor os usuários a situações de risco e insegurança, e ter seu patrimônio 
desvalorizado.
Figura 11 – Manutenção predial em fachada
Fonte: Pexels. 
Metodologia da Manutenção
23
Em condomínios, ignorar a manutenção pode resultar em 
responsabilização civil de proprietários, síndicos e administradores. Para 
evitar problemas, é necessário que um plano de gestão da manutenção 
seja implantado, começando com a realização da inspeção predial. A partir 
daí o administrador passa a ter um laudo com as informações do edifício, 
que mostra a situação real do prédio no que diz respeito à funcionalidade, 
ao atendimento às normas técnicas e à presença de falhas. A inspeção 
predial funciona como uma revisão de um carro, apontando os problemas 
já existentes e alguns problemas que irão surgir com o tempo. Todos os 
sistemas que compõem a edificação são analisados, da cobertura ao 
subsolo.
SAIBA MAIS:
A Câmara de Inspeção Predial do IBAPE/SP, em 2009, 
preocupada com a relação causa x efeito dos acidentes e 
sua forte correlação com a manutenção predial, realizou 
um estudo sobre acidentes ocorridos em edificações com 
mais de 30 anos, que considerou dados de conhecimento 
comum, publicados pela imprensa, e informações 
cadastradas no banco de dados do Corpo de Bombeiros do 
Estado de São Paulo. Nesse estudo, os acidentes prediais 
analisados ocorreram, exclusivamente, em edificações 
na sua fase de uso, excluídos dessa análise, portanto, 
acidentes ocorridos na fase de obras e em edificações 
com menos de 10 anos. Dos resultados obtidos, 66% das 
prováveis causas e origens dos acidentes são relacionadas 
à deficiência ou à falta de manutenção, perda precoce 
de desempenho e deterioração acentuada. Apenas 34% 
dos acidentes possuem causa e origem relacionada a 
problemas de construção dos edifícios (IBAPE/SP, 2015). A 
figura a seguir ilustra os resultados:
Metodologia da Manutenção
24
Figura 12 – Gráfico com resultado sobre a pesquisa de falhas em edifícios
Fonte: IBAPE/SP (2015, p. 12).
Os dados acabam apontando para uma conclusão: há meios de 
diminuir o colapso e a deterioração precoce das edificações. É necessário, 
para tanto, implementar sistemas de gestão da manutenção predial 
e realizar avaliações periódicas das condições técnicas, de uso e de 
manutenção dos edifícios.
O termo utilizado para essa avaliação da edificação é Inspeção 
Predial, ou Vistoria de Check-up. Essa avaliação é uma manutenção 
preventiva, sendo assim diminui o risco de acidentes prediais e auxilia 
no direcionamento de investimentos na edificação e nas adequações do 
plano de manutenção.
A inspeção predial é uma atividade que tem normas e métodos 
já preestabelecidos, classifica as deficiências constatadas na edificação 
com uma visão sistêmica e gera uma lista de prioridades técnicas com 
orientações ou recomendações para a correção, sendo que o resultado 
dessa avaliação corresponde a ações do plano de manutenção do edifício 
(IBAPE/SP, 2015).
Inspeção Predial
Como podemos ver a inspeção predial é parte fundamental da 
gestão da manutenção predial e é a partir dela que temos a análise da 
situação do edifício em avaliação e podemos definir as ações de correção 
que será preciso executar. Também usamos o laudo da inspeção predial 
Metodologia da Manutenção
25
para montar o plano de manutenção e planejar os custos envolvidos para 
executar a manutenção.
DEFINIÇÃO:
De acordo com a Norma de Inspeção Predial do IBAPE/SP, 
é a “análise isolada ou combinada das condições técnicas, 
de uso e de manutenção da edificação”.
Outras normas técnicas definem Inspeção Predial. Temos como 
exemplo:
 • Avaliação do estado da edificação e de suas partes constituintes, 
realizada para orientar as atividades de manutenção (ABNT NBR 
5674).
 • Verificação, por meio de metodologia técnica, das condições de 
uso e de manutenção preventiva e corretiva da edificação (ABNT 
NBR 15575-1).
O que acontece na práticaé uma avaliação com o objetivo de 
identificar o estado geral da edificação e de seus sistemas construtivos, 
observando os aspectos de desempenho, funcionalidade, vida útil, 
segurança, estado de conservação, manutenção, utilização e operação, 
sempre visando ao bem-estar dos usuários.
Vamos agora analisar o método dessa avaliação técnica e suas 
etapas, de acordo com a Norma de Inspeção Predial do IBAPE/SP:
Metodologia da Manutenção
26
Figura 13 – Etapas da inspeção predia
l
PRINCIPAIS ETAPAS PARA A REALIZAÇÃO DE UMA INSPEÇÃO PREDIAL
1ª. Etapa: Levantamento de dados e documentos da edifi cação: Administrativos, técnicos de 
manutenção e operação (planos, relatórios, históricos, etc.)
2ª. Etapa: Entrevista com gestou ou síndico para averiguação de informações sobre o uso da 
edifi cação, histórico de reforma e manutenção, entre outras intervenções ocorridas. 
3ª. Etapa: Realização de vistorias na edifi cação, realizadas com equipe multidisciplinar ou não, 
dependendo do tipo de prédio e da complexidade dos sistemas construtivos existentes
4ª. Etapa: Classifi cação das defi ciências constatadas nas vistorias, por sistema construtivo, 
conforme sua origem. 
Essas podem ser classifi cadas em: 
 • Anomalias construtivas ou endógenas (quando relacionadas aos problemas da 
construção ou projeto do prédio);
 • Anomalias funcionais (quando relacionadas à perda de funcionalidade por fi nal de 
vida útil – envelhecimento natural);
 • Falhas de uso e manutenção (quando relacionadas à perda precoce do 
desempenho por defi ciências no uso e nas atividades de manutenção periódicas).
 • Todas as defi ciências são cadastradas por fotografi as que devem constar no laudo 
de inspeção predial.
5ª.Etapa: Classifi cações dos problemas (anomalias e falhas), de acordo com o grau de 
prioridade, conforme estabelecido em norma, considerando os fatores de conservação, as 
rotinas de manutenção previstas, os agentes de deterioração precoce, a depreciação, os riscos 
à saúde, à segurança, à funcionalidade e ao comprometimento da vida útil. 
6ª.Etapa:Elaboração de lista de prioridades técnicas, conforme a classifi cação de prioridade 
de cada problema constatado. Essa lista é ordenada do mais crítico ao menos crítico. 
7ª.Etapa: Elaboração de recomendações ou orientações técnicas para a solução dos problemas 
constatados. Essas orientações podem estar relacionadas à adequação do plano de manutenção 
ou a reparos e reformas para a solução de anomalias.
8ª. Etapa: Avaliação da qualidade de manutenção, conforme estabelecido em norma. 
Resumidamente, para essa classifi cação, consideram-se as falhas constatadas na edifi cação, 
as rotinas, a execução das atividades de manutenção e as taxas de sucesso, entre outros 
aspectos.
9ª. Etapa: Avaliação do uso da edifi cação. Pode ser classifi cado em regular ou irregular. 
Observam-se as condições originais da edifi cação e seus sistemas construtivos, além de 
limites de utilização e suas formas.
Fonte: IBAPE/SP (2015, p. 13-14).
Metodologia da Manutenção
27
As etapas da inspeção predial seguem uma ordem lógica para 
ajudar na classificação e na solução dos problemas encontrados nas 
edificações, e é importante que sejam seguidas e bem executadas, pois 
só assim a inspeção predial será eficiente.
O profissional de manutenção predial deve saber ler e interpretar 
o documento de inspeção predial, para assim executar as ações de 
manutenção de forma correta e eficaz.
Manutenção predial x Inspeção predial
É importante entendermos que a inspeção predial não é 
manutenção da edificação. A inspeção predial é uma das ferramentas que 
auxiliam na elaboração ou na revisão do plano de manutenção e na gestão 
predial. Manutenção, por definição, é o conjunto de atividade que garante 
e recupera os desempenhos de elementos e sistemas construtivos, 
conforme previsto em projeto e dentro do prazo de vida útil, sendo uma 
atividade técnica de Engenharia ou de outro profissional qualificado.
Conforme a ABNT NBR 5674, as responsabilidades técnicas de 
quem realiza a manutenção são:
1. Assessorar o proprietário na tomada de decisão sobre a 
manutenção e sua organização.
2. Providenciar e manter atualizados os registros da manutenção.
3. Realizar rondas de manutenção e contratar inspeções técnicas 
periódicas.
4. Preparar previsões orçamentárias para os serviços de manutenção.
5. Supervisionar as atividades de manutenção.
6. Planejar as atividades e reavaliar a programação.
7. Orçar serviços de manutenção terceirizados ou próprios.
8. Realizar ou assessorar o proprietário na contratação de serviços.
9. Definir e implementar sistema de gestão da manutenção predial.
10. Orientar os usuários sobre o uso adequado da edificação.
Metodologia da Manutenção
28
11. Assessorar o proprietário em situações de emergência.
12. Acompanhar o valor dos investimentos e o valor do imóvel ao 
longo de sua vida útil, em função das atividades de manutenção 
executadas.
A falta de manutenção nos edifícios causa a falha ou parada nas 
funcionalidades que o edifício possui e redução do prazo de vida útil. 
Logo, quando não se faz manutenção, os gastos com reparos corretivos 
e reformas são maiores e ocorrem de forma mais acentuada e precoce. É 
importante observar, ainda, que a manutenção garante a funcionalidade 
e, principalmente, a segurança do uso das instalações e dos sistemas da 
edificação.
Se realizada sem critério técnico, a manutenção pode causar 
problemas, gastos indevidos sem os benefícios esperados, danos 
materiais, físicos e gerar preocupações desnecessárias aos usuários, 
além da desvalorização acentuada do imóvel, indenizações por acidentes, 
condenações jurídicas por negligência, impedimento ao uso, interdições, 
entre outros problemas.
Classificação de falhas
As falhas de manutenção podem ter diversas causas. Quando se 
realiza a inspeção predial, elas são analisadas para classificar o grau de 
prioridade. Podem ter origem em execução de atividades inadequadas, 
mal planejamento, uso indevido de materiais, deficiências com mão de 
obra, problemas com ausência de registros, contratos de terceirizadas 
incompatíveis com a realidade operacional das instalações, dentre outras.
As falhas podem ser:
 • Críticas, que implicam danos à saúde e à segurança dos usuários, 
perda excessiva de desempenho causando possíveis paralisações, 
comprometimento sensível de vida útil e desvalorização acentuada. 
Esse tipo de falha exige intervenção imediata. Exemplo: parada 
dos elevadores e trincas que comprometam a estrutura do prédio.
 • Regulares, que causam perda de funcionalidade sem prejuízo à 
operação direta de sistemas, redução pontual de desempenho, 
Metodologia da Manutenção
29
deterioração precoce e pequena desvalorização. Esse tipo de 
problema requer programação e intervenção em curto prazo. 
Exemplo: fachada do edifício descascando e degraus da escada 
perdendo o revestimento.
 • Mínimas, que causam pequenos prejuízos à estética ou à atividade 
programável e planejada, sem incidência ou sem a probabilidade 
de ocorrência dos riscos críticos e regulares. Exemplo: bolhas na 
pintura no hall de entrada. 
A deficiência no diagnóstico das falhas causa retrabalho e gastos 
desnecessários, sem contar que o problema poderá ressurgir, agravando 
a situação e causando prejuízo ainda maior (IBAPE/SP, 2015).
Outro ponto que precisamos saber é que a manutenção não é 
Reforma, Modernização e/ou Retrofit, pois essas atividades alteram as 
características originais dos sistemas construtivos, o que não ocorre com 
a manutenção predial.
DEFINIÇÃO:
De acordo com a recente ABNT NBR 16280:2014 – Norma de 
Reforma em Edificações – Sistemas de Gestão de Reformas 
– Requisitos, tem-se como definição para reforma de 
edificação: “alteração nas condições da edificação existente, 
com ou sem mudança de função, visando recuperar, 
melhorar ou ampliar suas condições de habitabilidade, uso 
ou segurança, e que não seja manutenção”.As reformas em geral podem ocorrer nas edificações para repor 
sistemas que já se encontram com vida útil ultrapassada e alterar 
características. As reformas, tanto quanto as atividades de manutenção, 
necessitam de profissionais habilitados para sua execução, porque 
envolvem prestações de serviços de engenharia e arquitetura. Logo, é 
importante contar com responsáveis técnicos.
Metodologia da Manutenção
30
RESUMINDO:
E aí conseguindo absorver toda a informação? Aquelas 
obras que vemos sendo realizadas nas fachadas dos 
edifícios quando caminhamos nas ruas não serão mais as 
mesmas para você, certo? Gostamos de pensar como o 
conhecimento muda a forma de olharmos para o mundo 
e as coisas que nos cercam! Pois bem, nesta unidade 
aprendemos sobre a manutenção predial e como a gestão 
da manutenção interfere na qualidade e nos custos das 
manutenções prediais. Vimos a importância de manter 
uma boa cultura de manutenção predial sempre visando à 
segurança e ao bem-estar dos usuários e como é complexa 
uma inspeção predial, o laudo que ela gera e como o 
utilizamos para alimentar o plano de manutenção do edifício 
que está sendo analisado. Foi possível observar também que 
manutenção predial, por tratar da segurança das pessoas, é 
regida por várias normas regulamentadoras, para garantir a 
qualidade da manutenção e a responsabilidade das ações 
executadas. Vamos em frente, aprendendo cada vez mais 
sobre a área de conhecimento da manutenção
Metodologia da Manutenção
31
Manutenção elétrica 
OBJETIVO:
Neste capítulo vamos estudar sobre manutenção elétrica 
predial e entender um pouco como os profissionais da 
área a executam. Também vamos conhecer os processos 
utilizados para realizar a manutenção elétrica predial, 
os problemas mais comuns e como eles podem ser 
resolvidos. Acredito ter despertado seu interesse, não é 
mesmo? Vamos em frente!
Entendendo a manutenção elétrica predial
Vamos rever o conceito de manutenção, mas agora focando na 
manutenção elétrica predial. Vamos pensar em coisas que fazemos 
habitualmente, por exemplo, pegar o ônibus ou o metrô para ir à escola 
ou ao trabalho. Ou, então, passear no shopping, fazer um exame médico, 
pesquisar um assunto qualquer na internet, abastecer o tanque da 
motocicleta, tomar sorvete, comprar carne para um churrasco, fritar um 
ovo, entre outras coisas. 
Com certeza você se lembra de que a falta de manutenção faz com 
que o ônibus quebre, o ar-condicionado do vagão do metrô não funcione, 
a escada rolante do shopping pare, não seja possível fazer um exame 
médico porque o aparelho está quebrado, não seja possível acessar a 
internet por causa de pane no provedor, não seja possível encher o 
tanque da motocicleta porque a bomba de combustível está parada, não 
poder tomar sorvete nem comprar carne porque não há fornecimento de 
energia no seu bairro. 
Agora, vamos supor a seguinte situação: seu fogão tem acendimento 
(elétrico) automático, mas seu bairro não tem energia! E não há uma caixa 
de fósforos sequer na sua casa. Resultado: sem energia elétrica, você não 
pode nem fritar um ovo!
Analisando e refletindo sobre esses exemplos, fica fácil entender 
o conceito de manutenção: um processo que se destina à conservação 
Metodologia da Manutenção
32
das instalações ou dos equipamentos, mantendo suas características 
técnicas, funcionais e de segurança. Isto é, um conjunto de cuidados 
técnicos indispensáveis para o funcionamento regular e permanente de 
máquinas, equipamentos, ferramentas e instalações, pois os defeitos e 
as falhas comprometem o funcionamento dos componentes elétricos, 
reduzindo a sua vida útil e provocando as paradas não programadas.
O objetivo do serviço de manutenção elétrica predial é garantir a 
continuidade e funcionamento do sistema elétrico e evitar que defeitos 
e falhas, caracterizados pelo funcionamento irregular ou até mesmo 
pela própria interrupção do funcionamento normal do sistema, venham 
ocorrer. As causas mais frequentes de defeitos e falhas são provocadas 
por (SENAI-SP, 2014):
 • Falta de cuidados na execução da instalação.
 • Má qualidade no fornecimento da energia elétrica.
 • Falta de qualidade da manutenção realizada.
 • Sistema elétrico sobrecarregado.
 • Temperatura ambiente.
 • Produtos abrasivos ou químicos presentes no ambiente do sistema 
elétrico, não previstos no projeto.
O profissional de manutenção elétrica predial é responsável por 
fazer com que a energia elétrica chegue a todos os componentes dos 
circuitos das instalações, a fim de manter o funcionamento das máquinas 
e equipamentos a eles conectados.
Metodologia da Manutenção
33
Figura 14 – Profissional de manutenção elétrica predial
Fonte: Freepik .
Sabemos que a gestão da manutenção divide a manutenção em 
corretiva, preventiva e preditiva. Vamos agora ver a descrição desses três 
tipos de manutenção com foco na manutenção elétrica predial.
 • Manutenção corretiva: é realizada quando o equipamento ou a 
instalação apresenta falhas ou danos, mesmo que a manutenção 
preventiva tenha sido realizada. A manutenção corretiva tem o 
objetivo de consertar o defeito apresentado e colocar novamente 
o equipamento ou a instalação em operação, assim reduzindo os 
prejuízos causados por sua paralisação. 
 • Manutenção preventiva: trata das inspeções periódicas nos 
equipamentos ou nas instalações, que permitem verificar as 
condições de funcionamento, segurança e o nível de deterioração 
de equipamentos e instalações, e podem indicar a necessidade 
de limpeza, lubrificação, ajustes, adequações ou substituição de 
componentes.
Portanto, os objetivos da manutenção preventiva são:
Metodologia da Manutenção
34
1. Prolongar a vida útil de equipamentos e instalações.
2. Evitar paradas não programadas.
3. Reduzir os riscos de acidentes.
 • Manutenção preditiva: tem a finalidade de indicar as reais 
condições de funcionamento da maquinaria e das instalações, 
com base em dados de manuais de fabricantes, que informam 
desgaste, fadiga ou deterioração dos componentes de um 
equipamento ou de uma instalação. Desse modo, podemos 
prever o tempo de utilização dos componentes e as condições 
necessárias para o seu máximo aproveitamento.
Os três tipos de manutenção que acabamos de ver podem ser 
divididos em dois grupos: manutenção planejada, no qual se enquadram 
a preventiva e a preditiva, e manutenção não planejada, no qual se 
enquadra a corretiva (SENAI-SP, 2014).
Periodicidade da manutenção elétrica predial
Com certeza você já passou por uma situação em que algo não 
funcionou corretamente em sua casa ou edifício. Também podemos 
assumir que nenhum usuário de uma instalação elétrica predial fica feliz 
quando algo não funciona. Reflita sobre seu dia a dia e como a eletricidade 
tem uma presença tão forte que simplesmente não conseguimos viver 
sem ela.
Agora, imagine uma sala de cirurgia. Nela, nada pode falhar, 
porque isso ameaça a vida de uma pessoa. Esse exemplo demonstra a 
necessidade da manutenção preventiva, pois não podemos esperar que 
algo falhe no meio de uma cirurgia para tentar consertar, não é?
Assim, o intervalo de tempo em que deve ocorrer a manutenção 
tem que ser adequado para a cada tipo de instalação. Quanto mais 
complexa e diversificada for a instalação e seu uso, menor deverá ser o 
intervalo em que são realizadas as intervenções. Por isso, uma sala de 
cirurgia é o típico local em que uma falha de fornecimento de energia 
jamais poderá ocorrer. Portanto, ao estabelecer a periodicidade da 
Metodologia da Manutenção
35
manutenção, o mais importante é levar em consideração a complexidade 
das atividades desenvolvidas e as influências externas existentes no local 
(SENAI-SP, 2014).
Para definir a periodicidade, o profissional de manutenção deve 
considerar as informações sobre vida útil discriminadas nos manuais dos 
fornecedores. Também é possível utilizar o laudo da inspeção predial ou 
o históricode falhas consecutivas, assim estimando o tempo necessário 
para a manutenção entre falhas.
O importante na hora de estipular a periodicidade da manutenção 
em um plano de manutenção é ter em mente que o objetivo é trocar ou 
realizar reparos em componentes antes que eles falhem, assim garantindo 
a segurança e a satisfação do usuário.
Verificação de rotina em manutenção preventiva
A manutenção preventiva deve ser uma rotina em instalações que 
não podem falhar, já que isso significaria prejuízos tanto materiais quanto 
para a utilização do usuário. Imagine um shopping sem ar-condicionado! 
Pense em uma incubadora que mantém vivo um bebê prematuro e que 
fique, mesmo que momentaneamente, em um ambiente sem energia 
elétrica! São prejuízos que não podem ser resgatados! Por esses motivos, 
a manutenção preventiva deve fazer parte da rotina de manutenção da 
instalação elétrica predial. 
A periodicidade da manutenção preventiva é composta por 
verificações frequentes que são feitas em condutores, dispositivos de 
conexão e de manobra, quadros de distribuição e painéis.
1. Condutores: a instalação, a isolação e os elementos de conexão 
dos condutores, incluindo os que alimentam os equipamentos 
móveis, devem ser inspecionados com o objetivo de verificar se: 
a. Estão em boas condições de utilização e limpeza. 
b. Estão devidamente identificados. 
c. Não apresentam sinais de sobreaquecimentos.
Metodologia da Manutenção
36
2. Quadros e distribuição de painéis: devem ser inspecionados 
tanto em sua estrutura quanto em seus componentes. Na 
estrutura de quadros e painéis, devemos verificar o estado geral 
quanto à fixação, à integridade mecânica, à pintura, à presença 
de corrosão e ao funcionamento de fechaduras e dobradiças. 
Devemos, também, avaliar a condição dos condutores e das 
cordoalhas de aterramento. Em relação aos componentes dos 
quadros de distribuição e painéis, devemos verificar as condições 
de funcionamento de contatores, relés, chaves seccionadoras, 
disjuntores, entre outros. Deve-se realizar a fixação, os ajustes e 
as calibrações de acordo com as características técnicas de cada 
componente (SENAI-SP, 2014). 
Processos da manutenção elétrica predial
Como vimos, o principal objetivo da manutenção de um sistema 
elétrico conservar suas condições técnicas, funcionais e de segurança. 
Para isso, ao serviço de manutenção exige a execução de procedimentos 
específicos, que garantam a segurança dos profissionais envolvidos nas 
intervenções e a confiabilidade dos trabalhos realizados. Podemos citar 
como exemplos:
1. Testes de funcionamento de componentes de uma instalação 
elétrica.
2. Inspeção visual dos componentes de uma instalação elétrica. 
3. Ensaios possíveis de componentes de uma instalação elétrica.
Durante a execução de qualquer manutenção elétrica predial, antes 
da substituição de um componente elétrico, você precisa garantir que 
ele realmente deva ser substituído, o que é feito por meio de inspeção, 
testes e ensaio. É primordial que você, antes de iniciar a manutenção, 
realize procedimentos de desligar a energia dos circuitos, atendendo às 
seguintes prescrições da NR 10 (SENAI-SP, 2014):
1. Seccionar o circuito. 
2. Impedir sua reenergização por meio de bloqueios mecânicos.
Metodologia da Manutenção
37
3. Constatar a ausência de tensão. 
4. Instalar aterramento temporário.
5. Proteger os elementos energizados existentes na zona controlada.
6. Instalar a sinalização de impedimento de reenergização. 
Exemplo: Você já utilizou uma tomada, portanto já sabe que as 
conexões entre os aparelhos elétricos portáteis e a rede elétrica são realizadas 
por meio de plugues e tomadas. O desgaste desses dispositivos é resultado 
da corrente que circula por eles e de sua elevada utilização. Também é de 
seu conhecimento que as conexões deficientes podem ocasionar queda de 
tensão, aquecimento e instabilidade na rede elétrica. Constatado o defeito, 
devemos efetuar a troca dos dispositivos. Veja, no quadro a seguir, os 
procedimentos de teste de uma tomada (SENAI-SP, 2014).
Quadro 1 – Exemplo de procedimento de inspeção de tomadas
Itens a verificar Como testar/verificar
Pressão de contato Verifi car se a pressão de contato 
nos polos da tomada é sufi ciente 
para manter conexão com o 
plugue nela inserido.
Bornes de ligação Avaliar conexão do condutor 
com borne de ligação da 
tomada.
Sinais de aquecimento Verifi car se a tomada apresenta 
sinais de deformação por 
aquecimento resultante de 
sobrecarga ou mau contato.
Tensão Constatar presença de tensão 
nos bornes da tomada.
Fonte: SENAI-SP (2014).
Após o profissional de manutenção verificar todo o sistema elétrico, 
trocar os componentes e realizar os reparos necessários, ele precisa 
validar seu trabalho e emitir o relatório final de suas atividades. Após a 
conclusão da manutenção de um sistema elétrico e antes de liberá-
lo para o cliente, é necessário realizar a validação do serviço. Afinal, na 
manutenção também deve-se garantir a funcionalidade, segurança e 
Metodologia da Manutenção
38
conformidade com as normas, assim como a integridade das pessoas, 
do imóvel e dos equipamentos presentes. Para a validação final da 
manutenção executada, é necessário:
1. Verificar a conformidade com os parâmetros do projeto com a 
ajuda da leitura e interpretação do projeto da instalação elétrica.
2. Realizar as rotinas de teste de funcionamento do sistema e de 
medição das grandezas envolvidas. 
3. Preencher o formulário para liberação do sistema. 
4. Encerrar a Ordem de Serviço (OS).
Após todas as etapas acima serem executadas e a ordem de 
serviço ser assinada e aceita pela pessoa que solicitou a manutenção, o 
serviço está concluído e o profissional está pronto para o próximo trabalho 
(SENAI-SP, 2014). 
Como vimos, a manutenção elétrica predial é uma área de grande 
complexidade e alguns riscos. O profissional de manutenção elétrica 
predial deve estar devidamente habilitado de acordo com as normas de 
segurança e com o conhecimento sobre a profissão em dia, caso contrário 
a execução das atividades não sairá conforme o esperado e ainda poderá 
trazer riscos desnecessários.
Metodologia da Manutenção
39
RESUMINDO:
Cada área que nos aprofundamos da manutenção parece 
um mundo novo, não é? Com a manutenção elétrica predial 
não seria diferente, já que é uma área muito importante, por 
tratar da segurança e do bem-estar das pessoas e exigir um 
nível técnico elevado de seus profissionais. Vimos como ela 
é executada no dia a dia e como definidos a periodicidade 
das ações de manutenção preventiva. Foi possível entender 
a importância da manutenção preventiva e preditiva nessa 
área da manutenção. Também vimos o exemplo de um 
procedimento de inspeção e entendemos a necessidade 
de seguir determinados procedimentos para este tipo de 
manutenção. Ainda temos muito a aprender sobre essa 
fantástica área de conhecimento que é a manutenção. 
Vamos em frente
Metodologia da Manutenção
40
Normas regulamentadoras da manutenção
OBJETIVO:
Agora vamos conhecer as normas regulamentadoras que 
regem a atividade de manutenção, como as normas de 
segurança, legislações sobre a construção civil e algumas 
boas práticas a serem seguidas. É muito importante 
conhecer as normas técnicas e legislações sobre a atividade 
que você desempenha, pois, além de funcionarem como 
um guia, também servem para garantir que o profissional 
e as pessoas ao seu redor estejam seguras durante a 
execução de sua atividade. Interessante, não é mesmo? 
Vamos seguir aprendendo sobre a manutenção!
O que são Normas?
Se alguém convidar você para participar de um jogo que você 
nunca jogou, a primeira coisa que você irá perguntar é como ele funciona 
e quais são suas regras, certo? Você faz essa pergunta, pois sabe que se 
não conhecer as regras não terá chance de ganhar.
Com a manutenção é a mesma coisa: é necessário saber quais são 
as regras, normas técnicase boas práticas da manutenção para melhor 
aplicá-las no dia a dia.
Vamos começar entendendo o que é a normalização. Nos dias 
atuais estamos cercados por normas: de convivência, de linguagem, 
de padrões de comportamento. Afinal, “bom dia!”, “por favor!” e “muito 
obrigado!” são expressões que devemos sempre usar e que fazem parte 
das normas da boa educação. Viver em comunidade exigiu de nós, seres 
humanos, o estabelecimento desses tipos de regras.
A industrialização, atividade econômica que mudou totalmente 
nossas vidas nos últimos duzentos anos, exigiu o uso de critérios 
de padronização para facilitar a fabricação, o armazenamento e a 
comercialização dos produtos. Imagine como seria se cada fabricante 
Metodologia da Manutenção
41
resolvesse fabricar o conector de celular diferente para cada modelo de 
celular? Seria muito difícil.
A padronização foi o primeiro passo para a normalização, que nada 
mais é do que um conjunto de critérios estabelecidos entre as partes 
interessadas, ou seja, técnicos, engenheiros, fabricantes, consumidores 
e instituições.
As finalidades da normalização são: 
a. Padronizar o produto.
b. Simplificar processos produtivos. 
c. Garantir produtos e serviços confiáveis para o usuário. 
Do processo de normalização surgem as normas, que são 
documentos com informações técnicas para uso de fabricantes e 
consumidores, elaborados com base nas experiências e nos avanços 
tecnológicos da indústria. As normas englobam assuntos referentes à 
terminologia, aos glossários de termos técnicos, aos símbolos e aos 
regulamentos de segurança (SENAI SP, 2015). Atualmente, o objetivo das 
normas técnicas são:
 • Simplificação, para limitar e reduzir a fabricação de variedades 
desnecessárias de um produto. 
 • Comunicação, para estabelecer linguagens comuns que facilitem 
o processo de comunicação entre fabricantes, fornecedores e 
consumidores. 
 • Economia global, para criar normas técnicas internacionais que 
permitam o comércio de produtos entre países. 
 • Segurança, para proteger a saúde e a vida humana. 
 • Proteção dos direitos do consumidor, para garantir a qualidade do 
produto comercializado e do serviço prestado (SENAI SP, 2015).
Metodologia da Manutenção
42
Normas Técnicas Brasileiras
Como você já deve ter ouvido falar, no Brasil temos inúmeras 
normas técnicas, e algumas delas normalizam o setor de manutenção 
industrial, predial e elétrica. Sendo assim, vamos estudar essas normas.
Figura 15 – Logo da ABNT
Fonte: ABNT (s.d.).
O atual modelo brasileiro de normalização foi implementado em 
1992 e tem o objetivo de descentralizar e tornar mais rápida a elaboração 
de normas técnicas. Para isso, foram criados:
a. O Comitê Nacional de Normalização (CNN), que tem a função de 
estruturar o sistema de normalização. 
b. O Organismo de Normalização Setorial (ONS), que tem como 
objetivo agilizar a criação de normas específicas para setores. Para 
que um ONS possa elaborar normas de âmbito nacional, ele deve 
se credenciar e ser supervisionado pela ABNT. 
A ABNT é uma entidade privada sem fins lucrativos, cuja 
responsabilidade é coordenar, orientar e supervisionar o processo de 
elaboração de normas no Brasil, bem como editar e registrar as normas 
existentes (NBRs).
Para que os produtos brasileiros sejam aceitos no mercado 
internacional, as normas da ABNT são elaboradas, de preferência, segundo 
diretrizes e instruções de associações internacionais de normalização, 
como estas: 
Metodologia da Manutenção
43
 • International Standard Organization (ISO) – em português, 
Organização Internacional para Padronização – com sede em 
Genebra, na Suíça. 
 • International Eletrotechnical Commission (IEC) – em português, 
Comissão Internacional de Eletrotécnica. 
A ABNT é responsável pela elaboração de normas de procedimento, 
especificação, padronização, terminologia, classificação, métodos de 
ensaio e simbologia em diversas áreas de atuação (SENAI SP, 2015). 
Também vale visitar o site do Instituo Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). No INMETRO, a norma 
recebe uma classificação e é oficialmente registrada. A norma pode ser 
uma:
 • NBR 1, o que a torna obrigatória. 
 • NBR 2, chamada de “referendada” e obrigatória para órgãos 
públicos. 
 • NBR 3, chamada de “registrada” e que pode ou não ser seguida 
tanto por órgãos públicos como por empresas privadas.
Periodicamente as normas devem ser revistas. Em geral, a revisão 
deve ocorrer em intervalos de cinco anos. Todavia, o avanço tecnológico 
pode determinar que algumas normas sejam revistas antes desse período.
A seguir vamos ver uma lista das normas regulamentadores e 
seus títulos, que serve para orientar o profissional a procurar pela norma 
completa de acordo com o trabalho que será realizado.
Metodologia da Manutenção
44
Quadro 2 – Lista de NRs
Norma Descrição
NR 01 Disposições gerais.
NR 02 Inspeção prévia. 
NR 03 Embargo ou Interdição. 
NR 04
 SESMT − Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho. 
NR 05 Cipa − Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. 
NR 06 EPI − Equipamento de Proteção Individual. 
NR 07
 PCMSO − Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional. 
NR 08 Edifi cações. 
NR 09 PPRA − Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 
NR 10 Segurança em instalações e serviços em eletricidade. 
NR 11 Transporte, movimentação e manuseio de materiais. 
NR 12 Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. 
NR 13 Caldeiras e vasos sob pressão. 
NR 14 Fornos. 
NR 15 Atividades e operações insalubres. 
NR 16 Atividades e operações perigosas. 
NR 17 Ergonomia. 
NR 18
 Condições do meio ambiente de trabalho da Indústria da 
construção civil. 
NR 19 Explosivos. 
NR 20 Líquidos combustíveis e infl amáveis.
 NR 21 Trabalho a céu aberto. 
NR 22 Segurança e saúde ocupacional na mineração. 
Metodologia da Manutenção
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NR 23 Prevenção contra incêndios. 
NR 24 Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho. 
NR 25 Resíduos industriais. 
NR 26 Sinalização de segurança.
NR 27
 Registro profi ssional do técnico de segurança do trabalho 
no Ministério do Trabalho 
NR 28 Fiscalização e penalidades. 
NR 29 Segurança e saúde no trabalho portuário. 
NR 30 Segurança e saúde no trabalho aquaviário. 
NR 31
 Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, 
silvicultura, exploração fl orestal e aquicultura. 
NR 32 Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde. 
NR 33 Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confi nados.
NR 34
 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da 
construção e reparação naval. 
NR 35 Segurança e saúde no trabalho em altura. 
NR 36
 Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e 
processamento de carnes e derivados.
Fonte: Almeida (2017).
É bastante comum no mundo da manutenção encontrar no currículo 
dos profissionais treinamentos, por exemplo, a NR 10 – Segurança em 
instalações e serviços em eletricidade e a NR 35 – Segurança e saúde no 
trabalho em altura, que indica que o profissional está apto para trabalhar 
de acordo com as normas da NR em questão.
Metodologia da Manutenção
46
Figura 16 – Profissionais capacitados para o trabalho
Fonte: Freepik .
Diversos trabalho exigem o treinamento das NRs necessárias para a 
contratação do profissional.
 • ABNT NBR 15154: estabelece os requisitos e a sistemática para 
a qualificação e certificação de mecânico de manutenção de 
equipamentos mecânicos, sistemas hidropneumáticos, sistemas 
de lubrificação e máquinas, e define as atribuições, atitudes e 
atividades para esse profissional.
SAIBA MAIS:
Você certamente já ouviu falar ISO 9001, não é mesmo? 
A ISO (organização internacional de normalização) é 
uma organização internacional que reúne centenas de 
organismos nacionais de normalização. Representando 
países que respondem por cerca de 95% do PIB mundial, tem 
porobjetivo promover o desenvolvimento da padronização 
de atividades correlacionadas, de forma a possibilitar o 
intercâmbio econômico, científico e tecnológico entre países. 
Para saber mais sobre como a ISO funciona e entender como 
ela impacta na área de manutenção, clique aqui.
É importante que o profissional de manutenção tenha conhecimento 
sobre as normas regulamentadores da sua área de atuação, não apenas 
Metodologia da Manutenção
https://www.iso.org/home.html
47
para se manter seguro e executar as boas práticas necessárias da sua 
profissão, mas também para se manter dentro da legislação.
RESUMINDO:
Interessante não é mesmo? Podemos ver que a bagagem 
de conhecimento já conhecido e normalizado é grande na 
área de manutenção. Nesta unidade foi possível entender 
como as normas técnicas funcionam e atuam no Brasil, 
e conhecemos os órgãos responsáveis por emiti-las. Foi 
possível entender como as normas técnicas interagem 
com o profissional de manutenção e conhecer as normas 
que mais impactam na manutenção, como a NR 10 e NR 
35. O ditado “conheça as regras do jogo para vencê-lo” se 
aplica muito bem quando falamos das normas técnicas e 
da manutenção. Vamos seguir em frente e aprender mais 
ainda sobre essa área de conhecimento tão fantástica que 
é a manutenção!
Metodologia da Manutenção
48
REFERÊNCIAS
ABRAMAN. GESTÃO de Ativos e Pas 55. c2022. Disponível em: 
https://abramanoficial.org.br/page/gestao_de_ativos. Acesso em: 11 de 
jul. 2020.
ALMEIDA, P. S. Gestão da Manutenção: aplicada às áreas industrial, 
predial e elétrica. Recurso eletrônico. São Paulo: Érica, 2017.
ALMEIDA, P. S. Manutenção Mecânica Industrial: conceitos básicos 
e tecnologia aplicada. São Paulo: Érica, 2018.
BAPTISTA, J. A. Manutenção Industrial: técnicas, contos e causos. 
São Caetano do Sul-SP: Editora Lura, 2017.
CYRINO, L. Downtime, o peso da manutenção. Manutenção em 
foco, 2019. Disponível em: https://www.manutencaoemfoco.com.br/
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