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Constitucionalismo - Garantia de direitos fundamentais para os indivíduos em face ao Estado -Limitação de poder - Separação dos poderes #Estado Hebreu: Limitação do poder (bíblia), não existia constituição, força natural dos líderes #Grécia: democracia grega – Estado constitucional (limitado) Possibilidade de modificações no parlamento #Roma: Surge a Constituição Normas editadas na forma de lei CONSTITUCIONALISMO CLÁSSICO Inglaterra: séc XVII Revolução Gloriosa – supremacia do Parlamento Bill of Rights Constituição histórica modificada Documentos constitucionais EUA\ França: séc XVIII – Bill of Rights – Constituição americana Constituição Formais(escritas) CONSTITUCIONALISMO – noção de constituição escrita\formal -processo formal (assembleia) Constituição rígida – processo dificultoso de alteração Supremacia da Constituição, norma superior EUA – supremacia constitucional EUA – supremacia constitucional, garantia juricional, presidencialismo, forma federativa de Estado O Direito Constitucional como direito público Distinção entre direito público e privado 3 fatores que necessitam de complementação recíproca SUJEITO – entre particulares – direito privado Estado em 1 ou 2 polos – direito público Objeto ou conteúdo da relação – interesse predominante - Interesse individual – Direito privado #Natureza da relação\ interação entre os sujeitos Estado Hierarquia – subordinação vertical Normas cogentes obrigatórias – sem margem de autonomia\escolha Particular particular Horizontal igualdade coordenação Normas dispositivas – autonomia da vontade - certa margem Direito privado – leve autonomia da vontade, as pessoas podem adotar qualquer conduta que não seja vedada Responsabilidade civil subjetiva (em regra) Relações dependem de consenso Direito público – princípio da Legalidade e da supremacia do interesse público Apenas pode adotar condutas previstas em lei, não existe consenso, responsabilidade objetiva Monarquia absolutista – rei: a essência própria do Estado Funções públicas eram exercidas pela nobreza; Absorção do público pelo privado Queda da Monarquia, ascensão da burguesia Codificação do Direito Civil refletindo a classe burguesa Limitação do Estado, Garantia de direitos\ liberdades Direito de defesa, obtenha CONTRA O ESTADO ESTADO SOCIAL Maior intervenção do Estado – repercutiu no direito privado Constituição disciplinando matérias antes reservadas ao direito privado Direito público Constitucionalização do direito 1 -Conceito moderno de Constituição Constituição – ordenação sistemática racional da comunidade política explicitado em um documento escrito que organiza o Estado e estabelece direitos e garantias fundamentais 2- Neoconstitucionalismo – constitucionalismo contemporâneo: movimento pós-guerra que teve como objetivo um novo modo de compreender e interpretar e aplicar o Direito Constitucional e a Constituição 2.2- Marco Teórico Histórico – (Europa) Itália: 1948, Alemanha - 1949, Portugal – 1976, Espanha – 1978, Brasil – 1988 Filosófico – Pós- Positivismo Superar a legalidade estrito O Direito pode se reaproximar da moral, proibindo situações extremamente injustas Teórico Força normativa da Constituição Expansão da Jurisdição Constitucional Nova Hermenêutica Constitucional 2.3 Características do Neoconstitucionalismo 1) Constituição passa a ser o centro do Ordenamento Jurídico 1.1 C.D 1.2 invasão das normas constitucionais do ordenamento jurídico 1.3 teoria da ubiquidade da Constituição 2) Força Normativa da Constituição Constituição – documento político que precisa ser efetivado 3) Busca da concretização dos direitos fundamentais, tendo como base a dignidade da pessoa humana 4) Judicialização da política e das relações sociais Reaproximação entre direito e moral, ética e justiça e filosofia Novas teorias – as normas se dividem em princípios e regras A Constituição 1- Concepções da Constituição 1.1 Sociológica – Ferdinan Nassalle, séc XIX, soma dos fatores reais de poder (economia, militares, religião) burgueses, banqueiros, aristocracia só seria constituição se refletisse esses fatores de poder. Há uma constituição escrita, se ela não refletir a realidade não passará de uma folha de papel Há a Constituição real efetiva, aquela que rege determinada nação (povo, poder constituinte) 1.2 Política Call Schmitt: A Constituição é decisão política fundamental de um povo, usado para justificar o estado constitucional de Hitler. Havia dois tipos de constituição, a própria constituição, que traria a própria decisão política fundamental. Direitos fundamentais, estrutura do Estado e organização dos poderes (DEO), isso seria a Constituição propriamente dita, o resto seria leis constitucionais 1.3 Jurídica Hans Kelsen: A Constituição é o fundamento de validade de todo ordenamento jurídico estatal. Sentido lógico jurídico – norma hipotética fundamental, pois é na constituição que se diz o direito, hipotética pois é um pressuposto. Ela dita que se deve respeitar e cumprir a Constituição Jurídico positivo – a Constituição é uma norma positiva suprema 1.4 Normativa R. Hesse: A força Normativa da Constituição o direito não pode existir somente para justificar relações de poder, a Constituição possui uma força Normativa capaz de produzir soluções e conformar a realidade social, o soberano e as pessoa tem que obedecer a Constituição. A Constituição é um dever-se. A Constituição possui vontade própria 1.5 Culturalista Teixeira: A Constituição é o conjunto de normas fundamentais condicionadas pela cultura total, é ao mesmo tempo condicionante desta, emanadas da vontade existencial, estrutura e fins do Estado e do modo de exercício e limites do poder. A Constituição irá seguir e também será limitada pela cultura de um povo 2. Classificação das Constituições Quanto à origem Constituição outorgada: vem de um ato unilateral da vontade, imposta por aquele que detém o poder, Ex: Constituição Brasileira de 1824, não há democracia Constituição Cesarista: outorgada, submetida a apreciação popular, tanto como referendo como plesbicito, nunca será democrática, precisa haver a maioria da população concordando. Constituição Pactuada; Constituição da França de 1830, compromisso do soberano com a assembleia Constituição democrática (popular, votada, promulgada): fruto da vontade dos representantes do povo, através da assembleia nacional constituinte, e esses representantes foram eleitos para esse fim específico Quanto ao modo de elaboração Histórica - ex: Inglaterra, formada lentamente, por meio gradativo com a incorporação de usos, costumes precedentes e documentos escritos Dogmática – resulta de um órgão constituinte sistematizador das ideias e princípios dominantes em um determinado momento, sempre será escrita. Ex: Constituição de 1988 Quanto a identificação das normas Material – formada por um conjunto de normas estruturais de determinada sociedade política. “só trata de matérias tipicamente constitucionais, não importando se estão ou não codificadas em um único documento. Formal – trata de assuntos variados, mas todos constam do mesmo documento solene oriundo do poder constituinte originário Quanto a Mutabilidade: Imutáveis - não admite nenhuma modificação ao seu texto. Fixas – apenas pelo poder constituinte podem ser modificadas, Ex: Constituição napoleão na França Rígidas – aquelas que sofrem modificação por um procedimento mais solene e complexo, Constituição brasileira – rígida, possui normas imutáveis, cláusulas pétreas Flexível – forma de elaboração mais simples. Constituição da Inglaterra Semirrígida – possuipartes das normas por um processo rigoroso e outra parte rígida. Ex: Constituição de 1824. Um pedaço do texto exige um processo de modificação mais rigoroso que o destinado à alteração das leis comuns e outra parte de seu texto é alterada da mesma maneira das leis Quanto a finalidade: 1- Garantia, orgânica: Constituição americana – competências que estruturam o Direito do Estado. Realizar os procedimentos de forma simples, deixar o Estado fazer o que quiser. Tem o propósito de apenas limitar poderes e organizar a estrutura mínima do Estado. 2- Dirigente (programática): Trazem normas definidoras de programas de ações a serem concretizadas pelos poderes públicos. Ex: Const. 1988. Tem a finalidade de dirigir o Estado acerca de variados assuntos. Cria programas vinculantes para o legislador ordinário. 3- Balanço (Constituição do ser): Descreve o grau de organização política e das relações de poder, países socialistas. Tem a função de, de tempos em tempos, fazer uma verificação da realidade social e firmá-la na Constituição, ou fazer uma nova Constituição. Quanto a extensão: Concisa, clássica, básica, breve, sintética - pequena, poucos artigos. Só trata de assuntos fundamentais para a existência do Estado, por isso seu texto é conciso Analítica, Prolixa – regulamentar, constituição grande, longa, não tratam de matérias tipicamente constitucionais. Trata de assuntos diversos, por isso o texto é extenso Quanto à ideologia (dogmática) Ortodoxa – único dogma, uma só ideologia. Ex: Constituição soviética Eclética (heterodoxa) - admite ideologias opostas Quanto à correspondência com a realidade (ontológica): Normativa – normas constitucionais são capazes de dominar o processo politico com efetividade, poder vai se submeter a Constituição. Legitimamente criada e guarda correspondência com a realidade. Nominal – Constituição incapaz de conformar o processo político a suas normas, principalmente, no âmbito econômico e social. Embora tenha valor jurídico, ainda não apresenta completa correspondência com a realidade. Semântica – utilizada pelos dominadores de fato, para a sua perpetuação no poder. Ex: Constituição cubana, napoleônica e Venezuela Poder constituinte – algo que vai criar uma nova constituição, se mantém para alterar aquela Constituição, para poder adequá-la a realidade. Poder de maior expressão da vontade de um povo que destina estabelecer os fundamentos da organização de sua própria comunidade 1- Conceito 2- Natureza 1-jusnaturalista, a Constituição é um poder de direito ou jurídico, a Constituição é um poder responsável para organizar o estado, o poder constituinte vai dar vida a Constituição, porem, o direito natural poderia limitar o poder constituinte 2-positivista – o poder constituinte e poder de fato ou poder político, para ele, só existe o direito, não existe direito natural, não há limitações, direito posto e o poder constituinte que vai criar 3-Híbrida – o poder constituinte seria o poder de fato, porem, na elaboração de sua obra, se apresenta como poder de direito, porque vai romper com a ordem anterior w criar uma nova constituição Poder constituinte originário – cria um novo estado, em decorrência desse poder, cria-se uma nova constituição 1- Conceito - 2- Características Jusnaturalistas – poder constituinte e incondicionado juridicamente, o poder constituinte não pode ser limitado pelo direito positivo, será limitado pelo direito natural Permanente - não vai se esgotar mesmo após a criação da Constituição, vai continuar existindo de forma permanente, vai ficar de forma latente Inalienável – poder constituinte pertence ao povo, seu verdadeiro titular, pois o povo que escolhe os representantes que vão elaborar a Constituição Positivista – poder constituinte inicial, acima dele não existe outro, ele que vai dar origem a uma nova constituição, autônoma, cabe a ele fixar como uma nova constituição será estabelecida e qual o direito a ser implantado Incondicionado – não se sujeita a nenhuma limitação formal, ele vai escolher quais as normas a serem colocadas na nova constituição, 3- Limites 3.1- Limites Transcendentes – PCO ( poder constituinte originário ), valores éticos e consciência jurídica positiva, 1- imperativos do direito natural, 2- valores éticos políticos e morais, 3- normas de direito internacional 4- direitos fundamentais já consolidados ex: proibição do retrocesso, a próxima constituição não poderá desprezar os avanços da anterior 3.2 – limites imanentes do PCO – existe autonomia ausentes federados, não há a possibilidade de diminuição das unidades federativas, deve ser observados um poder constituinte formal em relação às questões de estrutura de um estado 3.3 – heterônomo – aqueles provenientes de outros ordenamento juridicos, respeitar o direito internacional 4 – titularidade e exercício 4.1- legitimidade objetiva – representantes 4.2- legitimidade subjetiva – titularidade do poder, o povo, que por meio de votação vai eleger os representantes, os parlamentares 5- Espécies de PCO segundo o fenômeno constitucional 5.1 PCO histórico – da origem a primeira constituição do estado ex: Const de 1824 5.2 PCO revolucionário – golpe de estado ou insurreição, ex: 1969 Brasil, poder usurpado por um governante, insurreição, quando é implantada por um grupo externo aos poderes constituídos Espécies de PCO - é o poder que elabora uma nova constituição através de uma emenda que prevê uma transição pela convocação de uma assembleia nacional constituinte Segundo o critério material ou formal Material – quem escolhe a ideia do Direito, valores a serem consagrado numa constituição. Responsável é o povo, se for uma assembleia nacional democrática, quem forma é a assembleia nacional constituinte. Formal – conteúdo, formalização das normas constitucionais, assembleia nacional constituinte, quem efetiva são os membros da assembleia nacional constituinte Poder constituinte derivado (PCD) PCD Decorrente – aquele que dá os Estados a possibilidade de elaborarem suas Constituições, decorre do PCO, da-se um ano para elaborar. – é aquele que dá origem a Constituição dos Estados membros que compõem a confederação. Princípio da simetria constitucional – vão ter que ser respeitados os princípios que estão na constituição. A lei orgânica não é uma manifestação do Poder constituinte decorrente, mas vai ter que cumprir os princípios. Trata-se de um poder jurídico ou de Direito, o poder constituinte é um poder de DIREITO. A natureza dele surge do poder constituinte originário. Se o é poder constituinte originário ou é poder constituinte derivado (derivado) Características do poder constituinte decorrente 1- secundária – deriva do poder constituinte originário e da Constituição federal 2- limitado – pois encontra limites na constituição 3- condicionado – a Constituição diz o que ele pode fazer, porque para seu exercício deverá se observar os limites materiais e Formais Existe poder constituinte decorrente para elaborar a lei orgânica distrital e lei orgânica municipal? Ele aparece ao elaborar a lei orgânica, no distrital sim, nos municípios não, para se elaborar a lei orgânica, ela terá que respeitar a lei estadual e federal, a estadual e fruto da federal PCD revisor – revisão conjunta. Poder constituinte derivado, deriva do poder constituinte. - PCD reformador – emendas constitucionais, vai tentar manter a Constituição atualizada. Constituição de 1988 traz limites a essas reformas. - Aquele que irá alterar a Constituição por uma forma previamente estabelecida na constituição. Limitações ao Poder Temporárias ao Poder constituinte derivado reformador – não há, mas recente decisão do supremo diz que pode haver Limitações circunstanciais – determinados momentos políticos em que não poderá ser alterada a Constituição, Art 60, parágrafo I Limitações Formais (processuais ou procedimentais) 1- Limitações Formais subjetiva – art 60, I II III 2- Limitações Formais objetivas – art 60, II – não pode apresentar uma nova emenda constitucional em um mesmo ano se ela foi reprovadaLimitações materiais 1- Cláusulas petreas – art 60 I, II, III, IV. Limitações Implicitas – art 60. São impostas por uma questão lógica em função por respeito ao PCO Dupla revisão – primeiro se tiraria as cláusulas pétreas, posteriormente, poderia haver uma reforma Poder constituinte derivado de revisão – art 3, APCT. E aquele feito por uma via extraordinária de alteração da Constituição que possui voto de maioria absoluta e sessão única Todas as constituições brasileiras são Rígidas (exceto 1824) e ecléticas, todas são Dogmáticas, todas são formais, Constituição de 1824 – Formal, Semirrígida, outorgada, escrita, eclética, Semântica Constituição de 1891 – primeira constituição republicana, tripartição dos poderes, formal, Dogmática, rígida, promulgada, escrita, nominal, Constituição de 1934 – inovações no campo dos direitos fundamentais, direitos trabalhistas, função social da propriedade. Formal, dogmatica, rigida, promulgada, normativa, Constituição de 1937 – restrição dos direito fundamentais, poder executivo mais fortalecido. outorgada, Semântica/ Nominal Constituição de 1946 – promulgada, normativa/nominal, Constituição de 1967 – promulgada/outorgada, semantica/nominal Constituição de 1969 – outorgada, semantica/ nominal Constituição de 1988 – dirigente, formal, rigida/ sup Aplicabilidade ou eficácia das normas – capacidade ou potencialidade de uma norma da constituição produzir efeitos jurídicos esperados Teoria americana – dois tipos de normas a) Normas Constitucionais autoexecutáveis ou autoaplicáveis – basta essa norma existir, produz efeitos instantaneamente, não precisa de fator externo b) Normas constitucionais não autoexecutáveis ou não autoaplicáveis – não são completas, precisam de algo externo, precisa da interferência de um legislador ordinário, não possuem eficácia ||| Na concepção dos doutrinadores, não há uma norma sem eficácia, critica a essa concepção por afirmar que elas não possuem efeito. Doutrinadores falam que todas as normas possuem efeitos que todas as normas possuem Eficácia negativa = eficácia abstrata 1- Efeito, eficácia derrogatória – normas constitucionais acarretam a revogação ou não recepção dos atos normativos anteriores e contrários ao seu conteúdo 2º Efeito: caráter vinculativo em relação aos poderes, vinculam o legislativo, nega ao legislador ordinário a produzir normas contrárias a ela 3º Efeito: declaração de inconstitucionalidade de todos os atos normativos após a vigência da constituição e que violam os princípios e regras gerais Parâmetro para interpretação, integração e aplicação das demais normas jurídicas, influenciam toda a ordem jurídica, implica um dever de interpretação conforme a constituição Classificação das normas constitucionais 1) Normas constitucionais de eficácia plena – equivalente as normas autoaplicáveis, são completas, não precisam de fatores externos. Possuem aplicabilidade imediata, não precisam de interferência do legislador ordinário, mas admite, não pode restringir 2) Normas constitucionais de eficácia contida ou redutível/restringível – nascem de eficácia plena, reúnem todos os elementos necessários para produção de efeitos jurídicos, pode ter seu âmbito de eficácia restringido, reduzido ou contido pelo legislador infraconstitucional ordinário, trazem “salvo, ressalvadas, expressa ressalva”, admite restringir 3) Normas constitucionais de eficácia limitada – dependem de um fato externo, apesar de elas precisarem de legislação superior, possuem eficácia 3.1) Normas constitucionais de eficácia ilimitada dos princípios institutivos – traçam esquemas de organização estrutura de órgãos, entidades ou instituições do Estado, dependem do legislador para complementação 3.2) ´´ ´´ ´´ ´´ ´´´de princípios programáticos – estabelecem programas, metas objetivos a serem desenvolvidos pelo Estado, planos de governo que concretizem os fins sociais do estado, comandos para o Estado image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image1.emf image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image2.emf image16.png image17.svg image1.png image18.emf image30.png image2.png
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