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Adm de Materiais Aula única - 07

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COFMEÇANDO DO ZERO 
Administração de Recursos Materiais – Aula 07 
Elisabete Moreira 
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Campeões não são feitos em academias. 
Campeões são feitos de algo que eles têm 
profundamente dentro de si, 
um desejo, um sonho, uma visão. 
(Muhamnad Ali) 
 
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS 
 
 
 A Administração Patrimonial administra um 
conjunto de bens, direitos e obrigações, classificados 
como bens móveis, imóveis, intangíveis e semoven-
tes, que são incorporados ao patrimônio da institui-
ção. 
 
 Bens móveis ou materiais: que podem se movi-
mentar, são todos os bens que por sua própria natu-
reza, características de duração e valor devam ser 
controlados fisicamente e incorporados ao patrimô-
nio da Instituição. 
 
 Bens imóveis: são aqueles que não podem se 
movimentar. 
 
 Bens intangíveis: imateriais, correspondem ao 
direito de uso da concessão, aquisição de licenças 
de direito de uso de propriedade intelectual (softwa-
res), como patentes e direitos autorais. 
 
 Bens semoventes: são bens móveis que pos-
suem movimento próprio, tal como animais selva-
gens, domésticos ou domesticados. 
 
 
 A Administração de Materiais envolve admi-
nistrar todos os materiais destinados à manutenção 
das atividades de uma Instituição, incluindo o pro-
cesso de transformação dos materiais ou informa-
ções em produtos ou serviços finais no tempo opor-
tuno, na quantidade necessária, na qualidade re-
querida e pelo menor custo. 
 
 Segundo a Instrução Normativa 205/88 bens 
materiais são designações genéricas de equipa-
mentos, componentes, sobressalentes, acessórios, 
veículos em geral, matérias-primas e outros itens em-
pregados ou passíveis de emprego nas atividades 
das organizações públicas federais, independente-
mente de qualquer fator, bem como, aquele oriundo 
de demolição ou desmontagem, aparas, acondicio-
namentos, embalagens e resíduos economicamente 
aproveitáveis. 
 
 As atividades envolvidas na administração de 
materiais são gestão de estoque, gestão de com-
pras e gestão de distribuição, que realizam a: pro-
gramação de materiais, compras, recepção de mate-
riais, armazenamento no almoxarifado, controle de 
estoques, classificação, movimentação, transporte e 
distribuição. 
 
 O grande objetivo da administração de materiais 
é poder determinar qual a quantidade ideal de mate-
rial em estoque que permita satisfazer a demanda, 
mantendo o nível de serviço ofertado ao cliente, ao 
mesmo tempo, minimizando os custos de estoque 
e otimizando o giro de estoque. 
 
 Os bens patrimoniais móveis estão divididos 
em: Permanente e Consumo (IN nº 205/88): 
 
 Bens Permanentes: não são bens de 
consumo; não são peças de reposição; têm prazo de 
duração superior a 02 (dois) anos (Art. 15 § 2º, Lei nº 
4320/64); devem ser tombados. Ex: Móveis e Utensí-
lios, Equipamentos, Livros, Máquinas, Mapas, Veícu-
los etc. 
 
 Bens de Consumo: aquele que em 
razão do seu uso corrente e segundo a Lei 4320/64, 
perde normalmente sua identidade física e/ou tem 
sua duração limitada a dois anos ou, ainda quando o 
custo do controle seja superior ao risco da perda 
(pode-se fazer uma relação-carga). 
 
 Segundo a Portaria STN/SOF nº 01/11 “um mate-
rial é considerado de consumo caso atenda um, e 
pelo menos um, dos critérios a seguir”: 
 
 Critério da Durabilidade: quando perde ou tem 
reduzida as condições de funcionamento no prazo 
máximo de 2 anos; 
 
 Critério da Fragilidade: sujeito a modificação, 
perdendo a identidade; 
 
 Critério da Perecibilidade: sujeito a modifica-
ções ou deterioração, perdendo as propriedades fí-
sico-químicas; 
 
 Critério da Incorporabilidade: incorporado a ou-
tro bem, perdendo as características principais; 
 
 Critério da Transformabilidade: para fins de 
transformação. 
 
 
1. Sistemas de Produção 
 
 
 
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 Os sistemas de produção podem ser por enco-
menda, por lotes ou produção contínua. 
 
Gestão de Estoques 
 Estoque é toda quantidade armazenada de mer-
cadoria, a ser utilizada em um momento oportuno, in-
depende do estado de conservação. 
As funções do estoque são: 
 Garantir o abastecimento de materiais. 
 
 Proporcionar economias de escala. 
 
2.1. Classificação dos Estoques 
 
Existem vários tipos de classificações de estoque, a 
saber: 
 
a) Possibilidade de fazer ou comprar 
 
 As organizações podem optar por produzir mate-
riais internamente, recondicionar internamente ou 
adquirir externamente. As estratégias podem ser a 
verticalização (produz tudo) e/ou a horizontaliza-
ção (comprar de terceiros). 
 
b) Em razão da demanda: 
 
Podem ser materiais DE estoque (em razão da de-
manda, devem ser mantidos em estoque) e materi-
ais NÃO de estoque (em razão da imprevisibilidade 
da demanda, não deve se fazer estoque e sua com-
pra somente acontece quando se faz necessária). 
c) Conforme a aplicação na organização: 
 
 Matéria-prima: parte do processo de produção, 
incorporado ao produto final; 
 Material em processamento: como parte do pro-
duto final, sem alteração nas suas propriedades; 
 Produto final acabado: pronto para comerciali-
zação; 
 Material auxiliar: utilizado no processo de produ-
ção, na execução e na transformação, como, ferra-
mentas, sem que se incorpore ao produto final ou 
materiais consumidos como combustíveis, toner, etc. 
 
d) Em razão do valor econômico ou valor total 
de consumo 
 
 A classificação ABC, ou gráfico de Pareto, ou 
curva 80-20 classifica os estoques em razão de sua 
importância, normalmente financeira, como valor de 
demanda, valor total de consumo (valor unitário x 
consumo): 
 Classe “A”: 20% dos itens; 80% do valor monetá-
rio dos estoques. 
 Classe “B”: 30% dos itens;15% a 20% do valor dos 
estoques. 
 Classe “C”: 50% dos restantes dos itens; de 5% a 
10% do valor dos estoques. 
. 
 Deve-se atentar que o controle dos itens classifi-
cados como “A” deve ser maior e os estoques, por 
serem os mais onerosos, devem ser inferiores aos 
estoques dos demais itens. 
 
Classificação ABC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Curva ABC 
 
 
e) Em razão da importância operacional ou cri-
ticidade do produto 
 
 Classificação XYZ 
 
 Os materiais podem ser classificados em razão da 
importância operacional ou criticidade em X, Y e 
Z. Independente da análise econômica, esses esto-
ques podem ser vitais para a continuidade ou segu-
rança das pessoas, do ambiente ou do patrimônio da 
organização. A Criticidade dos itens X, Y, Z é uma 
análise qualitativa, que avalia o impacto da falta do 
produto no processo produtivo, independe do custo e 
da quantidade ou ainda a dificuldade em obter o ma-
terial. 
 
 Classe X: baixa criticidade, pois sua falta não com-
promete a produção, além de ser de fácil aquisição, 
com similares. 
 Classe Y: grau intermediário de criticidade, po-
dendo ser substituído por outros materiais; 
 Classe Z: grande criticidade, de difícil substituição 
por outro equivalente, podendo paralisar a produção 
ou colocar em risco todo o processo. 
 
f) Em razão Materiais Críticos, Perecíveis e Pe-
riculosos 
 
 Materiais críticos, classificação muito utilizada 
na indústria, são assim considerados: 
 Por serem de reposição específica, por razões de 
segurança, sobressalentes vitais de equipamentos 
produtivos: devem permanecer estocados até sua 
utilização, não estando sujeito ao controle da obso-
lescência. 
 Por problemas de obtenção: fornecedor exclusivo, 
 Por razões econômicas: alto custo de reposição 
 Por problemas de armazenagem, manuseio ou 
transporte: perecíveis, periculosos, elevado peso, 
grandes dimensões 
 Por problemas de previsão: dificuldade do plane-
jamento da previsão de consumo ou da demanda. 
 
 Materiais perecíveis ou não perecíveis: sujeitos 
a deterioração e decomposição; 
 
 Materiais periculosos: queoferecem riscos no 
seu manuseio, transporte ou armazenagem. 
 
 
g) Outras classificações de Estoque: 
 
 Estoque Ativo ou Normal: sofre flutuações 
quanto à quantidade, volume, peso e custo em con-
sequência de entradas e saídas, todo material em 
uso. 
 
 Estoque Morto ou Inativo: não sofre flutuações, 
é estático. 
 
 Estoque de Segurança: é a parcela do estoque 
com a finalidade de proteger a empresa contra incer-
tezas relacionadas à demanda ao tempo de espera 
(lead time) e ao fornecimento. 
 
 Inservível: desnecessários para utilização (IN 
205/88 - ocioso, recuperável, antieconômico, irrecu-
perável). 
 Bem ocioso – embora em perfeitas condições de 
uso, não estiver sendo aproveitado; 
 Bem recuperável – a recuperação for possível e 
o orçamento for inferior a cinqüenta por cento de seu 
valor de mercado; 
 Bem antieconômico – a manutenção onerosa, 
ou rendimento precário, em virtude de uso prolon-
gado, desgaste prematuro ou obsolescência; 
 Bem irrecuperável – não puder ser utilizado por 
perda de suas características ou em razão da invia-
bilidade econômica de recuperação. 
 
 Estoque Empenhado ou Reservado: quanti-
dade de determinado item, com utilização certa, com-
prometida previamente e que permanece temporari-
amente em almoxarifado. 
 
 Obsoletos: em razão das inovações tecnológicas 
ou por razões econômicas de recuperação, devem 
ser eliminados. Constitui um Estoque Morto; 
 
 Estoque Disponível: quantidade de um determi-
nado item existente em estoque, livre para uso; 
 
 
 
 
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 Estoque Teórico: resultado da soma do disponí-
vel com a quantidade pedida, aguardando o forneci-
mento; 
 
 Estoque de Antecipação: é usado para compen-
sar diferenças de ritmo de fornecimento e demanda, 
isto é, o produto é produzido procurando antecipar-
se à demanda (ex.: chocolate na páscoa). Ele é mais 
usado quando as flutuações de demanda são signifi-
cativas, mas relativamente previsíveis e também, 
quando as variações de fornecimento são significati-
vas como os períodos entre safras. 
 
2.2. Dimensionamento dos Estoques 
 Para que se possa realizar a previsão de estoques 
é necessária ter a previsão do consumo num deter-
minado período, adotando-se os seguintes modelos: 
 
 
a) Modelo de Evolução Horizontal de Consumo: 
 
 
b) Modelo de Evolução de consumo sujeito à ten-
dência positiva ou negativa 
 
c) Modelo de Evolução Sazonal de consumo: 
 
 
 Técnicas de Previsão de Estoques 
 Projeções: estimativas quantitativas observadas 
no passado; 
 Explicações: técnicas de regressão e correlação 
com outras variáveis conhecidas, quantitativa; 
 Predileção: experiências de gestores que esta-
belecem uma projeção das vendas qualitativa. 
 
 Métodos de Previsão da Demanda 
 
a) Método do consumo do último período: repete-
se para o próximo exercício o mesmo valor do con-
sumo 
 
b) Método da média móvel: 
 
c) Método da média móvel ponderada: 
 
d) Método da Média Móvel Ponderada Exponen-
cial 
 
 Atribui maior valor aos dados mais recentes e usa: 
 Previsão do último período; 
 Consumo ocorrido no último período; 
 Constante que determina o valor da ponderação 
dada aos valores mais recentes. 
 Próxima previsão = K x consumo anterior + (1 
– K) x Previsão anterior Onde: 0 ≤ K ≤1 
 
e) Método dos Mínimos Quadrados 
 
 Usado para determinar a melhor linha de ajuste 
que passa mais perto de todos os dados coletados, 
ou seja, é a linha que minimiza as diferenças entre a 
linha reta e cada ponto de consumo levantado. 
 
 
CONSUMO 
TEMPO 
 
 
 
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2.3. Controle de Estoques 
 
a) Nível de Serviço 
 
 É um conceito ligado ao almoxarifado e se re-
fere ao número de requisições atendidas em relação 
ao número total de requisições efetuadas. 
 Para manter um alto nível de serviço, deve-se 
ou manter um alto nível de estoque para atender as 
requisições no caso de baixa frequência de entre-
gas por parte dos fornecedores; ou minimizar os 
níveis de estoque, mas assegurar as entregas dos 
fornecedores na quantidade e tempo certos. 
 
Nível de serviço 
= Nº de requisi-
ções atendidas 
x 100 
 
Nº de requisi-
ções efetuadas 
*** Considera-se uma boa gestão de estoque quando 
se consegue estabelecer equilíbrio entre a disponi-
bilidade de capital e o nível de serviço. 
 
b) Giro de Estoque ou Índice de rotatividade 
 
 O Índice de rotatividade de estoque ou giro de es-
toque significa quantas vezes suprimos nosso es-
toque em determinado período. Um alto giro de esto-
que significa menos capital imobilizado, que é uma 
situação boa para o gestor. 
 
 
c) Antigiro ou taxa de cobertura de estoque 
 
 O antigiro ou taxa de cobertura corresponde ao 
período de tempo que um estoque cobre o consumo 
ou a demanda da empresa. 
 
 
2.4. Custo de Estoque 
 O custo do estoque é calculado somando o custo 
de armazenagem com o custo do pedido. 
 
 
a) Custo de armazenagem ( CA ): 
 
Onde: 
Q: quantidade 
T: tempo 
P: preço 
I: taxa de armazenagem 
 
 **** O custo de armazenagem é proporcional ao es-
toque médio. Quando o estoque é zero, o custo de 
armazenagem é mínimo. 
 
b) Custo do Pedido ( CP ): 
 
 Mão-de-obra para o processamento; 
 Material utilizado na confecção do pedido; 
 Custos indiretos ligados ao pedido. 
 
 
2.5. Lote Econômico de Compra 
 
 É o tamanho do lote que minimiza os custos anu-
ais totais de manutenção do estoque e de processa-
mento dos pedidos. É o ponto ótimo no qual o custo 
total de pedir e manter materiais em estoque é mini-
mizado. 
 
Onde: 
Q: lote econômico de compra 
CP: custo do pedido 
C: demanda ou consumo 
I: taxa de manuenção 
P: preço 
 
2.6. Níveis de Estoque 
Há dois sistemas de reposição de estoques: revisão 
continua e revisão periódica. 
a) Sistema de Revisão Contínua - Sistema Q 
Sistema de quantidade fixa: corresponde a um mo-
nitoramento constante dos níveis de estoque, para a 
reposição, quando o nível cair. O limite de reposição 
é definido como ponto do pedido (PP), para um lote 
econômico. Ocorre a fixação do tamanho dos lotes 
de compra, o que viabiliza descontos por quantidade, 
 
 
 
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estoques de segurança reduzidos, com redução dos 
custos de manutenção de estoque. 
 
Gráfico Dente de Serra: 
 
 
 
 
Gráfico Dente de Serra – Estoque de Segurança: 
 
 
 
 
Tempo de Reposição e Ponto do Pedido: 
 Tempo de Reposição (lead time) 
 
 Tempo da emissão do pedido; 
 Tempo de preparação do pedido no fornecedor; 
 Tempo do transporte do pedido: do fornecedor até 
a empresa destinatária. 
 
 Ruptura do estoque: quando o estoque chega a 
zero e não se pode atender a uma necessidadede 
consumo. 
 
 Ponto do Pedido 
 
 
 Estoque mínimo 
 
 
 
 
 Estoque máximo 
 
 
 
Intervalo de Ressuprimento: intervalo entre dois 
pontos do pedido 
 
 
 
 
 Sistema de Duas Gavetas: método de reposição 
contínua (ponto de pedido) uma para consumo no 
período e a outra para ser usada enquanto aguarda 
chegar o pedido. Na gaveta dois (com quantidade 
menor) estará o estoque de segurança mais o 
consumo enquanto durar o tempo de reposição. É um 
método simples recomendado para produtos da 
classe “C”. 
 
 Sistema de Máximo e Mínimos ou sistema de 
quantidade fixa: usado quando não há separação 
física. Enquanto o estoque mínimo estiver sendo 
utilizado, o produto é comprado. 
 
b) Sistema de Revisão Periódica - Sistema P 
 Sistema de recolocação de pedidos em 
intervalos fixos, periodicamente, de acordo com 
uma rotina, sempre ao término de uma revisão, em 
um intervalo entre pedidos constante. O tamanho dos 
lotes varia de um período a outro em virtude da 
variação da demanda (de acordo com o estoque 
máximo). Não há necessidade de um monitoramente 
constante do estoque. Pedidos de vários itens de um 
mesmo fornecedor podem ser feitos em conjunto, 
reduzindo custos de obtenção e transporte. 
 
 
 
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2.7. Níveis de estoque para demandas dependen-
tes 
a) Planejamento das Necessidades de Materiais 
ou Materials Requirements Planning – MRP 
 
 
b) Planejamento das Necessidades de Materiais 
ou Materials Requirements Planning – MRP II: en-
globa insumos, equipamentos, instalações, pessoal, 
área de estocagem, ou seja, faz a integração entre o 
planejamento financeiro com o operacional. 
 
c) Planejamento dos Recursos de Distribuição 
(DRP ou ERP): envolve todos os recursos empresa-
riais, é orientado para o gerenciamento do inventário 
e para atender às demandas dos clientes. 
 
 
2.8. Políticas de Gestão de Estoque 
 
a) Evolução do sistema produtivo 
 
 Taylor desenvolveu a administração científica, 
que buscava a padronização do processo de trabalho 
e a maneira mais adequada de realizar uma tarefa 
com supervisão do cumprimento da padronização do 
tempo e da especialização. 
 
 Henry Ford aplicou o conceito de linha de mon-
tagem seriada, produzindo em larga escala para 
época o automóvel Ford modelo T em menos tempo, 
com menor custo de produção e aplicando o controle 
da qualidade. 
 
 Esses dois pensadores atuavam com um sis-
tema tradicional de produção cuja lógica era um sis-
tema de produção empurrada, com economias de 
escala decorrentes dos longos ciclos. 
 
 Em meados dos anos 70, os japoneses desen-
volveram o Sistema Toyota de produção com o con-
ceito de célula de produção, formado por famílias 
de produtos ou tecnologia de grupos tornando mais 
simples e eficiente à administração, decorrência ime-
diata da decomposição do sistema global de produ-
ção em subsistemas de menor dimensão, redução do 
tempo gasto em transferências entre os postos de 
trabalho, do tempo de preparação das máquinas, da 
quantidade de ferramentas, do tamanho dos lotes e 
do tempo total de fabricação. 
 
 Passou a utilizar o sistema JIT – Just in time 
que significa fazer o que é necessário, quando e na 
quantidade necessária. 
 
 Utiliza o Kanban (cartão), uma ferramenta de 
controle de estoque, baseado no conceito de “pu-
xar” a produção, que abastece com os itens neces-
sários, na quantidade, qualidade, momento certo, 
sem perdas e sem geração de estoques. 
 
 Just in Time (JIT) – “bem na hora” 
 Minimização dos prazos de fabricação dos 
produtos finais; 
 Redução dos níveis de inventário; 
 Redução dos tempos de preparação da má-
quina; 
 Redução do tamanho dos lotes fabricados; 
 Liberação para produção através do conceito 
de “puxar”; 
 Diminuição dos custos operacionais, flexibili-
dade da produção, mais velocidade na entrega, qua-
lidade constante; 
 O abastecimento se dá através de um es-
treito relacionamento com fornecedores como parcei-
ros. 
 Não se adapta facilmente à produção diver-
sificada. 
 
 
b) Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos - 
(Supply Chain Management) 
 
 
 
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 O SCM ou gerenciamento da cadeia de supri-
mento é um conceito amplo que envolve a integra-
ção dos processos de negócios (ligando o mer-
cado, a rede de distribuição, o processo de produção 
e a atividade de compra) desde o usuário final até o 
fornecedor, de forma a agregar valor ao cliente. 
 
 Está relacionado ao conceito de logística inte-
grada, como o processo de planejamento, opera-
ção e controle de fluxos de informação e matéria-
prima, materiais em processo e produtos acabados, 
desde a fonte até a entrega ao usuário final, assegu-
rando o mínimo custo e a satisfação do cliente. 
 
 A logística (arte de calcular) refere-se a todas 
as atividades de manutenção de estoques e arma-
zenagem, processamento dos pedidos e trans-
porte desde o ponto de aquisição até o consumo fi-
nal. 
 
 A logística tem preocupação com toda a cadeia 
produtiva desde a fonte até consumidor final. 
 
c) ECP - (Efficient Consumer Response) 
 
 O ECP – Resposta Eficiente ao Consumidor 
é uma evolução da Logística em direção ao SCM, ini-
ciado na década de 90 nos EUA. Trata-se de um con-
junto de metodologias, através de parcerias e alian-
ças, visando otimizar a cadeia logística, de forma 
mais flexível, para melhorar o atendimento prestado 
ao cliente final, reduzindo os custos nas diversas eta-
pas da cadeia de suprimento. 
 
 ECP visa promover e desenvolver a colabora-
ção entre a indústria e o comércio, fornecedores e 
varejistas, através de um fluxo consiste de produtos 
e informações que caminham bidirecionalmente na 
cadeia logística de abastecimento para melhor satis-
fazer as necessidades do consumidor da forma mais 
rápida e eficiente. 
 
 Constitui uma evolução do: 
 JIT (introduzido na indústria automobilística) e do 
Quick Response: Introduzido nas indústrias têxteis e 
de vestuário. 
 
d) Efeito Chicote na cadeia de Suprimentos 
 
 O efeito chicote observado por Forrester (“efeito 
bullwhip” ou “efeito whiplash”) acontece quando uma 
pequena oscilação de consumo em uma ponta da ca-
deia causa grandes variações nos atores mais dis-
tantes. 
 As empresas de um modo geral, como forma de 
se defenderem de eventuais faltas de produtos, au-
mentam seus estoques de segurança, de produtos 
acabados ou de matérias-primas e peças/componen-
tes, aumentando as distorções na propagação da 
previsão de demanda na cadeia. 
 
2.9. Avaliação de Estoques 
 Visa dimensionar quanto de capital está imobili-
zado no estoque. 
a) Avaliação pelo Custo Médio: aceito pelo fisco, 
para períodos inflacionários. A cada nova aquisição 
é calculada uma nova média. 
 
 
 
b) Avaliação pelo Método PEPS (FIFO): aceito 
pelo fisco. Para períodos inflacionários, os valores 
dos estoques finais são maiores e o custo das mer-
cadorias vendidas é menor e o lucro, o maior. Caso 
haja deflação, sairão primeiro as mais caras, maior 
CVM, ficando no estoque as mais baratas, menor es-
toque final, lucro menor. 
 
 
c) Avaliação pelo Método UEPS (LIFO): em perío-
dos inflacionários obtém o menor valor possível para 
 
 
 
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o estoque final, o CMV é o maior possível, acarre-
tando um lucro menor, logo é o melhor método em 
termos gerenciais, para períodos inflacionários, não 
obstante não ser permitido pelo fisco. 
 
 
d) Avaliação pelo Custo de Reposição: Custo de 
Reposição (CR) = Preço Unitário (PU) + Acréscimo 
do Custo de Reposição – valores atualizados em ra-
zão dos preços de mercado 
 
 
2.10. Funções da Administração de Estoque na 
Administração Pública 
 Determinar o método e grau de controles a serem 
adotados para cada item; 
 Manter osinstrumentos de registros de entradas 
e saídas atualizados; 
 Promover consistências periódicas entre os regis-
tros efetuados no Setor de Controle de Estoques com 
os dos depósitos (fichas de prateleira) - e a conse-
quente existência física do material na quantidade re-
gistrada; 
 Identificar o intervalo de aquisição para cada item 
e a quantidade de ressuprimento; 
 Emitir os pedidos de compra do material rotineira-
mente adquirido e estocável; 
 Manter os itens de material estocados em níveis 
compatíveis com a política traçada pelo órgão ou En-
tidade; 
 Identificar e recomendar ao Setor de Almoxarifado 
a retirada física dos itens inativos devido à obsoles-
cência, danificação ou a perda das características 
normais de uso e comprovadamente inservíveis, dos 
depósitos subordinados a esse setor. 
 
2. Compras 
Uma compra será considerada eficiente quando a 
aquisição de materiais for realizada a um preço eco-
nômico, com qualidade e celeridade. 
A função Compras vai desde a análise das ordens 
de compras, localização dos fornecedores, fontes de 
suprimento, cotação, negociação, aquisição de ma-
teriais, acompanhamento dos pedidos junto aos for-
necedores e o recebimento do material comprado, 
assegurando a quantidade, qualidade, tempo opor-
tuno, a custo econômico. 
Ciclo de Compras 
 
 
 
O recebimento das compras é feito no almoxarifado, 
mas o controle do recebimento conta com a partici-
pação da área de compras. 
A área de compras pode estar estruturada funcio-
nalmente por áreas que envolvam cadastro de for-
necedores, acompanhamento de compras (segui-
mento de compras), processamento dos pedidos 
e ainda possuir áreas divididas em compras locais, 
por importação, etc.. 
 
 Centralização de compras: oportunidade de ne-
gociar maiores quantidades, homogeneidade da qua-
lidade dos materiais, controle maior por parte da di-
reção, melhoria na relação com fornecedores. 
 
 Descentralização de compras: maior atendi-
mento das necessidades locais; maior conhecimento 
dos fornecedores locais, agilidade e flexibilidade nas 
compras. 
 
Classificação de Compras 
 Compras formais: exigem documentos que com-
provem a tramitação de um processo; 
 
 Compras informais: de pequeno valor, sem mui-
tos trâmites burocráticos (na AP não existe essa in-
formalidade); 
 
 Compras antecipadas: antes de acontecer o 
consumo, carecem de planejamento prévio; 
 
 Compras parceladas: por meio de contratos; 
 
 
 
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 Compras emergenciais: urgentes, não previstas 
e normalmente prejudiciais à empresa, pois reduzem 
o poder de negociação. 
 
 Compras diretas: compras rotineiras; 
 
 Compra nova: inédita, demora mais tempo. 
 
 Recompra modificada: compras rotineiras que 
sofrem alguma variação nos procedimentos. 
 
3.1. Compras na Administração Pública 
 Na Administração Pública as compras devem ser 
realizadas através de Licitação que é um procedi-
mento formal no qual se convoca, mediante condi-
ções estabelecidas, empresas interessadas na apre-
sentação de proposta. 
 
 Métodos do Pedido de Compra 
 
 Descritivo: identifica com clareza o item através 
da enumeração de suas características físicas, me-
cânicas, de acabamento e de desempenho, possibi-
litando sua perfeita caracterização para a boa orien-
tação do processo licitatório e deverá ser utilizada 
com absoluta prioridade, sempre que possível; 
 
 Referencial: que identifica indiretamente o item, 
através do nome do material, aliado ao seu símbolo 
ou número de referência estabelecido pelo fabri-
cante, não representando necessariamente preferên-
cia de marca. 
 
***** Uma especificação funcional, utilizada por 
compras, para garantir a qualidade dos produtos, 
pode ser descrita por marca, caracterização de as-
pectos físicos e químicos, por método de produção, 
por desenho ou outros. A marca somente será admi-
tida quando tecnicamente justificável. 
 
 Escolha dos Fornecedores 
 
É importante que a área de compras mantenha um 
bom relacionamento com os fornecedores numa re-
lação de ganha-ganha, para que ambos possam ter 
vantagens e estabilidade. 
Os fornecedores podem ser classificados: 
 Fonte simples: um fornecedor selecionado entre 
vários, para um relacionamento de longo prazo; 
 Fonte única: fornecedor exclusivo; 
 Fonte múltipla: vários fornecedores, com compe-
titividade, favorecendo o poder de barganha. 
Na Administração Pública há o SICAF – Sistema 
de Cadastramento Unificado de Fornecedores no 
âmbito do SISG – Sistema Integrado de Serviços Ge-
rais, que fornece apoio aos processos de compras, 
no qual os fornecedores são habilitados previamente 
e parcialmente (depois é necessária a validação da 
documentação exigida em uma unidade cadastra-
dora), sendo condição necessária para que a em-
presa participe do pregão eletrônico e da cotação ele-
trônica. Além disso, é condição para a participação 
das compras públicas que o objeto licitado seja perti-
nente ao ramo de atividade, através da análise do 
contrato social. 
É importante acessar o site do Comprasnet, para ob-
ter maiores informações. 
 A postura do comprador da área de compras e 
de todos envolvidos deve se pautar por atitudes éti-
cas. 
 
3. Gestão Patrimonial 
 
 
A gestão patrimonial envolve o controle tanto dos 
bens patrimoniais móveis como imóveis. 
 
 A Gestão Patrimonial é realizada através das ati-
vidades de entrada do bem no almoxarifado, com 
o recebimento, aceite, tombamento e registro; 
guarda, conservação interna e armazenagem; 
classificação; movimentação; distribuição e con-
trole, incorporação e inventário. 
 
4.1. Recebimento e Aceite de Materiais 
 
O recebimento envolve a entrada dos materiais, 
conferência quantitativa, conferência qualitativa 
e regularização. 
 
 Recebimento: ato no qual o material é entregue 
pelo fornecedor, em local previamente designado, 
que transfere a responsabilidade pela guarda e con-
servação do material, não implicando em aceitação. 
Deverá ser entregue no almoxarifado ou no lugar de-
signado, sendo que o registro de entrada será sem-
pre no almoxarifado. O recebimento decorrerá de 
compra, cessão, doação, permuta, transferência, 
produção interna. São documentos hábeis para rece-
bimento: Notas Fiscais, Faturas, Termo de Doação, 
Cessão ou Permuta, Nota de Transferência, Guia de 
Produção. Desses documentos constarão, obrigato-
riamente: descrição do material, quantidade, uni-
dade de medida, preços (unitário e total). 
 
 Aceitação: operação na qual se declara na docu-
mentação fiscal que o material recebido satisfaz as 
condições contratadas, segundo a conferência 
quantitativa e o exame qualitativo. 
 
 
 
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O material recebido ficará dependendo, para sua 
aceitação, de: 
a) conferência; e, quando for o caso; 
b) exame qualitativo. 
 
O material que apenas depender de conferência com 
os termos do pedido e do documento de entrega, 
será recebido e aceito pelo encarregado do almoxa-
rifado ou por servidor designado para esse fim. 
 Se o material depender, também, de exame qualita-
tivo, o encarregado do almoxarifado, ou servidor de-
signado, indicará esta condição no documento de en-
trega do fornecedor e solicitará o exame à unidade 
competente, para a respectiva aceitação. 
 
O exame qualitativo poderá ser feito por técnico es-
pecializado ou por comissão especial, da qual, em 
princípio, fará parte o encarregado do almoxarifado. 
 
 A conferência quantitativa pode ser realizada por 
acusação ou contagem cega, quando o conferente 
não verifica a correspondência entre a quantidade 
declarada pelo fornecedor e a efetivamente entregue. 
 
 Caso o material apresente algum problema, não 
corresponder com exatidão ao que foi pedido, ou 
ainda, apresentar faltas ou defeitos, cabe ao encar-
regado do recebimento providenciar junto ao forne-
cedora regularização da entrega, com a devolução 
total ou parcial. 
 
**** A lei 8666, art. 73, estabelece que o recebi-
mento do objeto poderá ser feito provisoriamente, 
para posterior verificação da conformidade do mate-
rial com a especificação; e definitivamente, após a 
verificação da qualidade e quantidade do material e 
consequente aceitação. Mas isso não exclui a res-
ponsabilidade civil pela solidez e segurança e nem 
ético-profissional pela execução do contrato (§2º, 
art 73). 
 
4.2. Tombamento do bem material 
 
 Tombamento é procedimento de incorporação do 
material permanente ao patrimônio da empresa. 
 
 É quando ocorre à identificação do bem com 
características físicas, valor de aquisição e colo-
cação de um número sequencial de registro patri-
monial sequencial, com códigos alfanuméricos ou 
numéricos aposto ao material, mediante gravação, 
fixação de plaquetas ou etiqueta apropriada. O 
número de registro patrimonial do material biblio-
gráfico poderá ser aposto mediante carimbo. 
 
 Somente os bens móveis permanentes são pas-
síveis de tombamento. 
 
 Segundo a STN, materiais com baixo valor mo-
netário, cujo custo de controle seja superior ao seu 
benefício, devem ser, preferencialmente, considera-
dos materiais de consumo. Nesse caso, devem ser 
controlados de forma simplificada, por meio de re-
lação-carga, que mede apenas aspectos qualitati-
vos e quantitativos, não havendo necessidade de 
controle por meio de número patrimonial. Esses bens 
devem, no entanto, ser registrados contabilmente 
no patrimônio da entidade. 
 
 Se um material de consumo for considerado 
como de uso duradouro, em razão da durabilidade, 
quantidade utilizada ou valor relevante, também 
deverá ser controlado por meio de relação-carga, e 
incorporado ao patrimônio da entidade. 
 
 Termo Patrimonial de Responsabilidade: docu-
mento que consolida a carga patrimonial e efetiva 
a responsabilidade pela guarda e uso do material 
pelo consignatário; 
 
 Controle físico: lançamento em sistema próprio 
(Manual ou Eletrônico) das características própria do 
bem – Identificação. 
 
 
 Carga e Descarga na Administração Pública 
 
 Carga - a efetiva responsabilidade pela guarda e 
uso de material pelo seu consignatário. O material 
será considerado em carga, no almoxarifado, com o 
seu registro e apropriação dos custos. 
 
 Descarga - a transferência desta responsabili-
dade, que deverá, quando viável, ser precedida de 
exame do mesmo. 
 
 
***** Cabe ao gestor patrimonial a elaboração e con-
trole do termo patrimonial (o servidor consignatário 
tem responsabilidade pela guarda e uso do bem); o 
tombamento do bem, os inventários e os registros 
de movimentação (deslocamento do bem perma-
nente) e transferência (movimentação do material, 
com troca de responsabilidade, de uma unidade or-
ganizacional para outra, dentro do mesmo órgão ou 
entidade). 
 
4.3. Armazenagem 
A armazenagem compreende a guarda, localização, 
segurança e preservação do material adquirido, a fim 
 
 
 
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de suprir adequada mente as necessidades operaci-
onais das unidades integrantes da estrutura do órgão 
ou entidade. 
 
O armazenamento ocorre no almoxarifado local 
destinado à guarda de materiais, preservando a qua-
lidade e a quantidade dos itens. 
 
 
 Cuidados na armazenagem: 
 
 Devem ser resguardados contra o furto ou roubo 
e protegidos contra a ação dos perigos e ameaças 
climáticas, bem como de animais; 
 
 Devem ser estocados de modo a possibilitar uma 
fácil inspeção e um rápido inventário; 
 
 Na AP os materiais estocados a mais tempo de-
vem ser fornecidos em primeiro lugar, (primeiro a en-
trar, primeiro a sair - PEPS), com a finalidade de evi-
tar o envelhecimento do estoque. 
 
 Localização dos Materiais 
 
 Sistema de Estocagem Fixa: uma área especi-
fica para cada tipo de material. 
 
 Sistema de Estocagem Livre: os materiais vão 
ocupando os espaços vazios disponíveis, junto aos 
pontos de utilização. 
 
**** O sistema de endereçamento ou codificação 
é utilizado para os dois sistemas, visando indicar o 
posicionamento do material. 
 
 
 Critérios de Estocagem 
 
 Armazenagem simples: materiais que não de-
mandam cuidados especiais. 
 
 Armazenagem complexa: materiais que preci-
sam de medidas especiais para guarda em razão da 
fragilidade, peso, forma ou volume, como materiais 
inflamáveis, explosivos, voláteis, radioativos, perecí-
veis. 
 
 Tipos de armazenagem 
 
 Por tamanho, peso e forma: de características 
físicas semelhantes, permite maior aproveitamento 
do espaço físico, mas demanda mais controle. 
 
 Por frequência de entrada e saída: não apro-
veita bem os espaços. 
 
 Por agrupamento ou complentaridade: materi-
ais associados ou compatíveis, cuja frequência de 
solicitação é conjunta. Facilita a arrumação, mas difi-
culta o aproveitamento do espaço. 
 
 Especial: em razão do peso, forma, volume ou 
fragilidade (perecíveis - método PEPS). 
 
 Área externa: custos menores e aumento e es-
paço do almoxarifado. 
 
 Coberturas alternativas: como galpão fixo e mó-
vel. 
 
 Formas de arranjo de físico - lay-out 
 
Para a definição do lay-out é importante definir o 
material, volume, tempo de armazenagem, tipos 
de embalagens, necessidade de controle, uso de 
equipamentos e instrumentos. 
 
 
 
 
 Classificação e Codificação de Materiais: 
 
Um sistema de classificação deve atender a três atri-
butos: 
 
 Abrangência: contemplando todas as caracterís-
ticas dos materiais como aspectos físicos, financei-
ros, contábeis; 
 
 Flexibilidade: permite ligações com outras clas-
sificações e melhoramentos; 
 
 Praticidade: classificação simples e direta. 
 
As etapas de classificação dos materiais são as se-
guintes: 
 
 
 
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 1. Catalogação: ordenamento e arrolamento de 
todos os itens da coleção; 
 
 2. Simplificação: reduzir os itens que servem 
para uma mesma finalidade, do mesmo tipo; 
 
 3. Especificação: descrição detalhada de cada 
item, permitindo a individualização; 
 
 4. Normalização: estabelecimento de normas 
para o uso (de acordo com a ABNT); 
 
 5. Padronização: uniformização do emprego e do 
tipo de materiais, estabelece padrões de peso, me-
dida e formato; 
 
 6. Codificação: atribuição de números ou letras a 
cada material, representando as características do 
item. Pode ser alfabético, numérico e alfanumérico. 
 
 Métodos de Codificação 
 
 Número sequencial: distribui sequencialmente 
números arábicos a cada material, de forma simples; 
 
 Método Alfabético: utiliza letras em vez de nú-
meros, com bastante limitação, está em desuso; 
 
 Método Alfanumérico ou misto: associação de 
letras e números, permitindo maior flexibilidade, pois 
as letras que antecedem os números poderão indicar 
o lote. É o mais difundido, mas tem o problema de 
não aceitação das letras pelos sistemas mecaniza-
dos. 
 
 Sistema de Codificação Definidor (Federal Su-
pply Classification): 
 
 Classificação geral: grupo – identifica as gran-
des classes ou agrupamento de materiais em esto-
que. 
 
 Classificação individualizadora: classe – identi-
fica o material 
 
 Classificação definidora: descreve os materiais. 
 
 Ex: material de escritório, caneta esferográfica, 
marca bic escrita fina. 
 
 
****Depois de identificado e codificado, o material 
será cadastrado com o nome, código, unidade, em 
sistema computadorizado. 
 
 Técnicas de Estocagem de Materiais 
 
 Carga unitária: acondiciona material visando ao 
manuseio, transporte e armazenamento como uma 
unidade, formada de um conjunto de materiais. 
 
 Caixas ou gavetas: materiais de pequenas di-
mensões. 
 
 Prateleiras: materiais de tamanhos diferentes. 
 
 Raques: peças longas e estreitas. 
 
 Empilhamento: em caixas. 
 
 Contêiner flexível: sólidos agranel e líquidos. 
 
 Containers: caixas fechadas para transporte in-
termodal. 
 
 Pallets: estrados para empilhamento de cargas 
unitárias, para aproveitamento do espaço vertical. 
 
 Engradados: para materiais frágeis ou irregula-
res. 
 
 Embalagens 
 
As principais funções das embalagens são: conten-
ção, proteção e comunicação. Possuem estreita liga-
ção com todas as atividades de logística, como ar-
mazenagem, manuseio, movimentação e transporte. 
 
 Caixa de papelão: grande economia em relação 
à caixa de madeira. 
 Tambores: para líquidos, sólidos, pastosos, fluí-
dos, granulados; muito resistente e de fácil recupera-
ção. 
 Fardos: para redução de volumes. 
 Recipientes plásticos: para líquidos e material a 
granel. 
 
 
 
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 Requisição e Distribuição de materiais na Ad-
ministração Pública 
 
As unidades integrantes das estruturas organizacio-
nais dos órgãos e entidades serão supridas exclusi-
vamente pelo seu almoxarifado. 
São dois os processos de fornecimento: 
 
 Por Pressão: de uso facultativo, no qual se en-
trega o material ao usuário mediante tabelas de pro-
visão, com épocas fixadas, independente de solicita-
ção do usuário, envolvendo material de limpeza e 
conservação, material de expediente e de uso roti-
neiro e gêneros alimentícios. 
 
 Por Requisição: processo mais comum, pelo 
qual se entrega o material ao usuário mediante apre-
sentação de uma requisição (pedido de material) de 
uso interno no órgão ou entidade. 
 As requisições/fornecimentos deverão ser 
feitas de acordo com catálogo de material, em uso no 
órgão ou entidade. 
 
4.4. Movimentação de Materiais 
 A movimentação visa a obter um fluxo eficiente, 
atendendo aos critérios da adaptabilidade aos vá-
rios tipos de carga, utilização de transporte me-
cânico ou automatizado, aproveitando o espaço 
cúbico, minimizando as distâncias e respeitando 
o fluxo de operações. 
 Na AP a movimentação deverá ser realizada 
através de registro no competente instrumento de 
controle (ficha de prateleira, ficha de estoque, lista-
gens processadas em computador) à vista de guia de 
transferência, nota de requisição ou de outros docu-
mentos de descarga. 
 
 Equipamentos 
 
 Veículos industriais: 
 Carretas; 
 Carrinhos (curtas distâncias no interior do al-
moxarifado); 
 Empilhadeiras (para transporte de pallets, 
para otimizar os espaços verticais); 
 Tratores e traillers. 
 
 Transportes Contínuos: como correias, esteiras, 
roletes transportadores; 
 
 Guindaste, Talhas (polias em série) e Elevado-
res: para manuseio em áreas restritas, de maneira 
constante e ininterrupta, normalmente de cargas pe-
sadas; 
 
 Ponte de pórtico rolantes: vigas que correm so-
bre trilhos, para transporte pesado, em áreas restri-
tas. 
 
 Contêineres e Estruturas de suporte: sem mo-
bilidade própria, para suporte de outros equipamen-
tos, como tanques, plataformas, estrados, pallets. 
 
 Transportes 
 
 Modal 
 Transporte rodoviário: tempo rápido de entrega, 
para pequenas e médias distancias; 
 Transporte ferroviário: para longas distân-
cias e para grande volume, com grande custo fixo 
operacional. 
 Transporte aquaviário: transporte entre conti-
nentes, com tempo de entrega maior; 
 Transporte aeroviário: altos custos e pequenas 
quantidades. 
 Transporte dutoviário: custo baixo de transporte 
para óleos, gás e derivados. 
 
 Transporte combinado: É o transporte de carga 
de um veículo por meio de outro em um único carre-
gamento ou veículo; 
 
 Transporte intermodal: É o deslocamento de 
carga através de vários meios de transporte, desde o 
ponto de origem, via um ou mais pontos de interliga-
ção, até o ponto final, utilizando diferentes operado-
res, cada um se responsabilizando pelo seu trecho. 
 
 Transporte multimodal: vários modos de trans-
porte, com vários tipos de veículos, um conceito que 
coloca a responsabilidade das atividades de trans-
porte sob um único operador, o qual gerencia e coor-
dena o processo todo. 
 
 Cross Docking: os produtos com elevados índi-
ces de giro e de perecibilidade e que não são esto-
cados, mas apenas cruzam o armazém indo direto 
aos pontos de venda, envolvendo ciclos rápidos de 
movimentação, sincronizados, nas diversas etapas. 
 
 Incidência sobre produto, em razão do frete e 
do seguro 
 
 CIF – significa “Cost, insurance and freight” - 
“custo, seguro e frete”. Na modalidade CIF o gasto 
do frete e do seguro é de responsabilidade do ven-
dedor que deverá entregar a mercadoria no local in-
dicado pelo comprador. O valor pago pelo comprador 
inclui o valor da mercadoria adquirida mais o frete e 
o seguro. 
 
 
 
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 FOB significa “free on board”, ou seja, “posto a 
bordo”. Na modalidade FOB, o gasto do frete e do 
seguro é de responsabilidade do comprador. O va-
lor pago pelo comprador inclui somente o valor da 
mercadoria. 
A diferença entre uma modalidade e outra está no 
fato de o preço de venda incluir ou não o valor do 
frete e do seguro de transportes. 
4.5. Inventário 
 
É um instrumento de controle que visa: 
 
 A confirmação da existência física e verifica-
ção dos saldos de estoque nos almoxarifados e de-
pósitos, e dos equipamentos e materiais permanen-
tes da organização, para verificar: 
 
 Discrepâncias entre o estoque contábil e o 
estoque físico, inclusive em termos monetários, para 
realizar ajuste dos dados escriturais de saldos e mo-
vimentações dos estoques com o saldo físico real. 
 
 A apuração do valor total do estoque (contá-
bil), quando o inventário é realizado próximo ao en-
cerramento do exercício fiscal. 
 
 Demonstrar a situação dos materiais estoca-
dos e dos materiais permanentes no tocante ao sa-
neamento dos estoques, necessidades de uso, repa-
ros e manutenção. A recuperação dos bens somente 
ocorrerá se a despesa for de 50% do valor do bem 
no mercado. São formas de saneamento e desfazi-
mento: 
 
 Desfazimento: alienação - venda, permuta 
ou doação. 
 Comodato: empréstimo por tempo determi-
nado. 
 Extravio, perda ou sinistro. 
 Bens inativos ou ociosos: recuperação, 
reutilização ou cessão/doação. 
 Bens antieconômicos e irrecuperáveis: 
deverão ser alienados (através de venda, permuta ou 
doação). 
 
 
 A análise do desempenho das atividades do en-
carregado do almoxarifado é realizada através dos 
resultados obtidos no levantamento físico. 
 
 
 Classificação dos Inventários 
 
 Inventários gerais ou periódicos: efetuados ao 
final do exercício fiscal, abrange a contagem de todos 
os itens de estoque, cujas informações são relacio-
nadas no inventário analítico. No final do exercício 
fiscal é chamado de geral. 
 
 Inventários rotativos ou permanentes: realizado 
através de contagens programadas em determinado 
período, de todos os itens de determinada categoria. 
Não necessita de paralisação das atividades, abran-
gendo a contagem de todos os itens no período fis-
cal, de forma rotativa e contínua. 
 
**** As contagens dos itens da curva ABC não pre-
cisam que sejam realizadas de forma rotativa para 
todos os itens, podendo adotar esse critério so-
mente para alguns itens. 
 
 Planejamento dos Inventários 
 
1. Convocação das equipes de inventariantes (nor-
malmente se prevê duas equipes, uma de reconhe-
cedores, que fazem a primeira contagem e outra de 
revisores, para o cômputo dos itens); 
 
2. Arrumação física; 
 
3. Cartão de inventário: para o registro da contagem 
de cada item; 
 
4. Cut-off para documentação e movimentação de 
materiais: mapa contendo notas fiscais, notas de en-
trada, requisição e devolução de materiais; 
 
5. Atualização dos registros de estoque; 
 
6. Contagem do estoque: cada item é contado duas 
vezes. Se o coordenador perceber que não está cor-
reto, deverá haver uma terceira contagem por ou-
tra equipe diferente; 
 
7.Reconciliações e ajustes. 
 
 
 Inventário na Administração Pública 
 
 Tipos de Inventário: 
 
 Anual; 
 Inicial; 
 De transferência de responsabilidade; 
 De extinção ou transformação da UG; 
 Eventual; 
 Inventário Rotativo 
 Inventário por Amostragens para o acervo de 
grande porte. 
 
 No inventário analítico constará: 
 
 
 
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 Descrição padronizada; 
 Número de registro; 
 Valor (preço de aquisição, custo de produção, va-
lor arbitrado ou preço de avaliação); 
 Estado (bom, ocioso, recuperável, antieconômico 
ou irrecuperável); 
 Outros elementos julgados necessários. 
 
**** O bem móvel, cujo valor de aquisição ou custo 
de produção seja desconhecido, será avaliado to-
mando como referência o valor de outro seme-
lhante ou sucedâneo, no mesmo estado de con-
servação e a preço de mercado. 
 
**** Caso na contagem dos itens obtenha-se valores 
divergentes nas duas primeiras contagens, deverá se 
proceder a uma terceira contagem. 
 
 
 Baixa de Bem 
 
 É a retirada contábil do acervo patrimonial, 
que faz com que o bem deixe de fazer parte do 
ativo imobilizado da organização. 
 
 O número patrimonial do bem baixado não po-
derá ser repassado a outro bem, servindo de con-
trole dos itens patrimoniais desincorporados. 
Caso o bem seja reincorporado, o número é res-
tituído ao mesmo bem. 
 
 
TESTES 
 
1. (FCC - 2013 - Sergipe Gás S.A. ) A teoria da ad-
ministração de recursos materiais afirma que as 
empresas estão sujeitas ao denominado “ciclo da 
administração de materiais”. A sequência correta 
de operações é, respectivamente, 
 
A) clientes, transporte, compra de materiais e expe-
dição. 
B) identificação de demanda, expedição, identifica-
ção de fornecedores e compra de materiais. 
C) clientes, compra de materiais, identificação de for-
necedores e expedição. 
D) armazenagem do produto final, expedição, identi-
ficação de demanda e clientes. 
E) compra de materiais, transporte, armazenagem e 
movimentação interna 
 
2. (FCC / TRT 11ª / 2012) Analise: 
 
I. A empresa “A” possui um plano de produção espe-
cífico para cada produto; no lay-out industrial as má-
quinas, equipamentos e pessoas são arranjados ao 
redor do produto; há baixa previsibilidade da produ-
ção. 
II. A empresa “B” exige um plano de produção espe-
cífico para cada grupo de produtos; a planta industrial 
tem um arranjo sequencial das máquinas, pessoas e 
equipamentos; há previsibilidade razoável da produ-
ção. 
III. A empresa “C” possui um plano anual de produ-
ção; na planta industrial as máquinas, pessoas e 
equipamentos possuem posições definitivas; há total 
previsibilidade da produção. 
 
Ocorre que: 
 
A) as empresas “A” e “C” possuem, respectivamente, 
sistema de produção em lotes e contínua. 
B) as empresas “A” e “B” possuem, respectivamente, 
sistema de produção sob encomenda e em lotes. 
C) as empresas “B” e “C” possuem, respectivamente, 
sistema de produção sob encomenda e em lotes. 
D) as empresas “A” e “B” possuem sistema de produ-
ção contínuo. 
E) a empresa “B” possui sistema de produção sob 
encomenda. 
 
3. (FCC - 2013 - TRT 12ª) A respeito do gerencia-
mento de estoques, 
 
A) faz parte do sistema de administração patrimonial, 
pois trata da aquisição e manutenção de instalações 
e equipamentos. 
B) os estoques devem se apresentar divididos em 
três grandes categorias contábeis: estoques de ma-
térias primas; estoques de produtos acabados; esto-
ques de equipamentos. 
C) os estoques não representam custos para as em-
presas, uma vez que são contabilizados como ativo, 
visto que, compõem o patrimônio da organização. 
D) um dos principais indicadores de produtividade no 
controle dos estoques é a chamada previsão de de-
manda. 
E) pode ser entendido como uma série de ações que 
permitem verificar a boa utilização dos recursos ma-
teriais, sua boa localização no tocante à utilização, 
seu bom manuseio e bom controle. 
 
4. ( FCC / TRT 16ªR/ 2014) A tabela abaixo exibe 
as classificações e as respectivas definições dos 
estoques, de acordo com as funções que desem-
penham. Estabeleça corretamente a correlação 
entre as colunas: 
 
Classificação 
de Estoque 
DEFINIÇÃO 
 
 
 
 
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A Segurança I Atender à uma demanda futura 
como picos de vendas e progra-
mas de promoções. 
 
B Transporte II Prover produtos que saem de 
um armazém central para outros 
armazéns dispersos. 
C Tamanho 
do Lote 
III Garantir melhores preços para 
produtos cujo preço flutua em de-
masia. 
 
D Antecipa-
ção 
IV Cobrir flutuações aleatórias e 
imprevisíveis, além de tempos de 
entrega maiores do que o espe-
rado. 
E Compensa-
tório 
V Obter vantagens dos descontos 
sobre a quantidade, para reduzir 
despesas de 
transporte e demais custos. 
 
 Está correta a correlação demonstrada em: 
 
A) A-I; B-II; C-V; D-IV; E-III. 
B) A-IV; B-II; C-V; D-I; E-III. 
C) A-III; B-IV; C-V; D-I; E-II. 
D) A-II; B-V; C-I; D-III; E-IV. 
E) A-V; B-III; C-II; D-I; E-IV. 
 
5. (FCC / INFRAERO / 2011) Para uma eficiente 
gestão de estoques, é importante calcular a pre-
visão de consumo para os períodos seguintes. 
Entre os métodos de previsão de consumo, o mé-
todo da média móvel tem a DESVANTAGEM de : 
 
A) reduzir a influência dos valores extremos no resul-
tado final. 
B) apresentar uma reação muito rápida da previsão 
diante dos valores atuais, se o número de períodos 
for grande. 
C) reduzir a previsão dos valores ocorridos, se a ten-
dência de consumo for crescente. 
D) elevar a previsão dos valores ocorridos, se a ten-
dência de consumo for crescente. 
E) elevar a influência dos valores extremos no resul-
tado final. 
 
6. (FCC / TRT 2R/ 2014) Segundo Saldanha (2006), 
o controle adequado de estoques se torna funda-
mental: ...é preciso prever situações para que não 
haja excessos, faltas, nem deterioração dos ma-
teriais estocados. Sobre controle de estoques 
considere: 
 
I. executar controle sobre os estoques e inventários 
periódicos, preferencialmente utilizando um sistema 
integrado de informações ERP. 
II. determinar quais os que tipos de materiais que se-
rão estocados, independente da sua importância. 
III. determinar o tempo de renovação dos estoques. 
 
Está correto o que consta em: 
 
A) I, apenas. 
B) II e III, apenas. 
C) I, II e III. 
D) I e III, apenas. 
E) III, apenas. 
 
7. ( FCC / TRT 2R/ 2014) No almoxarifado de uma 
empresa prestadora de serviços, um determinado 
item de estoque é consumido na razão de 100 uni-
dades por mês e o seu tempo de reposição é de 3 
meses. Sabendo que o estoque mínimo é de 1 
mês do seu consumo, o ponto de pedido será, em 
unidades: 
 
A) 300. 
B) 200. 
C) 400. 
D) 150. 
E) 500. 
 
8. (FCC / TRT 11ª / 2012) A complexidade do am-
biente que envolve as empresas leva seus gesto-
res à sondagem ambiental, para antecipar e inter-
pretar mudanças em seu ambiente, por meio da 
prática de comparação do desempenho de uma 
operação fundamental da empresa com uma ope-
ração semelhante em outras organizações. Trata-
se de: 
 
A) Sistema CRM. 
B) Inteligência competitiva. 
C) Supply Chain. 
D) Sistema ERP. 
E) Benchmarking. 
 
9. ( FCC / TRT 16ªR/ 2014) A função de compras 
é um segmento essencial no departamento de 
Materiais ou Suprimentos, e tem como objetivos 
básicos: 
 
I. Alcançar um fluxo contínuo de suprimentos a fim de 
atender a demanda prevista. 
II. Comprar materiais e insumos aos menores preços, 
respeitando padrões de qualidade e quantidade. 
III. Procurar sempre fontes múltiplas de fornecimento 
para a manutenção do grau de atendimento e do re-
lacionamento com o fornecedor. 
 
 
 
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 IV. Coordenar o fluxo de materiais de modo que seja 
aplicado um mínimo de investimento que afete a ope-racionalidade da empresa. 
 V. Procurar, sempre dentro de uma negociação, ter 
poder de barganha que obrigue o fornecedor a redu-
zir sua margem de lucro aos menores níveis possí-
veis. 
 
 Está correto o que se afirma APENAS em : 
 
A) I, II e IV. 
B) I, II e V. 
C) I, III e IV. 
D) II e III. 
E) II, IV e V. 
 
10. ( FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO ) Uma vanta-
gem considerável da técnica de inventário rota-
tivo para empresas que trabalham com estoque 
grande e variado é : 
 
A) a possibilidade de realizar a contagem da cada 
item independentemente do respectivo código de in-
ventário. 
B) o estabelecimento de intervalo variável para a 
contagem de todo o estoque de uma só vez, man-
tendo o almoxarifado em funcionamento. 
C) a determinação de intervalo fixo para a contagem 
dos itens sem que seja preciso classificar o material. 
D) a facilidade de contagem contínua do material, 
além da definição variável do intervalo para cada tipo 
de material. 
E) a contagem realizada em períodos curtos, já que 
o almoxarifado tem de ficar fechado. 
 
11. ( CESPE - 2013 - IBAMA) Considere que a curva 
ABC mostrada acima obedece aos critérios de cons-
trução apresentados na tabela conseguinte. Com 
base nos parâmetros apresentados, e considerando 
que os itens do estoque estejam enumerados de I a 
X, é correto afirmar que o item III pertence à classe B 
da classificação ABC. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
Com base no gráfico acima, que ilustra a curva ABC 
do almoxarifado de determinada empresa, julgue os 
próximos itens. 
 
12. (CESPE - 2013 - MPU ) A ordenação correta dos 
itens na abscissa do gráfico em questão, da es-
querda para a direita, é a seguinte: itens da classe C, 
seguidos dos itens da classe B e, finalmente, os itens 
da classe A. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
13. (CESPE - 2013 - MPU ) Na figura, a curva ABC 
representa uma situação em que não há nenhuma 
concentração. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
14. (CESPE - 2013 - MPU) Infere-se corretamente do 
gráfico que o valor financeiro unitário dos itens de 
classe A é pelo menos dez vezes superior ao valor 
unitário dos itens de classe C. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
15.( CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) A 
rotatividade de determinado estoque, considerando-
se um consumo médio de 800 unidades/ano e um es-
toque médio de 200 unidades, é de 0,25 vez/ano. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
16. (CESPE - 2013 - ANP) Considere que uma em-
presa industrial consuma sessenta unidades de ma-
téria-prima por semana e que deseje manter um es-
toque de segurança de trinta unidades durante o 
tempo de reposição de suprimentos, sendo de duas 
semanas o prazo para receber do fornecedor cada 
 
 
 
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novo lote de matéria-prima adquirida. Nessa situa-
ção, o ponto de reposição de matéria-prima dessa 
empresa será igual a cento e vinte unidades. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
17. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) A 
alta periodicidade das revisões realizadas por deter-
minada empresa que utilize o sistema de revisões pe-
riódicas para reposição de seus estoques acarreta 
alto estoque médio e alto custo de estocagem. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
18. (CESPE - 2013 - MPU) O just in case e o just in 
time são ferramentas administrativas utilizadas, em 
regra, para a consecução do mesmo objetivo: o apri-
moramento da gestão de insumos nas organizações. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
19. (CESPE - 2013 - SERPRO) A descentralização 
no processo de suprimento possibilita que a organi-
zação obtenha, durante as compras, maiores des-
contos junto aos fornecedores potenciais. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
01. E 
02. B 
03. E 
04. B 
05. C 
06. D 
07. C 
08. E 
09. A 
10. D 
11. E 
12. E 
13. E 
14. E 
15. E 
16. E 
17. E 
18. E 
19. E 
 
 
Bons Estudos!!!!!!

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