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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Unidade Acadêmica de Engenharia Química Laboratório de Engenharia Química I DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE PELA LEI DE STOKES RELATÓRIO Nº 1 Aluna: Ranna Theresa dos Santos Cajá Matrícula: 121111162 Professor: Eudésio Oliveira Vilar 21/08/2023 Campina Grande - PB SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO………………………………………………………………………………………….3 2. OBJETIVOS………………...…………………………………………………………………………..3 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA……………………………………………………………………..5 4. MATERIAIS NECESSÁRIOS…………………………………………………………………………9 5. METODOLOGIA………………………………………………………………………………………9 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES……………………………………………………………………..11 7. CONCLUSÃO…………………………………………………………………………………………16 8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA…………………………………………………………………...17 2 1. INTRODUÇÃO Este relatório descreve dois experimentos que visam determinar propriedades de viscosidade de fluidos em diferentes abordagens. A viscosidade desempenha um papel essencial em várias aplicações científicas e de engenharia, como fenômenos de transporte e dimensionamento de equipamentos. Os experimentos aplicam conceitos teóricos de viscosidade em situações práticas, destacando sua relevância. O Experimento 1 usa a Lei de Newton para determinar a viscosidade cinemática de um fluido em regime laminar, usando o Viscosímetro de Cannon-Fenske. A tensão de cisalhamento e a relação entre viscosidade dinâmica e cinemática são abordadas. O Experimento 2 aplica a Lei de Stokes para calcular a viscosidade dinâmica usando a força de arrasto em esferas submersas em um fluido viscoso. Esses experimentos ilustram a importância da viscosidade na análise de fluidos por meio de diferentes métodos experimentais. 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivos gerais O objetivo geral desses experimentos é determinar as propriedades de viscosidade de fluidos por meio de diferentes abordagens experimentais, aplicando conceitos teóricos relevantes e avaliando sua aplicabilidade em situações práticas. 2.2 Objetivos específicos 1. Explorar as Leis de Newton e de Stokes para entender as relações fundamentais entre tensão de cisalhamento, velocidade, área de superfície, raio da esfera e viscosidade. 2. Realizar medições precisas utilizando equipamentos específicos, como o Viscosímetro de Cannon-Fenske e partículas de vidro, para obter dados relevantes. 3. Aplicar as fórmulas teóricas para calcular a viscosidade cinemática no Experimento 1 e a viscosidade dinâmica no Experimento 2. 4. Comparar os resultados experimentais com os valores teóricos esperados, identificando discrepâncias e possíveis fontes de erro. 3 5. Demonstrar a importância da viscosidade em diversas aplicações práticas, como fenômenos de transporte e dimensionamento de equipamentos. Através desses objetivos, busca-se ilustrar a relevância da viscosidade na compreensão e análise de fluidos, utilizando duas abordagens experimentais distintas para determinar suas propriedades viscosas. 4 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Dado um sistema composto por duas placas e havendo entre elas um fluído de viscosidade desconhecida, para movimentarmos uma dessas placas é necessário que a inércia seja superada por uma força. Simultaneamente essa força também deverá agir no fluído que está em contato com ambas as faces. Através da Lei de Newton da Viscosidade pode-se relacionar a força aplicada pela área de ação da força: τ = 𝐹 𝐴 (1) Sendo a tensão de cisalhamento, que difere da tensão normal por fazerτ referência à componente tangencial da força. Figura 1 – Modelo de um escoamento linear de um fluido em um sistema composto por duas placas paralelas. Fonte: Brookfield. A tensão de cisalhamento, por sua vez, é proporcional ao gradiente de velocidade, ou seja, a taxa de variação da velocidade em x por y, pois ela cresce ou decresce no sentido do eixo das ordenadas. Por exemplo, a velocidade do fluido será igual a zero na placa inferior e máxima na placa superior. 𝑑𝑣𝑥 𝑑𝑡 ∝τ (2) Logo, adicionando um fator de correção para que aja uma igualdade entre a relação, chega-se, de fato, a Lei de Newton da Viscosidade: τ = µ. 𝑑𝑣𝑥 𝑑𝑡 (3) Onde é o coeficiente de viscosidade dinâmico do fluido.µ 5 Este fator quantifica a resistência que o fluido tem a se deformar, o que para fluidos newtonianos esse valor é sempre constante. A razão entre a viscosidade absoluta, , e a massa específica, , surge comµ ρ frequência. Essa razão é chamada viscosidade cinemática e é representada pelo símbolo .𝑣 Figura 2 – Gráfico da Velocidade de deformação x Tensão de cisalhamento de diferentes fluidos. Fonte: Wikipedia. FLUIDOS Os fluidos são líquidos ou gases que se deforma continuamente quando submetidos a uma força de cisalhamento e podem ser classificados como: ● Newtonianos – quando a tensão de cisalhamento é diretamente proporcional à taxa de deformação, ou seja, a viscosidade é a mesma independente da taxa de força aplicada e do tempo. ● Não newtonianos – quando a tensão não é diretamente proporcional à taxa de deformação. Para os fluidos não newtonianos, o comportamento destes variam ainda de acordo com a categoria em que estejam inseridos. Por exemplo, os plásticos de Bingham para escoarem, requerem a aplicação de uma tensão, τ, além de um limiar de tensão próprio do plástico, e quando submetidos a baixas tensões, , seτ 0 τ < τ 0 comportam como sólidos, ou seja, apresentam viscosidade infinita. 6 Já os pseudoplásticos são fluidos em que a viscosidade aparente decresce conforme a taxa de deformação cresce e os dilatantes apresentam um comportamento contrário, a viscosidade aparente cresce conforme a taxa de deformação cresce. LEI DE STOKES O movimento de um corpo em um meio viscoso é influenciado pela ação de uma força viscosa, , proporcional à velocidade, , e definida pela relação𝐹 𝑣 𝑣 𝐹 𝑣 = 𝑏𝑣 conhecida como lei de Stokes. A lei de Stokes, como o próprio nome indica, foi descoberta pelo físico e matemático irlandês George Gabriel Stokes, que nasceu em Skreen, em 13 de agosto de 1819 falecendo em Cambridge, em 1 de fevereiro de 1903. Esta lei é aplicada a corpos esféricos para o cálculo da força de atrito que se gera quando um líquido flui em torno de uma esfera. De acordo com a lei de Stokes, a força de atrito, Fr, aumenta de forma diretamente proporcional ao raio da esfera, à velocidade do líquido e à viscosidade dinâmica deste. (4) Onde r é o raio da esfera, é a viscosidade dinâmica e vt a velocidade terminal determinada experimentalmente. Além da força de atrito agem sobre a esfera a força gravitacional e a força do empuxo: 𝑃 = 𝑚 · 𝑔 .: ρ = 𝑚 𝑉 (5) 𝑃 = ρ𝑠 · 𝑣𝑠 · 𝑔 .: 𝑃 = ρ𝑠 · 4 · π · 𝑟3 3( ) · 𝑔 (6) 𝐸 = ρ𝐿 · 4 · π · 𝑟3 3( ) · 𝑔 (7) 7 Onde P é a força gravitacional, Vs é o volume da esfera, é a densidade da partícula de vidro, E a força de empuxo e ρL a densidade do líquido. A relação entre a força peso, a força de atrito e a força de empuxo é dada por: (8) (9) (10) Correção da velocidade terminal (Vt) com o efeito de borda Equação empírica: (11)𝑉 𝑡 = 𝑉 𝑚𝑒𝑑 · (1 + 2, 4 · 𝑟 𝑅 ) Onde R é o raio do recipiente (proveta) e r o raio da esfera. Funcionamento de um viscosímetro capilar de Cannon-Fenske O fluido é bombeado no sentido de A para B, deslocando-se pelo capilar até preencher totalmente os reservatórios R1 e parte do R2. Quando o fluido atinge o ponto de Limite Máximo de Preenchimento (LM) a sucção é interrompida. Neste instante o fluido começa a escoar no sentido inverso ao descrito anteriormente. Quando a superfície livre passa pela fotocélula superior,a contagem do tempo é acionada até que a mesma passe pela fotocélula inferior, quando é então cessada. 8 4. MATERIAIS NECESSÁRIOS ● Balança analítica; ● Cronômetro; ● Esferas de vidro; ● Óleo comestível (Óleo de Soja, marca: Confiare); ● Detergente (Lava-louças CLEAR, marca: Carrefour); ● Provetas; ● Régua graduada; ● Termômetro; ● Viscosímetro de Cannon-Fenske; ● Capilar 520.00; ● Água Destilada; ● Álcool Etílico Hidratado Toscano 70°; ● Álcool Etílico Absoluto 99,5º (marca: Cruzeiro). 5. METODOLOGIA 5.1 PARTE 1 A parte 1 faz referência a viscosidade cinemática. Antes da realização do experimento, foi feita uma revisão teórica relativa ao assunto abordado e então deu-se início a prática. Nesta seção, utilizou-se o viscosímetro capilar de Cannon-Fenske, identificado pela Figura 7. De início, anotou-se os dados do equipamento, entre eles o código do capilar e sua constante K. O mesmo serviu para os três fluidos, a água, álcool destilado e o álcool isopropílico. Mediu-se uma quantidade pequena de cada um destes, evitando, assim, que o fluido, por pressão, escapasse a marca superior. Colocou-se a quantidade do fluido a ser analisado no capilar, encaixou-se a vidraria e o tubo de pressão no equipamento, e estando estes devidamente alinhados, deu-se início ao experimento. Repetiu-se quatro vezes o procedimento de medição de tempo para cada fluido analisado. Todos os dados aferidos estão expostos em tabela em Resultados e Discussões. 9 Figura 4 - Viscosímetro capilar Shott. 5.1 PARTE 2 A parte 2 diz respeito ao estudo da viscosidade dinâmica. Inicialmente, verificou-se a temperatura ambiente e pesaram-se na balança analítica 10 esferas de vidro cada. Foi divido ao meio as esferas e grupo desse foi destinado a análise da viscosidade de um diferente material. Com o auxílio da régua graduada foram medidos os diâmetros de cada uma das provetas, assim como a distância entre as fitas adesivas (pontos estes abaixo do nível do material), a qual seria percorrida pelas esferas de vidro. Estando tudo pronto, jogou-se a primeira esfera (lançada no centro da proveta), e iniciou-se a cronometragem do tempo de trajetória gasto através do óleo de soja da fita adesiva superior até a inferior. Foi feito o mesmo procedimento para as demais esferas e, em sequência, para a outra proveta, onde continha o detergente. Todos os dados aferidos estão expostos em tabela em Resultados e Discussões. 10 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES 6.1 RESULTADOS ● Parte 1 Utilizou-se o capilar nº 52013 de K = 0,03338mm2/s2. Tabela 1 – Tempo em segundos que o líquido levou para percorrer o capilar Medições Água Destilada Álcool Etílico Hidratado 70° Álcool Etílico Absoluto 99,5º 1ª 34,50 85,98 89,91 2ª 34,19 86,67 89,91 3ª 34,07 86,73 90,42 4ª 34,10 86,93 89,82 Média 34,22 86,58 90,02 Com os dados obtidos podemos assim descobrir a viscosidade cinemática dos fluidos, onde: 𝑣 = 𝐾. 𝑡 𝑣 á𝑔𝑢𝑎 = 0, 03338 𝑥 34, 22 = 1, 1422636 𝑚𝑚2 𝑠 = 1, 1422636 * 10−2𝑠𝑡𝑜𝑘𝑒𝑠 𝑣 á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 70º = 0, 03338 𝑥 86, 58 = 2, 8900404 𝑚𝑚2 𝑠 = 2, 8900404 * 10−2𝑠𝑡𝑜𝑘𝑒𝑠 𝑣 á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 99,5º = 0, 03338 𝑥 90, 02 = 3, 0048676 𝑚𝑚2 𝑠 = 3, 0048676 * 10−2𝑠𝑡𝑜𝑘𝑒𝑠 Através dos dados obtidos no viscosímetro para determinar a viscosidade cinética e dinâmica podemos comparar os valores teóricos com os práticos e encontrar os erros percentuais. 𝐸 = 𝑣 𝑙𝑖𝑡𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 −𝑣 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜| | 𝑣 𝑙𝑖𝑡𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑥100% 11 𝐸 á𝑔𝑢𝑎 = 1,002*10−2−1,1422636*10−2| | 1,002*10−2 𝑥100% = 14% 𝐸 á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 70º = 2,48*10−2−2,8900404*10−2| | 2,48*10−2 𝑥100% = 16, 53% 𝐸 á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 99,5º = 2,48*10−2−3,0048676*10−2| | 2,48*10−2 𝑥100% = 21, 16% ● Parte 2 Temperatura Ambiente: 21ºC Tabela 2 – Tempo em segundos que as esferas demoram a percorrer a trajetória na proveta. Esferas de vidro Óleo comestível Detergente Tempo (s) Tempo (s) 1ª 1,76 3,56 2ª 1,76 3,80 3ª 1,86 4,23 4ª 1,70 4,50 5ª 1,81 4,78 Média 1,778 4,174 Tabela 3 – Dados obtidos experimentalmente. Massa do detergente, 49, 38 𝑔 Massa média das esferas de vidro, 0, 0573 𝑔 Distância entre as faixas para a proveta com óleo, 24, 8 𝑐𝑚 12 Distância entre as faixas para a proveta com detergente, 17, 0 𝑐𝑚 Diâmetro da proveta com óleo, 8, 1 𝑐𝑚 Diâmetro da proveta com detergente, 3, 7 𝑐𝑚 Para calcular as velocidades das esferas, usou-se a razão entre o comprimento percorrido e o tempo médio medido da queda. 𝑣 ó𝑙𝑒𝑜 = 𝐿 ó𝑙𝑒𝑜 𝑡 ó𝑙𝑒𝑜 = 24,8 𝑐𝑚 1,778 𝑠 ≅ 13, 95 𝑐𝑚/𝑠 𝑣 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑔 = 𝐿 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑔 𝑡 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑔 = 17 𝑐𝑚 4,174 𝑠 ≅ 4, 07 𝑐𝑚/𝑠 Pelo fato das esferas serem muito pequenas, não foi possível medir o seu raio diretamente, sendo necessárias manipulações matemáticas para encontrá-lo. 𝑉 = 4 3 π𝑟3 ρ 𝑠 = 𝑚 𝑉 ∴ ρ 𝑠 = 𝑚 4 3 π𝑟3 ∴𝑟 = 3 3𝑚 4πρ 𝑠 Sabendo que a densidade das esferas de vidro é 2,57 g/cm3 𝑟 = 3 3𝑚 4πρ 𝑠 = 3 3*0,0573 4*π*2,57 = 0, 1746 𝑐𝑚 Foi necessário fazer a correção da velocidade terminal com o efeito de borda, assim: 𝑣 𝑡 = 𝑣 1 + 2, 4 𝑟 𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 𝑅 𝑡𝑢𝑏𝑜 ( ) 1 + 3, 3 𝑟 𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 𝐿( ) 𝑣 𝑡ó𝑙𝑒𝑜 = 13, 95 . 1 + 2, 4 0,17 4,05( ) . 1 + 3, 3 0,17 24,8( ) = 15, 70 𝑐𝑚/𝑠 13 𝑣 𝑡𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑔 = 4, 07 . 1 + 2, 4 0,17 1,85( ) . 1 + 3, 3 0,17 17( ) = 5, 13 𝑐𝑚/𝑠 Sabendo da seguinte equação: µ = 2 9 𝑟2𝑔 ρ 𝑠 − ρ 𝑙( ) 1 𝑣 𝑡 Fazendo as devidas substituições, a viscosidade dinâmica do óleo e a do detergente serão: ρ ó𝑙𝑒𝑜 = 0, 917 𝑔/𝑐𝑚3 ρ 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑔 = 1, 01 𝑔/𝑐𝑚3 µ ó𝑙𝑒𝑜 = 2 9 0, 17 𝑐𝑚( )2 981 𝑐𝑚 𝑠2( ) 2, 57 − 0, 917( )𝑔/𝑐𝑚3 1 15,70 𝑐𝑚 𝑠 = 0, 663 𝑔 𝑐𝑚.𝑠 (𝑝𝑜𝑖𝑠𝑒) µ 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑔 = 2 9 0, 17 𝑐𝑚( )2 981 𝑐𝑚 𝑠2( ) 2, 57 − 1, 01( )𝑔/𝑐𝑚3 1 5,13 𝑐𝑚 𝑠 = 1, 916 𝑔 𝑐𝑚.𝑠 (𝑝𝑜𝑖𝑠𝑒) Diante dos dados obtidos, é possível calcular a força de atrito. 𝐹 𝑟ó𝑙𝑒𝑜 = 6π𝑟µ 𝑜𝑙 𝑣 𝑡𝑜 = 6 * 3. 14 * 0, 17𝑐𝑚 * 0, 663 𝑔 𝑐𝑚.𝑠 * 15, 70𝑐𝑚/𝑠 ∴ 𝐹 𝑟ó𝑙𝑒𝑜 = 33, 338 𝑔𝑐𝑚/𝑠2 = 33, 338 . 10−5𝑁 𝐹 𝑟𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑔 = 6π𝑟µ 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑔 𝑣 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑔 = 6 * 3. 14 * 0, 1746𝑐𝑚 * 1, 916 𝑔 𝑐𝑚.𝑠 * 5, 13 𝑐𝑚/𝑠 ∴ 𝐹 𝑟𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑔 = 31, 48 𝑔𝑐𝑚/𝑠2 = 31, 48 . 10−5𝑁 Quando a esfera de vidro é imersa em um fluido viscoso, é aplicada sobre ela uma força de atrito, explicada pela Lei de Stokes. Essa força é proporcional à 14 viscosidade dinâmica do fluido, à sua velocidade e ao raio da esfera. Pode-se ainda perceber que o tamanho do raio da proveta influencia diretamente na correção da velocidade terminal. O efeito de borda e o tamanho do raio da proveta é inversamente proporcional à velocidade terminal da esfera. Para avaliar o experimento, calcularam-se os erros percentuais da viscosidade dinâmica. 𝐸 = 𝑣 𝑙𝑖𝑡 −𝑣 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜| | 𝑣 𝑙𝑖𝑡. 𝑥100% 𝐸 ó𝑙𝑒𝑜 = 0,59−0,663| | 0,59 𝑥100% = 12, 37% 𝐸 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑔 = 1,25−1,916| | 1,25 𝑥100% = 53, 28% Em relação à primeira parte do experimento, obteve-se resultados um pouco próximos à realidade, porém acima de 10%, haja vista que o procedimento se deu através de um instrumento, minimizando assim os erros do manuseio humano, como a imprecisão na cronometragem, o erro de paralaxe, entre outros. A viscosidade dinâmica representa a resistência que um fluido oferece à sua deformação. Portanto, como o detergente possui uma viscosidade maior, este fluido ofereceu uma maior resistência às esferas e, por isso, a velocidade delas foi menor do que a velocidade das que percorreram a proveta contendo óleo. O erro em relação à segunda parte do experimento foi bem expressivo, principalmente em referência ao detergente. Infere-se, porém, que como a prática deu-se de forma coerente, uma possível causa para a grande discrepância entre os valores teóricos e os medidos pode ter sido proveniente de uma comparação equivocada. Os dados dos detergentes da literatura são concernentes para produtos de alta qualidade e sob diferentes condiçõesdas encontradas em nosso laboratório. 15 7. CONCLUSÃO Através deste experimento foi possível compreender os conceitos de viscosidade de um fluido e a forma como este se comporta ao movimentar-se. Fatores como cronometragem, temperatura ambiente, erro de paralaxe, comparações equivocadas, entre outros, podem ter influenciado nas medidas aferidas, ocasionando erros percentuais consideráveis em relação aos dados da literatura. Foi aprendido também a determinar a viscosidade de diferentes fluidos mediante a aplicação da Lei de Stokes, além de que foi possível esclarecer o conceito entre viscosidade dinâmica e cinemática, sendo a viscosidade cinemática a resistência oferecida pelo fluido ao transporte da quantidade de movimento e a viscosidade dinâmica a resistência à deformação, ao escoamento. 16 8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Apostila de Laboratório de Engenharia Química I. Departamento de Engenharia Química. UFCG. Acesso: 08/2023 BROOKFIELD. DV2T Viscometer. Disponível em: http://www.brookfieldengineering.com/products/viscometers/laboratory-dv-ii.as p>. Acesso: 08/2023 CLAUDIO SARTORI. Viscosidade. Disponível em: < http://www.claudio.sartori.nom.br/ftcm_roteiro_experiencia4.pdf>. Acesso: 08/2023 ENGQUIMICASANTOSSP. Viscosidade: Dinâmica e Cinética. Disponível em: <http://www.engquimicasantossp.com.br/2015/04/viscosidade-dinamica-e-cine matica.html>. 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