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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Unidade Acadêmica de Engenharia Química Laboratório de Engenharia Química I DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO DE UM SISTEMA TERNÁRIO RELATÓRIO Nº 2 Aluna: Ranna Theresa dos Santos Cajá Matrícula: 121111162 Professor: Eudésio Oliveira Vilar 26/08/2023 Campina Grande - PB SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO………………………………………………………………………………………….3 2. OBJETIVOS………………...…………………………………………………………………………..3 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA……………………………………………………………………..4 4. MATERIAIS NECESSÁRIOS………………………………………………………………………..16 5. METODOLOGIA……………………………………………………………………………………..16 6. RESULTADOS………………………………………………………………………………………...18 7. DISCUSSÕES………………………………………………………………………………………….20 8. CONCLUSÃO…………………………………………………………………………………………21 9. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA…………………………………………………………………...22 2 1. INTRODUÇÃO O experimento abordado neste relatório visa construir um diagrama de equilíbrio de um sistema ternário, composto por água, álcool e benzeno. O objetivo principal é criar uma curva de equilíbrio que representa a solubilidade desses componentes em diferentes proporções. Esse experimento é relevante no contexto das Operações Unitárias e processos de separação, proporcionando insights sobre as interações entre os componentes e suas respectivas fases. 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivos gerais Construir uma curva de equilíbrio entre três componentes (água , álcool e benzeno) obtendo a linha de solubilidade da mistura. 2.2 Objetivos específicos 1. Preparar misturas contendo água, álcool e benzeno em diferentes proporções nos tubos de ensaio. 2. Adicionar álcool etílico gota a gota às misturas até que uma fase única seja alcançada, observando a ausência de turbidez. 3. Registrar o volume de álcool etílico necessário para atingir o equilíbrio em cada mistura. 4. Construir um diagrama de equilíbrio ternário a partir dos dados de volume de álcool etílico adicionado e das composições das misturas. 5. Interpretar o diagrama de equilíbrio para identificar a linha de solubilidade e as regiões monofásica e bifásica. 3 6. Compreender as implicações práticas do diagrama de equilíbrio para processos de separação e operações unitárias. 7. Analisar como as interações entre os componentes afetam o equilíbrio entre as fases nas misturas ternárias. 8. Relacionar os resultados obtidos no experimento com os conceitos teóricos de diagramas de fase e equilíbrio químico. 9. Comparar as composições das misturas observadas experimentalmente com as previsões feitas a partir do diagrama de equilíbrio. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A temperaturas suficientemente inferiores aquelas em que se verifica o aparecimento do equilíbrio líquido-vapor, pode observar-se a formação de fases líquidas (ou sólidas) total ou parcialmente imiscíveis. É o que acontece, por exemplo, no sistema cujo diagrama se esquematiza na Figura 1. Figura 01 - Esquema ilustrativo do diagrama de fases de um sistema com formação de duas fases líquidas 4 Observando na Figura 1 verifica-se que partindo de uma mistura binária homogênea, gasosa, no estado representado pelo ponto A, baixando sucessivamente a temperatura (mantendo a pressão), quando se atinge a temperatura TB aparece a primeira gota de líquido (o ponto B está sobre a curva dos pontos de orvalho). Entre B e C, à medida que a temperatura diminui, a quantidade de sistema na fase líquida vai aumentando até que, à temperatura TC, desaparece a último gás (o ponto C localiza-se sobre a curva dos pontos de bolha). Entre TC e TD obtém-se uma única fase líquida, homogénea. À temperatura TD observa-se a formação de uma segunda fase líquida. Se a fase líquida pré-existente estiver a ser agitada, o aparecimento da imiscibilidade (parcial) entre os dois líquidos pode ser facilmente detectado pela ocorrência de turbidez no sistema líquido. Abaixo da temperatura TD têm-se duas fases líquidas, lα e lβ, parcialmente miscíveis, em equilíbrio. Por exemplo, à temperatura TE a mistura de composição global representada pelo ponto E separa-se em duas fases líquidas representadas pelos pontos F e G. A recta horizontal é, obviamente, uma tie-line, visto que une duas fases em equilíbrio à mesma temperatura e à mesma pressão. Considerando apenas a região inferior do diagrama, correspondente às temperaturas em que prevalece a coexistência de fases líquidas, podem observar-se três situações, que se ilustram na Figura 2. Figura 02 - Diagramas (T, x), a pressão constante. 5 A situação de imiscibilidade parcial que acaba de ser descrita está representada na Figura 2(a). As composições dos dois líquidos em equilíbrio (la e lb) à temperatura TE são, respectivamente, x1α e x1β. A temperatura TU é denominada temperatura crítica de solubilidade superior: acima dessa temperatura existe uma única fase líquida em toda a gama de composições (0 ≤ x1 ≤ 1). A linha é denominada curva binodal. O troço𝐹𝑈𝐺 , à esquerda de U, corresponde às composições da fase líquida la (mais rica no𝐹𝑈 componente 2) ao passo que o troço , à direita de U, dá as composições da fase𝑈𝐺 líquida lb (mais rica no componente 1): a cada temperatura T (< TU) as composições x1α e x1β dos dois líquidos em equilíbrio são determinadas pela intersecção da curva binodal com a tie-line (horizontal) respectiva. É claro que a temperaturas sucessivamente mais baixas as fases líquidas acabarão por solidificar e a curva binodal terminará na linha de solidificação. No ponto U as duas fases líquidas tornam-se indistinguíveis. A designação de ponto crítico de solubilidade para U (e de temperatura crítica de solubilidade para TU), resulta disto mesmo por analogia com o ponto crítico das substâncias puras, onde duas fases (líquida e gasosa) também se tornam idênticas, com as mesmas propriedades. A Figura 2(b) ilustra um outro caso possível de imiscibilidade parcial de duas fases líquidas, onde agora o ponto L corresponde a uma temperatura crítica de solubilidade inferior. Abaixo da temperatura TL existe uma só fase líquida em toda a gama de composições. A curva binodal é limitada superiormente pelas suas intersecções com a curva dos pontos de bolha no equilíbrio (líquido + vapor). O caso representado na Figura 2(c), em que a curva binodal se fecha sobre si própria, com existência simultânea de dois pontos críticos, superior e inferior (U e L, respectivamente), é bastante mais raro: neste caso a imiscibilidade parcial das duas fases líquidas só pode ocorrer a temperaturas entre TU e TL. DIAGRAMAS TERNÁRIOS Para representar sistemas ternários recorre-se à geometria dos prismas de base triangular onde às ordenadas se faz corresponder a temperatura ou a pressão e à base (um triângulo equilátero) se associa a composição dos componentes em fracção molar (ou percentagens molares) (x1, x2 e x3) ou frações (ou percentagens ponderais) (w1, w2 e 6 w3). Como a soma das distâncias de um ponto no interior de um triângulo (equilátero) aos três lados é igual à sua altura, h, (Figura 3), será . Normalizando,ℎ = 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ter-se-á que e desta forma𝑎 ℎ = 𝑥 1 (𝑜𝑢 𝑤 1 ), 𝑏 ℎ = 𝑥 2 (𝑜𝑢 𝑤 2 ) 𝑒 𝑐 ℎ = 𝑥 3 (𝑜𝑢 𝑤 3 ) verifica-se a relação entre as fracções molares (ou, entre fracções mássicas, 𝑖=1 𝑐 ∑ 𝑥 𝑖 = 1 ). 𝑖=1 𝑐 ∑ 𝑤 𝑖 = 1 Figura 03 - Triângulo equilátero utilizado na representação das variáveis de composição em sistemas ternários. Aos vértices do triângulo fazem-se corresponder os componentes puros da mistura ternária. Qualquer ponto sobre um dos lados do triângulo representa, assim, (a composição de) uma mistura binária, enquanto os pontos no interior do triângulo representam misturas dos três componentes, como se ilustra na Figura 4. Misturando dois sistemas ternários cujas composições sejam dadas pelos pontos P e Q obtém-se, sempre, um sistema cuja composição global é dada por um ponto sobre a reta . A𝑃𝑅𝑄 localização exata do ponto representativo do sistema final R dependerá das massas relativas de P e Q que se misturam. Sea uma mistura binária dos componentes 2 e 3 representada pelo ponto E, formos adicionando quantidades crescentes do componente 1 obtemos um sistema ternário cuja composição é representada por sucessivos pontos sobre a reta [1SE], uma vez que as proporções dos componentes 2 e 3 no sistema se mantêm. Quanto maior for a quantidade de componente 1 adicionada mais o ponto (S) que representa o sistema ternário se afastará da base, i.e. do ponto E, sobre o lado [23], e 7 se aproximará do vértice 1, correspondente à substância que está a ser adicionada. Se, pelo contrário, partimos de um sistema ternário de composição dada por S e se dele formos removendo o componente 1 (por exemplo, por evaporação), a composição global do sistema vai evoluindo de modo que a sua representação se desloca sobre a recta [1SE] aproximando-se do ponto E. Figura 04 - Representação da composição de um sistema ternário. Vamos agora ver como se interpretam geometricamente os diagramas de fases ternárias onde os três componentes (1, 2 e 3) do sistema são líquidos à temperatura e à pressão consideradas. Se dois dos componentes forem parcialmente miscíveis, o diagrama representativo das diversas composições apresentará o aspecto ilustrado na Figura 5. É um diagrama do tipo I. 8 Figura 05 À temperatura e pressão consideradas, no interior da área limitada pelos pontos [ACPDB] existem duas fases (líquidas) imiscíveis: o ponto A representa o limite de solubilidade do componente 3 no componente 2; em contrapartida, o ponto B representa o limite de solubilidade do componente 2 no componente 3; quando o sistema contém, também, o componente 1 e a composição global é representada por um ponto no interior da área [ACPDB] o sistema desdobra-se em duas fases líquidas ternárias em equilíbrio termodinâmico. Por exemplo, um sistema ternário de composição global dada pelo ponto R apresenta-se como sendo constituído por duas fases líquidas cujas composições são dadas pelos pontos C e D. A linha reta [CRD] une duas fases em equilíbrio: uma (a fase com a composição do ponto D) mais rica no componente 3 e outra (a fase com a composição dada pelo ponto C) mais rica no componente 2. Quer dizer: a adição do componente 1 aos sistemas binários de componentes 2 e 3 cuja composição inicial esteja compreendida entre as de A e B dá origem ao aumento da solubilidade mútua de 2 e 3, de modo que a zona bifásica vai diminuindo, até se atingir um ponto também ternário de composição dada por P, em que a solubilidade de 2 em 3 e a de 3 em 2 se igualam. O ponto P designa-se por ponto de enlace ou ponto crítico (ou plait point, em Inglês). As retas como [CD] que unem duas fases em equilíbrio são denominadas tie-lines, na designação em língua inglesa, que se generalizou. Pelo que ficou dito se conclui que a linha [ACP] é a curva de solubilidade do componente 3 no sistema constituído pelos três líquidos 1, 2 e 3, enquanto que a curva [PDB] representa os limites de solubilidade do componente 2 no sistema ternário. A curva de solubilidade 9 limitante da zona bifásica [ACPDB] denomina-se curva binodal. No exterior da curva binodal um sistema ternário como o que estamos a tratar é monofásico. À medida que aumenta a temperatura a solubilidade mútua dos componentes aumenta (geralmente) devido à agitação molecular, pelo que a área bifásica nos diagramas triangulares como o da Figura 5 vai sendo cada vez mais reduzida, como se torna evidente observando a Figura 6. Em projecção sobre a base do prisma triangular obtêm-se as curvas de solubilidade às diversas temperaturas como se esquematiza na Figura 6(b). Figura 06 - Diagrama ternário (T, wi) esquemático, a pressão constante. Por vezes acontece que dentre os três líquidos há dois pares (e não um só) que são parcialmente imiscíveis. São os diagramas do tipo II. Nesta situação o diagrama triangular tem o aspecto que se mostra na Figura 7. Se a temperatura baixar, as duas zonas bifásicas aumentam de área, de forma que poderão intersectar-se, coalescendo, como se mostra na Figura 8. Neste caso o diagrama (T, wi), ou (T, xi), teria o aspecto ilustrado na Figura 9. 10 Figura 07 - Diagrama triangular em que os pares 1-3 e 1-2 são parcialmente imiscíveis. Figura 08 - Os pares 1-3 e 1-2 são parcialmente imiscíveis e as áreas de imiscibilidade 11 Figura 09 - Diagrama ternário (T, wi) Quando os três líquidos forem parcialmente imiscíveis dois a dois e se as suas áreas de imiscibilidade parcial se intersectam o diagrama triangular respectivo toma o aspecto que se mostra na Figura 10. São geralmente designados por diagramas do tipo III. Figura 10 - Diagrama triangular em que os componentes 1, 2 e 3 são parcialmente imiscíveis à temperatura considerada. 12 Para ilustrar alguns casos práticos, na Figura 11 mostra-se um conjunto de diagramas de equilíbrio líquido-líquido para sistemas aquosos de etanol e ésteres. Na figura podemos verificar a existência de diagramas de tipo I e tipo II. Figura 11: Diagramas ternários para o sistemas do tipo água+ester+etanol e água+acetato de N-butilo+acetato de etilo a 25 ºC. Os diagramas ternários envolvendo fases líquidas são úteis para a compreensão da operação de extração. Neste contexto usam-se as chamadas curvas de distribuição. Estas são construídas a partir dos diagramas triangulares, representando a concentração do componente que é solúvel nas duas fases parcialmente miscíveis, uma em função da outra. Podem surgir aqui várias situações indicadas na Figura 12. Por exemplo, se os componentes 1 e 2 forem parcialmente imiscíveis e o componente 3 for completamente miscível quer com o componente 1 quer com o componente 2, designando por w3,1 a concentração (em fração ponderal) do componente 3 na fase mais rica no componente 1 e por w3,2 a concentração do componente 3 na fase mais rica no componente 2 obtém-se do diagrama triangular a curva de distribuição respectiva como se ilustra na Figura 12(a). Nesta figura apresenta-se, de forma genérica, o processo de construção. 13 Figura 12: Diversos tipos de curvas de distribuição. Estes conceitos são muito importantes na extração líquido-líquido tão importantes que a nomenclatura desta operação unitária adotou designações particulares para os componentes e para as fases em equilíbrio. Para assentar conceitos considere-se a Figura 13 onde se representa um diagrama ternário em que à temperatura considerada os componentes 1 e 2 são completamente miscíveis (como, aliás também acontece com o par 1-3). 14 Figura 13: Diagrama ternário a temperatura constante. As linhas a tracejado são tie-lines. Admitamos que pretendemos separar as substâncias líquidas 1 e 2 existentes numa mistura (binária) inicial representada pelo ponto F. Adicionando quantidades crescentes de componente 3 (que se designa por solvente) à mistura F a composição global do sistema mover-se-á ao longo da recta [FM3]. Por adição de quantidade adequada do componente 3, a composição global do sistema (ternário) passa a ser representada pelo ponto M. Neste ponto o sistema é heterogêneo, separando-se em duas fases cujas composições são dadas pelos pontos P e Q. A fase Q tem uma composição mais rica no solvente (componente 3). Esta fase, em terminologia de extração líquido-líquido, é denominada fase extracto (ou fase solvente). A fase P, que tem um conteúdo mais baixo em solvente, chama-se fase refinado (ou fase resíduo). Eliminando progressivamente o solvente (componente 3) da fase extracto (Q), por destilação ou outra operação equivalente, obtém-se um extracto livre de solvente cuja composição é representada pelo ponto S na Figura 10. Da mesma forma, o refinado (ou resíduo), R, é obtido da fase P por eliminação do solvente. Assim, por extracção líquido-líquido (que começa pela adição de solvente à mistura binária inicial, F) e separação das duas fases resultantes (P e Q) seguida de remoção do solvente (componente 3) de cada uma das fases em equilíbrio, a mistura original (F) pode serseparada em duas outras misturas binárias (R e S). Comparando com a mistura inicial (F) a mistura S tem uma composição mais elevada no componente 1 e a mistura R contém uma menor fracção deste componente. Este princípio de separação pode ser 15 repetido sequencialmente com vista à separação dos componentes 1 e 2 (completamente miscíveis) em extractos e refinados progressivamente mais ricos nos componentes (1 ou 2) que se querem separar por extracção líquido-líquido. É claro que a extensão do processo de extracção está condicionada pela temperatura e pressão, pela área coberta pela curva de solubilidade e pela natureza do sistema ternário 4. MATERIAIS NECESSÁRIOS ● Pipetas; ● Nove Tubos de Ensaio; ● Suporte de madeira para tubos de ensaio; ● Água Destilada; ● Benzol (Benzeno), marca: Química Moderna; ● Buretas. 5. METODOLOGIA Com uma pipeta colocou 2.5 ml de benzeno nos primeiros cinco tubos de ensaio. Em seguida, colocou-se do primeiro ao quinto tubo 0.5; 1.0; 2.0; 3.0; 5.0 ml de água, respectivamente. Com uma bureta, foi adicionado gota a gota quantidades crescentes de álcool etílico até obter uma fase única, ausência de estado leitoso. Anotou o volume gasto. Do sexto ao nono tubo de ensaio, usamos as seguintes quantidades de água e benzeno: ● Sexto – 5.0 ml de água e 0.3 ml de benzeno; ● Sétimo – 5.0 ml de água e 0.5 ml de benzeno; ● Oitavo – 0.3 ml de água e 5.0 ml de benzeno; ● Nono- 0.5 ml de água e 5.0 ml de benzeno. 16 Figura 14 - Tubos de ensaio Figura 15 - Água com Benzeno Novamente com uma bureta, deve adicionar gota a gota quantidades crescentes de álcool etílico até que se obtenha uma fase única, ausência de estado leitoso. Anota-se o volume gasto. 17 6. RESULTADOS 6.1 RESULTADOS Temperatura do experimento: 22ºC Tabela 1 - Volume (mL) adicionado de cada substância nos nove tubos. Tubos Água (mL) Benzeno (mL) Álcool Etílico (mL) 1 0.5 2.5 3.7 2 1.0 2.5 5.6 3 2.0 2.5 8.0 4 3.0 2.5 11.9 5 5.0 2.5 13.5 6 5.0 0.3 6.4 7 5.0 0.5 3.9 8 0.3 5.0 4.4 9 0.5 5.0 5.4 Para criar o diagrama, utilizaremos a fração mássica de cada substância. Para isso, é necessário calcular a massa de cada uma delas, utilizando a seguinte fórmula: 𝑚 𝑖 = ρ 𝑖 · 𝑉 𝑖 Dados obtidos da literatura: ρ 𝐻 2 𝑂 = 0, 9978 𝑔/𝑚𝐿 ρ 𝐶 6 𝐻 6 = 0, 879 𝑔/𝑚𝐿 ρ 𝐶𝐻 3 𝐶𝐻 2 𝑂𝐻 = 0, 789𝑔/𝑚𝐿 18 Tabela 2 -Massa (g) de cada substância nos nove tubos. Tubos Água (g) Benzeno (g) Álcool Etílico (g) 1 0,4989 2,1975 2,9193 2 0,9978 2,1975 4,4184 3 1,9956 2,1975 6,312 4 2,9934 2,1975 9,3891 5 4,989 2,1975 10,6515 6 4,989 0,2637 5,0496 7 4,989 0,4395 3,0771 8 0,29934 4,395 3,4716 9 0,4989 4,395 4,2606 Agora deve calcular a fração mássica de cada substância, para isso utilizaremos a seguinte fórmula: ω 𝑖 = 𝑚 𝑖 𝑚 𝑇 Tabela 3 - Fração mássica de cada substância nos nove tubos. Tubos Água Benzeno Álcool Etílico 1 0,08884021582 0,3913136385 0,5198461456 2 0,131053233 0,2886244533 0,5803223137 3 0,1899648742 0,2091841106 0,6008510152 4 0,205308642 0,1507201646 0,6439711934 5 0,2796838211 0,1231920619 0,5971241171 6 0,4842607961 0,02559622609 0,4901429778 7 0,5865547404 0,05167183973 0,3617734199 19 8 0,03665713929 0,5382111551 0,4251317056 9 0,05449778797 0,4800917582 0,4654104539 Figura 16 - Diagrama ternário construído com dados coletados. 7. DISCUSSÕES Pode-se observar que o diagrama ternário não atingiu a perfeição desejada, porém, essa imprecisão pode ser atribuída a uma variedade de elementos. Inicialmente, é válido destacar que uma quantidade limitada de pontos amostrados pode ter contribuído para a indistinção de nível presente na curva. Logo é plausível considerar a quantidade específica de álcool etílico empregado. É possível que tenha ultrapassado o ponto de transição crucial sem pleno discernimento, o que teria impactado diretamente nos resultados. É válido refletir sobre esses fatores, confirmando que a busca pela precisão exige atenção minuciosa a cada detalhe do procedimento experimental. 20 8. CONCLUSÃO No desenvolvimento deste experimento, foi visado a construção de um diagrama de equilíbrio para um sistema ternário composto por água, álcool e benzeno. Este estudo revela-se de importância significativa no contexto das Operações Unitárias e processos de separação, proporcionando compreensão das interações entre os componentes e suas respectivas fases. Ao traçar os objetivos, busca-se meticulosamente cada passo para a conclusão do experimento. Foi preparado misturas contendo os componentes nos tubos de ensaio, adicionando cuidadosamente álcool etílico até a obtenção de uma única fase, evitando qualquer turbidez que pudesse comprometer a precisão dos resultados. Os dados coletados foram tabulados e analisados, o que permitiu construir um diagrama de equilíbrio ternário. A interpretação desse diagrama revelou uma linha de solubilidade, bem como as regiões monofásica e bifásica. Através da análise, pode compreender como as interações entre os componentes influenciam o equilíbrio entre as fases nas misturas ternárias. Na verdade, o diagrama não alcançou a perfeição almejada. A limitação na quantidade de pontos amostrados contribuiu para uma leve indistinção na curva. Além disso, a quantidade precisa de álcool etílico utilizado desempenhou um papel crucial; uma superação do ponto de virada poderia ter passado despercebida, afetando a precisão dos resultados obtidos. Portanto a realização de experimentos desse gênero exige uma abordagem minuciosa, atenta aos detalhes e às nuances. A busca incessante por resultados precisos requer uma análise cuidadosa de cada etapa do procedimento experimental, a fim de garantir que fatores externos não influenciem de maneira indesejada nos resultados finais 21 9. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Apostila de Laboratório de Engenharia Química I. Departamento de Engenharia Química. UFCG. Acesso: 08/2023 http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?option=com_content&task=view &id=150&Itemid=30. Acesso: 08/2023 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/286169/mod_resource/content/2/TABE LA%20DE%20DENSIDADE%20DA%20%C3%81GUA%20COM%20A%20T EMPERATURA.pdf. Acesso: 08/2023 https://www.materiais.gelsonluz.com/2018/09/densidade-benzeno.html#google_ vignette. Acesso: 08/2023 https://www.vhtex.com.br/reagentes?product_id=200290. Acesso: 08/2023 22