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1 
 
A Taxonomia e a Sistemática são muito 
importantes na Biologia. A organização do conhecimento 
sobre a biodiversidade nos permite melhor estuda-los. Em 
questões, sejam tradicionais ou estilo Enem, é comum 
sermos cobrados sobre as categorias taxonômicas, 
entender sua organização é fundamental. As regras de 
nomenclatura devem ser compreendidas. Ponto chave 
também é conhecer os critérios que são usados para 
agrupar os seres em Reinos e Domínios. Bom estudo! 
Prof. Digenal Cerqueira 
 Objetivos: 
Identificar, classificar e nomear os seres vivos. A 
identificação é feita através da análise de diversos critérios 
(bioquímicos, fisiológicos, morfológicos dentre vários 
outros). A classificação é feita em táxons (ou taxa), são 
categorizados de acordo com a semelhança ou 
dessemelhança com outros seres para organizar a 
biodiversidade. Os nomes são aplicados para unificar a 
linguagem cientifica. 
A Taxonomia se preocupa em classificar, ao longo a 
história da Biologia muitos foram os critérios utilizados. Já 
houve o tempo em que os critérios eram os mais 
arbitrários possíveis (critérios artificiais) – utilidade e 
ambiente em que viviam, por exemplo. Atualmente, 
utilizamos critérios naturais (morfologia, ecologia, etologia, 
fisiologia, bioquímica e outros). 
A Sistemática utiliza como critério as linhas evolutivas, 
a história da evolução dos seres (filogenia). 
Na Taxonomia até hoje utilizamos um legado deixado 
por Lineu. Ele criou 5 dos 7 atuais táxons (reino, classe, 
ordem, gênero e espécie) e o sistema binomial de 
nomenclatura para as espécies. 
 Categorias Taxonômicas: 
Um ser vivo obrigatoriamente possui 7 categorias 
obrigatórias. Existem outras diversas categorias. 
A espécie a de classificação. Os táxons são inclusivos 
e em ordem hierárquica são: espécie, gênero, família, 
ordem, classe, filo e reino. 
A biodiversidade e a heterogeneidade crescem em 
direção ao reino e homogeneidade e o grua de parentesco 
evolutivo em direção à espécie. 
 
 Super e Sub Táxon 
 
 Superfamília (Super Táxon ) 
Família (Táxon) 
 Subfamília (Sub Táxon) 
 
 Regras de Nomenclatura: 
 Nomes devem vir em latim ou latinizados, 
padronizando a língua utilizada; 
 Destacados em negrito, ou itálico ou sublinhado; 
Aedes aegypti - Aedes aegypti - Aedes aegypti 
 Usa-se o sistema uninomial para: Reino, filo, 
classe, ordem, família e gênero; 
 
Reino: Metazoa Filo: Chordata Classe: Mammalia 
Ordem: Primate Família: Hominidae Gênero: Homo 
 A nomenclatura da espécie obedece um modelo 
binomial. O epíteto genérico indica o gênero ao 
qual a espécie referida faz parte e deve vir com a 
inicial maiúscula. O epíteto especifico é o termo 
designativo da espécie, indica a que espécie 
dentro de um determinado gênero estamos nos 
referindo, deve vir grafado todo em minúsculo. 
 
Homo sapiens  Espécie 
 
Epíteto 
genérico 
+ Epíteto 
específico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 A nomenclatura da subespécie é trinomial; 
Leishmania donovami chagasi
 Quando formos apresentar o subgênero ele deve 
vir grafado entre parênteses e com a inicial 
maiúscula, entre o epíteto genérico e o especifico; 
 Anopheles darlingi (Nyssorrhyncus)
Existem categorias que podem ser identificadas pelas 
terminações. 
  Em Zoologia 
 Superfamília: oidea 
Ascaroidea 
 Família: idae 
Cullicidae 
 Subfamília: inae 
Triatominae 
 Tribo é uma categoria acessória abaixo de 
subfamília e acima de genro, usada para insetos. 
Ini 
Anophellini 
 Em Botânica 
 Ordem: ales 
Rosales 
 Família: aceae 
Rubiaceae 
OBS.: Algumas famílias não obedecem a essa regra, pois 
já existiam quando ela fora estabelecida. 
Compositae 
 Regras abaixo são utilizadas quando fazemos 
referencias e homenagens. 
 Citação do nome do autor e a data da descrição; 
Ascaris lumbricoides Lineu, 1758 ou 
Ascaris lumbricoides Lineu (1758) 
 Homenagem. Na homenagem deve-se pegar o 
genitivo latino e se for do sexo feminino 
acrescentar no final o ditongo ae, e se for 
masculino a letra i. 
Leishmania donovani – Perupatus heloisae 
 Por se tratar de um nome próprio, nas 
homenagens, é facultativa a inicial ser minúscula, 
podendo então o epíteto especifico vir com a 
grafia maiúscula. 
Trypanossoma Cruzi 
 Quando não se sabe ou não há importância na 
citação da espécie, utiliza-se o sp. 
Plasmodium sp 
 Quando se faz referencia a varias espécies do 
gênero utiliza-se o spp. 
Plasmodium spp 
 Referencia a um hibrido, utilizamos os nomes das 
espécies que o deram origem separadas por um x. 
Equus asnus X Equus caballus (Burro ou Mula) 
 Lei da Prioridade: Quando uma espécie é 
denominada por mais de um cientista, predomina 
a nomenclatura mais antiga. 
Exemplo 
 O vetor do vírus da dengue e da febre amarela era 
denominado Stegomya fasciata. Verificou-se, porém, que 
o gênero Aedes havia sido descrito anteriormente e a 
espécie tornou-se então, Aedes fasciata. Posteriormente, 
descobriu-se ainda que Lineu, em 1758, havia descrito 
esse mosquito como Culex aegypti. Assim a denominação 
atual desse mosquito passou a ser Aedes aegypti. 
 Os Reinos: 
Ao longo da história os critérios de classificação foram 
se modernizando e novas descobertas foram sendo feitas. 
Isso sempre leva a mudanças na classificação dos seres 
vivos. Por exemplo, protozoários já estiveram no Reino 
Animal, constituíam o Filo Protozoa e os fungos já fizeram 
parte do Reino Vegetal. 
 
Aristóteles e Teofrasto em IV a.C. já dividam os 
seres vivos em dois reinos: Animal e Vegetal. O critério 
base era a mobilidade. Em 1866, Haeckel cria o reino 
Protista onde coloca uni e multicelulares sem 
diferenciação celular. Em 1956, Copeland cria o reino 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Monera e faz algumas modificações em Protista, inseres 
fungos e algas castanhas e vermelhas. Para Copeland o 
reino vegetal deveria conter organizamos com clorofila e 
que produzissem amido, celulose e sacarose. 
Em 1969, Whitthaker cria o reino Fungi e em 1979, 
ele mesmo reorganiza seus reinos. Dentre os critérios 
utilizados por ele estão o nível de organização, os tipos 
celulares e a nutrição. 
Em 1988, Lynn Margulis e Karalene Schwartz 
promovem algumas alterações em Protista e propõe 
organização em categorias acima de Reino. 
 
 Reino Monera: organismos procariontes e 
unicelulares (há registros de raros multicelulares). 
Há nutrição autotrófica por fotossíntese aeróbia, 
fotorredução e quimiossíntese. Os heterótrofos 
são por absorção. 
 Reino Protista: eucariontes uni e multicelulares 
que não se enquadram como plantas, fungos ou 
animais. Há espécies autotróficas por fotossíntese 
e heterotróficas por absorção e ingestão. 
 Reino Fungi: são eucariontes uni e multicelulares, 
todos heterótrofos por absorção. 
 Reino Plantae: eucariontes pluricelulares 
autotróficos por fotossíntese. 
 Reino Animal: eucariontes pluricelulares que são 
heterótrofos por ingestão. 
Em 1990, Carl Woese, baseado na análise da 
sequencia dos genes do RNAr divide o mundo vivo em 
três linhagens, duas de procariontes (Bacteria e Archaea) 
e uma de eucariontes (Eukarya). 
 
 
Análises nos genomas de organizamos dos três 
domínios mostram indícios de que movimentos 
substanciais de genes entre os organismos dos diferentes 
domínios. Essas transferências genéticas foram 
horizontais através de elementos transponíveis, 
plasmídeos, infecções virais e, talvez, fusão de 
organismos. 
 
Abaixo a hipótese do “anela da vida”. Os primeiros 
seres teriam formado esse anel através de transferências 
horizontais de genes.