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Trab - Anemia Ferropriva

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Anemia Ferropriva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Sumário ......................................................................................................................................... 2 
O que é? ........................................................................................................................................ 3 
Quais os sintomas? ...................................................................................................................... 3 
Dados epidemiológicos da anemia ferropriva ........................................................................... 3 
Tratamento ................................................................................................................................... 4 
Quais medicamentos mais utilizados ......................................................................................... 4 
Diagnóstico ................................................................................................................................... 5 
Alimentação ................................................................................................................................. 5 
Profissional da enfermagem e a anemia ferropriva ................................................................. 6 
Referências ................................................................................................................................... 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que é? 
 
Segundo a portaria SAS/MS nº 1.247, de 10 de novembro de 2014 do Protocolo 
Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, a anemia por deficiência de ferro define-se por valores 
de hemoglobina (Hb) no sangue do indivíduo em relação a sua idade e gênero. É 
considerado um dos principais problemas em saúde pública em escala mundial – chega a 
afetar ¼ da população do planeta -, afetando 2 bilhões de pessoas em todo o mundo. 
(MATTOS et al, 2014, p. 27) 
A dinâmica da condição ocorre quando o sangue possui células vermelhas 
insuficientes ou quando elas carregam hemoglobinas em déficit para fazer a distribuição 
de oxigênio de forma satisfatória nos tecidos. Esse é um forte indicador de falha na 
produção de hemácias o que permite a incidência do quadro anêmico como clinicamente 
conhecido. A conduta a ser adotada é sempre difícil diante desse tipo de condição porque 
ela se dá de forma multifatorial em um mesmo indivíduo. (MATTOS et al, 2014, p. 27) 
Quais os sintomas? 
 
 A faculdade de ciências médicas da Santa Casa em São Paulo lista os sintomas da 
ADF em seu site, após pontuar que os sintomas iniciais quase sempre passam 
despercebidos pelo paciente, na seguinte ordem: sonolência; tontura, sensação de tontura 
ou desmaio; pele pálida; cansaço; fraqueza; dificuldade ao realizar exercícios; 
dificuldade para se concentrar; dor nas pernas; pele seca; tornozelos inchados; queda 
de cabelo e/ou falta de apetite. O site adverte ainda que essa lista não é limítrofe e os 
sintomas nela contidos figuram entre os mais comuns e por isso são listados podendo, 
entretanto, haver sintomas de natureza mais pontual. (SANTA CASA, 2022) 
Dados epidemiológicos da anemia ferropriva 
 
Segundo o documento metade dos casos registrados na literatura é determinada 
por deficiência de ferro (DF) sendo, inclusive, considerada a deficiência nutricional mais 
negligenciada no mundo. Os casos incidem mais em mulheres e crianças, localizando-se 
fortemente em países em desenvolvimento (economias emergentes). Embora países 
industrializados apresentem maior incidência, vale ressaltar ainda que essa condição 
clínica afeta pessoas em todas as idades e em todos os países em algum grau e nível. 
(MATTOS et al, 2014, p. 27) 
Tratamento 
 
 É feito em duas linhas de ação que perpassam o âmbito social, com o tratamento 
não medicamentoso – redução da pobreza, acesso às dietas de forma diversificadas e 
melhoria dos serviços públicos. No âmbito farmacêutico e clínico, o tratamento 
medicamentoso, portanto, se faz por meio de uma análise da gravidade do caso, para 
ministração adequada de ferro, considerado o tratamento mais barato e eficiente, além de 
ser a primeira linha de tratamento. (MATTOS et al, 2014, p. 32) 
Quais medicamentos mais utilizados 
 
 Mattos et al (2014) apontam as seguintes sugestões para o trato medicamentoso: 
Para o uso interno (via oral, VO): 
• Sulfato Ferroso ‑ 40 mg de ferro elementar por comprimido; 
• Sulfato Ferroso ‑ 25 mg/mL de ferro elementar em solução oral; 
• Sulfato Ferroso ‑ 5 mg/ mL de ferro elementar em xarope; 
Para ministração intravenosa (IV): 
• Sacarato de hidróxido férrico 100 mg de ferro injetável, frasco‑ampola de 5 mL; 
Ressaltam a incidência das doses mais usuais, sendo elas assim listadas: 
Sulfato ferroso – tratamento: 
• crianças: 3 a 6 mg/kg/dia de ferro elementar, sem ultrapassar 60 mg/dia. 
• gestantes: 60 a 200 mg/dia de ferro elementar associadas a 400 mcg/dia de ácido fólico. 
• adultos: 120 mg/dia de ferro elementar. 
• idosos: 15 mg/dia de ferro elementar. 
Sacarato de hidróxido férrico – tratamento: 
Fórmula para cálculo da dose total IV de ferro a ser administrada: 
Ferro (mg) = (Hb desejada conforme sexo e idade do paciente – Hb atual em g/dL) x Peso 
corporal (kg) x 2,4 + 500 mg. 
A dose deve ser administrada em hospital, em infusão IV lenta, por 30 minutos, 
de uma a três vezes na semana, com intervalos mínimos de 48 horas e não ultrapassando 
300 mg em cada dose. Para as gestantes o peso corporal deve ser o de antes da gestação. 
(MATTOS et al, 2014, p. 36) 
Segundo os autores o tratamento da ADF deve durar 6 meses após a Hb 
normalizar, tempo que se julga necessário para a reposição satisfatória das reservas no 
organismo. (MATTOS et al, 2014, p. 36) 
Diagnóstico 
 
Deve ser realizado em duas etapas: diagnóstico clínico, com avaliação 
sintomática, e diagnóstico laboratorial, que abarca os casos assintomáticos, nesse ponto 
os exames obrigatórios para a composição do diagnóstico são: hemograma completo 
(com os índices hematimétricos e avaliação de esfregaço periférico) e dosagem de 
ferritina. Outras medidas, como ferro sérico, transferrina e a saturação da transferrina não 
são obrigatórios, mas possuem peso e importância basilar no fechamento do quadro 
diagnóstico para alguns casos. (MATTOS et al, 2014, p. 30) 
 
Alimentação 
 
Uma dieta rica em ferro auxilia no trado da condição ADF, alguns exemplos, 
segundo o médico Paulo Henkin – citado por Osato (2022), de alimentos que podem 
ajudar na composição de uma dieta rica em ferro são: 
• Carnes: carnes vermelhas e fígado são as melhores fontes de ferro, mas outras 
carnes também são fonte desse nutriente; 
• Ovos; 
• Alimentos com folhas verde-escuras: agrião, couve, cheiro-verde, salsinha; 
• Leguminosas: feijão, grão-de-bico, ervilha, lentilha; 
• Nozes e castanhas; 
• Sucos de frutas cítricas: tomar um copo de suco de laranja, limão ou acerola 
antes ou durante a refeição facilita a absorção de ferro. 
Em matéria no site dasa.com Osato (2022) ressalta que o corpo humano consegue 
aproveitar melhor o ferro de origem animal (chamado de ferro heme), absorvendo de 
20% a 30% do nutriente. Quando o ferro tem origem vegetal (ferro não-heme), essas 
taxas caem para 1% e 7%. O que pode favorecer a absorção do ferro não-heme é a 
vitamina C das frutas cítricas. (OSATO, 2022) 
Alguns outros componentes podem dificultar essa absorção, o site nos apresenta 
alguns exemplos. É o caso das bebidas lácteas, do chocolate, do café, do chá e de outras 
bebidas que contêm cafeína – por isso, é bom evitar o consumo desses alimentos durante 
e logo depois de realizar refeições ou ingerir medicamentos ricos em ferro. (OSATO, 
2022) 
Profissional da enfermagem e a anemia ferropriva 
 
A atuação do profissional de saúde diante de um caso de ADF é linear e deve 
seguir desde a prevenção até o tratamento da anemia, nesse ponto o objetivoessencial do 
cuidado de enfermagem deve ser o aconselhamento sobre a dieta alimentar adequada. A 
gestante deve ser informada sobre as dietas variadas que proporcionam a ingesta e 
absorção adequada de ferro, e sobre a importância da suplementação férrica. Ter o 
conhecimento dos caminhos de mitigação sintomática e tratamento permite que o 
profissional possa atuar de forma segura fornecendo aconselhamento e direcionamento 
adequado para a melhor condução da evolução do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://nav.dasa.com.br/blog/duvidas-sobre-cafe/
Referências 
 
Anemia ferropriva: o que é e quais são as atualizações sobre a doença. Santa Casa. 2022. 
Disponível em: https://fcmsantacasasp.edu.br/blog/anemia-ferropriva-o-que-e-e-quais-
sao-as-atualizacoes-sobre-a-doenca/ Acesso em: 09 de abril de 2024. 
MATTOS, Beatriz Antunes de. et al: Anemia por deficiência de ferro in Protocolo clínico 
e diretrizes terapêuticas. Ministério da Saúde. portaria SAS/MS nº 1.247, p. 27-46, 2014. 
OSATO, Tiemi; Anemia ferropriva: quais alimentos podem ajudar? Dasa.com. 2022. 
Disponível em: https://nav.dasa.com.br/blog/anemia-ferropriva Acesso em: 10 de abril de 
2024.