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interiorizar as ações, ou seja, ela começa a realizar operações mentalmente e não mais apenas através de situações concretas. Por fim, temos o Estágio das operações formais, no qual a criança, ampliando as capacidades conquistadas anteriormente, consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que é capaz de formar conceitos abstratos e por meio deles realizar operações mentais dentro dos princípios da lógica formal. A aquisição da linguagem da criança desenvolve-se, então, a partir de uma linha evolutiva, ou seja, à medida que a criança entra em contato com o ambiente ela vai aprimorando, construindo seu conhecimento. Esta construção dá-se em termos de: Principal objeção: o pouco enfoque dado ao componente social. Na escola: O sujeito ativo de que falamos é aquele que compara, exclui, ordena, categoriza, classifica, reformula, comprova, formula hipóteses, etc. em uma ação interiorizada (pensamento) ou em ação efetiva (segundo seu grau de desenvolvimento). Alguém que esteja realizando algo materialmente, porém seguindo um modelo dado por outro, para ser copiado, não é habitualmente um sujeito intelectualmente ativo. A escola deve partir dos esquemas de assimilação da criança, propondo atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo a descoberta e a construção do conhecimento. O SÓCIO- INTERACIONISMO A ideia central de Vygostsky sobre a aquisição da linguagem era que as questões sociais são muito importantes para o desenvolvimento linguístico da criança. Assim, enquanto Piaget parte da cognição para a socialização, Vygostsky, por outro lado, parte da interação social para a representação mental da linguagem. A linguagem é, então, considerada pelo sócio-interacionismo como a primeira forma de socialização da criança, e, na maioria das vezes, é efetuada explicitamente pelos pais através de instruções verbais durante atividades diárias, assim como através de histórias que expressam valores culturais. A socialização através da linguagem pode ocorrer também de forma implícita, por meio de participação em interações verbais que têm marcações sutis de papéis e status. Desta forma, através da linguagem a criança tem acesso, antes mesmo de aprender a falar, a valores, crenças e regras, adquirindo os conhecimentos de sua cultura. 70