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Farmacologia Veterinária simplificada e resumida

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1 
 
HISTAMINA E ANTI-HISTAMÍNICOS 
 
Os mastócitos, que são células sentinelas, são as principais células responsáveis pela 
produção de histamina. Nessas células, a histamina é produzida no complexo de Golgi a partir 
da histidina (um aminoácido), que sofre descarboxilação na presença da enzima histidina 
descarboxilase. A histamina formada é transportada para ficar armazenada em grânulos 
citoplasmáticos e poder ser eliminada com um estímulo (ex.: poeira, pólen picada de inseto, 
etc.) 
 
Anti-H1 
 
- Todos reduzem os sintomas alérgicos, como coceiras, espirros, corrimento nasal e olhos 
lacrimejantes; 
- Apresentam alta lipossolubilidade e alguns podem penetrar na barreira hematoencefálica 
(BHE), inibindo receptores H1 no SNC e causando efeitos colaterais como sedação (mais 
comum), além de redução do estado de alerta e dos reflexos; 
- A grande diferença entre os anti-H1 de primeira geração e os de segunda geração é que 
apenas os de primeira geração causam o efeito adverso de sedação (para aliviar cinetose esse 
efeito sedativo é desejado!); 
- Nomes geralmente terminam em “ina” (mas não “tidina”); 
- Exemplos de anti-H1 de primeira geração: difenidramina, clorfeniramina, hidroxizina, 
prometazina e clemastina; 
- Exemplos de anti-H1 de segunda geração: loratadina, desloratadina, fexofenadina e ebastina. 
 
Anti-H2 
 
- Impedem a ativação de receptores H2 pela histamina, reduzindo a secreção ácida gástrica; 
- Aplicabilidade: gastrites, úlceras gástricas, refluxo gastroesofágico, etc.; 
- Nomes geralmente terminam em “tidina”; 
- Exemplo de anti-H2 de primeira geração: cimetidina; 
- Exemplo de anti-H2 de segunda geração: ranitidina; 
- Exemplo de anti-H2 de terceira geração: famotidina. 
 
 
2 
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS (AIES) 
 
Os AIES são fármacos que foram produzidos a partir dos glicocorticoides adrennais. 
Os glicocorticoides são produzidos principalmente pela zona fasciculada, a partir do 
colesterol, e afetam o metabolismo de proteínas e de carboidratos, regulam os mecanismos de 
defesa do organismo, e seus principais representantes no reino animal são a hidrocortisona 
(também conhecida como cortisol) e a corticosterona. 
 A estrutura molecular básica comum dos hormônios esteroides adrenais é o 
ciclopentanoperidrofenantreno, que possui grande relevância por ser a base para a produção 
de AIEs, pois é a partir dessa estrutura que são feitas mudanças em sua estrutura química com 
o objetivo de criar glicocorticoides sintéticos com maior potência anti-inflamatória, menor 
ação mineralocorticoide e meia-vida mais prolongada. Entre os exemplos de AIES mais 
utilizados atualmente, destacam-se a prednisona, a prednisolona e a dexametasona. 
É importante destacar que os corticoides são sintetizados e liberados quando 
necessário, não sendo estocados nas células adrenais. Nesse sentido, a regulação da secreção 
de glicocorticoides é feita pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, no qual a secreção de 
corticosteroides depende da liberação de hormônio liberador de corticotrofina (CRH) pelo 
hipotálamo, que atua na adenohipófise, estimulando-a a secretar o hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH), que, por sua vez, estimulará as adrenais a secretarem os 
hormônios glicocorticoides. 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
 
Atuação genômica 
 
 Interferem na transcrição gênica, aumentando a produção de citocinas anti-
inflamatórias e diminuindo a produção de citocinas pró-inflamatórias. 
 
Atuação não genômica 
 
 Inibem a ação da fosfolipase A2, interferindo no metabolismo do ácido araquidônico, 
reduzindo a produção de fator de ativação plaquetária (PAF) e eicosanóides (prostaglandinas, 
tromboxanos e leucotrienos). 
 
3 
 
PROPRIEDADES FISIOLÓGICAS E FARMACOLÓGICAS 
 
Efeitos metabólicos gerais 
 
- Promovem hiperglicemia porque estimulam a gliconeogênese, além de antagonizarem a 
ação da insulina; 
- Provocam desgaste muscular porque diminuem a síntese proteica e a captação de 
aminoácidos pelos músculos; 
- Favorecem a lipólise (quebra de gordura) no tecido adiposo por potencializarem o efeito 
lipolítico de outros hormônios; 
- Afetam o metabolismo do cálcio reduzindo tanto a sua absorção intestinal como a sua 
reabsorção renal; 
- Aumentam a diurese por inibirem os efeitos do hormônio antidiurético (ADH) nos túbulos 
contorcidos distais e ductos coletores renais; 
- Apresentam efeito mineralocorticoide, ou seja, promovem reabsorção de sódio, eliminação 
de potássio e expansão do volume extracelular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES) 
 
Os eicosanóides (como prostaglandinas e tromboxanos), produzidos pela via da 
enzima ciclo-oxigenase (COX), são os principais alvos para a ação farmacológica dos AINEs. 
Além disso, também possuem grande relevância para a produção de anti-inflamatórios 
esteroidais (AIEs), pois a ação anti-inflamatória dos AIEs funciona por meio da inibição da 
raiz da cascata de produção de eicosanoides, por meio de um mecanismo de ação diferente 
dos AINEs. 
A COX-1 é uma enzima constitutiva que degrada o ácido araquidônico, produzindo 
prostaglandinas que mantêm as funções fisiológicas gastrointestinais, renais e vasculares, ou 
seja, prostaglandinas responsáveis por estimular a produção de muco para proteger a mucosa 
gástrica, aumentar a liberação de bicarbonato dentro do estômago para controlar a acidez 
gástrica, e promover a dilatação da arteríola aferente renal para regular o fluxo sanguíneo 
renal. É encontrada na maioria das células e tecidos. Já a COX-2 é uma enzima indutiva que 
degrada o ácido araquidônico, produzindo prostaglandinas que participam dos eventos 
inflamatórios, álgicos e térmicos. 
Ou seja, a maioria dos efeitos adversos dos AINEs (principalmente os que afetam o 
trato gastrointestinal) resultam sobretudo da inibição da COX-1. Já a inibição da COX-2 traz 
efeitos terapêuticos, como efeito anti-inflamatório, efeito analgésico e efeito antipirético (ou 
antitérmico). 
 
Classificação de acordo com a seletividade da ação 
 
- AINE inibidor de dupla ação (ou de ação dual): atua tanto na COX como na LOX; 
- AINE seletivo: atua preferencialmente na COX-1 ou na COX-2; 
- AINE não seletivo: atua na COX-1 e na COX-2. 
 
Obs.: os AINES não seletivos, por bloquearem a COX-1, trazem inúmeros efeitos adversos, 
como: ulcerações no trato gastrointestinal, vômitos, inibição da agregação plaquetária 
(podendo causar hemorragias), vasoconstrição da arteríola aferente renal (redução do 
transporte de oxigênio para os rins, que pode causar uma lesão renal); reações de 
hipersensibilidade e inibição da motilidade uterina. 
 
5 
 
- AINES não seletivos: diclofenaco, ibuprofeno, flunixin meglumine, fenilbutazona e 
piroxicam. 
- AINES seletivos para a COX-2: carprofeno, meloxicam, nimesulida e os “coxibes”. 
- AINE inibidor de dupla ação: cetoprofeno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
FARMACOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
 Entre os grupos mais utilizados, destacam-se os fármacos orexígenos, os redutores da 
secreção de HCl e os antieméticos. 
 
Substâncias estimuladoras e inibidoras do apetite 
 
Substâncias estimuladoras do apetite: neuropeptídeo Y (produzido no hipotálamo) e grelina 
(produzida no hipotálamo e no estômago); 
Substâncias inibidoras do apetite: insulina e glucagon (produzidos no pâncreas), e leptina 
(produzida no estômago e nos adipócitos). 
 
Fármacos orexígenos 
 
- Buclizina ou cipro-heptadina: atuam como antagonista de receptores H1 no hipotálamo, 
reduzindo a ação inibitória da histamina sobre o apetite nas funções hipotalâmicas. 
- Diazepam (para gatos): atua suprimindo o centro da saciedade, localizado no hipotálamo 
ventromedial. 
 
Fármacos que reduzem a secreção de HCl 
 
- Anti-H2 (cimetidina, ranitidina, famotidina): Inibem receptoresH2 nas células parietais do 
estômago, diminuindo assim a secreção ácida gástrica. 
- Inibidores da bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, lansoprazol): Inibem a bomba de 
prótons nas células parietais do estômago, reduzindo a formação de ácido clorídrico. 
 
Obs.: por causa do mecanismo de ação, os inibidores da bomba de prótons são mais 
eficientes que os anti-H2 no controle da secreção ácida gástrica. Vale ressaltar que os anti-
H2 só inibem a ação da histamina no estímulo da secreção ácida gástrica, mas não a ação da 
gastrina e da acetilcolina. 
 
7 
 
- Sucralfato: fármaco indicado para se aderir às lesões, formando uma camada protetora, 
aumentando a velocidade de cicatrização da úlcera gástrica. 
 
Antieméticos 
 
- Metoclopramida: atua como antagonista de receptores D2 na zona deflagradora dos 
quimiorreceptores, promovendo esvaziamento gástrico. 
- Ondansetrona: atua como antagonista de receptores 5-HT3 na zona deflagradora dos 
quimiorreceptores e em terminações vagais. 
- Citrato de maropitant: atua como antagonista de receptores da neurocinina-1 (NK1), 
reduzindo a ação da substância P no centro do vômito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
ANTINEOPLÁSICOS 
 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
 
- São antiproliferativos; 
- São danificadores de DNA, desencadeando apoptose; 
- Agem direcionados ao processo de divisão celular; 
- Divididos em dois grandes grupos: os que atuam em fases específicas do ciclo celular e os 
que atuam independentemente da fase em que a célula se encontra. 
 
EFEITOS TÓXICOS GERAIS 
 
- Anemia, sangramentos (por trombocitopenia), alopecia, distúrbios gastrointestinais (como 
diarréia e vômitos). 
 
EFEITOS TÓXICOS ESPECÍFICOS 
 
- Ciclofosfamida: cistite, porque a acroleína junto à fosforamida são as principais moléculas 
envolvidas na irritação da mucosa da bexiga urinária, que pode culminar com os quadros de 
cistite (ocorre se a urina estiver concentrada); 
- Vincristina: necrose perivascular. 
- Doxorrubicina: cardiomiopatia dilatada, porque os radicais livres produzidos são os 
responsáveis por essa atividade e, tendo a musculatura cardíaca baixa concentração das 
enzimas catalase, superóxido dismutase e glutationa peroxidase, não existe defesa contra a 
atuação dos radicais livres, ocorrendo necrose celular, levando o paciente a desenvolver 
cardiomiopatia dilatada 
- Cisplatina: nefrotoxicidade. 
 
INDICAÇÕES DE ANTINEOPLÁSICOS 
 
- Todos são indicados para neoplasias linfóides e linfomas. 
- Indicações específicas: glicocorticoides (prednisona/prednisolona) para insulinomas e 
síndromes paraneoplásicas. 
 
9 
 
ANTIMICROBIANOS 
 
BETALACTÂMICOS 
 
- Mecanismo de ação: inibem a síntese da parede celular, resultando em efeito bactericida. 
 
Fazem parte desse grupo as penicilinas (como ampicilina e amoxicilina) e as cefalosporinas 
(como cefalexina, cefalotina, ceftiofur e ceftriaxona). 
 
- O ácido clavulânico é um inibidor de betalactamases, por isso é associado com antibióticos 
betalactâmicos com a finalidade de ampliar o espectro de atuação, pois ele inibe as enzimas 
betalactamases produzidas por diversos microrganismos, protegendo assim os antibióticos 
betalactâmicos da ação deletéria das enzimas betalactamases produzidas por microrganismos 
resistentes aos betalactâmicos. 
 
QUINOLONAS 
 
- Mecanismo de ação: inibem as topoisomerases bacterianas do tipo II, também conhecidas 
como DNA girase, impedindo o enrolamento da hélice de DNA em uma forma 
superespiralada, inibindo assim a replicação e a transcrição do DNA, promovendo efeito 
bactericida. 
 
- Fazem parte desse grupo: o ácido nalidíxico (quinolona de primeira geração), e também a 
enrofloxacina e a ciprofloxacina (quinolonas de segunda geração). 
 
SULFAS E TRIMETOPRIMA 
 
- Mecanismo de ação: as sulfas inibem a di-hidropteroato sintetase, já a trimetoprima inibe a 
di-hidrofolato redutase, ou seja, a associação de uma sulfa com a trimetoprima é feita com o 
intuito de driblar a resistência bacteriana, atuando em duas etapas metabólicas na cadeia de 
formação do ácido tetra-hidrofólico (ou tetra-hidrofolato), e o resultado dessa associação é um 
efeito bactericida, já que a bactéria não conseguirá sintetizar o ácido tetra-hidrofólico, que é 
necessário para ela poder formar DNA, RNA e proteínas. 
 
10 
 
 
- Não confundir, tanto as sulfas como a trimetoprima têm efeito bacteriostático quando usadas 
isoladamente, porém a associação de uma sulfa com a trimetoprima tem efeito bactericida. 
 
METRONIDAZOL 
 
- Mecanismo de ação: inibe a síntese de DNA e provoca sua degradação, resultando em efeito 
bactericida. 
- Apresenta ampla distribuição, atravessa a BHE e a barreira placentária, podendo causar 
efeitos mutagênicos, por isso é contraindicado para fêmeas prenhes; 
- Possui amplo espectro de atuação, sendo usado no tratamento de infecções causadas por 
bactérias anaeróbicas, como Clostridium, Fusobacterium, Bacteroides, etc. Além disso, o 
metronidazol também é eficiente contra protozoários, como Trichomonas, Giardia e 
Entamoeba histolytica. 
 
TETRACICLINAS 
 
- Exemplos: oxitetraciclina, tetraciclina e doxiciclina; 
11 
 
- Mecanismo de ação: ligam-se à subunidade 30S do ribossomo bacteriano, inibindo assim a 
síntese proteica de microrganismos em crescimento ou em multiplicação, resultando em efeito 
bacteriostático. 
 
AMINOGLICOSÍDEOS 
 
- Exemplos: gentamicina, amicacina, tobramicina e estreptomicina; 
- Mecanismo de ação: ligam-se à subunidade 30S do ribossomo bacteriano, incorporando 
aminoácidos incorretos na cadeia polipeptídica, produzindo proteínas defeituosas, resultando 
em efeito bactericida; 
- Precisam penetrar na célula bacteriana, por isso a associação de aminoglicosídeos com 
betalactâmicos apresenta um ótimo sinergismo, porque o betalactâmico inibe a síntese da 
parece celular para o aminoglicosídeo poder entrar na bactéria. 
 
Espectro de atuação 
 
- São indicados para tratamento de infecções graves por bactérias Gram-negativas e 
estafilococos; 
- A amicacina e tobramicina são usadas para o tratamento de Pseudomonas aeruginosa; 
- A estreptomicina é ativa contra micobactérias e Leptospira sp.; 
 
Toxicidade e efeitos adversos 
 
- Todos causam em maior ou menor grau nefrotoxicidade e ototoxicidade, porque tanto o 
nervo vestibulococlear como o tecido renal apresentam concentrações elevadas de 
fosfolipídios, que atraem os aminoglicosídeos, que ali se depositam; 
- A nefrotoxicidade é caracterizada pela necrose tubular aguda, causada pelo depósito desses 
aminoglicosídeos nas células epiteliais tubulares dos túbulos contorcidos proximais; 
- A ototoxicidade ocorre pelo acúmulo dos aminoglicosídios na perilinfa e endolinfa da orelha 
interna, podendo afetar a audição e o equilíbrio, devido à destruição das células sensoriais da 
cóclea e do vestíbulo. 
 
 
 
12 
 
ANTIPARASITÁRIOS 
 
O principal grupo utilizado em grandes animais é o dos benzimidazóis, enquanto um dos 
principais grupos utilizados em animais domésticos é o das lactonas macrocíclicas 
(avermectinas). 
 
BENZIMIDAZÓIS (anti-helmínticos) 
 
- Mecanismo de ação: ligam-se à alfa e a beta-tubulinas, provocando alterações nos 
microtúbulos, interrompendo processos vitais como divisão mitótica, levando à morte do 
parasita. 
- Espectro de atuação: eficientes contra nematódeos, mas não tão eficientes contra cestódeos e 
trematódeos. 
- Exemplos de fármacos: albendazol, tiabendazol, oxbendazol, oxfendazol, etc. 
 
LACTONAS MACROCÍCLICAS (endectocidas) 
 
- Mecanismo de ação: abrem canais de cloreto no parasita, levando à hiperpolarização de 
células da junção neuromuscular, provocando a morte do parasita por paralisia flácida. 
- Espectro de atuação: atuam contra endoparasitas e contra ectoparasitas. Mas na atuação 
contra endoparasitas, possuem eficácia boa apenas contra nematódeos, pois não possuemação 
contra cestódeos e trematódeos. 
- Exemplos de fármacos: ivermectina, doramectina, selamectina, etc. 
- Em algumas raças de cães, como Collie e raças dolicocefálicas que possuem mutação no 
gene MDR1, ocorre deficiência de glicoproteína P na BHE durante o desenvolvimento desses 
animais, o que faz com que a ivermectina consiga facilmente atravessar a BHE e causar 
neurotoxicidade no animal.