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Sustentabilidade na Supply Chain

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AULA 6 
SUPPLY CHAIN MANAGEMENT 
ESSENTIALS (SCME) 
Profª Rosinda Angela da Silva 
 
 
2 
INTRODUÇÃO 
Nesta etapa, trataremos de alguns assuntos transversais no contexto da 
Supply Chain Management (SCM), mas de extrema relevância para 
complementar o conhecimento do profissional em formação. Os temas tratados 
serão: sustentabilidade, gestão de crises, soluções geradas em momentos de 
crise, o impacto da tecnologia e, por fim, a versão 4.0 da SCM. 
TEMA 1 – SUSTENTABILIDADE DA SCME 
No estudo de SCME, até este momento discutimos sobre os processos e 
os pilares que sustentam uma SCM, a importância do planejamento das 
operações, como fazer a gestão eficiente dos elos e a qualidade a ser entregue 
ao cliente, entre outros assuntos pertinentes. No entanto, ainda há diversos 
assuntos pertinentes à gestão da SCME que o profissional que atuará na área, 
precisa conhecer. Dentre estes, um assunto essencial que precisa ser discutido 
neste contexto é a sustentabilidade ao longo da cadeia e como a empresa focal 
age (ou deveria agir) juntamente com os elos. 
O assunto sustentabilidade é algo que precisa ser discutido e aplicado por 
todos os elos que fazem parte de uma SCM demonstrando ao público-alvo que as 
organizações oferecem contrapartida ao meio ambiente e à comunidade que 
estão inseridas. No caso da formação de uma SCM ou, entrada de novos elos, 
compete à empresa focal identificar se todos os envolvidos possuem políticas que 
contemplem as ações de sustentabilidade. E na prática, você sabe o que é 
sustentabilidade? 
Embora o termo sustentabilidade tenha sido muito discutido nas últimas 
décadas, ainda assim está muito conectado ao conceito de meio ambiente e 
ecologia, mas na atualidade, faz parte de um contexto muito mais abrangente e 
global. Como já estudamos, uma SCM pode ser nacional ou internacional, o que 
nos faz refletir sobre o alcance das negociações da empresa focal com seus elos. 
Nas cadeias nacionais há a necessidade de seguir as regras brasileiras, que são 
consideradas complexas, mas lembre-se que nas cadeias globais os elos podem 
estar em diferentes partes do mundo, o que torna muito mais desafiadora a gestão 
da sustentabilidade da SCM. 
É preciso saber também que existem diferentes tipos de sustentabilidade 
como por exemplo: sustentabilidade ambiental, social, econômica e empresarial, 
 
 
3 
onde uma não exclui a outra, e sim, se complementam. Diante disso, podemos 
compreender o conceito de sustentabilidade como o esforço conjunto das 
instituições empresariais, governamentais, de educação e da sociedade para 
construir um cenário onde seja possível contemplar os diferentes tipos de 
sustentabilidade. 
Para garantir a sustentabilidade ambiental é preciso tornar o planeta mais 
saudável e buscar alternativas de produção que não esgotem os recursos naturais 
uma vez que são finitos. Já a sustentabilidade social visa alertar os atores 
(empresas, governo, educação, sociedade) sobre a importância da igualdade 
entre as pessoas, oportunizando o acesso à educação, à cultura e principalmente 
à saúde. É natural que a pessoa se preocupe com os outros elementos da 
sustentabilidade se ela estiver em uma condição de vida decente. 
Em relação à sustentabilidade empresarial, ela é demonstrada quando as 
organizações evidenciam à sociedade seu comprometimento com o uso de 
tecnologias de produção mais limpa (PML) produzindo bens e serviços não 
poluentes e que não utilizem trabalho infantil ou escravo ao longo de toda a SCM, 
por exemplo. E por fim, tão importante quanto as outras, temos a sustentabilidade 
econômica, a qual é obtida por meio das ações organizacionais que evidenciem 
que a busca pela lucratividade não protela as questões que envolvem o cuidado 
com os recursos naturais; o desenvolvimento social na comunidade em que ela 
está inserida; a distribuição de renda e também, a qualidade de vida no trabalho 
dos seus colaboradores. 
1.1 Elementos da sustentabilidade ambiental 
Devido à necessidade de tempo e espaço para discutir os diferentes tipos 
de sustentabilidade, esta etapa apresentará dois conceitos que fazem parte da 
sustentabilidade ambiental e que têm sido aplicados por muitas organizações no 
mundo todo, o que denota a sua importância. São eles: energia limpa e pegadas 
de carbono. Você tem noção de como isso pode impactar nas operações da SCM? 
Em relação à energia limpa, segundo o Blog da empresa Intelbras (2021), 
“criada a partir de fontes renováveis, a energia limpa não gera emissão de gases 
como o dióxido de carbono (CO2) ou monóxido de carbono (CO), ambos 
intensificadores do efeito estufa e agravantes do aquecimento global”. Como 
exemplos de energia limpa, temos: energia eólica, maremotriz, hidráulica, 
geotérmica e solar. Assim, espera-se que os elos da SCM e também a empresa 
 
 
4 
focal, invistam em processos que utilizem a energia limpa em detrimento da 
energia não renovável, uma vez que o impacto das operações de uma cadeia, é 
considerável. 
Como exemplo dessa temática, o site da empresa de bebidas Ambev 
explica que para trazer mais sustentabilidade para a distribuição das bebidas, foi 
criado o Projeto Colaborativo, também conhecido como Frota Compartilhada: 
Esse é um programa que fazemos em parceria com outras empresas 
para otimizar as viagens dos caminhões que distribuem os produtos das 
companhias e assim diminuir a emissão de CO2 na atmosfera. Os 
veículos depois de abastecer os centros de distribuição passam a fazer 
os trajetos de volta com as cargas dos parceiros. Em 2020, rodamos 
mais de 2 milhões de km em sinergia com 31 parceiros, evitando a 
emissão de aproximadamente 2.700 toneladas de CO2. Além disso, 
fizemos uma parceria com a Volkswagen Caminhões & Ônibus para o 
uso de 100 caminhões elétricos e-Delivery, em 2021, e temos o 
compromisso de ter 1,6 mil caminhões Volkswagen elétricos em nossa 
frota parceira até 2023. (Ambev, 2022) 
Observe que a Ambev contempla dois elementos de sustentabilidade, a 
redução de CO2 devido ao compartilhamento das entregas e o uso de veículos 
que utilizam energia limpa para a distribuição. 
Já em relação às pegadas de carbono, é uma iniciativa que envolve as 
empresas e suas SCMs, mas também a sociedade como um todo, pois auxilia a 
identificar como os processos produtivos ou de distribuição e os hábitos das 
pessoas impactam na produção de carbono. Em concordância com essa 
colocação, o site da empresa de seguros Zurich (2021) traz que 
estima-se que 90% das emissões totais de carbono das empresas são 
criadas por suas cadeias de abastecimento. Felizmente, desde o 
transporte e a embalagem mais eficiente, até tarifas e rotulagem de 
carbono, há muito que pode ser feito para reduzir as emissões da cadeia 
de abastecimento sem aumentar demais os custos para o consumidor. 
Considerando que os produtos geralmente são produzidos longe dos 
centros de consumo, a emissão de carbono no transporte é representativa no 
mundo todo devido a necessidade intensa de coletar e entregar mercadorias. 
Pode-se inferir que, reduzindo a emissão de CO2 no transporte, a pegada de 
carbono reduzirá sensivelmente. Essa visão oportunizou a criação de uma área 
de estudos dos processos logísticos chamada de logística verde, a qual 
conheceremos brevemente a seguir. 
 
 
 
5 
1.2 Um novo conceito de logística: logística verde 
Você já ouviu falar de logística verde? Vamos esclarecer o conceito para 
não confundir com logística reversa, pois ultrapassa o retorno de embalagens e 
resíduos industriais pela SCM. De acordo com Donato (2008, p. 15), “Logística 
Verde ou Ecologística é a parte da logística que se preocupa com os aspectos e 
impactos ambientais causados pela atividade logística”. Em relação a esses 
impactos, o autor ainda contribui apresentado alguns, como por exemplo: a 
crescente poluição ambiental decorrente do transporte; contaminação dos 
recursos naturais decorrentesdas cargas desprotegidas; vazamento de produtos 
tóxicos movimentados e armazenados de maneira inadequada e necessidade de 
desenvolver projetos que melhorassem as embalagens para o transporte seguro 
de produtos químicos, petroquímicos, defensivos agrícolas e produtos 
farmacêuticos. 
Diante do exposto, a Logística Verde tem como um dos seus objetivos o 
redesenho das operações internas e externas da logística contemplando o 
transporte, a movimentação, a armazenagem, a distribuição, o manuseio e o 
descarte dos produtos que oferecem risco à saúde humana e ao meio ambiente. 
Cada SCM pode determinar os elementos essenciais dos seus processos 
logísticos contemplando ações que valorizem os aspectos ambientais para que 
sua logística possa ser considerada verde. Isso deve contemplar todos os 
produtos e serviços ao longo da SCM e não somente um elemento, pois é comum 
perceber que algumas empresas obtêm selos verdes em um produto e utilizam 
como se ele certificasse todos os seus processos. 
TEMA 2 – GESTÃO DE CRISES NA SCME 
A gestão de crises faz parte de todas as áreas empresariais, principalmente 
naquelas ligadas diretamente aos processos logísticos. Neste contexto, lembre-
se que a humanidade presenciou recentemente uma crise sem precedentes que 
foi a pandemia de Covid-19. Sem querer discutir um assunto que já tem sido muito 
debatido como a pandemia, analisaremos aqui duas crises desencadeadas 
nesses últimos anos sob o olhar da SCM: o impacto da Covid-19 no fornecimento 
mundial e o acidente do Canal de Suez. 
 
 
 
 
6 
2.1 Crise de abastecimento durante a pandemia 
Durante o período mais contundente da pandemia causada pelo Covid-19, 
podemos assumir que entre março de 2020 a março de 2022, muitos produtos 
faltaram nas prateleiras e o índice de ruptura nos estoques foi expressivo. Nesse 
período, muitos insumos não chegaram ao Brasil em quantidade e custo aos quais 
os empresários estavam acostumados. Nesse universo, o aço, embalagens, 
derivados de plásticos, insumos para papel e papelão, os componentes 
eletrônicos, foram os que representaram a maior falta e impactaram diretamente 
nos processos produtivos das indústrias desses segmentos. 
Os motivos foram muitos, como por exemplo, no começo da pandemia aqui 
no Brasil pelo menos, muitos governos estaduais e municipais decretaram 
lockdowns e grande parte da força de trabalho foi mantida em casa. Com a 
produção interrompida, naturalmente as empresas postergaram seus pedidos de 
compras e até cancelaram, até porque não havia como produzir. O fato é que 
depois do lockdown, muitas empresas optaram por manter seus colaboradores 
em home office, o que reduziu o consumo de muitos produtos nas empresas, mas 
aumentou nos lares, como por exemplo: alimentos, bebidas, itens de higiene e 
limpeza, móveis e itens de reforma. 
Como muitos produtos consumidos no Brasil são produzidos com insumos 
importados, as empresas que fazem parte de SCMs tanto com elos nacionais, 
quanto internacionais, foram afetadas. A demanda cresceu mais que o esperado 
e o mercado de fornecimento global estava em crise com as constantes mudanças 
de foco do Covid-19, pois, percebia-se que ora o impacto estava no país A, ora o 
impacto estava no país B, e assim sucessivamente. Como o transporte 
internacional de bens é realizado em sua grande maioria pelo modal marítimo, 
cada vez que algum porto fechava para conter o avanço do vírus, o impacto de 
atrasos era por toda a cadeia de suprimentos, o que atrapalhou grandemente o 
transporte de mercadorias no mundo todo. 
Segundo uma matéria da revista digital Exame publicada em julho de 2021, 
no primeiro semestre daquele ano, o índice de ruptura geral foi de 11,11% em 
junho de 2021, mas já havia atingido 12,57% em maio de 2020. São números 
elevados uma vez que o índice médio de ruptura geral no Brasil gira em torno de 
8% (Exame, 2021). 
Voltando ao índice de 11,11%, os itens mais representativos foram: bebidas 
à base de soja (28,29%); leite longa vida (21,53%), ovo (21,51%), rum (20,35%) 
 
 
7 
e cerveja (19,93%). Ainda segundo a matéria, a cada 1 ponto percentual que 
cresce a ruptura, 1 ponto a menos na margem líquida para os varejistas e 2 pontos 
a menos para a indústria (Exame, 2021). 
A ruptura dos estoques desses e de tantos outros produtos impactaram 
diretamente no aumento dos preços de alimentos à vestuário, calçados, 
tecnologias, móveis, veículos, medicamentos, entre outros. 
2.2 Crise causada pelo acidente no Canal de Suez 
Como se a situação da logística global já não estivesse difícil, em março de 
2021, um navio de mais de 400 metros de comprimento e mais de 200 mil 
toneladas de peso encalhou diagonalmente no canal de Suez, impedindo o 
trânsito marítimo em um dos caminhos que é responsável por cerca de 13% das 
movimentações de mercadorias entre a Ásia e a Europa, dispensando a 
necessidade de contornar a África, conforme a Figura 1. 
Figura 1 – Rota marítima entre China e Holanda 
 
Créditos: pinate/Adobe Stock. 
A Figura 1 traz a rota entre China e Holanda que, ao utilizar o canal de Suez 
faz o percurso de 18 mil quilômetros com transit time de aproximadamente 25 
dias. Já se o navio tiver que contornar a África para chegar à Holanda, o percurso 
 
 
8 
será de 25 mil quilômetros e o transit time terá em torno de 34 dias (Nubank, 
2021). 
Os efeitos do acidente não foram sentidos apenas na demora dos demais 
navios que formaram uma fila de aproximadamente 193 quilômetros, mas também 
na falta de contêineres para atender as necessidades de clientes em diversos 
portos do mundo. Isso impactou diretamente no valor do aluguel desses 
equipamentos e até do frete marítimo, já que os navios atrasaram em vários dias 
as suas entregas, devido ao tempo parado na fila para atravessar o canal e depois, 
entraram na fila para serem atendidas nos respectivos portos que tinham que 
atracar. 
Embora o acidente tenha acontecido em uma rota longe do Brasil, alguns 
impactos foram sentidos aqui também como a falta de alguns insumos para linhas 
de produção em indústrias, falta de equipamentos para escoar as exportações e 
os custos dos fretes marítimos que impactaram diretamente no resultado de 
importadores e exportadores brasileiros. 
2.3 Gerenciando crises na SCM 
Na prática, não há receita pronta para enfrentar uma crise, mas existe uma 
correlação entre o gerenciamento de crises e a forma com que a empresa 
gerencia seus riscos. Isso não significa dizer que o gerenciamento de riscos 
evitará crises, mas sim que uma empresa pode muito bem lidar com crises, sem 
entrar em situação delicada economicamente e até de imagem perante seu 
público-alvo, se ela conhecer os gargalos dos seus processos, como, por 
exemplo: 
• Ter apenas um fornecedor, o risco de desabastecimento é grande pois, 
qualquer situação atípica que ocorra com ele, pode atrasar as entregas 
impactando o negócio da empresa. 
• O produto é muito específico, feito sob encomenda e só serve para a sua 
empresa. Neste caso, o risco está em ficar à mercê do lead time do 
fornecedor que desenvolveu o produto, o qual pode ter algum problema e 
atrasar as entregas. 
• Sua SCM é 100% internacional ou seus fornecedores são muito distantes, 
o que pode impactar na confiabilidade das entregas e causar 
desabastecimento. 
 
 
9 
• O produto entregue não atende as especificações, o que pode gerar a 
compra de outro lote de mercadorias ou retrabalhar, o que aumenta os 
custos. 
• O fornecedor se envolve em escândalos de trabalho escravo, exploração 
de mão de obra infantil, poluição ao meio ambiente, corrupção, entre outras 
situações que podem impactar negativamente na imagem da empresa. 
Essas e outras situações que podem ocorrer com um único elo ou vários 
deles, podem gerar crises em toda a SCM, isso porque é comum um fornecedor 
atender vários clientes ao mesmo segmento, então, quando ocorre 
desabastecimentoem uma empresa, é comum ocorrer também com os 
concorrentes dela. 
O maior exemplo disso foi a falta dos semicondutores (chips) para os 
veículos durante a pandemia, que trouxe desafios para as montadoras durante 
toda a pandemia e continuou com o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. 
Segundo o site da Autoindústria (2022), somente nos cinco primeiros meses do 
ano de 2022, 14 fábricas de veículos pararam sua produção por falta de chips. 
(Autoindústria, 2022). 
O gerenciamento de crises exige pessoas competentes e soluções criativas 
para que as SCMs consigam manter os elos em sintonia e em melhoria contínua 
e conjunta, pois lembrando que o elo mais frágil, representa a força de toda a 
cadeia. 
TEMA 3 – SOLUÇÕES GERADAS EM MOMENTOS DE CRISE 
Em relação às soluções geradas em momentos de crise é possível 
perceber que a criatividade e a inovação são pilares importantes, mas são 
necessárias ações de ordem prática, tais como: 
• Criar um comitê gestor de crises: grande parte das empresas de 
melhores práticas já tinham esse hábito, mas foi durante a pandemia de 
Covid-19 que ficou evidente a importância de criar rapidamente uma 
equipe, preferencialmente multidisciplinar, para discutir as ações e 
decisões a serem tomadas. Nesse momento serão necessárias hard skills 
e soft skills para equilibrar as decisões. 
• Tomar decisões rápidas, porém sensatas: durante uma crise, o bom 
senso na tomada de decisão é fundamental para não complicar ainda mais 
 
 
10 
a situação da empresa. Isso novamente evidencia a importância da 
qualificação dos profissionais da empresa envolvidos na gestão da crise. 
• Analisar os riscos ponto a ponto: embora a tomada de decisão deva ser 
rápida, os riscos precisam ser avaliados para não agravar ainda mais o que 
já está difícil de gerenciar. 
• Ser flexível e resiliente: isso auxiliará o gestor a atuar em ambientes 
incertos e que exigem dele uma postura proativa e criativa para buscar 
soluções para os desafios da empresa. 
Em relação às soluções que surgem durante os períodos de crise, 
conheceremos algumas a seguir que fizeram parte da realidade das organizações 
nos últimos tempos. 
3.1 Exemplos de produtos que surgiram devido à crise de Covid-19 
A revista Forbes criou uma lista com 34 soluções brasileiras criadas para 
combater o Covid-19, mas que certamente continuarão a fazer parte do cotidiano 
dos hospitais e das clínicas, bem como da sociedade, como, por exemplo: 
• Ventilador mecânico de baixo custo criado pelo Instituto Mauá de 
Tecnologia – IMT. 
• Máscara respiradora, criado por um grupo composto pela Decathlon, Leroy 
Merlin, Azul e Expedicionários da Saúde. O grupo adaptou e converteu as 
máscaras de Snorkeling Easybreath em respiradores artificiais. 
• Plataforma de mapeamento da Covid-19 criado pela organização 
juntoscontraocovid.org, que é uma interface de coleta de dados e 
atualização a cada 10 minutos. 
• Câmera termográfica: produto que mede a temperatura das pessoas, 
mesmo com máscara. 
• Sistema de reconhecimento facial que reconhece pessoas com máscara e 
relaciona os dados pessoais. 
• Marcadores de distância, fabricados pela empresa Isoflex. Material 
utilizado PVC que é resistente ao fluxo contínuo de pessoas. 
• Tecido antimicrobiano ideal para a fabricação de vestimentas médicas e 
itens têxteis hospitalares. 
 
 
11 
• Tinta antiviral desenvolvida pela empresa Renner Herrmann e o Senai 
Paraná: produto capaz de inativar o vírus da Covid-19, é apropriada para 
as paredes de hospitais ou locais de grande circulação de pessoas. 
• Tapete higienizador que pode receber desinfetante, detergente ou álcool 
para higienizar calçados e é próprio para comércios e empresas. 
• Totem para álcool gel (FácilGel) acionado por um pedal, evitando que a 
pessoa precise pressionar o equipamento. 
Muitos outros produtos foram inventados e remodelados durante a 
pandemia para atender as necessidades de diferentes regiões do país e do 
mundo. Os itens que foram citados são apenas uma pequena amostra de como 
uma crise como essa que a humanidade presenciou gera desconfortos e desafios, 
mas também, oportunidades. 
3.2 Exemplos de serviços que surgiram em meio à crise 
Não foram apenas produtos inovadores ou remodelados que surgiram 
durante a pandemia, pois muitos serviços também foram incorporados à rotina 
das pessoas e também das organizações, como por exemplo: 
• Minimercados em condomínio: foi uma solução arrojada para facilitar a vida 
das pessoas que entraram em home office e das localidades que 
praticaram os lockdowns. 
• Kits para minifestas: com o cancelamento dos eventos com público e até 
festas familiares, os profissionais desse segmento se reinventaram e 
passaram a entregar kits completos para minicomemorações com 
decoração, bolos, doces, salgados, bebidas e até lembrancinhas. 
• Plataforma online de consultas médicas: possibilita a marcação 24 horas 
por dia e mantém histórico dos pacientes. 
• Consultoria e delivery de plantas de pequeno porte: o home office e o 
lockdown fizeram com que muitas pessoas tivessem que ficar em seus 
lares o que despertou o desejo de muitas pessoas comprarem plantas, 
principalmente de pequeno porte para os ambientes internos. 
• Cornershop: serviço disponibilizado por meio de aplicativo onde o cliente 
escolhe o produto em determinada loja que faz parte do programa. Depois 
de escolher os produtos e colocá-los no carrinho, um comprador 
 
 
12 
profissional escolherá os produtos na loja e realizará a entrega para o 
cliente comprador. 
• Serviços de estética básica em casa: serviço que envia à casa do cliente, 
um profissional capaz realizar serviços de manicure, pedicure, massagem, 
penteados, tingimentos, maquiagem, podologia, entre outros. 
• Aplicativos para eventos corporativos: os eventos online cresceram muito 
durante a pandemia e com isso o uso de aplicativos para organizar, 
convidar, confirmar, lembrar o participante e até marcar a presença tornou-
se essencial para facilitar a realização dos eventos. 
• Delivery e Take-Away de marmitas: como o home office não foi exatamente 
uma escolha durante a pandemia e sim, uma necessidade, as pessoas que 
não tinham aptidão ou tempo para cozinhar, adotaram a prática de comprar 
marmitex e solicitar a entrega ou, somente passar retirar no balcão. Assim, 
o delivery de marmitas veio para atender essa demanda. 
• Drive-thru de bebidas: outro serviço que também cresceu durante a 
pandemia foi a compra de bebidas para “tomar em casa”, muitas empresas 
decidiram criar o drive-thru de bebidas para facilitar a vida do cliente. 
• Terapia à distância: muitas pessoas precisaram de ajuda psicológica 
durante a pandemia, por isso, inúmeros profissionais se dispuseram a 
atender também online, o que facilitou a vida de muitos pacientes. 
• Cestas de orgânicos: a necessidade de realizar as refeições em casa 
trouxe a preocupação com a qualidade dos alimentos e com isso os 
orgânicos se destacaram, pois muitos produtores começaram a vender 
diretamente para o consumidor final com entregas de cestas de produtos 
orgânicos. 
• Assinaturas eletrônicas de contratos: esse serviço que já vinha sendo 
utilizado, mas somente por algumas empresas, durante a pandemia tornou-
se uma ferramenta que agiliza o fechamento de contratos de compra, 
venda, transferência, entre outros. Todo o processo é realizado 
digitalmente, reduzindo custo e tempo de obter o documento assinado. 
Os bens e serviços apresentados neste tópico demonstram o quanto o ser 
humano pode ser criativo, inovador, persistente e que ao se sentir desafiado, cria 
oportunidades. 
 
 
 
13 
TEMA 4 – TECNOLOGIA NA SCME 
Depois de todos os temas estudados, chegou o momento de entender 
como tudo o que foi descrito pode ser integrado. Se a SCM é um conjunto de 
empresas conforme explicado anteriormente, as quais são responsáveis por 
diversas partesdo processo que atendem uma empresa focal, é necessário que 
recursos tecnológicos sejam utilizados para conectá-las. 
É importante ficar claro que na prática, a tecnologia tem como propósito 
simplificar os processos. No entanto, para isso é preciso que haja padronização, 
no primeiro momento, dentro da própria empresa focal e depois nos elos também, 
o que significa dizer que para integração adequada, os elos também precisam 
investir em tecnologia. Como é a empresa focal que “puxa o processo”, os elos 
precisam estar conectados com ela para que as informações sejam distribuídas 
de acordo com os interesses de cada um. Essa conexão é realizada por meios de 
sistemas integradores e requer conhecimento de todos os envolvidos, onde 
alguns serão apresentados na sequência. 
4.1 Algumas tecnologias 
No primeiro momento as tecnologias foram desenvolvidas para as 
operações logísticas de forma isolada, foram criados alguns sistemas para 
atender demandas por operações logísticas como transporte, rastreamento, 
armazenagem, separação de pedidos, entre outros. Como na SCM o principal 
desafio está na integração entre a empresa focal e seus elos, alguns sistemas 
foram repaginados e outros foram criados exatamente para atender essa 
demanda de integração. 
De acordo com um artigo da Revista Ferramental (s.d.), algumas 
tecnologias utilizadas, principalmente no transporte de cargas, são: 
• Sistemas computadorizados de monitoramento e rastreio que utilizam 
o sistema Global Position System (GPS), Wi-Fi ou até hardwares instalados 
no veículo que permitem que o profissional responsável por essas tarefas 
saiba exatamente onde os veículos estão. Com essa informação, é possível 
manter toda a SCM informada. 
• Identificador por Radiofrequência (RFID) – Essa tecnologia é de extrema 
importância principalmente quando não há acesso à internet, pois funciona 
por ondas de rádio e permite que os veículos sejam rastreados. 
 
 
14 
• Geolocalização: essa tecnologia auxilia na identificação exata de onde 
está cada veículo de carga e necessita de um dispositivo (celular, 
computador ou outro) e de internet. 
• Sistema de gestão de transporte – TMS (Transportation Management 
System) – software dedicado à gestão das operações envolvidas no 
transporte como o faturamento, controle de custos, emissão de 
documentos fiscais, integração fiscal e contábil, entre outros. 
• Sistema de gestão de armazéns – WMS (Warehouse Management 
System) – software desenvolvido para o gerenciamento das operações de 
armazenagem abrangendo desde a entrada das mercadorias, suas 
movimentações internas até sua coleta para a transportadora. 
• Sistemas de roteirização e criação de mapas inteligentes: softwares 
que tornam mais fáceis o atendimento da cadeia de distribuição dos 
produtos, considerando as condições do percurso como segurança, custo, 
qualidade das rodovias, restrições de peso e altura de veículos de 
transporte, caminho mais curto, entre outros. Os softwares contemplam 
também inteligência artificial (I.A) e Machine Learning, sugerindo rotas mais 
otimizadas de acordo com as restrições e políticas programadas. 
• Sistemas de gestão de frotas: softwares que tem como propósito otimizar 
a quilometragem dos veículos de transportes da empresa, controlar os 
gastos, monitorar as manutenções preventivas, entre outros. 
• CRM – Customer Relationship Management (Gestão do Relacionamento 
com o Cliente) que embora seja comumente utilizado pela área comercial, 
também é um excelente recurso para trazer dados dos clientes para a SCM. 
Todo investimento que a empresa focal e os elos realizarem certamente 
terá que trazer melhoria em seus processos e benefícios que justifiquem, por isso 
é preciso mapear criteriosamente as necessidades da realidade de cada empresa 
para evitar desperdício de recurso em algo que não agregará valor ao cliente final. 
Para facilitar a escolha das tecnologias úteis para a empresa, recomenda-se criar 
a equação benefício versus investimento para a tomada de decisão, por isso 
alguns benefícios serão apresentados a seguir. 
 
 
 
 
 
15 
4.2 Benefícios da tecnologia nas SCMs 
A tecnologia aplicada nas operações logísticas traz benefícios como: 
• Redução de custos: o investimento em tecnologia nas áreas que 
possibilitam a automação permite reduzir os custos devido a eliminação de 
retrabalhos, redundâncias, falhas operacionais, excessos de estoques e 
outros. 
• Otimização de processos: para receber uma nova tecnologia na SCM é 
necessário que seja realizado um mapeamento de processos que deixará 
claro os fluxos (financeiro, de informação, de materiais e reverso) e 
conexão entre as áreas. Esse trabalho de mapeamento permitirá que os 
processos sejam redesenhados e otimizados. 
• Criação de padrões operacionais: isso ocorre depois do mapeamento e 
impacta no redesenho, uma vez que para automatizar, é preciso criar 
padrões para as operações permitindo a tradução para a linguagem 
computacional dos sistemas. 
• Tomada de decisão: a tecnologia agiliza o processo de tomada de decisão 
porque com o uso de sistemas como o Business Intelligence (B.I), os dados 
disponíveis estão sempre atualizados e permitem a simulação de vários 
cenários, dando suporte para as tomadas de decisão. 
• Minimização de custos e falhas: a automação dos processos repetitivos 
auxiliará a reduzir os custos; o mapeamento e programação corretos 
eliminarão as falhas. 
• Assertividade no planejamento: tudo começa no planejamento e a 
tecnologia oferece diversos recursos que facilitam essa atividade 
disponibilizando informações, gestão de projetos, comunicação entre as 
áreas e recursos de simulação. 
• Rapidez nos processos e nas entregas: os diversos recursos 
tecnológicos disponíveis para a gestão da SCM, tornarão os processos 
mais ágeis uma vez que parte do trabalho operacional, que antes eram 
realizados manualmente, foram automatizados. O impacto será a redução 
do tempo de entrega dos produtos e serviços aos clientes. 
• Aumento da satisfação do cliente: toda e qualquer decisão realizada pela 
equipe da SCM deve estar direcionada a entregar mais valor ao cliente 
aumentando sua satisfação. A tecnologia empregada de forma eficiente 
 
 
16 
será o suporte necessário para que todos os elos consigam chegar a esse 
mesmo objetivo. 
Dependendo do segmento da SCM outros benefícios podem ser 
incorporados a esses que foram citados. Cada gestor das empresas focais, 
juntamente com os elos precisam avaliar se a tecnologia empregada está 
entregando esses benefícios e se está auxiliando todos a atingirem os objetivos 
determinados previamente. 
TEMA 5 – SCME VERSÃO 4.0 
Devido aos avanços expressivos na tecnologia nos últimos anos, a partir 
de 2013 foi considerado que a indústria estava em sua quarta geração e passou 
a ser chamada de Indústria 4.0. Este conceito considera que a indústria evoluiu 
porque “a partir da integração de diferentes tecnologias como inteligência artificial, 
robótica, internet das coisas e computação em nuvem, os processos de produção 
tendem a se tornar cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis”. Tais 
elementos foram considerados disruptivos e por isso elevou o patamar das 
indústrias em diversos países do mundo. Neste contexto, é preciso reconhecer 
que, se a indústria chegou à sua quarta revolução, a logística, que é a principal 
alavanca do desenvolvimento industrial, também precisou evoluir. 
Essa evolução ainda está acontecendo em muitas áreas da logística e é 
conveniente lembrar que, como cada região do país e também do mundo têm 
características próprias, é possível perceber diferenças nas fases evolutivas que 
se encontram. Alguns exemplos: Nos países com alto índice de industrialização, 
muitas empresas já apresentam alto grau de automatização e utilizam os recursos 
da revolução 4.0, como a Internet das coisas (IoT), Blockchain, robôs, integraçãode sistemas, manufatura aditiva, computação em nuvem, big data, realidade 
aumentada, segurança da informação, conectividade, entre outros. Já os países 
em desenvolvimento, não apresentam o mesmo coeficiente de automação ou até 
mesmo acesso aos recursos citados. Neste contexto, um dos elementos que mais 
atrapalha o avanço da revolução 4.0 é a conectividade, pois nem todos os países 
apresentam internet rápida e eficiente para suportar o uso dos diversos recursos 
citados. 
Neste momento você se questiona: e qual é a conexão disso com a SCM? 
Discutiremos sobre isso na sequência. 
 
 
17 
5.1 SCM 4.0 
A logística está em constante atualização para acompanhar a indústria 4.0 
a qual está bem mais sofisticada e, para isso, também precisa investir em recursos 
tecnológicos, melhorias de processo e automação. Isso impacta nas atividades de 
transporte, na gestão dos centros de distribuição, na robotização de atividades 
logísticas como controle de pátio, roteirização das entregas, gestão de 
documentos, otimização dos processos e outros. 
Essa transformação nas atividades logísticas impacta diretamente na teia 
de elos que formam uma SCM, pois entre as fábricas que fazem parte de uma 
cadeia de suprimentos, temos os operadores logísticos (O.L) ou prestadores de 
serviços logísticos (PSL). Assim, ao avaliarmos a SCM pela perspectiva de que 
ela é formada por diferentes empresas que atuam na mesma cadeia, cada vez 
que uma delas investe em tecnologia dos processos produtivos, como automação 
por exemplo, isso impacta na cadeia como um todo. 
No contexto da SCM podemos compreender que o avanço para a versão 
4.0 já aconteceu impulsionada pelas indústrias e isso tem feito que as cadeias se 
tornem cada vez mais inteligentes, conectadas, de alta visibilidade e 
transparência, possibilitando a criação de novos modelos de negócios. 
5.2 Tecnologias chaves na SCM 4.0 
Para que a SCM seja considerada 4.0 ela precisa utilizar certos recursos 
tecnológicos que agilizem seus processos e resulte em melhor atendimento às 
necessidades dos clientes da cadeia. Entre essas tecnologias, temos: 
• Torre de controle: De acordo com o site Logweb, “é um hub, um ponto 
focal que oferece visibilidade, tomada de decisão e ação, com base em 
diferentes análises em tempo real e é um local central que possui 
organização, tecnologia e processos”. Será a torre de controle que 
possibilitará ao gestor da SCM o monitoramento das operações por meio 
de múltiplos dispositivos inteligentes, desde o início do processo no 
fornecedor até a entrega ao consumidor final. 
• Veículo autônomo: essa tecnologia será utilizada pela logística de 
distribuição tanto na versão autônoma com o motorista no veículo que 
assumirá o controle caso seja requisitado, como na versão remota, onde o 
 
 
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motorista poderá monitorar e intervir em mais de um veículo ao mesmo 
tempo. 
• Drones para entrega: também chamado drone delivery, já está 
revolucionando a entrega de pequenos pacotes, evitando o trânsito dos 
grandes centros urbanos, bem como atendendo regiões de difícil acesso. 
De acordo com Imai Segundo (2020, p. 33-34), os drones também podem 
realizar swarm delivery (entregas por enxame) onde um caminhão com 
drones e mercadorias segue o seu caminho, enquanto os drones entregam 
mercadorias nas adjacências e retornam ao caminhão para reabastecer, se 
for necessário. Ainda segundo o autor, também há a possibilidade de 
utilizar os drones terrestres que são uma espécie de robôs utilizados para 
entregas. 
• Inteligência artificial (IA): nesse caso, a IA auxiliará no quesito de 
personalização do atendimento de cada cliente, oferecendo um serviço 
diferenciado e ampliando as chances de retenção e continuidade nos 
negócios. Além disso, a IA é a base para o Machine Learning que significa 
máquina que aprende que no caso da logística pode-se pensar em veículos 
ou equipamentos que aprendem. No contexto da SCM isso será muito útil 
pois, a partir do momento que o veículo está programado com diversas 
variáveis e obtêm os dados por meio da tecnologia embarcada nele como 
a telemetria, o veículo ou o equipamento melhora a precisão dos dados 
disponíveis para o programador que pode reprogramar certas rotas, por 
exemplo. 
O impacto da tecnologia na SCM 4.0 é sentido em diversas fases das 
operações como a melhoria na previsão de demanda dos clientes, na eficiência 
dos processos internos dos armazéns, depósitos e fábricas, resultando em 
entregas cada vez mais rápidas e com coeficiente de qualidade que atende as 
expectativas do mercado. Neste contexto, compete ao profissional de logística ou 
de gestão, se manter atento às mudanças na tecnologia e em constante 
atualização dos seus conhecimentos para atuar nos ambientes que no momento 
estão 4.0, mas rumo às outras versões como 5.0, 6.0 ou outra nomenclatura que 
esse universo de transformação pode criar. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
AMBEV. Sustentabilidade com a operação logística. Disponível em: 
<https://www.ambev.com.br/esg/operacaologistica/>. Acesso em: 10 jun. 2022. 
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chips. Disponível em: <https://www.autoindustria.com.br/2022/05/10/no-ano-14-
fabricas-de-veiculos-ja-pararam-por-falta-de-chips/>. Acesso em: 10 jun. 2022. 
BLOG INTELBRAS. 5 exemplos de energia limpa no Brasil. Disponível em: 
<https://blog.intelbras.com.br/energia-limpa/>. Acesso em: 10 jun. 2022. 
CANALTECH. Indústria 4.0 no Brasil: mais digital, porém com baixa maturidade. 
Disponível em: <https://canaltech.com.br/mercado/industria-40-no-brasil-mais-
digital-porem-com-baixa-maturidade/>. Acesso em: 10 jun. 2022. 
DONATO, V. Logística verde: uma abordagem socioambiental. Rio de Janeiro: 
Ciência Moderna Ltda., 2008. 
IMAI SEGUNDO, Y. Transformação digital na cadeia de suprimentos. Revista 
Mundo Logística, n. 75, ano XIII, mar./abr. 2020. 
LOGWEB. Torre de controle em “Supply Chain”. Já ouviu falar? Disponível 
em: <https://www.logweb.com.br/colunas/torre-de-controle-em-supply-chain-ja-
ouviu-falar>. Acesso em: 10 jun. 2022. 
NUBANK. O que aconteceu no canal de Suez? Disponível em: 
<https://blog.nubank.com.br/o-que-aconteceu-no-canal-de-suez/>. Acesso em: 
10 jun. 2022. 
REVISTA EXAME. De leite a rum: os produtos mais procurados no 
supermercado. Disponível em: <https://exame.com/negocios/de-leite-a-rum-os-
produtos-que-mais-faltam-na-prateleira-do-mercado/>. Acesso em: 10 jun. 2022. 
REVISTA FERRAMENTAL. O papel da tecnologia em transporte de cargas. 
Disponível em: <https://www.revistaferramental.com.br/artigo/papel-tecnologia-
transporte-cargas/>. Acesso em: 10 jun. 2022. 
ZURICH. Como reduzir o carbono em nossas cadeias de abastecimento – e 
porque isso é importante. Disponível em: <https://www.zurich.com.br/pt-
br/blog/articles/2021/10/como-reduzir-o-carbono-em-nossas-cadeias-de-
abastecimento>. Acesso em: 10 jun. 2022.