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Juventude, Violência e Pobreza

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Curso: Engenharia Ambiental 
e Sanitária 
 
Disciplina: GCS 239 -Direitos 
e Cidadania (História 2ª fase - 
2023/2 - 2023/2) 
Professor(a): Andressa 
Nunes Soilo 
Aluno: Tauana Luize 
Dalazen 
 
 
 
 
 
FICHAMENTO 
 
Referência 
bibliográfica 
 
 
 
 
 
 
 
Macedo, João Paulo. A Invenção da “Juventude Violenta”. 
Análise da elaboração de uma política pública. RJ, LACED:E-
Papers, 2009. Disponível em: 
https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/47578 . Acesso em dez. 
2023. 
 
 Introdução 
 
“[...] questão central é refletir sobre as formas de gestão estatal da 
ordem sobre populações pobres, com especial atenção para a relação 
entre as políticas “voltadas para o social” e as políticas de segurança. 
Entre março e julho de 2014 residi na Cidade de Deus [...]”. (pg. 
158) 
“[...] O foco deste texto não é a etnografia da rotina desses 
Programas4, mas refletir sobre questões colocadas e iluminadas a 
partir dessa experiência, mas que sinaliza para processos mais 
amplos [...]”. (pg. 158) 
“[...]O esforço aqui é refletir sobre a juventude como categoria 
construída, operacionalizada e mobilizada nas políticas de gestão da 
pobreza, especialmente aquelas destinadas ao combate e à 
prevenção da violência [...]”. (pg. 158) 
 A obra escolhida trata da complexidade e pluralidade da 
juventude, apresentando o contexto social em que esses jovens estão 
inseridos. Além de abranger como os jovens mais carentes ou 
periféricos são reconhecidos e excluídos. 
Principais 
argumentos 
“[...] Pensar a juventude como dispositivo permite falar de discursos, 
saberes, leis, políticas, sujeitos e classificações produzidas. Assim, 
na análise que pretendo desenvolver, a juventude não é tomada em 
sua realidade (conjunto de jovens), mas como um conjunto de 
relações, de feixes, de linhas, a partir e por meio do qual relações 
são produzidas [...]”. (pg. 159) 
“[...] O que me interessa quando tomo a juventude como dispositivo 
é entender como e porque ela se torna uma questão, se constitui 
como um problema, como uma urgência, passando a interessar do 
ponto de vista político [...]”. (pg. 160) 
“[...] Portanto, certas características passam a ser consideradas 
específicas e definidoras da juventude, “como rebeldia, desinteresse, 
crise, instabilidade afetiva, descontentamento, melancolia, 
agressividade, impulsividade, entusiasmo, timidez e introspecção 
[...]”. (pg. 161) 
“[...] Para alguns autores, as gerações mais jovens não estariam mais 
tão comprometidas em chegar à idade adulta com um modelo pré-
determinado, mas mais empenhadas em “inventar (novas) formas de 
viver uma fase do ciclo de vida [...]”. 
“[...] O interessante aqui é observar que os discursos sobre a 
juventude e sua diversidade revelam recortes bastante específicos 
dos jovens e não se referem a todos de modo indistinto. Além disso, 
é importante notar que certos discursos sobre a juventude se 
sobrepõem a outros, de acordo com o momento histórico [...]”. (pg. 
166) 
 Partindo para o desenrolar da obra escolhida, é perceptível que 
os jovens passam a ser vistos como seres complexos, considerados 
violentos a medida que passam a buscar sua liberdade social e 
direitos enquanto cidadãos. 
 Observa-se de forma exagerada uma exclusão social que 
engloba diversos fatores, como a classe social. Que associa jovens 
de classe baixa a violência, e rotula os mesmos como favelados e 
delinquentes. 
 Como já dito o contexto social em que esses jovens estão 
inseridos geralmente determina quais serão suas ações futuras, onde 
os mesmos passam a ter poucas perspectivas de vida pois já nascem 
em lares onde a situação dos pais é a mesma. 
Conclusão 
 
 
 
 
 “[...] Compreender como a juventude tem sido produzida como um 
recorte na população, com atenção para os discursos e saberes sobre 
os jovens/a juventude, tem me permitido pensar sobre os 
mecanismos de gestão estatal da população pobre, que, parece-me, 
estão ligados a um discurso que relaciona, de modo bastante 
específico, violência, pobreza, juventude, vulnerabilidade e risco 
[...]”. (pg. 173) 
“[...] Entretanto, a ideia de jovem violento acomoda uma diversidade 
de jovens, se referindo àqueles envolvidos em atividades criminais 
e violentas e àqueles que, por serem pobres, vulneráveis, estariam 
sujeitos a ingressarem nessas atividades [...]”. (pg. 174) 
 Por fim observa-se que as questões de vulnerabilidade social 
associa-se diretamente a temática de jovens violentos, pois os 
mesmo encontram-se situados em espaços propícios para a pratica 
de violência. Sendo o papel do estado buscar criar políticas públicas 
que passem a abranger o conjunto de benefícios e direitos desses 
jovens. 
 
Palavras-chave 
 
 
 
 
 Juventude; Violência; Pobreza; Gestão estatal; Periferias. 
 
 
Referências 
bibliográficas 
complementares 
1- ABRAMOVAY, M.; CASTRO, M.G. Juventude no Brasil: 
vulnerabilidades negativas e positivas, desafiando enfoques de políticas 
públicas. Juventude Cultura e Políticas Públicas: Intervenções 
apresentadas no seminário teórico-político do Centro de Estudos e 
Memória da Juventude, São Paulo, v. 1, p. 35-66, 2005. 
 
2- BANENS, M. Foucault sur l’histoire de l’homosexualité. La Revue, 
2009. 
 
3- BRASIL. Plano nacional de Segurança Pública. Brasília, 2000. 
 
4- BRASIL. Lei 11.707/2008 de 19 de junho de 2008 que altera a Lei 
11530 que estabelece o Plano Nacional de Segurança Pública com 
Cidadania. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2008/Lei/L11707.htm . Acesso em: 20/09/2016. 
 
5- BRAZZABENI, M.; PUSSETTI, C. Sofrimento Social: idiomas da 
exclusão e políticas do assistencialismo. Etnográfica, Lisboa, v. 15, n. 3, 
2011. 
 
6- BRAZZABENI, M.; PUSSETTI, C. Sofrimento Social: idiomas da 
exclusão e políticas do assistencialismo. Etnográfica, Lisboa, v. 15, n. 3, 
2011. 
 
7- CASSAB, C. Contribuição à construção das categorias jovem e 
juventude: uma introdução. Locus. Juiz de Fora, v. 17, 2012. 
 
8- CASTRO, J. A invenção da juventude violenta: análise da elaboração 
de uma política pública. Rio de Janeiro, 2013. 
 
9- DAYRELL, J. Juventude, cultura e identidade. In: V Reunião de 
Antropologia do Mercosul, 2003, Florianópolis. Antropologia em 
perspectiva, 2003. 
 
10- DELEUZE, Gilles. ¿Que és un dispositivo? In: Michel Foucault, 
filósofo. Barcelona: Gedisa, 1990, pp. 155-161. Tradução de Wanderson 
Flor do Nascimento. 
 
11- DESAGE, F.; SALLÉ, N.; DUPREZ, D. Le contrôle des jeunes 
déviants. Les Presses de la Université de Montréal. Montréal. 2015. 
 
12- FELTRAN, G. Margens da Política, Fronteiras da Violência: uma 
ação coletiva nas periferias de São Paulo. Lua Nova, v. 79, p. 201-233, 
2010. 
 
13- ______. Fronteiras de Tensão. São Paulo: Editora da UNESP; CEM; 
CEBRAP, 2011. 
 
14- ______. Crime e Periferia. In: RATON, J.; LIMA, R.; AZEVEDO, 
R. Crime, Polícia e Justiça no Brasil. Editora Contexto/ Fórum 
Brasileiro de Segurança Pública, 2014. 
 
15- FOUCAULT, M. Governamentalidade. In: FOUCALUT, M. 
Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979. 
FOUCAULT, M. História da Sexualidade I: a vontade de saber. 18. ed. 
Rio de Janeiro: Graal, 1988. 
 
16- FOUCAULT, M. Sobre a História da sexualidade. In: _____. 
Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 2000. 
 
17- FOUCAULT, M. Nascimento da Biopolítica: curso no Collège de 
France (1978-1979). São Paulo: Martins Fontes, 2008. 
 
18- INSTITUTO CIDADANIA. Projeto Segurança Pública para o Brasil. 
Brasilia, 2002. 
 
19- IULIANELLI, J.Juventude: construindo processos – o protagonismo 
juvenil. In. FRAGA, P. & IULIANELLI, J.(Orgs.). Jovens em tempo 
real. Rio de Janeiro, 2003. 
 
20- MACHADO DA SILVA, L. Introdução. In: MACHADO, L. Vida 
Sob Cerco: violência e rotina nas favelas do Rio de Janeiro. Rio de 
Janeiro: Nova Fronteira,2008. 
 
21- ______. Violência Urbana, Segurança Pública e Favelas - o caso do 
Rio de Janeiro atual. Caderno CRH - UFBA (impresso), v. 23, p. 283-
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22- ______. Polícia e Violência Urbana em uma Cidade Brasileira. 
Etnográfica (Lisboa), v. 15, p. 67-82, 2011. 
 
23- MARGULIS, M. ; URRESTI, M. La juventud es más que una 
palabra. In: Margulis, M. (org.). La juventud es más que una palabra. 
Buenos Aires, Biblos,1996. 
 
24- MISSE, M. Crime, Sujeito e Sujeição Criminal - aspectos de uma 
contribuição analítica sobre a categoria bandido. Lua Nova (Impresso), v. 
79, p. 15-38, 2010. 
 
25- MOTTA, L. Sobre as relações entre pobreza e violência: notas de 
uma etnografia no centro de referência da juventude da Cidade de Deus –
RJ. Revista Gestão e Desenvolvimento. Novo Hamburgo, 2016. 
 
26- MOTTA, L. Fazer estado, produzir ordem: sobre práticas e projetos 
na gestão do conflito urbano em favelas cariocas. São Carlos, 2017. Tese 
(Doutorado em Sociologia) - Universidade Federal de São Carlos, São 
Carlos. 
 
27- NOVAES, R. C. R. . Juventude, juventudes. Notas sobre a invenção 
social de um singular sujeito de direitos. Revista de Ciencias Sociales 
(Montevideo), v. XXII, p. 10- 20, 2009. 
 
28- PAPPÁMIKAIL, L. Juventude(s), autonomia e Sociologia. 
Sociologia: Revista do Departamento de Sociologia da FLUP, Vol. XX, 
2010. 
 
29- PERALVA, A. O jovem como modelo cultural. Revista Brasileira de 
Educação. N.5, 1997. 
 
30- PEREIRA, Alexandre Barbosa. Muitas Palavras: a discussão recente 
sobre juventude nas Ciências Sociais. Ponto.Urbe (USP), v. 1, p. 1-35, 
2007. 
 
31- ROCHA, L. M. O Repertório dos Projetos Sociais: política, mercado 
e controle social nas favelas. In: Patrícia Birman et al (Org.). Dispositivos 
Urbanos e Trama dos Viventes: ordens e resistências. Rio de Janeiro: 
FGV/Faperj, 2014, v. 1, p. 291-312. 
 
32- SPOSITO, M. P.. Os jovens no Brasil, desigualdades multiplicadas e 
novas demandas políticas. 1. ed. São Paulo: Ação Educativa, 2003. v. 1. 
38p . 
 
33- SPOSITO, M. P.; CARRANO P.C. Juventude e políticas públicas no 
Brasil. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, v. 24, p. 16-39, 2003 
 
34- SPOSITO, M. P.; CORROCHANO, M. C. A face oculta da 
transferência de renda para jovens no Brasil. Tempo Social. Revista de 
Sociologia da USP, São Paulo, v. 17, n.2, p. 141-172, 2005.