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POLUIÇÃO DOS 
ECOSSISTEMAS TERRESTRES, 
AQUÁTICOS E DA ATMOSFERA 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Kelly Dayane Aguiar 
 
 
 
2 
 
CONVERSA INICIAL 
Vamos compreender a dinâmica dos ecossistemas aquáticos, analisar a 
importância da água para a vida na Terra, como ela é distribuída e a crise 
ambiental mundial, percebendo o impacto da poluição para a qualidade 
socioambiental. Também será discutida a gestão das bacias hidrográficas. 
 
TEMA 1 – CARACTERIZAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS 
Os ecossistemas aquáticos são classificados de acordo com suas 
características físicas, como a salinidade, o movimento da água (vazão) e a 
profundidade. De modo geral, podem ser compreendidos em: rios (águas 
correntes), lagos, estuários e oceanos (Ricklefs, 2003; Townsend; Begon; 
Harper, 2006). 
As águas correntes, ou ambientes lóticos, formam-se em áreas nas quais 
a precipitação excede a infiltração e a evaporação na superfície da Terra. Elas 
podem ser distinguidas por riffles, poças e rios. Os riffles constituem-se de 
pequenas correntes percolando as rochas; as poças são aberturas mais 
profundas de águas em menor movimento. Os sistemas fluviais, ou rios, 
apresentam uma dinâmica linear, dependente da vegetação ripária, na qual as 
correntes crescem com a distância, de forma unidirecional, desde as nascentes 
até a foz. Nesse processo, ocorrem mudanças contínuas nos ambientes ao longo 
do rio, que se tornam mais complexos e produtivos à medida que se aproximam 
da foz. O conceito de continuum dos rios ainda envolve transporte de materiais, 
incluindo animais e plantas, corrente abaixo, equilibrados por movimento de 
animais corrente acima, além da entrada de materiais alóctones (material 
orgânico de origem externa) (Ricklefs, 2003; Townsend; Begon; Harper, 2006). 
Os lagos são formados em regiões de depressão no relevo, que podem 
ser abastecidos a partir do degelo de áreas antes glaciais ou do acúmulo de água 
das chuvas. Esses ecossistemas aquáticos são caracterizados por águas mais 
estacionárias, influenciadas pela luminosidade, temperatura, concentração de 
oxigênio e produção primária. 
De modo geral, esses ambientes lênticos são classificados de acordo com 
a estratificação vertical: (a) zona litoral, que abrange as margens e na qual se 
encontra a vegetação enraizada, que serve de hábitat e de recurso alimentar 
para inúmeras espécies; (b) zona limnética (ou epilímnio), camada mais 
 
 
3 
iluminada, com grande aporte de oxigênio e na qual a produção primária é 
realizada por algas unicelulares e fitoplâncton, abrigando um grande número de 
espécies vegetais e animais; e (c) zona bentônica (ou hipolímnio), em que se 
encontram as temperaturas mais baixas, as menores concentrações de oxigênio, 
além do acúmulo de matéria orgânica nos sedimentos do fundo, que possibilitam 
a sobrevivência de espécies especializadas nessa região. As represas e os 
reservatórios artificiais apresentam características muito próximas à 
estratificação encontrada nos lagos (Ricklefs, 2003; Townsend; Begon; Harper, 
2006). 
Os estuários constituem-se a partir da confluência da foz de um rio (água 
doce) e de uma baía (água salgada), portanto, há uma mistura de condições, 
originando um ecossistema único, com espécies altamente especializadas. A 
cunha salina penetra no fundo dessas águas, por ser mais densa, e vai se 
misturando aos poucos, dependendo da vazão do rio. O local é considerado um 
berçário natural, pois é rico em espécies juvenis provenientes dos oceanos e dos 
rios. 
Os oceanos cobrem a maior parte da superfície terrestre e são compostos 
por um complexo de condições de ecossistemas ecológicos, influenciado 
principalmente pela profundidade, temperatura, corrente marinha, do substrato 
e das marés. A partir da profundidade, pode-se definir: (a) a zona litoral 
(entremarés), na qual podem ser encontrados os manguezais e os costões 
rochosos; (b) a zona nerítica, com profundidade até 200 m, que corresponde à 
plataforma continental, na qual há grande produtividade e diversidade de 
espécies; (c) a zona oceânica, acima de 200 m de profundidade, com produção 
limitada e baixa concentração de nutrientes; e (d) a zona bentônica, localizada 
abaixo da zona oceânica, na qual ocorre uma diversidade de espécies abissais 
bastante especializadas (Ricklefs, 2003; Townsend; Begon; Harper, 2006). 
 
 
4 
Vídeo 
Assista ao vídeo “Computação gráfica mostra como o lixo plástico vai para os 
oceanos – 28/11/2014”, de 0:09 a 1:03. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=0G9QBsMD5A0>. Acesso em: 17 jul. 2017. 
 
Assista também à reportagem “Estudo calcula a quantidade de lixo plástico 
jogado nos oceanos durante um ano”, do Jornal Nacional, referente à pesquisa 
da revista Science sobre a quantidade de lixo plástico jogada nos oceanos. 
Disponível em: <http://g1.globo.com/jornal-nacional/videos/t/edicoes/v/estudo-
calcula-a-quantidade-de-lixo-plastico-jogado-nos-oceanos-durante-um-
ano/3962921/>. Acesso em: 17 jul. 2017. 
 
TEMA 2 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NO PLANETA 
A água é um recurso mineral que está circulando no planeta em um ciclo 
fechado, no qual as águas das chuvas abastecem os ecossistemas aquáticos, 
infiltram-se nos solos e alcançam os lençóis freáticos. À medida que o Sol 
aquece a Terra, ocorre a evapotranspiração das águas dos ambientes e dos 
seres vivos, e ainda a formação de nuvens, que posteriormente precipitam 
fechando o ciclo. Assim, pode-se ter a falsa impressão de que esse bem natural 
é infinito, entretanto, há uma séria crise mundial de água relacionada à 
disponibilidade e à qualidade para consumo. 
 
Vídeo 
A reportagem de Matéria da Capa, da TV Cultura, apresenta um panorama 
mundial sobre a crise hídrica no mundo e auxilia na compreensão sobre a 
urgência no uso sustentável do recurso natural. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=lYT2odOomAA>. Acesso em: 17 jul. 2017. 
 
A superfície do planeta é constituída por 70% de água, ou hidrosfera, e 
sua distribuição pelo território é desigual, já que 97% desse recurso está 
disponível nos oceanos, e dos 3% de água doce, 71% está armazenado nas 
geleiras (Figura 1). O acesso para captação restringe-se aos 7% em lagoas e 
cursos de água, dependendo da qualidade e capacidade de manutenção da 
recarga. Por isso, há o grande desafio de realizar a gestão sustentável da água. 
 
 
 
5 
Figura 1 – Distribuição de água no mundo 
 
Fonte: Mundo educação. 
 
Mundialmente, a escassez de água é uma das maiores preocupações. A 
disponibilidade de água de qualidade para manter os ecossistemas conservados 
e para o abastecimento doméstico, o uso nas indústrias e no comércio, para o 
cultivo de plantas e para os animais é limitada e a crise hídrica está afetando 
gradativamente maior número de pessoas (Figura 2). 
 
Figura 2 – Previsão de disponibilidade de água por pessoa em 2025 
 
 
Fonte: United Nations Environment Programme. 
 
 
 
6 
O Brasil é privilegiado pela disponibilidade desse bem mineral, uma vez 
que, da água doce disponível no planeta, 12% encontra-se na América do Sul. 
Entretanto, a contaminação das águas por efluentes domésticos, por 
substâncias utilizadas na agricultura e pela eutrofização das águas revelam a 
urgência de medidas de preservação, limitação do uso e controle de poluentes. 
 
Vídeo 
Assista ao vídeo da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza sobre a 
crise hídrica no Brasil. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=DxvHMilNM_Q>. Acesso em: 17 jul. 2017. 
 
TEMA 3 – SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS 
Todas as atividades humanas, suas bases sociais e a qualidade de vida 
são totalmente dependentes de serviços ecossistêmicos, que compreendem a 
geração de serviços pelos ecossistemas relacionados ao bem-estar humano e à 
manutenção da vida no planeta (ANDRADE; ROMEIRO, 2009). 
Considerando o exposto, os ecossistemas aquáticos protegidos sãoresponsáveis por funções relacionadas a abastecimento, suporte, regulação e 
aspectos culturais, sociais e econômicos da humanidade, dos quais se pode 
destacar: 
 disponibilizar água limpa; 
 regular o clima; 
 controlar alagamentos; 
 suportar a biodiversidade, a formação do solo e seus hábitats; 
 manter a vida de inúmeras espécies que são utilizadas como alimentos e 
têm potencial para pesquisa de medicamentos e biotecnologias; 
 transportar nutrientes, sementes, pólen, bem como dissolver substâncias 
essenciais para o metabolismo dos seres vivos, além de dissipar 
contaminantes; 
 manter a regulação hídrica de florestas que diminuem a concentração de 
carbono na atmosfera e ainda podem disponibilizar importantes recursos, 
como a madeira; 
 servir de base social para o gerenciamento integrado, processos 
educacionais, lazer, recreação e contemplação estética; 
 prover a produção de alimentos, bens e serviços. 
 
 
7 
A partir da análise dos serviços ecossistêmicos, é possível constatar que 
o valor econômico dos recursos hídricos é incalculável e depende 
consideravelmente da preservação da cobertura vegetal para a manutenção da 
disponibilidade, quantidade e qualidade de água potável (Derísio, 2012). 
Mundialmente, as maiores demandas por água são decorrentes do uso 
na agropecuária, principalmente para a irrigação (Figura 3). Conforme estudado 
na aula 1, a demanda por alimentos cresce progressivamente à medida que a 
há maior concentração populacional, ou seja, o consumo de água no futuro tende 
a ser também muito maior. Entretanto, como visto anteriormente, a 
disponibilidade do recurso no futuro será ainda mais crítica (Figura 2), por isso, 
pode-se considerar que há uma “crise hídrica global” e que são necessários 
estudos mais avançados sobre os usos múltiplos e a melhor forma de gestão 
desse bem mineral. 
 
Saiba mais 
Calcule sua pegada ecológica. Conscientize-se sobre seus hábitos de consumo, 
suas escolhas e reflita sobre a sustentabilidade socioambiental. Disponível em: 
<http://www.pegadaecologica.org.br/2015/index.php>. Descubra mais em: 
<http://waterfootprint.org/en/>. Acesso em: 17 jul. 2017. 
 
Figura 3 – Infográfico sobre os usos múltiplos da água 
 
 
 
8 
 
 
Fonte: Aquastats (Relatório da FAO-ONU de 2003); World Development Indicators (Relatório do 
Banco Mundial, de 2003); Atlas da Água (2005), de Robin Clarke e Jannet King. 
 
TEMA 4 – POLUIÇÃO HÍDRICA 
A poluição hídrica pode ser classificada sob quatro tipos de fontes: (a) a 
poluição natural das águas, que ocorre em decorrência das chuvas e da 
dinâmica de escoamento superficial, bem como de processos de salinização e 
decomposição de seres vivos; (b) a poluição industrial, que abrange os resíduos 
gerados nos processos industriais. Por exemplo: indústria de tecido, que utiliza 
água para diluir corantes e realizar o tingimento, liberando efluentes com 
compostos químicos que podem prejudicar o equilíbrio dinâmico dos 
ecossistemas aquáticos; (c) a poluição urbana, que advém principalmente das 
atividades humanas nas cidades e que lança seus efluentes nos esgotos 
domésticos e em corpos hídricos sem tratamento; e (d) a poluição agropecuária, 
que envolve o uso de defensivos agrícolas, fertilizantes, adubo natural e 
processos de erosão e lixiviação do solo. Além disso, pode-se considerar a 
poluição originada a partir de acidentes ambientais, nos quais contaminantes 
alcançam os ambientes aquáticos de forma mais localizada (Derísio, 2012). 
 
 
9 
No livro-base disponibilizado pelo curso (Kluczkovski, 2015), é possível 
se aprofundar sobre poluição marinha entre as páginas 106 e 114, e sobre 
poluição continental (água doce) das páginas 115 a 121. 
De modo geral, é possível destacar que a contaminação hídrica afeta a 
dinâmica ecológica: (a) pela concentração de poluentes, que podem 
desestruturar os ecossistemas e biomagnificar ao longo das teias alimentares, 
(b) pela maior incidência de doenças e (c) pelo aumento da quantidade de 
nutrientes disponíveis na água, o que pode causar a eutrofização das águas. 
Todos os ecossistemas naturais, inerentemente, têm a capacidade de 
auxiliar na decomposição de matéria orgânica até certo limite (Townsend; 
Begon; Harper, 2006). Porém, a diluição de substâncias potencialmente 
poluentes e a captação de água potável para as diversas atividades antrópicas, 
bem como a sobrevivência dos seres vivos, são duas necessidades antagônicas 
na análise sustentável dos usos múltiplos da água. 
 
TEMA 5 – “LEI DAS ÁGUAS” E A GESTÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS 
A Política Nacional de Recursos Hídricos, ou “Lei das Águas”, foi instituída 
pela Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997, e tem como fundamento a água ser 
um bem de domínio público e um recurso natural limitado, dotado de valor 
econômico. A lei esclarece que, em situações de escassez, o uso prioritário dos 
recursos hídricos cabe ao consumo humano e à dessedentação de animais. 
Ainda, propõe que a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o 
uso múltiplo das águas; para tanto, aponta que a bacia hidrográfica é a unidade 
territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e 
atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Por fim, 
pontua que a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar 
com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades. 
Nesse sentido, nota-se maior preocupação política com os usos múltiplos 
das águas, de forma que todos os atores envolvidos façam parte da gestão das 
águas de sua bacia hidrográfica. 
Uma bacia hidrográfica é uma região composta por diversos cursos de 
água, que se infiltram no solo e escoam superficialmente por meio de uma rede 
de drenagem das áreas mais altas para as mais baixas, formando um rio 
principal, conforme a Figura 4 (Brasil, 2011). Além disso, a bacia hidrográfica 
 
 
10 
compõe um mosaico de ecossistemas naturais e atividades antrópicas que 
necessitam de um gerenciamento compartilhado. 
 
Figura 4 – Modelo de uma bacia hidrográfica e seus componentes 
 
Fonte: História e Geografia. 
 
Essa gestão integrada, descentralizada e participativa, ocorre por meio 
dos Comitês de Bacia Hidrográfica que conciliam os diferentes interesses 
individuais, a preservação dos ecossistemas e a construção coletiva das 
soluções com a participação dos poderes públicos, dos usuários e das 
organizações da sociedade civil (Brasil, 2011). 
 
Vídeo 
Assista ao vídeo “Bacia hidrográfica”, de 1:37 a 3:26. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=uRzt9tv0EJU>. Acesso em: 17 jul. 2017. 
 
Assista também a um vídeo sobre outorga de água, de 0:21 a 1:21, que 
apresenta um bom esquema para explicar os usos múltiplos. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=FsgkXCf3bic>. Acesso em: 17 jul. 2017. 
 
NA PRÁTICA 
Você foi contratado como gestor ambiental de uma indústria têxtil e será 
responsável pelo diagnóstico do sistema de gerenciamento de resíduos. Em 
suas análises, você notou que a atividade industrial utiliza grandes volumes de 
água no beneficiamento de seus produtos e, durante o processo de tingimento 
 
 
11 
das fibras, há utilização de corantes com caráter carcinogênico e mutagênico. 
Além disso, aproximadamente 10 a 20% dos corantes são perdidos durante a 
etapa de lavagem. Na avaliação dos efluentes, você identificou compostos 
orgânicos e inorgânicos que aumentam a demanda bioquímica de oxigênio e, 
por isso, podem impactar nos corpos hídricos. 
A captação de água é subterrânea e o lançamento de efluentes é 
realizado no mesmo rio. O tratamento de efluentes gera alto custo e ainda resulta 
em lodo de esgoto que é incinerado posteriormente. 
Diante desse fato, quais são as suas recomendações para a indústria? 
 
Consulte o artigo de Queiroz et. al. (2016), disponível em 
<http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/IJIE/article/viewFile/3489/pdf>e 
analise de forma aprofundada o problema. 
 
FINALIZANDO 
Há uma grande diversidade de ecossistemas aquáticos, que fornecem 
serviços ecossistêmicos essenciais para a vida na Terra. Entretanto, o uso 
indiscriminado da água e sua contaminação, devido às atividades antrópicas, 
afetam a disponibilidade de água potável e agravam a crise hídrica mundial. 
Nesse sentido, uma das formas sustentáveis de encontrar soluções para os usos 
múltiplos desse recurso mineral é por meio da gestão das bacias hidrográficas. 
 
 
 
12 
REFERÊNCIAS 
ANDRADE, D. C.; ROMEIRO, A. R. Serviços ecossistêmicos e sua importância 
para o sistema econômico e o bem-estar humano. Texto para Discussão. 
IE/UNICAMP, Campinas, n. 155, fev. 2009. Disponível em: 
<file:///C:/Users/92006381/Downloads/texto155%20(2).pdf>. Acesso em: 18 jul. 
2017. 
BRASIL. O Comitê de Bacia Hidrográfica: o que é e o que faz? Cadernos de 
capacitação em recursos hídricos; v.1. Agência Nacional de Águas. Brasília: 
SAG, 2011. 64 p. Disponível em: 
<http://www.ana.gov.br/bibliotecavirtual/arquivos/20120809150432_Volume_1.
pdf>. Acesso em: 17 jul. 2017. 
DERISIO, J. C. Introdução ao controle de poluição ambiental. 4. ed. 
atualizada. São Paulo: Oficina de textos, 2012. 224 p. 
KLUCZKOVSKI, A. M. R. G. Introdução ao estudo da poluição dos 
ecossistemas. Curitiba: InterSaberes, 2015. 276 p. 
QUEIROZ, M. T. A. et al. Gestão de resíduos na indústria têxtil e sua relação 
com a qualidade da água: estudo de caso. Iberoamerican Journal of Industrial 
Engineering, Florianópolis, v. 8, n. 15, p. 114-135, 2016. 
RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2003. 503 p. 
TOWNSEND, C. R.; BEGON, M.; HARPER, J. L. Fundamentos em ecologia. 
Porto Alegre: Artmed, 2006. 592 p.