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[Livro] Articulação entre ensino, pesquisa e extensão Site: Ambiente Virtual de Aprendizagem do Ifes Curso: Pesquisa e extensão tecnológicas na Educação Profissional e Tecnológica Livro: [Livro] Articulação entre ensino, pesquisa e extensão Impresso por: Alessandra Santana Pereira Data: domingo, 5 mai 2024, 10:00 https://ava3.cefor.ifes.edu.br/ Descrição Livro: Articulação entre ensino, pesquisa e extensão Índice Articulação entre ensino, pesquisa e extensão 1 O que é ensino, pesquisa e extensão? 1.1 A indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão 1.2 As metodologias ativas como facilitadoras da articulação entre ensino, pesquisa e extensão Referências Ficha técnica Para iniciarmos nossos estudos sobre a temática, queremos instigá-lo a refletir sobre o que é ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E TECNOLOGIA. Pare um instante e pense nesses termos. O que você sabe sobre eles? A partir dessa reflexão inicial, apresentamos a seguinte definição: ENSINO: O ensino é uma instância de comunicação (RIOS, 2008). Logo, “ensinar não é transferir conhecimentos” (FREIRE, 1996). O ato de ensinar envolve interação e partilha e deve ser intencional e diretivo. Portanto, requer planejamento didático para possibilitar a construção de competências. PESQUISA: Minayo (2007) define pesquisa como atividade de indagação e de construção da realidade. É o ato ou o conjunto de ações por meio do qual se constrói o conhecimento científico na busca por solucionar determinado problema numa dada realidade. EXTENSÃO: é o processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre a Universidade e a sociedade (Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Ensino Superior Brasileiras). Capítulo 1 O que é ensino, pesquisa e extensão? De acordo com a Orientação Normativa 01/2020 da Coordenadoria de Ações de Extensão do Instituto Federal do Espírito Santo, “A extensão é um processo educativo, cultural, político, social, científico e tecnológico que promove a interação dialógica e transformadora entre o Ifes e outros setores da sociedade, levando em consideração a territorialidade” (p. 01-02). E o que é TECNOLOGIA? No decorrer das disciplinas deste curso, você já ouviu bastante, não é? Trata-se de uma ciência da técnica: a tecnologia (techne + logos) (VIEIRA PINTO, 2005). Essa ciência compreende a técnica como atividade consciente e planejada, que vai além da mera imitação e repetição de tarefas mecânicas. Nesse sentido, a articulação entre ensino, pesquisa e extensão transcende a prática de uma educação compartimentalizada e dicotômica, entendendo o trabalho como princípio educativo. Logo, Pesquisa e Extensão Tecnológicas referem-se à uma prática indissociável ao ensino. Esse tripé é fundamental na consolidação de saberes e fazeres na Educação Profissional e Tecnológica, na produção do conhecimento e na prática pedagógica e profissional. Veja este exemplo: quando um aluno do curso técnico de Informática, orientado pelo professor, desenvolve um aplicativo para resolver determinada demanda da sociedade, empresa, enfim, comunidade externa; ele está realizando pesquisa, ensino e extensão. Essa relação traz benefícios para todos: o aluno exercitando a prática, o professor ensinando e atualizando seus conhecimentos e a sociedade/comunidade externa recebendo os benefícios dessas ações e dialogando com a instituição, aproximando, assim, da escola. Fonte: Pixababay / truthseeker08 Produção: Anna Luisa Reis Becevelli (EMEF “Dr. Octávio Manhães de Andrade”) Capítulo 1 A indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão Produção: Anna Luisa Reis Becevelli (EMEF “Dr. Octávio Manhães de Andrade”) Numa instituição de ensino de educação profissional, há atividades de ensino, pesquisa e extensão. No entanto, é notório que a prevalência está nas atividades de ensino, em seguida na pesquisa e, por último, na extensão. Se observarmos os cursos de pós- graduação, veremos que a ênfase é na pesquisa. Mas por que separar se o conhecimento não é disciplinarizado nem fragmentado? Essa lógica advém até mesmo da nossa formação docente. Ainda predomina a ideia de que as partes formam o todo, não concebendo que o todo é mais do que a soma das partes, desconsiderando, assim, que tudo está interligado (MORIN, 2003). Ensino, pesquisa e extensão envolvem a articulação de saberes/fazeres e, nesse contexto, destaca-se a importância do docente como mediador desse processo de orientar a aprendizagem e criar espaços formativos entre os alunos. Quando, por exemplo, identificamos em nosso contexto a dificuldade dos feirantes em vender seus produtos em época de isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19, podemos resolver esse problema apenas com o ensino? Não. É preciso recorrer ao ensino, à pesquisa e à extensão, pois todas essas atividades são articuladas e dialogam entre si na busca por criar alternativas para a situação apresentada. Veja que interessante este vídeo que aborda o assunto que discutimos: indissociabilidade ensino, pesquisa e extensãoindissociabilidade ensino, pesquisa e extensão Indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão. Vídeo produzido pelo IFRO, campus Zona Norte. E, para que essas atividades dialoguem entre si, as metodologias ativas têm papel preponderante, pois colocam o aluno como protagonista do processo de aprendizagem. Vamos ver? https://www.youtube.com/watch?v=NvRaUoGdP7Q Capítulo 1 As metodologias ativas como facilitadoras da articulação entre ensino, pesquisa e extensão Vivemos num contexto altamente tecnológico, em que os processos de inter-relação do homem com o mundo se intensificaram, requerendo novas práticas pedagógicas. Segundo Lima (2018, p. 21): Com o volume de informações do mundo ligado em rede, os estudantes precisam desenvolver a habilidade de avaliar a importância de se aprender algo. Saber sintetizar e saber reconhecer conexões e padrões entre as diversas informações que circulam são habilidades valiosas na contemporaneidade. Para isso, é importante que métodos e estratégias de ensino estejam em consonância com o perfil profissional de conclusão. As metodologias ativas destacam- se nesse panorama, pois são caminhos para desenvolver a aprendizagem criativa, autônoma e colaborativa. Além disso, “[...] estimulam a comunicação, ampliam a capacidade de ouvir a outra pessoa falar, estimulam os trabalhos de equipes, desenvolvem a motivação individual e coletiva [...]” (NEVES, 2018, p.13). Essas metodologias permitem maior interação entre os atores da sala de aula, impulsionam o protagonismo estudantil e a colaboração, mobilizando o interesse e exigindo comprometimento dos alunos para que todos possam aprender. Conforme apontam Carvalho, Borges e Armeno (2018, p. 96-97): Assim, para promover aprendizagem significativa, faz-se necessário o envolvimento do aluno por uma metodologia que lhe dê o protagonismo de sua própria aprendizagem, que lhe dê capacidade de desenvolvimento de senso crítico e lhe permita aquisição de competências que associem seus conhecimentos às transformações do mundo real. Isso parece ser possível usando metodologias ativas de aprendizagem, que são ferramentas, caminhos que permitem instalar o aluno no centro de sua própria formação profissional, pavimentando o conhecimento através da mediação e acompanhamento do professor. O papel do professor nesse processo é de mediar a aprendizagem dos alunos, orientando o caminho, auxiliando-os no ensino, na pesquisa por soluções, na avaliação dos trabalhos realizados, na reorganização da trajetória de aprendizagem, apontando melhorias e acertos e discutindo ideias e possibilidades. Essas metodologias fomentam o protagonismo estudantil e estimulam o desenvolvimento do raciocínio lógico. Assim, é possível trabalhar o aprendizado de uma maneira mais participativa, significativa e eficiente. CARVALHO, A. A., BORGES, R. A., ARMENO, V. P. C. S. Gamificação no processo ensino-aprendizagem in: NEVES, V. J.; MERCANTI,L. B. e LIMA, M. T. (Orgs.) Metodologias ativas: perspectivas teóricas e práticas no ensino superior. Pontes Editores: 2018. Fórum de Pró-Reitores das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus: 2012. Disponível em: https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Extens%C3%A3o- Universit%C3%A1ria-e-book.pdf. Acesso em 10/05/2021. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 14. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Orientação Normativa CAEX 01/2020. Disponível em https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Extens%C3%A3o-Universit%C3%A1ria-e-book.pdf.Acesso em 28/08/2020. INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA, campus Zona Norte. Indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NvRaUoGdP7Q&feature=emb_logo. Acesso em 18/05/2021. LIMA, M. T. G. de A. Do behaviorismo ao conectivismo-reflexões sobre metodologias ativas na aprendizagem no Uniptan. In: NEVES, V. J.; MERCANTI, L. B. e LIMA, M. T.(Orgs.) Metodologias ativas: perspectivas teóricas e práticas no ensino superior. Pontes Editores: 2018. MINAYO, M. C. S.; DESLANDES, S. F. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 25. ed. rev. atual. Petrópolis: Vozes, 2007. MORIN, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 8a ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. NEVES, V. J. Introdução. in NEVES, V. J.; MERCANTI, L. B. e LIMA, M. T.(Orgs.) Metodologias ativas: perspectivas teóricas e práticas no ensino superior. Pontes Editores: 2018. RIOS, T. Compreender e ensinar: por uma docência da melhor qualidade. São Paulo: Cortez, 2008. VIEIRA PINTO, A. O conceito de tecnologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005. https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Extens%C3%A3o-Universit%C3%A1ria-e-book.pdf https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Extens%C3%A3o-Universit%C3%A1ria-e-book.pdf https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Extens%C3%A3o-Universit%C3%A1ria-e-book.pdf https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Extens%C3%A3o-Universit%C3%A1ria-e-book.pdf https://www.youtube.com/watch?v=NvRaUoGdP7Q&feature=emb_logo Título Articulação entre ensino, pesquisa e extensão Autoria Emilene Côco dos Santos (2021) Indiana Reis da Silva Becevelli (2021) Design gráfico Camila Karoline Justino Marques Luiza Fonseca de Souza Design instrucional Michele Silva da Mata Revisão textual Cláuberson Correa Carvalho Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. https://ava3.cefor.ifes.edu.br/mod/book/view.php?id=317986 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/deed.pt_BR