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1 TRIAGEM NEUROPSICOPEDAGÓGICA E INFORME NEUROPSICOPEDAGÓGICO AULA 3 Profa. Me. Paula Maria Ferreira de Faria INTRODUÇÃO • Triagem neuropsicopedagógica; • Elaboração do informe neuropsicopedagógico; • Entrevista devolutiva. A triagem é uma seleção concisa e objetiva que identifica a situação geral do(a) paciente, tanto para a identificação de suspeitas de dificuldades e transtornos (para avaliação) como para a otimização das atividades propostas (NeuroPp Institucional). Contribui para a identificação precoce de questões referentes à dificuldades de aprendizagem – o que permite, por sua vez, a intervenção precoce junto a essas crianças, otimizando seu desenvolvimento. TRIAGEM • Testes e escalas validados e permitidos à NeuroPp; • Outros recursos, fundamentados teoricamente; • Quantitativos e qualitativos; • Não usar testes projetivos! • Instituição: somente triagem (a avaliação é realizada pela clínica); • Seleção dos instrumentos: verificar os de uso não privativo do psicólogo/fonoaudiólogo; • Objetivo: investigar a queixa inicial; 2 • Foco: aprendizagem x funcionamento cognitivo; • Compreensão das funções executivas; • Atualização constante (CID-11, DSM-V, etc.). Triagem – Questão Central Há alterações no funcionamento cognitivo (foco da NeuroPp) que justifiquem a existência das dificuldades responsáveis pelo encaminhamento do(a) paciente (queixa inicial)? Após a triagem pode ter início a avaliação, que visa compreender o funcionamento executivo do sujeito no momento da avaliação, identificando possíveis dificuldades e transtornos de aprendizagem. O(a) neuropsicopedagogo(a) deve: • Investigar e analisar a queixa; • Aventar hipóteses fundamentadas no referencial teórico da NeuroPp; • Selecionar instrumentos para comprovar/refutar as hipóteses. VÍDEO Neuroimagem e desenvolvimento https://www.youtube.com/watch?v=zQux4VJayl8 4min18seg INFORME NEUROPp • Documento que sistematiza o processo avaliativo; • Revela uma visão global do sujeito avaliado; • Explicita o percurso completo, apresentando potencialidades e limitações. 3 Cuidados • Redação: norma culta padrão e clareza; • Ética: relatar apenas o que é necessário e comprovado – concisão e objetividade; • Evitar vieses – precisão e rigor. Elementos do Informe • Identificação do(a) paciente; • Identificação do contexto de avaliação; • Queixa inicial; • Dados principais da anamnese; • Instrumentos utilizados; • Resultados obtidos com os instrumentos; • Conclusões (considerações gerais, hipótese diagnóstica, indicações/orientações e encaminhamentos); • Identificação e assinatura do(a) profissional. SAIBA MAIS A NeuroPp não possui um Conselho Nacional que regulamente a profissão, porém existe a Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia (SBNPp), que atualmente norteia a atuação profissional. ENTREVISTA DEVOLUTIVA • Momento de feedback aos solicitantes; • Realizada ao final de cada etapa neuropsicopedagógica; • Após a avaliação: entrega do informe. • Permite acompanhar o desenvolvimento do(a) paciente em um recorte específico de tempo; • Contato interpessoal que permite ao(à) neuropsicopedagogo(a) esclarecer as dúvidas da família e finalizar o processo de avaliação. 4 • Deve ser objetiva, precisa e respeitosa, atendo-se às informações relevantes; • Linguagem clara e adequação do vocabulário, assegurando o entendimento; • Manter-se no escopo da NeuroPp. • Postura respeitosa, valorizando as conquistas e avanços; • Importância da equipe multidisciplinar. O objetivo é levar o sujeito avaliado a compreender que tem potencial para aprender e se desenvolver e que poderá contar com o apoio do(a) neuropsicopedagogo(a) no processo de superação das dificuldades de aprendizagem. CONCLUSÃO A triagem neuropsicopedagógica é o passo inicial da avaliação, visto que identifica se a queixa inicial é pertinente e pode se beneficiar da atuação e dos recursos da NeuroPp. A avaliação tem início após a triagem e resulta no informe neuropsicopedagógico, que sintetiza e esclarece à família/responsáveis todo o processo de avaliação. Esse documento é entregue e explicado durante a entrevista devolutiva. REFERÊNCIAS RUSSO, Rita Margarida Toler. Neuropsicopedagogia clínica: introdução, conceitos, teoria e prática. 3. imp. Curitiba: Juruá, 2020. SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROPSICOPEDAGOGIA (SBNPp). Resolução SBNPp n° 05 de 12 de abril de 2021. Dispõe sobre o código de ética técnico- profissional da Neuropsicopedagogia e suas alterações. Joinville: Conselho Técnico-Profissional da SBNPp, 2021. TRAD, Luciana Isabel de Almeida. Avaliação e intervenção neuropsicopedagógica nas diversas dificuldades e transtornos. Curitiba: Contentus, 2020. SCHNEIDER, Cleussi; SOUZA, Karlen Pagel de Oliveira; CHUPIL, Priscila. A neuropsicopedagogia e o processo de aprendizagem. Curitiba: IESDE Brasil, 2018.