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Disciplina: Planejamento e organização do
turismo
Aula 3: Planejamento e gestão do turismo
Apresentação
Já estudamos que o planejamento é fundamental para qualquer mercado e forma de organização.
No Brasil, vimos que o Turismo desenvolve seu planejamento em torno da Política Nacional de
Turismo, por meio do Plano Nacional do Turismo (PNT).
Dessa forma, como podemos utilizar o PNT e as ferramentas de planejamento e gestão para atuar
no mercado turístico em busca do desenvolvimento?
Como futuro turismólogo, seja qual for sua atuação, será importante saber utilizar o PNT a seu
favor, juntamente com ferramentas de análises como PEST e SWOT, para identi�car as condições
do ambiente. A partir de então, será possível construir o inventário turístico.
Objetivos
Descrever planejamento, estrutura e sistema do turismo;
Examinar as etapas do inventário turístico.
Planejamento, estrutura e sistema do turismo
Já vimos que, no turismo, o Estado tem grande responsabilidade para o desenvolvimento da Política
Nacional do Turismo. Além de ser responsável pelo planejamento necessário para que haja
desenvolvimento da infraestrutura básica para o bem-estar da população e dos turistas, cabe ao
governo de�nir e zelar pela legislação.
As empresas e as organizações privadas, por sua vez, têm o lucro como principal objetivo e, por isso, o
planejamento é direcionado a ele. Assim, o item a seguir aborda as etapas e conceitos fundamentais
para traduzir o planejamento empresarial para o mercado do turismo.
Conceitos básicos e etapas
Vamos analisar as dez etapas do planejamento tradicional aplicadas aos conceitos do turismo de�nidas
por Petrocchi (2002):
1. Análise macroambiental
Envolve o conhecimento do entorno da
organização, além do mercado e da situação
interna. Além disso, também envolve a análise
PEST, que veremos em detalhes adiante. No
turismo, as pesquisas estatísticas são
fundamentais. Os principais objetivos devem ser
os turistas, os receptores e o trade. Visitas
orientadas também são necessárias e servem
como ótimas fontes de informação. O inventário
turístico, que também veremos em detalhes a
seguir, é importantíssimo.
2. Elaboração do diagnóstico
Como o nome diz, corresponde ao diagnóstico
das questões identi�cadas na análise
macroambiental. Também corresponde à análise
das situações identi�cadas de forma
aprofundada, como em um diagnóstico médico
para identi�car uma doença. É a chamada análise
SWOT, que veremos em detalhes a seguir,
identi�cada a partir do inventário turístico.
3. De�nição dos objetivos
Determinação do que se pretende atingir a partir
do diagnóstico. Exige muito cuidado, pois devem
estar de acordo com a localidade turística em
questão. Os objetivos devem ser efetivamente
concretizados na realidade.
4. Determinação das
prioridades
O ranking de prioridades deve ter como apoio o
diagnóstico e as análises já identi�cadas.
5. Identi�cação dos obstáculos
Para identi�car os obstáculos, é preciso encontrar
as possíveis di�culdades no caminho rumo aos
objetivos, lista-las e classi�ca-las de acordo com a
intensidade e com os possíveis impactos nos
resultados desejados. Esta etapa também se
baseia na fase de diagnóstico, além das
informações obtidas sobre a localidade e seu
entorno.
6. Criação dos meios
Corresponde ao momento da de�nição de todos
os mecanismos e estratégias que irão facilitar o
caminho rumo aos objetivos. A criação dos meios
também possibilita análises para escolha das
possíveis alternativas.
7. Dimensionamento de
recursos necessários
Nesta etapa, são quanti�cados todos os recursos
necessários para o planejamento e para atingir
objetivos, em ordem de necessidade.
8. Estabelecimento de
responsabilidades
Este é o momento de estabelecer volumes
necessários, �uxos de tomada de decisão e
delegação, além da de�nição das áreas críticas e
fundamentais para atingir objetivos. É o famoso
quem faz o que na equipe.
9. Projetar cronograma
Corresponde ao momento de de�nição de todos
os prazos de execução, volumes de produção,
custos, parâmetros. Podemos dizer que é o início
da prática. Depois daqui estamos quase tirando
tudo do papel.
10. Estabelecer pontos de
controle
Esta fase pode, inclusive, ocorrer durante a
prática, pois envolve a determinação de áreas-
chave que devem ser observadas, que podem
direcionar o sucesso e que, por isso, merecem ter
critérios estabelecidos para que sejam
controlados. É importante destacar que o
planejamento deve ser constantemente avaliado
para, além de veri�car objetivos atingidos,
detectar possíveis falhas ao longo de todo o
processo.
 Etapas do planejamento.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Para executar cada uma das dez etapas listadas, há outras seis etapas para execução do planejamento,
ou seja, para colocar em prática tudo o que foi planejado. São elas:
1. Elaborar o diagnóstico
Pesquisar e conhecer a localidade
turística na qual se deseja atuar;
Conhecer seu entorno;
Analisar a demanda e a oferta
turística existentes;
Levantar dados;
Fazer todo o inventário.
2. Elaborar o prognóstico
Elaborar cenários futuros, sempre
traçando o lado pessimista, o
realista e o otimista.
3. Estabelecer objetivos e
metas
Traçar o que efetivamente se
pretende alcançar.
4. De�nir estratégias
Estabelecer a forma de execução
para atingir objetivos e metas, por
meio de programas, projetos,
atividades, ações etc.
5. Elaborar e implantar o
plano
Reunir uma equipe multidisciplinar
formada a partir do
estabelecimento de
responsabilidades abordadas
anteriormente para iniciar a
implementação.
6. Acompanhar os
resultados
Veri�car ao longo de toda a
execução se o que foi previsto está
sendo executado a partir dos
pontos de controle de�nidos.
Após apresentar todas as etapas e conceitos fundamentais para a fase inicial do planejamento da
atividade turística, o tópico a seguir trata de duas ferramentas essenciais para o planejamento de
qualquer mercado ou área de atuação: PEST e SWOT.
Análise PEST: efeitos e fatores
A análise PEST, que corresponde à análise dos fatores Políticos, Econômicos, Socioculturais e
Tecnológicos, deve ocorrer antes da análise SWOT. Tais fatores devem ser analisados para
caracterização do macroambiente no qual a atividade turística em questão irá se relacionar. Novamente,
essa análise é fundamental para qualquer empresa, organização ou mercado.
Podemos exempli�car rapidamente, para facilitar o entendimento, cada um dos quatro fatores da
análise PEST. No entanto, cada situação exige atenção especial e pode permitir diversos exemplos e
análises. A tabela a seguir ilustra uma possibilidade para a análise PEST do turismo brasileiro em 2018.
PEST
Políticos Econômicos Socioculturais Tecnológicos
Política
Nacional do
Turismo
PNT 2018-
2022
MTur/Embratur
Código de
defesa do
consumidor
Leis
Trabalhistas
Maior potencial do
turismo brasileiro após
Copa do Mundo 2014 e
Olimpíadas 2016
Alta cotação do dólar
Aumento do
poder de compra
das classes B, C e
D
Poder das mídias
sociais como
in�uência na
tomada de
decisão
Valorização das
viagens de
turismo
Informatização
e Globalização
das reservas
online
Sites de buscas
comparativos
Crescimento do
e-commerce
Valorização da
sustentabilidade
e consumo
verde
Essa análise permite diversas re�exões sobre a atual situação do ambiente, além da busca por
inovação, crescimento e desenvolvimento. Ela serve de base para a continuidade do planejamento que
veremos, a seguir, com a análise SWOT.
Análise SWOT: efeitos e fatores
SWOT é uma sigla que vem de quatro palavras inglesas:
A partir da análise PEST, identi�cando as questões fundamentais do macroambiente, é possível
identi�car possibilidades de atuação. Ou seja, eu, sendo uma organização que faz parte do mercado
turístico, dentro das questões identi�cadas a seguir:
 O que tenho como forças diante do mercado? Quais são meus pontos fortes?
 Quais pontos me destacame me fazem diferente das demais no mercado?

Quais são minhas fraquezas e pontos que preciso melhorar para garantir competitividade
no mercado?

Quais são as ameaças que o mercado oferece? Mudanças de legislação, fatores
ambientais, questões políticas, mudanças na tecnologia?

Quais são as oportunidades que posso aproveitar para valorizar as minhas forças até
mesmo fazendo das ameaças uma possibilidade de crescimento e diferenciação no
mercado?
Portanto, a SWOT vem complementar a PEST. A tabela a seguir ilustra tal complementação:
Mercado/Empresa
Forças
Inovação
Criatividade
Atendimento
Fraquezas
Falta de Caixa
Falta de Planejamento
Dependência de mercado
Oportunidades
Mercado em
expansão
Valorização do
turismo
Segmentação de
nichos
Expansão da
Capacidade
Buscar
desempenho
Gestão de caixa
Garantir planejamento
Controlar expansão
Ameaças
Diversidade
Concorrência
Alta do dólar
Oferecer
diferencial
Focar
atendimento
Buscar parcerias
Desenvolver
capital
Reduzir custos
Desenvolver nicho de mercado
interno/turismo doméstico
 PEST e SWOT: efeitos e fatores.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Inventário turístico
O inventário turístico é parte fundamental do planejamento de uma localidade, quase um planejamento
dentro do planejamento. Seu foco principal é fazer o levantamento da oferta turística de determinada
região, com a identi�cação de todos os aspectos fundamentais e relevantes. Eles serão utilizados como
atrativos da localidade ou como pontos que merecem melhorias para se tornar atrativos. Além disso, o
inventário também propicia a criação de novas estruturas para gerar atratividade, retorno e
desenvolvimento do turismo de uma localidade.
De forma especí�ca, inventariar a oferta turística envolve o levantamento, identi�cação e registro dos
atrativos, serviços e equipamentos turísticos, assim como da infraestrutura de apoio ao turismo em
determinada localidade. Todos estes itens servem como instrumentos básicos de informações para
que seja possível o planejamento e a gestão da atividade turística na região.
As etapas do inventário turístico correspondem ao diagnóstico da oferta e da
demanda turísticas, à gestão e à organização do espaço, assim como a gestão das
instalações e equipamentos (infraestrutura).
Podemos dizer, então, que a oferta turística envolve o conjunto de todos os bens e serviços turísticos,
atrações, acesso e facilidades que estão à disposição dos turistas no mercado. Podem ser ofertas
conjuntas ou individuais, mas que sempre buscam atender às necessidades, solicitações ou desejos do
mercado, ou seja, dos turistas.
Ao tratar do inventário turístico e, de forma ainda mais especí�ca, da oferta turística, devemos pensar
nos aspectos gerais e naqueles diretamente turísticos. Os aspectos gerais afetam não só o turismo,
mas o funcionamento da sociedade como um todo, com a delimitação da área, dos aspectos legais,
administrativos e socioeconômicos, além da infraestrutura urbana básica.
Os aspectos turísticos são diretamente envolvidos com o turismo, que avaliam tudo o que pode ser
motivo efetivo de atração de turistas:
Elementos ambientais e atrativos naturais.
Aspectos históricos e recursos histórico-culturais.
Áreas e opções de entretenimento.
Meios de hospedagem.
Serviços de alimentação e outros serviços de turismo, ao turista e à gestão turística.
Assim, podemos listar todos os fatores que fazem parte do planejamento e do inventário para permitir a
caracterização geral de uma localidade turística, de acordo com Cesar e Stigliano (2005). São duas
partes, divididas em:
Parte I – Aspectos gerais
Clique nos botões para ver as informações.
1.1 Área. 
1.2 Localização: 
  1.2.1 Coordenadas geográ�cas; 
  1.2.2 Distância de outros municípios; 
  1.2.3 Limites. 
1.3 Acesso e sistemas de transportes (de acesso ao município).
Nesta etapa vale inserir mapas, plantas de localização e referências da localidade, destacando as
vias de acesso e suas características.
1. Delimitação da área 
2.1 Organização política e social: 
  2.1.1 Composição do governo que afeta a localidade (executivo e legislativo); 
  2.1.2 Entidades sociais e lideranças atuantes.
2.2 Legislação: 
  2.2.1 Código de obras; 
  2.2.2 Código de postura municipal; 
  2.2.3 Código sanitário; 
  2.2.4 Legislação de proteção ambiental/ relativa às Unidades de Conservação; 
  2.2.5 Leis de zoneamento e parcelamento e ocupação do solo; 
  2.2.6 Leis orgânicas; 
  2.2.7 Planos diretores; 
  2.2.8 Outras.
Neste item vale avaliar e destacar todas as implicações existentes na legislação sobre o
desenvolvimento do turismo e referência a turismo e lazer.
2. Aspectos legais e administrativos 
3.1 Aspectos demográ�cos; 
  3.1.1 Composição da população (sexo e idade); 
  3.1.2 Distribuição territorial da população; 
  3.1.3 Taxa de natalidade e mortalidade; 
  3.1.4 Expectativa de vida; 
  3.1.5 Estrutura familiar; 
  3.1.6 Rendimento; 
  3.1.7 Outras informações.
3.2 Aspectos sociais: 
  3.2.1 Habitação; 
  3.2.2 Educação; 
  3.2.3 Assistência social; 
  3.2.4 Saúde; 
  3.2.5 Existência de con�itos sociais entre a população tradicional e Unidades de Conservação.
3.3 Aspectos econômicos: 
  3.3.1 Setores de produção (agrícola, indústria, comércio e serviço); 
  3.3.2 Vocação econômica do município; 
  3.3.3 População economicamente ativa (total e empregada no setor turístico); 
  3.3.4 Despesa e receita pública; 
  3.3.5 Demanda turística (comportamento dos consumidores, fatores que in�uenciam a demanda,
elasticidade-preço e elasticidade-demanda); 
  3.3.6 Oferta turística; 
  3.3.7 Mercado turístico (equilíbrio do mercado, tipos de mercado).
3.4 Recursos humanos: 
  3.4.1 Características do mercado de trabalho (qualidade do mercado de trabalho e da demanda,
ou seja, quais pro�ssionais são absorvidos pelo setor produtivo); 
  3.4.2 Qualidade da oferta (característica da população economicamente ativa, grau de instrução,
formação especí�ca etc.); 
  3.4.3 Oferta de instruções e ações de formação pro�ssional/ aperfeiçoamento da mão de obra
turística; 
  3.4.4 Recrutamento e seleção nas empresas turísticas.
3. Aspectos socioeconômicos 
4.1 Abastecimento de água; 
4.2 Rede de esgoto; 
4.3 Limpeza pública (destacar a existência de planos, programas ou projetos para a redução,
reciclagem e reaproveitamento de lixo); 
4.4 Energia elétrica; 
4.5 Transporte urbano e rural (incluindo táxi); 
4.6 Abastecimento; 
4.7 Equipamento médico-hospitalar; 
4.8 Sistema de comunicação; 
4.9 Sistema de segurança e salvamento.
4. Infraestrutura básica urbana 
Parte II – Aspectos Turísticos
 Cadastur como ferramenta para o inventário turístico.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
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1.1 Análise da paisagem: 
  1.1.1 Tipi�cação (características geomorfológicas, climáticas, de hidrogra�a e ecológicas –
vegetação e fauna); 
  1.1.2 Qualidade visual da paisagem; 
  1.1.3 Instrução visual;
1.2 Identi�cação e caracterização dos atrativos naturais.
Aqui é fundamental identi�car a existência de Unidades de Conservação (públicas e privadas),
centros de informação ou áreas de recepção ao visitante, além de sinalização, transporte e
recursos humanos capacitados em ecoturismo.
Também é um diferencial identi�car os seguintes itens:
Capacidade de suporte dos atrativos;
Restrições para o uso turístico;
Abastecimento, captação e tratamento de águas;
Tratamento e destinação do esgoto;
Destinação de resíduos sólidos da visitação;
Fornecimento de energia para os atrativos.
Por �m, vale mencionar se a visita faz parte de roteiros comercializados por agências de
viagem ou por agências de viagem e turismo.
1.3 Identi�cação e caracterização dos atrativos naturais potenciais.
1. Aspectos ambientais e atrativos naturais 
2.1 Histórico do município; 
2.2 Folclore/hábitos de vida/principais culturas envolvidasna formação da população; 
2.3 Atrativos/recursos turísticos histórico-culturais; 
2.4 Manifestações e uso tradicional e popular – gastronomia típica, artesanato, feiras e mercados; 
2.5 Realizações técnicas e cientí�cas contemporâneas;
2.6 Acontecimentos programados (incluindo festas, comemorações, atividades religiosas,
populares, folclóricas e cívicas): determinar calendário.
2. Aspectos histórico-culturais, atrativos e recursos histórico-culturais
3.1 Áreas de recreação e instalações esportivas; 
3.2 Estabelecimentos noturnos; 
3.3 Outros (escola de samba, cinema, teatro etc.).
3. Entretenimento 
É fundamental detalhar a tipologia e classi�cação dos meios de hospedagem, informando,
inclusive, as quantidades de unidades habitacionais, a receita anual, a diária média e a taxa de
ocupação (por meio de hospedagem e média do munícipio).
Também é importante veri�car os serviços de alimentação disponíveis em cada meio de
hospedagem, a existência de áreas para eventos, além de identi�car percentual de hóspedes
participantes de eventos.
4. Meios de hospedagem (existentes, em construção e projetos) 
Aqui será necessário pesquisar sobre os tipos de empreendimento existentes, a tipologia em
termos de especialidades oferecidas, a forma de serviço prestado que é predominante, a
localização completa, a descrição condições físicas e dos equipamentos, as capacidades de
ocupação, a predominância do cardápio, incluindo preços médios, horários de funcionamento,
formato de recrutamento, seleção e treinamento, consumo médio per capita, faturamento,
existência de concorrentes etc.
5. Alimentação (existente em construção e projetos) 
6.1 Agenciamento (incluindo serviços de turismo receptivo); 
6.2 Transportadoras turísticas; 
6.3 Informações turísticas; 
6.4 Locadoras de imóveis; 
6.5 Locadoras de veículos; 
6.6 Atendimento a veículos (postos de abastecimento, mecânicas, borracharias, auto elétricas
etc.); 
6.7 Comércio turístico; 
6.8 Oportunidades especiais de compras; 
6.9 Casas de câmbio e bancos; 
6.10 Espaços para eventos (existentes, em construção e projetos); 
6.11 Empresas organizadoras de eventos e pro�ssionais; 
6.12 Espaços para culto; 
6.13 Representação diplomática.
6. Outros serviços de turismo e de apoio ao turista 
7.1 Histórico da atividade turística no município; 
7.2 Órgão o�cial de turismo – data e instrumento legal de criação, composição e atribuições; 
7.3 Ações realizadoras e previstas para o desenvolvimento do turismo; 
7.4 Legislação turística; 
7.5 Conselho municipal de turismo – data e instrumento legal de criação, composição, atribuições,
grau de atuação; 
7.6 Fundo municipal de turismo – data e instrumento legal de criação, gerenciamento, origem e
utilização dos recursos; 
7.7 Inserção do município em planos, políticas, programas, projetos de desenvolvimento turístico
de âmbito regional, estadual ou nacional; 
7.8 Ações de marketing realizadas e previstas; 
7.9 Orçamento destinado ao turismo; 
7.10 Benefícios e incentivos para o desenvolvimento do turismo no município; 
7.11 Existência de planos, programas ou projetos de educação ambiental para a população local e
para os turistas; 
7.12 Organizações não-o�ciais de turismo – data e instrumento legal de criação, composição e
atribuição.
7. Gestão turística 
Repare que o inventário aqui descrito é bastante detalhado, que vale para inventariar uma localidade ou
região de forma bastante completa. Para planejamentos de uma empresa ou organização de menor
porte, que não envolve o planejamento direto da localidade turística, o inventário aqui descrito vai além
da necessidade.
Neste caso, podemos falar em inventário da oferta turística, de forma mais especi�ca, direcionada para
a oferta em si. No entanto, para uma localidade turística, quanto mais completo for o inventário, mais
chances de sucesso.
Dica
O inventário da oferta turística, indicado como leitura para que você explore mais esse tema, apresenta
três formulários para elaboração completa do inventário:
Infraestrutura de apoio ao turismo;
Serviços e equipamentos turísticos;
Atrativos turísticos.
O tópico a seguir é fundamental para escopos organizacionais e empresariais dentro do turismo. No
caso das localidades turísticas, ele só é fundamentalmente útil quando há concorrência entre as
localidades. No entanto, nesse caso, o ideal é favorecer ambas as localidades concorrentes (ou quantas
localidades existirem), permitindo o desenvolvimento de todas.
O objetivo do turismo de uma região não deve ser favorecer uma localidade e
desmerecer a outra. Todas devem ser favorecidas dentro das suas particularidades.
Sempre há mercado para a diversidade neste caso.
Análise de potencial e da concorrência
Esta análise também deve se basear na PEST e na SWOT. Para entender a concorrência é necessário
compreender o mercado. Para superar a concorrência, por sua vez, é preciso conhecer a organização ou
empresa profundamente, inclusive as fraquezas. Apenas dessa forma é possível entender como se
destacar frente à concorrência, diante das possibilidades que o mercado coloca.
Para esta etapa, vale apresentar uma ferramenta da gestão que será fundamental para analisar a
concorrência: as cinco forças de Porter.
 As cinco forças de Porter.
Dentro da necessidade de conhecimento do mercado, inclusive da concorrência, as Cinco forças de
Porter auxiliam a identi�car todos esses possíveis cinco players, ou seja, possíveis agentes no mercado
que podem concorrer, atrapalhar e impactar sua atividade. Analisar e compreender a concorrência é
fundamental para garantir a atuação e competitividade no mercado, seja ele qual for.
Atividade
1. O que pode acontecer se a análise da estrutura e do sistema de turismo da localidade em questão
não for bem executada?
2. Por que a PEST e a SWOT são fundamentais para o planejamento turístico?
3. Vimos que o inventário turístico possui diversas etapas e pode, inclusive, ser ainda mais especí�co e
direcionado à determinada oferta turística. Por que, no caso de uma localidade turística, o inventário
deve ser o mais completo possível?
Notas
Referências
BRAGA, D. Planejamento turístico: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
BENI, M. C. Análise estrutural do turismo. 10. ed. São Paulo: SENAC, 2004.
CÉSAR, P.; STIGLIANO, B. Inventário turístico: primeira etapa da elaboração do plano de
desenvolvimento turístico Campinas: Alínea 2005
desenvolvimento turístico. Campinas: Alínea, 2005.
SANTOS, C. H. (org.). Organizações e turismo. Caxias do Sul: EDUCS, 2004.
PETROCCHI, M. Planejamento e gestão do turismo. São Paulo: Futura, 2002.
SOARES, C. (org.). Planejamento e organização do turismo. Curitiba: Intersaberes, 2015.
Próxima aula
Diagnóstico e prognóstico para o desenvolvimento turístico;
Objetivos, metas e estratégias para o desenvolvimento turístico;
Potencialidades e limites para o desenvolvimento turístico.
Explore mais
Para se aprofundar sobre o inventário turístico, o MTur propõe, como instrumento de planejamento
e gestão da atividade turística, fazer o inventário da oferta turística brasileira e criar um sistema de
informações turísticas. Acesse o inventário e os formulários para utilização
<//www.inventario.turismo.gov.br/invtur/jsp/formularios/> .
Para veri�car a aplicação prática, em um caso real de planejamento turístico, acesse o artigo A
aplicação da análise SWOT no planejamento turístico de uma localidade: o caso de Araxá, MG
<//www.ivt.coppe.ufrj.br/caderno/index.php/caderno/article/view/546/276> .
O Caderno Virtual de Turismo <//www.ivt.coppe.ufrj.br/caderno/index.php/caderno/issue/archive>
possui diversos outros artigos, que valem a pesquisa e a curiosidade.  
https://www.inventario.turismo.gov.br/invtur/jsp/formularios/
https://www.ivt.coppe.ufrj.br/caderno/index.php/caderno/article/view/546/276
https://www.ivt.coppe.ufrj.br/caderno/index.php/caderno/issue/archive