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Disciplina: Planejamento e Organização do
Turismo
Aula 10: Plano de desenvolvimento turístico —
estratégias de avaliação, monitoramento e ajustes
Apresentação
Você chegou à ultima aula da disciplina de Planejamento e Organização do Turismo. Ao longo de
cada uma das aulas foi possível você veri�car a aplicação de uma questão tão fundamental para a
gestão dentro do contexto turístico: o planejamento.
Agora chegou a hora de �nalizar e fechar o ciclo do planejamento, aprendendo sobre como aplicar
estratégias para avaliar, monitorar e ajustar o plano de desenvolvimento turístico de uma localidade
ao longo de sua execução; ou seja, depois que começou a ser colocado em prática e os problemas
(que com certeza virão) começaram a aparecer.
Você deve compreender todos os pontos que merecem atenção; quais possíveis caminhos para
solucionar os problemas encontrados; como identi�car os problemas no planejamento; e assim por
diante. Novamente, os problemas virão e você precisa encontrar caminhos para solucioná-los. Ter
problemas não é um problema, mas não ter as soluções, é! Então, você deve sempre se perguntar: O
que pode estar errado? Qual é o melhor caminho?
Objetivos
Descrever estratégias de avaliação e monitoramento;
Discutir a necessidade de ajustes no Plano de Desenvolvimento Turístico.
Estratégias de avaliação e monitoramento
Podemos dizer que as estratégias de avaliação e monitoramento constituem a etapa �nal do
planejamento, e acontecem depois que ele foi colocado em prática.
Partindo do signi�cado das palavras, o monitoramento é o acompanhamento, o controle para veri�car
se tudo está dentro do previsto, planejado.
A avaliação depende do monitoramento e quanti�ca o
que está sendo monitorado, ou seja, avalia se está bom
ou ruim, positivo ou negativo, dentro dos padrões ou não,
e assim por diante.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
O monitoramento e a avaliação são fundamentais em qualquer planejamento. No turismo não seria1
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon061/aula10.html
diferente. Seja no Plano Nacional de Turismo, na Política Nacional de Turismo, no Plano de
Desenvolvimento Turístico de qualquer localidade, implementar avaliação para acompanhamento
permanente e contínuo de todas as ações, programas, projetos, processos será fundamental para obter
bons resultados. E quando falamos em avaliação, deve-se pensar em questões tanto qualitativas
quanto quantitativas. Por isso, os indicadores serão fundamentais.
 Fonte: SFIO CRACHO, Artco / Shutterstock.
Para o turismo, os principais impactos, tanto positivos quanto negativos, da implementação do
planejamento e suas ações devem ser avaliados em relação a três fatores principais:
Ambientais
Nos aspectos ambientais, vale
atentar-se a questões que
envolvem a recuperação de
áreas degradadas; conservação
da paisagem natural;
conservação da biodiversidade;
educação ambiental; e redução
da poluição.
Econômicos
Em termos de fatores
econômicos deve-se atentar-se,
primordialmente, a questões de
empreendedorismo, geração de
empregos e comercialização de
produtos turísticos nas
comunidades da localização
turística.
Socioculturais
Os fatores socioculturais devem
analisar a valorização dos
destinos turísticos em termos
etnoculturais (etnias), de
costumes (como folclore e
danças típicas), artesanato e
gastronomia.
Em cada um dos fatores, devem ser analisadas variáveis fundamentais que o turismo
poderá impactar e, posteriormente, criar indicadores para avaliação de cada uma
dessas variáveis. É um exercício que auxilia a garantir desenvolvimento e
sustentabilidade na atividade turística.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Os três fatores também podem receber variáveis conjuntas de avaliação, ou seja, as in�uências
econômicas, ambientais e socioculturais que recebem. São elas:
Qualidade de vida Níveis de saúde Redução da pobreza
Qualidade de infraestrutura
Outros fatores que indicam
níveis de desenvolvimento
humano e igualdade social
O plano de monitoramento e
avaliação deve ser constituído em
um documento formal, que
estabelece todas as metas,
resultados e objetivos pretendidos,
organizados cronologicamente e
distribuídos por suas ações,
atividades, programas, projetos etc.
Os sistemas de informação são uma ferramenta que auxiliam em todas as etapas, facilitando a tomada
de decisão ao longo dos processos de monitoria e avaliação, permitindo o uso de avaliação de
desempenho de forma mais efetiva. Ou seja, é muito mais fácil controlar as métricas e indicadores,
comparando planejado × executado, com o auxílio de sistemas que controlam os dados medidos.
Veja alguns pontos importantes sobre o monitoramento e avaliação direcionados ao turismo:
Clique nos botões para ver as informações.
Vamos a algumas questões e princípios do monitoramento e avaliação (M&A), direcionados ao
turismo:
O M&A permite a documentação de qualquer planejamento turístico, desde o projeto até a
execução. Documentação esta que, por ser base histórica para desenvolvimento, auxilia na
tomada de decisões futura;
O M&A deve estabelecer ferramentas de acompanhamento, ou seja, qualquer forma de
controle ou sistema de observação e registro, com controles periódicos e/ou permanentes e
que é executado ao longo de todo o processo, desde o planejamento, passando pela
implementação, execução e gestão;
O monitoramento (ou monitoria) é considerado como uma ferramenta de gestão, que irá
acompanhar sistematicamente, de forma contínua e permanente cada uma das ações,
objetivos e metas. Tem como função básica veri�car os avanços atingidos ao longo do tempo;
O monitoramento deve identi�car os desvios entre o que foi planejado e o que está sendo
executado; ou seja, acompanha o grau de execução e alcance de objetivos, além de impactos
e benefícios veri�cados;
A avaliação, em muitos casos, pode ser externa à gestão, diferentemente do monitoramento.
Ela irá questionar se um projeto, ação ou programa é considerado válido em função dos
objetivos propostos estarem ou não sendo cumpridos; além disso, são considerados os
recursos necessários, os impactos e benefícios resultantes do atingimento ou não dos
objetivos estabelecidos;
A avaliação deve comparar o planejado com o realizado, assim como o monitoramento. No
entanto, a diferença é que na avaliação são buscados desvios em termos quantitativos ou
qualitativos e, além disso, são estabelecidos níveis de ameaça e/ou gravidade dos desvios;
A avaliação deve veri�car pertinência dos resultados, assim como e�ciência e e�cácia;
adequação dos recursos utilizados (humanos, materiais, �nanceiros, etc.); possíveis desvios; e,
principalmente, a sustentabilidade, conforme já discutido anteriormente;
O monitoramento não é su�ciente para indicar a necessidade (ou não) de ajustes, ou seja, de
medidas corretivas e/ou preventivas;
O controle envolve monitorar e avaliar, concomitantemente. É o sistema, a ferramenta de
gestão, que irá monitorar e avaliar a execução, promovendo, também, os ajustes necessários
por meio de medidas preventivas e corretivas. É o responsável por eliminar, minimizar ou
contornar todos os possíveis desvios, bem como suas causas e efeitos.
Princípios do monitoramento e avaliação 
De acordo com o Ministério do Turismo (2007), a monitoria deve ter como objetivos:
Estabelecer padrões de desempenho e/ou execução para serem comparados com ações
planejadas e executadas;
Projetar e operacionalizar um sistema de controle para o período em avaliação,
documentando-o;
Medir e avaliar o desempenho atual em relação aos padrões anteriores ou projetados;
Veri�car o grau de realização das ações, quanti�cando possíveis desvios entre o planejado e o
executado, procedendo com os ajustes necessários;
Rever, analisar e ajustar os processos internos de fornecimento de recursos humanos,
materiais e �nanceiros;
Decidir sobre a estratégia mais adequada, segura, e�ciente e e�caz;
Transformaras decisões em ações práticas de pronta intervenção durante a implementação; e
Analisar e avaliar a efetividade dessas ações em momentos futuros.
Objetivos do monitoramento 
Diferentemente dos objetivos, o Ministério do Turismo (2007) estabelece as funções da monitoria,
que são:
Facilitar a condução e a governabilidade de planejamentos, programas, projetos, etc.;
Identi�car os desvios causados por falhas de planejamento, execução, gestão ou ainda por
outros motivos, para posteriormente aplicar as medidas corretivas;
Manter os rumos do planejamento em relação aos objetivos originais, com condução e�ciente
e e�caz;
Avaliar os impactos positivos e negativos criados na implementação;
Avaliar os benefícios atingidos pelos bene�ciários, executores, parceiros, instituições e todos
os envolvidos; e
Informar sobre avanços alcançados.
Funções da monitoria 
Atenção
Como dito anteriormente, a avaliação só é possível diante do estabelecimento de instrumentos
essenciais para que seja executada. Devem ser estabelecidos logo no início do planejamento. São os
indicadores e fontes de comprovação. E estes, primordialmente, devem ser claros e objetivos.
Por isso que ao longo de todas as aulas você veri�cou a importância de elaborar o planejamento de
forma consistente, do início ao �m. Ele é o próprio meio de atuação, envolve objetivos (geral e
especí�cos), resultados, linhas de ação, atividades, metas, indicadores de desempenho, envolve toda a
execução!
O �nal do planejamento envolve a implementação, controle, monitoramento e avaliação e, portanto, os
indicadores, como já falamos. Eles devem ser apresentados em todos os níveis e respectivos
componentes.
É uma das etapas mais complexas de todo o planejamento porque é ela que, efetivamente, irá controlar
o possível sucesso (ou fracasso). Isso signi�ca dizer que o conhecimento profundo, detalhado e
abrangente é fundamental, desde a situação problema, passando pelo tema, objetivos, variáveis
in�uenciadoras, novamente, TUDO!
Por outro lado, como, muitas vezes, o planejamento começa sem conhecimento profundo, os
indicadores podem ser genéricos no início e ajustados ao longo do tempo, de acordo com as
necessidades e desenvolvimento de maior conhecimento.
Atividade
1. Qual a relação da etapa de controle com a as etapas de avaliação, monitoramento e ajustes?
Os indicadores
Resumidamente, indicadores são parâmetros, qualitativos ou
quantitativos, que serão os padrões para acompanhar o
desempenho (sucesso ou fracasso, efeitos, benefícios, resultados,
etc.) do planejamento. Eles devem ser passíveis de comparação,
principalmente em termos de “antes” e “depois”, “início” e “�m”.
As principais funções dos indicadores, de acordo com o Ministério do Turismo (2007), devem ser:
Traduzir a descrição do planejamento em medidas concretas, para serem medidas e avaliadas.
Medir o grau de alcance dos resultados e objetivos propostos.
Especi�car e quanti�car os benefícios decorrentes das intervenções realizadas.
Fixar as metas a serem cumpridas pelas ações, resultados e objetivos do planejamento.
Embasar todo e qualquer sistema M&A (monitoramento e avaliação).
Como propósitos, o Ministério do Turismo (2007)
considera que os indicadores devem:
Dotar o planejamento de informações
atualizadas, necessárias ao controle e à
avaliação durante a implementação;
Dotar o planejamento de padrões de medida e
avaliação, como base de comparação entre
planejado e realizado;
Proporcionar meios de acompanhamento e
avaliação das ações e resultados obtidos,
permitindo ajustes necessários na estratégia
ou ações originais; e
Proporcionar meios que garantam a todos os
envolvidos (executores, bene�ciários,
�nanciadores, parceiros, etc.) a participação
no processo de controle e avaliação.
Você já sabe que a parte mais difícil é estabelecer os
indicadores. Vamos entender o porquê!
Um bom indicador deve dizer o que está sendo medido, ou seja, o seu escopo é fundamental. Deve
indicar a quem ou a que se refere, indicando os bene�ciários ou agentes responsáveis por ser avaliado
ou por avaliar, respectivamente. Deve indicar a quantidade, ou seja, quanto o escopo representa. Deve
indicar qualidade, indicando de que forma acontece. Deve indicar temporalidade, medidas de tempo. E,
por �m, espacialidade, onde acontece. Exempli�cando:
Escopo
Número de localidades turísticas que
desenvolvem programas com parcerias
público/privadas de desenvolvimento
histórico/cultural.
Referência (bene�ciário ou
agente da avaliação)
Localidades turísticas, órgãos públicos e
entidades privadas.
Quantidade
20% das localidades turísticas do País, com
média de X parcerias.
Qualidade
Com total envolvimento e desenvolvimento.
Temporalidade
A cada seis meses.
Espacialidade
Na região Nordeste.
Ou ainda, utilizando como exemplo o Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil do
Ministério do Turismo (2007):
Escopo
Número de adesões ao Programa de
Regionalização do Turismo – Roteiros do
Brasil.
Bene�ciário ou agente da
avaliação
Regiões turísticas e seus órgãos públicos.
Quantidade
25% das regiões turísticas do país, com X
adesões.
Qualidade
Com total envolvimento.
Temporalidade
A cada seis meses.
Espacialidade
Nas Instâncias de Governanças Regionais.
Pelo menos 25% do total de regiões turísticas do país aderem ao Programa, por meio das Instâncias de
Governança Regionais, a cada seis meses, com pelo menos cinco órgãos públicos envolvidos por
região, sendo 50 adesões nos primeiros seis meses, acrescidas de mais 50 a cada seis meses,
perfazendo um total de 200 ao �nal de dois anos, comparado ao ano-base de instalação do Programa.
Os indicadores podem ser considerados dentro de quatro categorias principais, que vão diferenciá-los
de acordo com o foco:
Indicadores de
acompanhamento, de
desempenho ou de processo –
METAS
Especi�cam e avaliam qualitativa e
quantitativamente as atividades e insumos –
recursos humanos, materiais e �nanceiros; visam
à avaliação de desempenho e progresso; se
relacionam diretamente com o que medem.
Indicadores de resultados –
DIRETOS
Quanti�cam mudanças comportamentais ou
organizacionais e o grau de uso dos bens,
produtos e serviços.
Indicadores de impacto e de
benefício – INDIRETOS
Mensuram e avaliam os impactos positivos e
negativos causados pelo uso dos bens, produtos
e serviços; medem os benefícios alcançados por
bene�ciários.
Indicadores de sustentabilidade
– INDIRETOS
Medem a sustentabilidade dos resultados.
A tabela a seguir ilustra diversas categorias de indicadores, exempli�cados diante do Programa de
Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2007).
Nível de
atuação
Componente avaliado Indicador
Objetivo
geral
Incremento na renda dos
empreendedores locais em
atividades turísticas. 
60% dos comunitários das regiões que aderiram ao Programa
e estão envolvidos com atividades turísticas tiveram sua renda
média aumentada em 50% ao final de quatro anos, comparada
ao valor do ano-base.
Objetivo
específico
Incremento da capacidade
de comercialização dos
produtos turísticos no
mercado externo.
Ampliado em 60% o fluxo de turistas de outras regiões, após
dois anos da implantação do projeto, nas regiões assistidas
pelo Programa, comparado aos dados do ano-base.
Efeito do
uso dos
resultados
Aumento na ocupação dos
hotéis com qualidade
melhorada.
Ampliada a ocupação dos hotéis em 25% no primeiro ano e
mais 40% no segundo ano, nas regiões assistidas pelo projeto
que realizaram a capacitação dos empreendedores locais,
comparado ao ano-base.
Uso dos
resultados
Adoção de novas práticas
gerenciais no ramo de
hotelaria.
80% dos empreendedores das comunidades atendidas que
foram capacitados pelo projeto passaram a adotar práticas
mais eficientes e eficazes de gestão em hotelaria e afins.
Resultados
Empreendedores
capacitados para gestão
hoteleira.
100 empreendedores capacitados nos seis primeiros meses da
implantação do projeto emtemas relacionados com gestão em
hotelaria.
Atividade
Capacitar, pelo menos,
cinco comunidades
distintas da região X para a
gestão de hotelaria e afins.
Cinco cursos, com quatro temas ligados à gestão em hotelaria,
para cinco comunidades da região X, com, pelo menos, 20
pessoas em cada um, nos seis primeiros meses da implantação
do Programa.
 Fonte: Sistema de monitoria e avaliação do programa
<//www.regionalizacao.turismo.gov.br/images/roteiros_brasil/sistema_de_monitoria_e_avaliacao_do_programa.pdf> .
Já repetimos que elaborar indicadores não é simples. E, portanto, quanto mais mecanismos você
buscar para superar essa tarefa, mais sucesso terá, tanto no estabelecimento dos indicadores quanto
nos resultados e controle.
Portanto, re�ita: onde é essencial estabelecer indicadores para garantir o
sucesso da atividade turística, independentemente da localidade?
https://www.regionalizacao.turismo.gov.br/images/roteiros_brasil/sistema_de_monitoria_e_avaliacao_do_programa.pdf
A resposta é que temos oito áreas principais onde devem ser, obrigatoriamente, estabelecidos
indicadores de controle. Isso porque elas garantem o desenvolvimento e a sustentabilidade da
localidade turística, seja qual for. São elas:
1 Qualidade do produto turístico.
2 Diversi�cação da oferta turística.
3 Estruturação dos destinos turísticos.
4 Ampliação do �uxo turístico nacional.
5 Ampliação do �uxo turístico internacional.
6
Ampliação e quali�cação do mercado de
trabalho.
7
Aumento da taxa de permanência dos
turistas.
8 Aumento do gasto médio do turista no local.
Retomando os fatores primordiais para o turismo, abordados no início da aula (econômicos, ambientais
e socioculturais), além de criar indicadores dentro de cada uma das oito áreas listadas acima, também
é necessário identi�car indicadores para os fatores primordiais do turismo. Os impactos positivos e
negativos devem ser avaliados em cada um dos fatores listados pelo Ministério do Turismo (2007).
Fatores ambientais
Alterações �sionômicas do
ambiente;
Consumo de recursos naturais
(água, energia, combustível fóssil,
etc.);
Geração de lixo e outros resíduos
líquidos ou sólidos;
Saneamento (esgoto e
abastecimento de água);
Reutilização de materiais
(reciclagem, reuso, etc.);
Consciência ecológica
(biodiversidade) × conservação das
belezas cênicas;
Utilização / exploração de áreas
protegidas;
Especulação imobiliária.
Aspecto sociocultural
Cultura e outros atributos étnicos e
populares;
Memória histórico-cultural;
Condições sociais;
Consciência de conservação do
patrimônio histórico-cultural;
Alteração ou perda da identidade
cultural;
Padrões de consumo da população
local;
Comportamento social (alcoolismo,
prostituição, violência, consumo de
drogas, etc.);
Intercâmbio cultural.
Fatores econômicos
Postos de trabalho e emprego;
Economia local e regional;
Circulação e distribuição de
riquezas;
Desempenho da balança comercial;
Dependência econômica de outras
áreas;
Lucros gerados pelas atividades
turísticas;
Renda média familiar; e
Padrão de vida das camadas
sociais.
Basicamente, dentro de todas as possibilidades
de variáveis e indicadores, a ideia é responder a
questões como:
Em quanto foi comprovada a melhoria de
qualidade dos produtos turísticos?
Em quanto ampliou-se a oferta turística?
Quantos novos destinos foram estruturados?
Em quanto aumentou-se o �uxo turístico
nacional?
Em quanto aumentou-se o �uxo turístico
internacional?
Em quanto aumentou-se o mercado de
trabalho, com novos postos de trabalho?
Em quanto aumentou-se a taxa média de
permanência dos turistas?
Em quanto aumentou-se o gasto médio dos
turistas?
Comentário
É fundamental que você repare que não foram listados impactos positivos e negativos. A todo
momento, a intenção foi fazer com que você identi�que as diversas possibilidades para estabelecer
pontos positivos e negativos e, então, julgar aqueles que causam impactos, positivos/negativos.
Inclusive porque localidades diferentes terão impactos diferentes e diversos. A variação acontece de
acordo com as especi�cidades de cada localidade.
Atividade
2. Diferencie objetivos, metas, variáveis e indicadores.
Ajustes no Plano de Desenvolvimento Turístico
Você já compreendeu que falar em controle signi�ca falar de todas as etapas posteriores à
implementação: acompanhamento, monitoria, avaliação e ajuste do planejamento. Já falamos em
acompanhamento, monitoria e avaliação. Este item irá avaliar os ajustes necessários, que acontecem
depois de identi�cadas as necessidades de correções, melhorias e alterações (ajustes) ao longo do
planejamento, principalmente quando são identi�cados impactos negativos.
Fazer um ajuste no planejamento signi�ca executar ações corretivas na tentativa de garantir que os
resultados permaneçam dentro do esperado. Quando qualquer problema ou desvio é identi�cado e
pode impactar, principalmente de forma direta, nos objetivos propostos no planejamento, seja ele
qualitativo ou quantitativo, os ajustes são os responsáveis por implementar ações corretivas.
Há quatro possibilidades para os ajustes:
Corretivos
Eliminam causas dos desvios
ao longo do planejamento,
durante a implementação.
Corrigem, minimizam ou
reparam efeitos do desvio.
Preventivos
Evitam que os desvios
aconteçam, por meio de ajustes
precoces no planejamento, que
eliminam as causas do desvio
e/ou anulam efeitos
indesejáveis. Os problemas
podem ser identi�cados antes
dos desvios e, nesse caso, a
correção pode acontecer antes
do próprio desvio.
Replanejados
Mudança dos objetivos iniciais,
causando maiores níveis de
resistência. Alterar o
planejamento, basicamente,
signi�ca con�gurar um novo
projeto, desvinculado do
anterior.
Revisados
Mudanças estratégicas ou
ajustes ao longo do
planejamento original sem
interferência nos objetivos
iniciais. Os objetivos podem ou
não ser alterados, mas
geralmente mantem-se a
plausibilidade.
Antes de �nalizar, vale destacar o que são considerados benefícios, impactos, dados e informação.
Clique nos botões para ver as informações.
Claro, representam o oposto de prejuízo. São as vantagens, ganhos, proveitos e/ou melhorias
diante do planejamento, obtidos pelos envolvidos, direta ou indiretamente.
Benefícios 
Mudanças diante de determinadas situações no planejamento. Geralmente, respostas a ações
prévias. Nem sempre representam mudanças negativas. Impactos positivos são diferentes de
benefícios porque estes representam mudanças vantajosas, ganhos, enquanto aqueles não
necessariamente representam ganhos. Podem apenas ser boas mudanças.
Impactos 
Elementos identi�cados de forma bruta. Um dado puro não permite interpretação de fatos e
entendimento.
Dados 
É o dado em evolução, ou seja, depois de trabalhado, desenvolvido, re�nado e sistematizado. A
informação, diferente dos dados, é utilizada para tomada de decisões:
Resultados de uma pesquisa representam dados isolados;
Informações geradas a partir dos dados são resultado da análise, organização, sistematização
e registro de dados; e
A transformação de uma série de dados em informações representa o tratamento.
Informação 
Finalizando, você já deve ter convicção da importância da fase de monitoramento, avaliação e controle.
O planejamento é fundamental, mas para garantir seu funcionamento, o estabelecimento de métricas
será indispensável. Portanto, �nalizamos aqui apresentando algumas metas para o setor turístico:
Promover produtos turísticos regionais;
Elaborar estudos e pesquisas para orientar as
tomadas de decisão;
Avaliar o desenvolvimento e impacto das
atividades turísticas na economia;
Fornecer material promocional à
comercialização;
Absorver e ampliar a oferta de produtos
turísticos;
Ampliar o número de turistas visitantes;
Ampliar a inserção competitiva do produto
turístico; e
Aumentar o número de operadores turísticos.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Por �m, você deve ter em menteque os indicadores, variáveis e formas de controle
aqui apresentados são genéricos, mas direcionadores. Cada localidade, país, cidade,
município ou região terá suas especi�cidades.
Atividade
3. Quais são as possibilidades de ajustes no plano de desenvolvimento turístico e/ou no planejamento
de determinada localidade?
Notas
Monitoramento e a avaliação 1
Uma questão essencial em relação ao monitoramento e avaliação é a distorção com que eles são
considerados. As pessoas envolvidas (e avaliadas) podem dar uma conotação negativa, por se sentirem
controladas. Portanto, todos os envolvidos precisam compreender a necessidade e os benefícios de se
elaborar e implementar ferramentas de monitoramento e avaliação. Todos devem compreender sua
importância. Sensibilização e capacitação são fundamentais, mas abordaremos essas questões mais
adiante.Referências
BENI, Mario Carlos. Análise estrutural do turismo. 10. ed. São Paulo: SENAC, 2004.
BRAGA, Débora Cordeiro. Planejamento turístico: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
CÉSAR, Pedro de Alcântara Bittencourt; STIGLIANO, Beatriz Veronese. Inventário turístico: primeira
etapa da elaboração do plano de desenvolvimento turístico. Campinas: Alínea, 2005.
Ministério do Turismo, Ministério do Turismo (2014). Ações de Gestão do Conhecimento para o
Aprimoramento da Política Nacional de Turismo – Arcabouço e Diretrizes para o Turismo Brasileiro.
Apêndice A. Disponível em: // www.turismo.gov.br/ images/ pdf/ 1.ARCABOUCO_ E_ DIRETRIZES.pdf
<//www.turismo.gov.br/images/pdf/1.ARCABOUCO_E_DIRETRIZES.pdf> . Acesso em: 11 dez. 2018
PETROCCHI, M. Planejamento e gestão do turismo. São Paulo: Futura, 2002.
SANTOS, Carlos Honorato (org.). Organizações e Turismo. Caxias do Sul: Educs, 2004.
SOARES, Claudia (org.). Planejamento e Organização do Turismo. Curitiba: Intersaberes, 2015.
Explore mais
Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso de dúvidas,
converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
https://www.turismo.gov.br/images/pdf/1.ARCABOUCO_E_DIRETRIZES.pdf
Leia os textos:
Central de Monitoramento do Turismo da cidade de São Paulo
<//www.observatoriodoturismo.com.br/pdf/CENTRAL_NOVEMBRO_2017.pdf> ;
Análise de consistência e sugestões para o Plano Nacional de Turismo
<//www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/empreturismo_2009_analisemetaspnt.pdf> .
https://www.observatoriodoturismo.com.br/pdf/CENTRAL_NOVEMBRO_2017.pdf
https://www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/empreturismo_2009_analisemetaspnt.pdf