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CONTEUDO- Farmacoterapia dos antifungicos_conteudo bruto

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Nome do tema: Farmacoterapia das inflamações e das alergias
Nome da disciplina: Bases da farmacoterapia
Nome da autora: Camila Scacco Pereira
OBJETIVOS 
Principais antifúngicos e farmacoterapia das infeções tópicas e sistêmicas: azóis, alilaminas, polienos, lipopeptídos Pirimidinas Fluoradas e outros. Mecanismo e ação, farmacocinética toxicidade e usos clínicos.
1.INTRODUÇÃO
As micoses são definidas como doenças infecciosas causadas por fungos, sendo geralmente crônicas. As micoses dividem-se em 1) superficiais, em que atingem apenas a pele, não ultrapassam a epiderme, 2) micoses cutâneas e 3) micoses sistêmicas.
Os fungos são seres eucariotos, com parede celular composta de quitina, diferenciando-se das bactérias que possuem parede celular composta de peptideoglicano. A membrana celular dos fungos é composta de ergosterol, sendo essas características estruturais de extrema importância na ação dos fármacos utilizados contra as infecções fúngicas.
As infecções causadas por fungos, são em sua maioria resistentes aos antimicrobianos, e sua incidência tem aumentado nas últimas décadas, devido ao fato do aumento de pacientes imunossuprimidos. Vamos conhecer agora um pouco dos fármacos utilizados para o tratamento das infecções fúngicas.
2. FÁRMACOS UTILIZADOS CONTRA MICOSES SUBCUTÂNEAS E SISTÊMICAS. 
As infecções fúngicas sistêmicas acometem principalmente pacientes imunocomprometidos, como, pacientes oncológicos, pacientes em cuidados intensivos e portadores de Imunodeficiência Humana (HIV). Os doentes imunocomprometidos são em sua maioria acometidos por fungos oportunistas: Candida, Cryptococcus e Aspergilus,
O tratamento das infecções fúngicas é bastante limitado, por problemas relacionados à segurança, resistência e eficácia. 
 
2.1 ANFOTERICINA B
	MECANISMO DE AÇAO 
	ESPECTRO ANTIFUNGICO
	MECANISMO DE RESISTENCIA
	TOXICIDADE 
	Formação de poros nas membranas fúngicas (que têm ergosterol) de forma seletiva. Não agem em nossas membras pois temos colesterol (e não ergosterol) em nossas membras. O poro desorganiza a função da membrana, permitindo o vazamento de eletrólitos (particularmente potássio) e pequenas
moléculas, resultando na morte da célula.
	Ela é eficaz contra:
Candida albicans,
Histoplasma capsulatum, Cryptococcus neoformans, Coccidioides
immitis, Blastomyces dermatitidis e várias cepas de Aspergillus.
	Ocorre quando a ligação com o ergosterol está prejudicada, quer seja pela diminuição de ergosterol na membrana, quer seja pela modificação do esterol-alvo, reduzindo sua afinidade com o fármaco.
	
Relacionadas à Infusão: 
São comuns: febre, calafrios, espasmos musculares, vômitos, cefaleia e hipotensão. 
Como reduzir? Lentificando o TEMPO de infusão ou a dose diária, e/ou pré-medicando com antitérmicos e anti-histamínicos. 
Comprometimento Renal – A insuficiência renal aguda advinda do uso de Anfotericina é bastante comum e relatada 
2.2. ANTIFÚNGICOS ANTIMETABÓLITOS- FLUCITOSINA (5-FC)
	MECANISMO DE AÇAO 
	ESPECTRO ANTIFUNGICO
	MECANISMO DE RESISTÊNCIA
	TOXICIDADE 
	5-FC entra nas células do fungo por meio de uma enzima que não ocorrenas células dos mamíferos. Na sequência, é convertida em umasérie de compostos, incluindo 5-fluorouracila (5-FU) e 5fluorodesoxiuridina
5′-monofosfato, que interrompe a síntese de ácido nucleico
e de proteínas
	. Associada ao itraconazol,
é eficaz no tratamento da cromoblastomicose (que causa
infecções cutâneas e subcutâneas) 
-Associada à anfotericina B,
é eficaz no tratamento da candidíase e da criptococose.
	Pode ocorrer resistência durante o tratamento por diminuição
dos níveis das enzimas que convertem 5-FC em 5-FU
	- Neutropenia, 
-Trombocitopenia reversível 
-Depressão dose dependente da medula óssea
2.3. ANTIFÚNGICOS AZÓIS – FLUCONAZOL /ITRACONAZOL/ VORICONAZOL
	MECANISMO DE AÇAO 
	ESPECTRO ANTIFUNGICO
	MECANISMO DE RESISTENCIA
	TOXICIDADE 
	Eles inibem a enzima,C-14 α-desmetilase, inibindo a biossíntese do ergosterol desorganizando a estrutura e a função da membrana, o que, por sua vez, inibe o crescimento da célula fúngica.
	
FLUCONAZOL
C. neoformans 
C. albicans
C. parapsilosis.
Profilaxia contra infecções fúngicas invasivas em receptores de transplantes
de medula.
ITRACONAZOL
tratamento de blastomicose, esporotricose, paracoccidioidomicose
e histoplasmose.
VORICONAZOL
Fármaco de escolha contra aspergilose invasiva.
Usado em infecções graves causadas por espécies de Scedosporium e Fusarium.
	-Os mecanismos de resistência incluem mutações no gene da C-14
α-desmetilase, o que diminui a ligação dos azóis. 
-Desenvolvimento de bombas de efluxo que bombeia o fármaco para fora da célula.
	
Náusea
Êmese
Cefaleia
 Urticária
Hepatotoxicidade 
 
2.4. EQUINOCANDINAS-CASPOFUNGINA, MICAFUNGINA E ANIDULAFUNGINA
	MECANISMO DE AÇAO 
	ESPECTRO ANTIFUNGICO
	MECANISMO DE RESISTÊNCIA
	TOXICIDADE 
	Interferem com a síntese da parede fúngica , inibindo
a síntese de b-(1,3)-D-glicano, levando à lise e à morte celular
	CASPOFUNGINA
Primeira opção para pacientes com candidíase invasiva, incluindo candidemia,
MICAFUNGINA E ANIDULAFUNGINA
-Primeira linha para o tratamento de candidíase invasiva, incluindo candidemia.
 
-Micafungina é indicada
para a profilaxia de infecção invasiva por Candida em pacientes que serão submetidos ao transplante de células-tronco 
	
Não possuem mecanismo de resistência.
	-Febre
-Urticária
-Náuseas
- Flebite no local da injeção. 
-Causam reação tipo histamina (ruborização)
quando infundidos muito rapidamente.
3. FÁRMACOS UTILIZADOS CONTRA MICOSES SUPERFICIAIS.
Os fungos que causam infecções cutâneas superficiais são denominados de dermatófitos ou tinhas. Os três fungos distintos que causam a maioria das infecções cutâneas são Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton. A seguir veremos os fármacos mais utilizados para o tratamento destas micoses.
3.1. INIBIDORES DA ESQUALENO EPOXIDASE
	FÁRMACOS
	MECANISMO DE AÇAO 
	ESPECTRO ANTIFUNGICO
	TOXICIDADE 
	Terbinafina:
	
	.
	
PALAVRAS-CHAVE
SAIBA MAIS
-Para saber mais sobre a rotina de pacientes com câncer que usam corticoides e os principais efeitos adversos dos medicamentos, sob a ótica desses pacientes, assista ao vídeo da Sociedade Brasileira de linfoma e leucemia : https://www.youtube.com/watch?v=uAH3VuvUjlk
DICA DE LEITURA
-Para estudar de forma mais aprofundada sobre Anti-inflamatórios, antipiréticos e analgésicos, sugiro a leitura do capítulo 36 do livro: WHALEN.K Farmacologia Ilustrada - 6ª ed.Porto Alegre: Artmed, 2016. 
- -Para estudar de forma mais aprofundada sobre Anti- histamínicos, sugiro a leitura do capítulo 30 do livro: WHALEN.K Farmacologia Ilustrada - 6ª ed.Porto Alegre: Artmed, 2016. 
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
-KATZUNG, B.G; MASTERS, S.B.; TREVOR, A. J. Farmacologia Básica e Clínica.    13ª ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2017.
-WHALEN.K Farmacologia Ilustrada - 6ª ed.Porto Alegre: Artmed, 2016. 
DÚVIDAS FREQUENTES
1.Qual o principal mecanismo de ação dos anti-inflamatórios não esteroides não seletivos?
Estes fármacos agem inibindo reversivelmente tanto a COX-1 quanto a COX-2.
2.Qual o principal efeito adverso da retirada rápida de glicocorticoides após uso prolongado?
O principal efeito adverso da retira abrupta de glicocorticoides após uso prolongado é a insuficiência aguda da suprarrenal. 
3. Qual o principal efeito adverso dos anti- histamínicos de primeira geração?
O principal efeito adverso dos anti- histamínicos de primeira geração é a sedação.
4. Quais os principais efeitos terapêuticos dos AINES?
Os principais efeitos terapêuticos dos AINES são: efeito analgésico, anti-inflamatório e anti- pirético.
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