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8 Assistência ao RN na sala de parto

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ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO EM SALA DE PARTO
· Dentro da barriga, o bebê dependa da respiração da mãe, porque o pulmão está colabado
· No intra-útero, o canal arterial está aberto, sendo que 90% vai para a circulação sistêmica e 10% para o pulmão. Há uma alta resistências vascular-pulmonar 
· Quando o bebê nasce e respira, o pulmão descolaba e fecha o canal arterial
· Se isso não ocorre, o bebê não oxigena bem 
Cérebro: rebaixamento do nível de consciência, não chora, convulsão, fica mais flácido
Coração: infarto 
Rim: insuficiência renal
Adrenal: insuficiência adrenal
Pulmão: persistência da circulação fetal, pela alta resistência vascular pulmonar 
Intestino: isquemia e necrose intestinal
*Deve conduzir o trabalho de parto de modo que não falte fluxo sanguíneo para o bebê. Se falta, ocorre a síndrome hipóxico-isquêmica (hipoperfusão tecidual e redução da oferta de oxigênio)
APGAR: 
· Avalia FC (100), respiração, tônus muscular (flacidez, apenas extremidades ou ativo), irritabilidade e coloração (central, de extremidades e rosado)
· Nota varia de 0 a 2 
· Nota boa acima de 7
· Avaliar no 1° e 5° minuto principalmente 
Asfixia (AAP):
· Acidose metabólica ou mista (pH < 7) em sangue arterial de cordão
· Apgar de 0-3 por mais de 5 minutos
· Manifestações neurológicas
· Disfunção orgânica multissistêmica
ROTINA:
1. Laqueadura do cordão umbilical (normal é AVA: 2 artérias e 1 veia)
· Tem condições em que há uma artéria umbilical única → agenesia primária ou atrofia secundária, pode ser por anormalidades cromossômicas, GU, GI, musculares ou cardíacas
2. Prevenção de oftalmia neonatal com colírio
· De transmissão vertical
· Conjuntivite purulenta nas primeiras 4 semanas de vida
· Adquiri ao nascimento devido contato com secreções genitais materna contaminadas
· Etiologias: química, bacteriana (chlamydia, gonorrhea, viral (herpes vírus)
· Dx diferenciais: dactocistite - obstrução do canal lacrimal 
· Prevenção com nitrato de prata 1% 
Ministério da Saúde:
· Povidona a 2,5% (colírio) considerando sua menor toxicidade em relação ao nitrato de prata 1%
· Eritromicina a 0,5% ou tetraciclina a 1%
· A utilização de nitrato de prata a 1% deve ser reservada apenas em caso de não se dispor de eritromicina ou tetraciclina
· Deverá ser realizada na primeira hora após o nascimento, independente da via de parto
3. Exame físico e antropometria (peso, comprimento e perímetro cefálico) 
4. Prevenção de sangramento com vitamina K (faz parte da cascata de coagulação, para ativar outros fatores)
5. Vacina contra hepatite B dentro das primeiras 12h
6. Detecção de incompatibilidade sanguínea materno-infantil
7. Sorologia para sífilis e HIV
8. Identificação
· Necessário fazer a identificação do bebê com o nome da mãe e carimbar o pé no bebê no prontuário
9. Alojamento conjunto
TESTES DE TRIAGEM NEONATAL
Teste do pezinho:
· Realizado entre 48h e 5° dia de vida após no mínimo duas alimentações plenas
· SUS garante o atendimento a todos os pacientes
· Para doenças detectadas há tratamento e acompanhamento gratuito 
· Doenças detectadas: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, doença falciforme e outros hemoglobinas, deficiência de Biotinidase e hiperplasia adrenal congênita 
· Existe o teste pago que avalia mais doenças dos que as 6 do gratuito
Teste da orelhinha (OEA):
· Registros da energia sonora gerada pelas células da cóclea, em resposta a sons emitidos no conduto auditivo externo do RN
· Se der alterado, precisa fazer o reteste 
· Riscos de perda auditiva:
· Asfixiados (APGAR < 6 no quinto minuto)
· HMF de surdez congênita
· Infecções congênitas do grupo STORCH
· Hiperbilirrubinemia (>15 no RN a termo e > 12 no prematuro)
· Prematuridade
· Septicemia neonatal/meningite
· Hemorragia intraventricular
· Convulsão ou outra doença de SNC em RN (meningite)
· Anomalias craniofaciais
· Espinha bífida
· Defeitos cromossômicos
· Uso de drogas ototóxicas – medicamentos (aminoglicosídeo)
· Peso de nascimento < 1500 g
· Ventilação mecânica por mais de 5 dias
· Criança que tem fator de risco para perda auditivo, qual a avaliação fazer: diagnóstico por meio do potencial evocado de tronco cerebral 
Teste do olhinho:
· É um exame simples, rápido e indolor que consiste na identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê
· O fenômeno é semelhante ao observado nas fotografias → normal: reflexo vermelho presente bilateral
· Detecta alterações: catarata e glaucoma congênito
Teste do coraçãozinho:
· Triar crianças que podem ter cardiopatia congênita grave 
· Mede a saturação do MI direito e do MS direito
· Normal é saturação> ou = 95% e não pode ter mais que 3% de diferença entre eles
· Pode ter coarctação de aorta: sexo mascuino e síndrome de Turner, isolada ou associada, ausência ou redução da amplitude do pulso em MMII, pulsos amplos e HA em MMSS, apresenta sopro e hiperfonese da 2a bulha nas áreas aórtica ou mitral
ALTA DA MATERNIDADE
OMS: permanência hospitalar mínima de 24h + atendimento na AP no 3°, 7°, 14° dia e 6 semanas de vida
APP define: 
· Alta precoce: < 48h após o parto
· Alta muito precoce: < 24h após o parto
· História clínica e evolução da mãe e bebê
· Checar sorologias da mãe, pesquisa de GBS, corioamnionite, ITU, BR > 18h, febre
· Realização dos testes de triagem neonatal
· Vitamina K, prevenção da oftalmia neonatal e vacinas
· Diurese e eliminação de mecônio
· Avaliar mamada 
· Orientações de trocas de fraldas: 8-12 x ao dia, melhor com algodão e água morna
· Posição para dormir: barriga para cima, perto dos pais, sem compartilhar cama
· Ambiente livre de tabagismo (morte súbita)
· Estabilidade de sinais vitais 12h que antecede a alta: FR < 60, FC 100-160 com bebê acordado, T 36,5°-37,4°
· Profilaxia de hipoglicemia: controle de Glicemia capilar < 40-45 mg/dl. Fatores de risco: RN PIG, RN prematuros (baixa reserva de glicogênio hepático), RN GIG, RN filho de mãe diabética (hiperinsulinismo) e medicação materna
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