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Descrição da Imagem: Ética, conforme o Dicionário Aurélio, é: [Fem. substantivado do adj. ético.] S. f. 1. Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto. (FERREIRA, 1993, p. 733) De acordo com a definição supra, a Ética contempla o julgamento do comportamento do Homem, à luz de determinados valores, dentre os quais se destaca o respeito (e o cuidado) pela vida. VERSÃO TEXTUAL • Por que é difícil (e necessário) dialogar, principalmente na seara educacional? • O que revela este descaso por ela? Socializo a seguinte reflexão de Barguil (2006, p. 166-167): (...) a forma como me relaciono com o outro está em sintonia com a forma como me relaciono comigo. Todo educador precisa aprender a olhar para dentro de si, perceber o que se passa no seu interior, acolhendo, também, o não-eu, tanto aquilo que já vive como o que ainda não veio à tona. Essa abertura se exerce também quando ele abraça o aluno, com os seus saberes, peculiaridades e limitações. Cônscio das incompletudes que permeiam o seu viver, o educador desenvolverá atividades entremeadas de um sentimento de humildade diante do universo, que se apresenta como eterno desconhecido. Ele, portanto, precisa ter uma relação com o saber compatível com aquela que deseja que seus alunos tenham consigo mesmos e com os outros: “Como professor não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância se não supero permanentemente a minha. Não posso ensinar o que não sei”. (FREIRE, 1997: 107). Viva o diálogo! (Itálico no original) A despeito de objetivar a compreensão da realidade escolar, postulo o argumento de que essas considerações possam (e devam) ser ampliadas para um contexto mais amplo, que congregue a sociedade como um todo, pois em ambos é sintomática a negação do direito de individuação. Pensar sobre o homem é difícil também, porque sendo o homem, ao mesmo tempo, sujeito e objeto da reflexão, essa tarefa significa um desvelar do nosso próprio ser, uma compreensão das nossas crenças e uma busca de desmistificação de ideologias que, ao longo de nossa vida, sedimentaram-se em nossa forma de ver e pensar o mundo. (GONÇALVES, 1994, p. 74). O Homem se caracteriza por um movimento ambíguo, do qual dificilmente ele se apercebe. Por um lado, ele intenta descobrir, ser diferente, inovar, aventurando-se no desconhecimento; de outra parte, ele quer sentir-se seguro, ter certezas, sem ameaças do inesperado. A convivência do Homem com seus semelhantes possibilita tanto a identificação como a diferenciação, ou, pelo menos, deveria ser assim, uma vez que aquele não é mero reflexo da realidade, pois, constantemente, interpreta-a, valora-a e cria significados, ou seja, (re)elabora a sua subjetividade. REFLEXÃO 35