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DESCRIÇÃO Posicionamento e técnicas do exame de mamografia e diagnóstico e classificação BI-RADS. PROPÓSITO Estudar os posicionamentos das incidências utilizadas em mamografia e procedimentos especiais, assim como as técnicas de diagnóstico. OBJETIVOS MÓDULO 1 Conhecer as incidências mamográficas específicas empregadas nos posicionamentos para aquisição de imagens básicas e complementares MÓDULO 2 Compreender as técnicas de tomossíntese mamária e biópsia guiada por ultrassom, assim como as classificações BI-RADS INTRODUÇÃO A análise radiográfica do tecido mamário é feita com base em imagens com padronização de posicionamentos do paciente e do tubo de radiação. No mínimo, são realizados dois posicionamentos em cada mama, chamadas de incidências básicas. Caso seja necessário, são feitas aquisições extras, chamadas de incidências complementares, para esclarecimento de algum achado radiológico. Uma projeção bem executada deve compreender todo o conjunto de tecido da mama, conforme a área do posicionamento. Para isso, é de extrema importância que o profissional tenha conhecimento, habilidade e segurança no que está executando, além de paciência e cooperação do paciente. MÓDULO 1 Conhecer as incidências mamográficas específicas empregadas nos posicionamentos para aquisição de imagens básicas e complementares INTRODUÇÃO O estudo radiográfico é realizado através das incidências básicas de cada mama, sendo dois posicionamentos distintos, a projeção craniocaudal (CC) e a médio-lateral oblíqua (MLO). Isso permite avaliação tridimensional de todo tecido mamário, o que auxilia no esclarecimento de estruturas superpostas, que poderiam gerar imprecisão no diagnóstico, caso fossem analisadas em apenas uma imagem. Na necessidade de executar estudos em regiões mais específicas ou sanar dúvidas de possíveis achados patológicos, são acrescentadas incidências complementares. As principais são craniocaudal exagerada lateralmente (XCC), craniocaudal exagerada medialmente bilateral (CV), médio-lateral (ML), látero-medial (LM), axilar (AXI) e rolada (RL; RM). INCIDÊNCIAS BÁSICAS Craniocaudal – CC Médio-lateral oblíqua – MLO Ambas são imagens radiográficas de uma mama por vez (unilateral). É preferível que a paciente esteja em ortostase (em pé) e em apneia inspiratória durante a exposição. INCIDÊNCIA CRANIOCAUDAL (CC) A paciente deve manter a face rodada para o lado contralateral (Lado oposto) da mama em estudo. A mão do mesmo lado da mama deve estar apoiada no suporte, com o braço e ombro relaxados e fora da área de exposição. O membro oposto deve estar esticado ao lado do corpo. O profissional fará o manuseio e posicionamento da mama em questão. A mama será suspendida perpendicular à porção anterior da parede torácica, formando um ângulo de 90º. Isso corresponde, aproximadamente, à localização da prega mamária inferior (Ponto de junção da porção inferior da mama com a parede torácica anterior) . Seguidamente, a mama deverá ser tracionada para frente e acomodada, com a papila mamária paralela ao anteparo (Receptor de imagem) . A extremidade do receptor deve estar encostada nas costelas na porção inferior da prega mamária. ATENÇÃO É importante observar se não há dobras cutâneas e, para isso, é preciso alinhar a pele da paciente. No entanto, é imprescindível evitar toques desnecessários na paciente, portanto, enquanto o posicionamento não for concluído, o profissional deve manter a mama firmemente segura nas mãos. A compressão é feita pela bandeja de acrílico na parte superior da mama, empurrando-a contra o receptor. Deste modo, a espessura é reduzida até homogeneizar todo o tecido sobre o anteparo, respeitando ao máximo a tolerância da paciente. O equipamento deverá estar posicionado sem angulação. O raio central (RC) incidirá perpendicularmente ao receptor de imagem, adentrando na parte cranial (superior) da mama. Por isso, essa incidência é denominada craniocaudal. Fonte: YDUQS Posicionamento para a incidência CC. Fonte: YDUQS Posicionamento da mama no receptor e compressão. Para avaliação do posicionamento, é preciso ter a mama centralizada no receptor com a papila mamária perfilada. É importante a visualização da gordura retromamária, pois garante que todo o tecido está compreendido na imagem, além da ausência de dobras cutâneas. GORDURA RETROMAMÁRIA Tecido adiposo presente na porção mais posterior da mama. javascript:void(0) Fonte: Shutterstock Imagem radiográfica do posicionamento CC. INCIDÊNCIA MÉDIO-LATERAL OBLÍQUA (MLO) A obliquidade desta incidência não se refere ao posicionamento da paciente, mas, sim, à posição que a compressão será realizada e o percurso que a radiação percorrerá. A paciente deverá estar de frente para o equipamento e com o rosto voltado para o mesmo lado da mama em estudo. O braço e o ombro ipsilaterais (Do mesmo lado) devem estar relaxados e fora da área de exposição. Os contralaterais devem estar ao lado do corpo relaxados. Em alguns casos, a paciente pode auxiliar no posicionamento, afastando a mama oposta. O profissional irá angular o tubo de radiação de 30° a 60°. Temos essa variação de ângulos para conseguir o posicionamento correto de acordo com o eixo de localização da mama na caixa torácica. Normalmente, quanto maior for a mama, maior é a angulação do tubo. A mama estará em contato com o receptor pelo quadrante inferior externo (QIE). A borda do anteparo deve estar ajustada na axila da paciente. Em seguida, o profissional irá suspender e tracionar a mama medialmente, garantindo que todo o tecido esteja compreendido sobre o anteparo. A papila mamária deverá estar perfilada ao suporte. Enquanto o posicionamento é realizado, a mama deve continuar sobre o controle do profissional. A compressão é feita pela bandeja de acrílico na área do quadrante superior interno (QSI) da mama, sendo importante desviar a placa da clavícula da paciente durante a manobra, devendo encaixar no espaço infraclavicular. Assim, toda a região deve estar comprimida de forma homogênea e não pode ter nenhuma prega na pele. O raio central será perpendicular ao anteparo, centralizado na mama e incidindo na porção do QSI. Fonte: YDUQS Posicionamento para a incidência MLO. Fonte: YDUQS Incidência médio lateral oblíqua (MLO). Para critério de avaliação do posicionamento, a mama deve estar centralizada na imagem com a papila mamária em perfil. É importante visualizar o músculo peitoral maior cruzando, obliquamente, a metade superior da mama. O sulco inframamário deve estar livre. Deve ser demonstrada a presença da gordura retromamária e ausência de dobras cutâneas. Fonte: Shutterstock Imagem radiográfica do posicionamento MLO. INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES As incidências complementares são realizadas quando há uma suspeita, em função da imagem adquirida anteriormente, para melhorar a avaliação ou quando há alguma impossibilidade, em função de aspectos físicos da paciente: Craniocaudal exagerada lateralmente – XCC Craniocaudal exagerada medialmente bilateral – CV Médio-lateral – ML Látero-medial – LM Axilar – AXI Rolada – RL/RM CRANIOCAUDAL EXAGERADA LATERALMENTE (XCC) A XCC é uma incidência realizada para complementar estudos direcionados para os quadrantes externos da mama, com a inclusão do tecido mamário proeminente da musculatura do peitoral maior. A partir do posicionamento para a realização da craniocaudal, é feita uma rotação com o corpo da paciente, de maneira que a porção axilar fique mais próxima da extremidade do receptor. Esse movimento permite a projeção mais completa e detalhada da área lateral da mama. Para contribuir com a posição, o profissional angula o tubo de radiação entre 5° e 10°. Fonte: YDUQS Posicionamento para a incidência XCC. Fonte: Shutterstock Visão posterior do posicionamento craniocaudal exagerada lateralmente. Fonte: O autor Mamografia XCC da mama esquerda. CRANIOCAUDAL EXAGERADA MEDIALMENTE BILATERAL (CV) Esta Incidência também éconhecida por clivagem (do inglês, cliavage). É acrescentada à rotina para uma análise mais detalhada da região interna das mamas. É realizada a partir do posicionamento para a craniocaudal, porém, dessa vez, com ambas as mamas sobre o receptor de imagem. O raio central será perpendicular e incidirá no ponto médio entre as duas mamas. Fonte: YDUQS Posicionamento para a incidência CV. Fonte: YDUQS Incidência crânio caudal exagerada medialmente unilateral (CV). MÉDIO-LATERAL (ML), MÉDIO-LATERAL PURA OU PERFIL EXTERNO Para a realização desta incidência, é sugerido que a paciente esteja em ortostase e em apneia inspiratória no ato da exposição. O rosto da paciente deve estar voltado para o lado ipsilateral da mama em questão. A mão do mesmo lado deve ficar apoiada no suporte, relaxando o braço e o ombro e tirando-os da área de exposição. O membro oposto pode estar relaxado ao lado do corpo ou pode estar segurando a mama oposta, auxiliando na realização do exame. A paciente deve estar de frente para o equipamento angulado a 90°, o que deixará o raio central perpendicular à área. O profissional irá tracionar a mama de maneira que a suspenda e posicione a parte lateral em contato com o receptor. A compressão será feita pela parte medial da mama, impulsionando-a contra a base até todo o tecido ficar homogeneizado. O raio central incidirá na porção medial, centralizado na base da mama. Fonte: YDUQS Posicionamento para a incidência ML. Fonte: YDUQS Visão superior da incidência médio lateral (ML). Como parâmetro de avaliação para o posicionamento, é necessária a visualização de todo o tecido centralizado no receptor, papila mamária perfilada e gordura retromamária na base da mama, livre de dobras cutâneas. LÁTERO-MEDIAL (LM), PERFIL INTERNO OU CONTACT Esta incidência é realizada para complementar estudos que objetivam acrescentar análise do prolongamento axilar. O posicionamento da paciente é análogo ao da incidência médio-lateral. O que as diferencia é a disposição do tubo de radiação, pois a porção medial da mama deverá estar em contato com o receptor e a compressão será pela região lateral. O raio central perpendicular incidirá na parte lateral, saindo na medial. Fonte: YDUQS Posicionamento para a incidência LM. Fonte: YDUQS Posição da mama para incidência látero-medial. AXILAR (AXI) OU CAUDA AXILAR Complementa os estudos da mama, quando há suspeita de alguma lesão na região do prolongamento axilar que não é possível analisar na incidência médio-lateral oblíqua. A paciente deve estar, preferencialmente, de pé, na frente do equipamento. O rosto deverá estar virado para o mesmo lado da mama em questão. O braço contralateral estará estendido ao lado do corpo. O equipamento deverá ser angulado a 45°; o espaço da axila e o braço da paciente serão posicionados sobre o tubo de radiação, de forma que a borda superior do receptor esteja encaixada no sulco axilar. A compressão será sobre a porção superior da axila e o prolongamento. O raio central estará perpendicular ao anteparo, incidindo na porção superior da mama, centralizado na axila. Fonte: YDUQS Incidência axilar (AXI). ROLADA (RL/RM) Este posicionamento é uma variante da craniocaudal e objetiva a dissociação de formações suspeitas, possivelmente geradas pela superposição de estruturas anatômicas. Ajuda também na localização de uma lesão, determinando somente se está no quadrante superior ou inferior. A paciente será posicionada para a incidência CC e depois a mama é rolada, medialmente (RM) ou lateralmente (RL), em relação ao eixo da papila mamária. Para a realização da RM, o profissional deverá posicionar uma mão na parte superior da mama e outra na parte inferior, executar o rolamento no sentido medial (ou interno) e manter a localização, até a compressão completa. No caso da incidência RL, o rolamento será no sentido lateral (ou externo). Fonte: YDUQS Rolamento da mama para incidência rolada lateral. Fonte: YDUQS Rolamento da mama para incidência rolada medial. MANOBRAS Manobras são manejos específicos que podem ser executados em qualquer incidência, com o objetivo de elucidar alguma dúvida característica visualizada nas incidências básicas, sendo: Compressão localizada (spot) Magnificação ) Tangencial) Angular) Eklund COMPRESSÃO LOCALIZADA (SPOT) Também denominada de compressão focalizada ou seletiva, onde é realizada a compressão em uma área determinada da mama, espalhando o tecido mamário e, assim, diminuindo o efeito da superposição de estruturas com densidades análogas. É indicada para os estudos de regiões com maior densidade ou que apresentem assimetria focal, pois a imagem oferece melhor contorno das lesões. Fonte: O autor Mamografia craniocaudal spot da mama direita. Fonte: O autor Mamografia em magnificação da mama direita. MAGNIFICAÇÃO (AMP, DE AMPLIAÇÃO GEOMÉTRICA VERDADEIRA) Também chamada de ampliação geométrica ou verdadeira, sendo representada a ampliação da região mamária. No entanto, diferentemente da ampliação digital, que é feita no monitor, após a execução do exame, a magnificação é um novo exame, ou seja, uma nova exposição. Sua realização é recomendada para a avaliação de áreas questionáveis, principalmente microcalcificações. Combinação da compressão localizada com a magnificação Essa associação permite a concomitância dos benefícios de ambas as manobras com a racionalização dos materiais de uso. A junção é indicada para permitir uma melhor apreciação das estruturas e dissociação dos tecidos densos. TANGENCIAL É exatamente o que o nome sugere, pois o feixe de radiação tangencia a área da mama onde a lesão está localizada. É sugerida para a distinção entre achados cutâneos (marca cirúrgica, verruga, calcificação, abcesso sebáceo ou componentes cosmetológicos) e lesões no parênquima mamário. ANGULAR Inicialmente, era composta por várias projeções da mama, em diversos ângulos diferentes do tubo, permitindo a dissociação de estruturas superpostas. Atualmente, ela se resume a uma incidência com o tubo rotacionado a 90°, ou seja, realiza-se uma incidência médio-lateral (ML) ou látero-medial (LM). É indicada nos casos de lesões encontradas na projeção MLO e pode substituir a compressão localizada. EKLUND (EKL) Esta é uma manobra especial que agrega um conjunto de ações. Enquanto a compressão é realizada pelo equipamento, o profissional exerce tração na prótese, empurrando-a contra a parede torácica, a fim de retirá-la da área de estudo. É indicada nos casos em que a prótese impede o estudo do parênquima mamário, principalmente nos casos de mastoplastia de aumento. Ao contrário das manobras anteriores, essa apresenta contraindicação, pois não deve ser realizada nos casos onde a prótese se apresenta enrijecida, aderida ao parênquima, com o contorno boleado, ondulado ou irregular e, ainda, em mamas que não possuem muito parênquima mamário. MASTOPLASTIA Cirurgia plástica mamária, podendo ser de aumento ou redução da mama. javascript:void(0) EXAMES DE ROTINA E COMPLEMENTARES VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. PARA ESTUDO COMPLETO DE TODO O TECIDO MAMÁRIO, É NECESSÁRIA A REALIZAÇÃO MÍNIMA DE POSICIONAMENTOS QUE PERMITAM A VISUALIZAÇÃO TRIDIMENSIONAL DE TODA A REGIÃO. QUAIS SÃO AS INCIDÊNCIAS BÁSICAS PARA ESTUDO DAS MAMAS? A) Caudocranial e perfil interno B) Póstero-anterior e perfil medial C) Craniocaudal e anteroposterior D) Craniocaudal e perfil interno E) Craniocaudal e médio-lateral oblíqua 2. NA REALIZAÇÃO DAS INCIDÊNCIAS DE ROTINA, VISUALIZOU-SE UMA LESÃO POSSIVELMENTE PATOLÓGICA NO QUADRANTE INTERNO DA MAMA ESQUERDA. PARA SANAR A DÚVIDA QUANTO À LESÃO, QUAL A INCIDÊNCIA COMPLEMENTAR INDICADA PARA ESSA REGIÃO? A) XCC B) CV C) ML D) LM E) RL GABARITO 1. Para estudo completo de todo o tecido mamário, é necessária a realização mínima de posicionamentos que permitam a visualização tridimensional de toda a região. Quais são as incidências básicas para estudo das mamas? A alternativa "E " estácorreta. O estudo das mamas é realizado através das incidências básicas craniocaudal (CC) e médio-lateral oblíqua (MLO), desta forma, é feita a avaliação tridimensional de todo tecido da região. 2. Na realização das incidências de rotina, visualizou-se uma lesão possivelmente patológica no quadrante interno da mama esquerda. Para sanar a dúvida quanto à lesão, qual a incidência complementar indicada para essa região? A alternativa "B " está correta. Para elucidação de dúvidas patológicas na região interna/medial da mama, é sugerida a complementação pela incidência craniocaudal exagerada medialmente bilateral, comumente chamada de clivagem (CV). MÓDULO 2 Compreender as técnicas de tomossíntese mamária e biópsia guiada por ultrassom, assim como as classificações BI-RADS INTRODUÇÃO O câncer de mama é o tipo de tumor que mais mata mulheres no mundo. O exame mamográfico é a modalidade de rastreio mais indicada, pois é a que apresenta melhor redução de morbimortalidade a longo prazo, com uma diminuição aproximada de 30%. No entanto, existe uma quantidade mínima de tumores, que, por serem muito pequenos, não são detectados. ATENÇÃO A mamografia, apesar de ser a melhor indicação, apresenta restrições que podem atrapalhar na exatidão do diagnóstico. Um exemplo disso é a variação no padrão de densidade das imagens, devido ao processo de involução do tecido mamário. A precisão das análises médicas em mamas, majoritariamente adiposas, é de quase 100%, porém, em mamas formadas por tecido fibroglandular, essa porcentagem é reduzida severamente para apenas 40% de acerto. Essa diminuição é, na maioria das vezes, consequência da limitação de imagens bidimensionais (2D) de estruturas tridimensionais (3D). A justaposição (Efeito de estruturas sobrepostas.) de tecidos normais pode gerar padrões de supostas lesões ou dificultar a visualização de uma patologia, criando um resultado falso. Para diminuir esse problema, algumas técnicas especiais são necessárias, como veremos agora. TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA A técnica da tomossíntese mamária (TM) é moderna e garante suprir a principal restrição inerente à mamografia, que é a aquisição das imagens para análise tridimensional, com o objetivo principal de minimizar a dose de radiação. Dessa maneira, existe um grande aperfeiçoamento no rigor do rastreio e no diagnóstico das patologias mamárias. A combinação entre a TM e as técnicas de mamografia trouxe melhorias consideráveis na detecção de tumores. Por tornar visível todo o tecido em cortes finos, a TM possibilita a análise de alterações bem menores que as visíveis na imagem mamográfica. Para isso acontecer, é necessário que haja o mínimo de contraste entre os tecidos da mama e da lesão. Contudo, a TM só apresenta progresso no diagnóstico em mamas fibroglandulares ou heterogeneamente densas. O método emprega a técnica da tomografia computadorizada aliada ao recurso da reformatação dos dados. Assim, é possível demonstrar a profundidade (espessura) das estruturas sem a necessidade de mais uma projeção, além de reduzir o efeito da justaposição. O exame é realizado com a paciente em posição semelhante ao da mamografia. Com a mama em análise posicionada e comprimida, são feitas aquisições básicas nos planos craniocaudal (CC) e médio- lateral oblíquo (MLO). Também é possível realizar imagens complementares, como as incidências exageradas ou os perfis, com exceção apenas da magnificação geométrica. O tubo emite radiação em vários ângulos, produzindo, assim, imagens da mesma região em diferentes posições. Em teoria, esse deslocamento pode ser linear, circular ou elíptico. Contudo, existe a preferência para o uso do tubo linear nos estudos de mamas sem patologias, em virtude da posição anatômica das estruturas. No caso de mamas com lesões, os modelos circular e elíptico apresentam maior aplicabilidade. A dimensão de rotação do tubo de radiação determinará a resolução de profundidade. Quanto maior a dimensão, maior será a fragmentação dos cortes, após serem reformatados. Dessa maneira, uma dimensão menor manterá as estruturas no centro do mesmo plano. Isso pode atrapalhar na análise das imagens, pois a mesma lesão estará no foco de vários cortes. Um espaçamento maior entre as fatias permite uma reformatação mais fina, com mais definição nos cortes e melhor visibilidade de estruturas menos densas. No entanto, esse fato pode contribuir para uma visualização deficitária, mascarando um conjunto de microcalcificações ou lesões em forma de espículas. Com a rotação do arco reduzida, é alcançada melhor resolução nas imagens. Por exemplo, um arco com angulação limitada de 15° a 30° oferece imagens mais detalhadas e nítidas. Além da melhoria na qualidade da imagem, existe também dependência direta da amplitude do arco com a dose de radiação entregue ao paciente. Os feixes são emitidos a cada movimentação de 1° ou 2°, então, quanto menor for o grau de deslocamento, menor será o número de exposições. ESPÍCULAS Forma similar à de espigas. Fonte: Shutterstock Equipamento de tomossíntese. Os receptores que fazem a captação da radiação podem ser fixos ao suporte ou se movimentarem de acordo com o deslocamento do tubo. No caso desse último modelo, ocorrerá ampliação inerente do objeto, o que pode ser útil em alguns estudos. O detector móvel apresenta maior área de visão, concedendo melhor aplicação, por compreender quantidade superior de tecido mamário. A TM ainda está sendo estudada para confirmar a sua superioridade em comparação à mamografia, para os estudos de rastreio populacional. Além de aumentar o número de detecção, a técnica reduz os casos falsos positivos e as taxas de retorno (recon). Dentro dessa taxa de recon, existem elevados javascript:void(0) efeitos adversos. A paciente cria expectativa e ansiedade, além do aumento dos custos de translado e, principalmente, a exposição dobrada de radiação. No mais, ainda temos que muitos desses casos são encaminhados para biópsias desnecessárias. A tomossíntese mamária é bastante vantajosa quando combinada com a mamografia, pois aumenta a exatidão na condição de rastreio ou diagnóstico. Para que sua utilização seja difundida, ainda precisa da comprovação de que a associação das técnicas, ou seu uso exclusivo, corrobora com a redução da morbimortalidade. BIÓPSIA GUIADA POR ULTRASSOM Durante muitos anos, o processo cirúrgico era o único recurso para apontar a malignidade de uma lesão. Este procedimento custoso e com alta taxa de morbidade deixava a paciente marcada por um estigma (Cicatriz) . Esses fatores contribuíram para que as novas técnicas de biópsia tomassem o lugar da cirurgia, no quesito de comprovação diagnóstica. Fonte: Shutterstock Biópsia de mama guiada por ultrassom. ATENÇÃO Atualmente, as técnicas de punção aspirativa com agulha fina (PAAF) e a punção por agulha grossa ou core biopsy são amplamente propagadas, por serem métodos minimamente invasivos e por alcançarem qualidade diagnóstica equivalente ao antigo processo cirúrgico. Após a realização da mamografia, com a análise das imagens e confirmação de lesões de categorias 4 e 5 na categoria BI-RADS, é imprescindível o prosseguimento com a realização das biópsias. Elas apresentam maior facilidade e conforto, dentre os métodos percutâneos e, ainda, de aplicação simples e baixo custo. ULTRASSONOGRAFIA Pode ser utilizado como exame complementar, nos casos em que já tenha sido encontrada alguma alteração na mamografia ou na ressonância magnética. Objetiva a confirmação por um método mais aceitável, menos doloroso e, principalmente, menos custoso. Além disso, é a modalidade preferível como guia de qualquer tipo de biópsia. Fonte: Shutterstock Ultrassom da mama. Um grande problema está na localização das lesões, já que os posicionamentos dos exames não são os mesmos. É de extrema importância a confirmação do ponto exato do nódulo, para que se evite procedimentos desnecessários e possíveis resultados errados. Fonte: Shutterstock Ultrassom da mama. PUNÇÃO ASPIRATIVA COM AGULHA FINA (PAAF) Tornou-se uma prática comumente utilizada para a confirmação do diagnóstico de patologias na mama. Faz parte da “tríade do diagnóstico”, formada em conjunto com o exame físico e a mamografia propriamente dita. A punção aspirativa com agulha fina tem como finalidade a coleta de substâncias para análise citopatológica e, em casos de cistos mamários, pode funcionar como modalidade terapêutica única. Trata-se de um método acessível para os pacientes e de fácil realização para os médicos, indicado como recurso indispensável nos casos de lesões palpáveis. Geralmente, não oferece contraindicação e apresenta alta taxa de especificidade. Executa-se em regime ambulatorial, podendo ser feito no próprio consultório médico. A agilidade na execução da biópsia possibilita, em vários casos, o diagnóstico mais rápido e correto, o que aumenta, de forma inerente, a possibilidades de iniciar o tratamento no estágio inicial. A PAAF tem como empecilho a necessidade de um indivíduo especializado para a execução e análise das amostras. Com habilidade e experiência, é possível que o profissional consiga distinguir nódulos malignos e benignos com base nas mutações celulares, características no núcleo e ordenamento da cromatina. Além disso, existe também alta taxa variável de resultados falsos negativos. Esses podem decorrer em consequência da coleta deficitária e por falta de prática ou má interpretação do médico avaliador. javascript:void(0) O procedimento apresenta singularidades que devem ser respeitadas durante sua realização. Com o transdutor do ultrassom, é localizada a lesão. Na prática da mão livre, o operador manterá o nódulo fixado com uma das mãos e com a outra fará a incisão da seringa, realizando movimentos de balanço em leque para atingir a lesão. CROMATINA Complexo formado pelo DNA junto com as proteínas. Fonte: Shutterstock Procedimento de biópsia com ultrassom. Para minimizar as dificuldades de acerto do tumor, tem sido usada uma pistola de compreensão da seringa. Apesar de afastar a mão do profissional da localização do nódulo, ela aumenta a precisão de inserção e diminui a sensibilidade tátil da paciente. PUNÇÃO POR AGULHA GROSSA (CORE BIOPSY) A punção por agulha grossa é um método que surgiu como aprimoramento da PAAF. É indicada, principalmente, para casos de lesões não palpáveis da mama. Propicia a coleta de material histológico, que é facilmente interpretada por patologistas não especializados. O número de resultados falsos positivos é extremamente baixo, mas pode acontecer por alguma eventual rejeição da pele à penetração da agulha e por coleta de material contaminado ou da área circunvizinha à lesão. HISTOLÓGICO Vem de histologia, a área da Biomedicina que estuda os tecidos. javascript:void(0) A core biopsy é um procedimento bem simples, também realizado em condição ambulatorial. No entanto, diferentemente da PAAF, requer anestesia local, sendo passível de hematomas e infecções, o que gera resistência nas pacientes. Nesta modalidade, é possível a captação de quantidade maior de material para análise, permitindo a definição de características específicas da lesão, como, por exemplo, o caráter invasor e a porção de receptores hormonais afetados. Além disso, a entrega rápida do resultado em casos de tumores avançados agiliza o processo para algum tratamento neoadjuvante. Para a execução da core biopsy, é imprescindível que a pistola tenha sua respectiva agulha, porém essa particularidade gera um custo mais alto. Quando contrapomos as duas técnicas de biópsia, é clara a diferença de custos. Apesar de ambas fornecerem informações aprofundadas, a core é mais detalhada. Sua acurácia diagnóstica depende de fatores como o calibre da agulha, a quantidade de material coletado e a experiência prática do profissional. Mesmo com essas condições, a prática vem substituindo a PAAF, pois aumenta a certeza dos resultados. Um dos métodos de execução é igual ao da PAAF, a técnica da mão livre, com uma mão manuseando o transdutor e a outra manipulando a seringa. O radiologista precisa manter distância da lesão e visualizar, pelo ultrassom, todo o trajeto da agulha e injeção do anestésico. Os dois métodos de biópsia percutânea são eficientes, principalmente, por serem minimamente invasivos e apresentarem baixa morbidade. Quanto ao manuseio dos nódulos mamários, demonstra eficiência e acurácia, evitando a exposição da paciente ao processo cirúrgico definitivo. NEOADJUVANTE Tratamento que antecede um outro tratamento. MÉTODO BI-RADS (BREAST IMAGING REPORTING AND DATA SYSTEM) Já é sabido que o rastreamento pela mamografia é o meio mais eficaz para o controle e a diminuição da mortalidade dos casos de câncer de mama. Antigamente, o número de biópsias percutâneas realizadas sem necessidade era bastante elevado, e isso fez com que se tornasse necessário o surgimento de um controle eficaz quanto à importância dessa técnica. Com o intuito de minimizar essa realidade, aumentar javascript:void(0) a veracidade dos exames de rastreio, qualificar os laudos e melhorar a intercomunicação dos médicos envolvidos, foi implementado o método BI-RADS. Além de padronizar e estruturar os resultados com as recomendações de gestão e coleta de informações, ele também oferece ações que auxiliam na eficácia dos programas de controle e detecção precoce do câncer de mama. O sistema insere um vasto vocábulo para a interpretação e produção dos laudos, com modelagem dos achados radiológicos e codificação das patologias. A primeira produção do BI-RADS foi em 1993 pelo Colégio Americano de Radiologia (ACR, de American College of Radiology). De acordo com as atualizações que vão surgindo, novas edições são feitas com embasamento nas anteriores, objetivando não acumular os riscos evitáveis. No princípio, sua aplicação era limitada apenas às mamografias, mas, atualmente, a classificação se estende para os exames de ultrassom e ressonância magnética das mamas. De acordo com os achados radiológicos encontrados, o sistema os segrega em sete grupos, da categoria 0 a 6, de possíveis decisões, visando facilitar a atuação dos médicos no processo de detecção das lesões anormais. Essa distribuição é dividida em avaliações inconclusivas (0) ou conclusivas (1, 2, 3, 4, 5 e 6). No entanto, apesar de serem 7 categorias, apenas 4 apresentam contexto provável, que são: Estudos com imagens adicionais Mamografia de periodicidade de rotina Comitiva de prazo restrito Biópsia percutânea Todas as classificações são divididas de acordo com a suspeita de malignidade do nódulo encontrado e com a análise, confirmando ou não a presença de um câncer. Cada uma das categorias tem uma sugestão específica para a característica do achado radiológico. Dessa forma, há o direcionamento para outros médicos realizarem o acompanhamento e a manipulação mais eficazes. Conheça as categorias BI-RADS abaixo: BI-RADS CATEGORIA 0 – EXAME INCONCLUSIVO O exame classificado como categoria 0 é aquele onde as imagens não permitem alcançar um diagnóstico plausível. Normalmente, é consequência da má qualidade na imagem, por exemplo, baixo contraste radiológico causado por posicionamento inadequado, seleção incorreta de fatores técnicos ou movimentação do objeto (mama) no ato do exame. É orientado para as pacientes com lesões nessa categoria que refaçam as mamografias e que sejam incluídas projeções adicionais, além da realização de uma ultrassonografia para complementação. Essas situações podem ser minimizadas quando o médico radiologista tem acesso aos laudos dos exames anteriores. Isso pode contribuir também para a mudança da categorização de um nódulo antecessor. Assim, o BI-RADS-0 não categoriza o nódulo como benigno nem que seja possível de malignidade. Indica, exclusivamente, que o exame não resultou em conclusão nenhuma, devendo ser refeito. BI-RADS CATEGORIA 1 – EXAME PADRÃO OU NEGATIVO O exame categorizado como BI-RADS-1 não apresentanenhum sinal de alteração, ou seja, exame completamente normal. As mamas se apresentam simétricas e não há visualização de massas, distorções ou calcificações pressupostas. BI-RADS CATEGORIA 2 – EXAME COM ACHADOS BENIGNOS O exame categorizado como BI-RADS-2 apresenta alterações com características que permitem afirmar que é benigna. Dentre os achados compatíveis, temos: • Fibroadenomas calcificados • Cistos habituais da mama • Linfonodos intramamários • Calcificações vasculares • Lipomas • Próteses de silicone • Cicatriz cirúrgica Para confirmação, é imprescindível que o médico tenha certeza ao afirmar que a lesão não tem a mínima possibilidade de ser maligna. Se houver dúvidas, a categorização pode ser em BI-RADS-3 e, assim, o valor clínico de um diagnóstico BI-RADS-2 é o mesmo de um BI-RADS-1. FIBROADENOMAS Mais frequentes nas mamas. Apresentam-se como nódulos sólidos que não apresentam malignidade. javascript:void(0) javascript:void(0) LIPOMAS Tumor benigno formado por células adiposas acumuladas dentro de uma cápsula fibrosa no tecido subcutâneo. BI-RADS CATEGORIA 3 – EXAME COM ACHADOS POSSIVELMENTE BENIGNOS O exame categorizado como BI-RADS-3 apresenta alterações possíveis de benignidade, mas que não é certeza. Ao sinal da menor dúvida, o médico a categoriza como BI-RADS-3, ao invés de BI-RADS-2. Nos casos de categorização BI-RADS-3, é aconselhado à paciente que o exame mamográfico seja refeito após 12 meses do primeiro. Se houver a mesma resposta no novo exame, é realizada uma reavaliação dos estudos. No caso de 2 anos após o achado, se a imagem se mantiver, o médico classificará a lesão como BI-RADS-2. Em contrapartida, se houver mudanças na lesão e essa começar a apresentar sinais suspeitos, a categorização poderá mudar para BI-RADS-4 e deverá ser analisada por biópsia percutânea. Em suma, uma lesão BI-RADS-3 apresenta pouquíssimo risco de malignidade, porém, por precaução, deve ser acompanhada por um período de 2 anos. BI-RADS CATEGORIA 4 – EXAME COM ACHADOS DUVIDOSOS O exame categorizado como BI-RADS-4 apresenta alterações suscetíveis a um tumor, porém não é necessariamente um câncer. Pacientes com lesões nessa categoria devem obrigatoriamente ser submetidas à biópsia percutânea para precisão no diagnóstico. De acordo com as características do tumor, essa categorização é dividida em 3 subcategorias: • BI-RADS-4A: nódulos com 2 a 10% de malignidade – suspeita baixa • BI-RADS-4B: nódulos com 11 a 50% de malignidade – suspeita moderada • BI-RADS-4C: nódulos com 51 a 95% de malignidade – suspeita alta Sem relação com as subcategorias, toda lesão categorizada como BI-RADS-4 deve ser biopsiada. Com ela, é esperado que nódulos BI-RADS-4A sejam identificados como benignos e que os BI-RADS-4C tenham sua malignidade confirmada. BI-RADS CATEGORIA 5 – EXAME COM ALTO RISCO DE MALIGNIDADE O exame categorizado como BI-RADS-5 apresenta alterações que derivam de um tumor de mama. As lesões típicas incluem nódulos densos e espiculados, calcificações lineares finas e pleomórficas, distorção na arquitetura da mama e retrações cutâneas. É imprescindível que todas essas lesões sejam biopsiadas. PLEOMÓRFICAS Estrutura com capacidade de alterar sua forma de acordo com o período de vida reprodutiva ou condições ambientais. BI-RADS CATEGORIA 6 – EXAME COM LESÃO MALIGNA CONHECIDA A categorização BI-RADS-6 é usada para exames de pacientes que já possuem o diagnóstico fechado de tumor de mama e estão realizando a mamografia com a finalidade de acompanhamento da lesão. Ela existe apenas para confirmar ao médico que a lesão já era previamente conhecida. TÉCNICAS ESPECIAIS E DIAGNÓSTICO VERIFICANDO O APRENDIZADO javascript:void(0) 1. A TÉCNICA DA BIÓPSIA PERCUTÂNEA ESTÁ SENDO COLOCADA EM PRÁTICA COM O INTUITO DE DIMINUIR OS CASOS DE CIRURGIAS, COM O OBJETIVO DE DIAGNOSTICAR A MALIGNIDADE OU NÃO DAS LESÕES. TEMOS TÉCNICAS INDICADAS PARA ESTUDO DE NÓDULOS PALPÁVEIS E OUTRA PARA OS NÃO PALPÁVEIS. A UMA PACIENTE QUE, DURANTE O SEU AUTOEXAME, APALPOU UM CAROÇO, FOI SOLICITADA UMA BIÓPSIA APÓS OS EXAMES DE IMAGEM. QUAL TIPO DE BIÓPSIA ELA REALIZARÁ? A) Punção aspirativa com agulha fina B) Punção por agulha grossa C) Punção a vácuo D) Punção por pistola E) Punção aspirativa bomba a vácuo 2. O MÉTODO BI-RADS É DIVIDIDO EM 7 CATEGORIAS QUE SEGREGAM AS LESÕES DE ACORDO COM SUAS CARACTERÍSTICAS DE MALIGNIDADE OU NÃO. AO DIAGNOSTICAR UMA LESÃO MALIGNA, O MÉDICO RADIOLOGISTA PODERÁ SEGREGÁ-LA EM QUAIS CATEGORIAS? A) Categorias 0, 1 e 2 B) Categorias 1 e 2 C) Categorias 3, 4 e 5 D) Categorias 4, 5 e 6 E) Categorias 5 e 6 GABARITO 1. A técnica da biópsia percutânea está sendo colocada em prática com o intuito de diminuir os casos de cirurgias, com o objetivo de diagnosticar a malignidade ou não das lesões. Temos técnicas indicadas para estudo de nódulos palpáveis e outra para os não palpáveis. A uma paciente que, durante o seu autoexame, apalpou um caroço, foi solicitada uma biópsia após os exames de imagem. Qual tipo de biópsia ela realizará? A alternativa "A " está correta. Nos casos de nódulos palpáveis, é indicada a realização da biópsia aspirativa com agulha fina (PAAF), pois, a depender do tipo da lesão, ela pode agir como modalidade terapêutica. 2. O método BI-RADS é dividido em 7 categorias que segregam as lesões de acordo com suas características de malignidade ou não. Ao diagnosticar uma lesão maligna, o médico radiologista poderá segregá-la em quais categorias? A alternativa "D " está correta. Lesões com características compatíveis ou com malignidade confirmada são segregadas a partir da categoria 4. Na categoria 4, encontramos achados passíveis de malignidade; na 5, há lesões com alta suspeita de câncer; na 6, tumores cancerosos já confirmados anteriormente. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Na leitura deste conteúdo, você foi apresentado às principais projeções dos exames mamográficos, com atenção especial para as incidências de rotina, craniocaudal (CC) e médio-lateral oblíqua (MLO). Foram apresentadas questões importantes para a realização das duas imagens em cada uma das mamas. Também foi abordada a inovadora técnica da tomossíntese, em que foi possível compreender a melhor acurácia que oferece quando comparada à mamografia. Além dela, foi exposto a respeito das biópsias percutâneas guiadas por ultrassom, técnica que auxilia na complementação de um diagnóstico mais assertivo e, em alguns casos, exerce também função terapêutica. Por último, foi apresentado o método BI-RADS, que categoriza todas as alterações mamárias de acordo com suas características, fornecendo complementação diagnóstica e meios de tratamentos unificados mundialmente. Com o término deste tema, é possível realizar os posicionamentos de rotina dos exames de mamografia e identificar quando necessário um meio de diagnóstico complementar, seja por outra incidência mamográfica, ou por uma biópsia percutânea. Como profissional qualificado, você é capaz de reconhecer quando se faz necessário acrescentar alguma informação ou imagem. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ALMEIDA, O. J.; ALVARES, B. R. Contribuições das incidências mamográficas complementares na investigação do câncer mamário. In: Revista Brasileira de Mastologia, 19(2):69-75, 2009. BRASIL. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Biópsia percutânea de mama: quando indicar? / Sociedade Brasileira de Mastologia. Rio de Janeiro: INCA, 2017. JUNIOR, A. B. Técnicas radiográficas. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. JUNIOR, R. D. et al. Valores preditivos das categorias 3, 4 e 5 do sistema BI-RADS em lesões mamárias nodulares não-palpáveis avaliadas por mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. v. 40, n. 2, p. 93-98. São Paulo: Radiol Bras, 2007. SMITH, A. P.; HALL, P. A.; MARCELLO, D. M. Emerging technologies in breast cancer detection. In: Radiol Manage, 26(4):16-24, 2004. EXPLORE+ Com o objetivo de ampliar seu conhecimento, a seguir estão indicações de materiais que complementamalguns conceitos que trabalhamos. Classificação BI-RADS: categorização de 4.968 mamografias, de Felipe Tietbohl Toigo e Augusto Vasconcellos Vieira. Passo a passo da core biópsia de mama guiada por ultrassonografia: revisão e técnica, de Rafael Dahmer Rocha, Renata Reis Pinto, Diogo Paes Barreto Aquino Tavares e Cláudia Sofia Aires Gonçalves. CONTEUDISTA Vanessa Fávere Figueiredo CURRÍCULO LATTES javascript:void(0); javascript:void(0);