Buscar

1 Achados comuns

Prévia do material em texto

ACHADOS COMUNS
DISPNEIA: 
· Respiração ruim, desconforto respiratório que variam de intensidade
· Interação entre fatores fisiológicos, psicológicos, sociais e ambiente, levando a respostas pessoais secundárias → percepção é o processo final e reações do indivíduo frente a isso 
· Queixa comum com impacto na morbidade e mortalidade
· Sensação - receptor periférico 
· É pessoal, paciente precisa contar os detalhes
· Distinção entre sensação (ativação neurológica), que estimula algum receptor periférico, e percepção respiratória 
· Receptor periférico (quimio, baro, mecano): evita informações para bulbo → sinais compensatórios de modo involuntário – para aumentar FR (taquipneia) e amplitude (hiperpneia)
· Por exemplo: córtex sensorial → córtex motor → manda sinais eferentes para melhorar respiração do paciente 
· Estímulo de receptor periférico → ativação neurológica → sensação → processamento da sensação (SNC) + reações do indivíduo → percepção de dispneia 
Causas: 
· Vias aéreas, ex obstrução 
· Pulmão
· Coração, ex pericardite e valvopatias
· Caixa torácica
· Mediastino
· Metabólicas, ex anemia, sepse
· Reações alérgicas
· Causa neuromuscular: afeta diafragma 
· Causa psicogênica: ansiedade, transtornos de humor, síndrome do pânico
· Fator acompanhante: tosse, sibilo, dor torácica
Na anamnese: 
· Quando? - época do aparecimento 
· Como? modo de instalação: crônico, súbito, intenso, leve, progressivo 
· Quanto - intensidade (avaliação atual)
· Fatores desencadeantes e de melhora, comparação, crises, associação (com o quê?)
· Avaliação atual Borg
· Avaliação usual MRC
· MRC
Varia de 0 a 4 → quando esforço precisa fazer para sentir dispneia
0 e 1 = pessoas normais!!
2 = não consegue andar ao mesmo ritmo de pessoas da mesma idade
3 = Dispneia ao caminhar 100 metros
4 = dispneia a tarefas simples
Fatores desencadeantes: alérgenos, atividade física, estresse físico, drogas, alteração climática
Fatores de melhora e piora: 
Comparação: 
· “minha respiração é pesada” e “parece que o ar não entra” = DPOC e fibrose
· “sufocação” e “aperto no peito” = asma
· sensação de “sufocação” ou de “urgência em respirar” = ICC
Crises: duração e sintomas
Sintomas acompanhantes: sibilo, dor torácica, intolerância ao decúbito e tosse
Nomes específicos:
· Dispneia aos esforços: apenas quando o indivíduo faz atividade de esforço
· Ortopneia: dispneia piora ao deitar e melhor ao levantar
· Dispneia paroxística noturna: com intermitência, durante a noite, acorda com dispneia → ICC
· Platipneia: quando deita a dispneia melhora
· Apneia: parada da respiração
· Trepopneia:melhor ao deitar de um lado apenas
Ritmos: 
· Taquipneia: frequência mais rápida
· Ritmo de Cantani: frequência rápida com amplitude alta, taquipneia e hiperpneia 
· Dispneia suspirosa: comum em quadros psiquiátricos
· Ritmo de Kussmaul: comum em acidose: hiperpneia com uma pequena pausa inspiratória
· Ritmo de Biot: ritmo desorganizado
· Ritmo de Cheyne-Stokes: começa bradipneico, fica normopneico, taquipneico, bradipneico e apneia 
TOSSE:
 
· Causada por irritação respiratória ou extra respiratória 
· Alto impacto pessoal, social
Classificação: 
Aguda: < 3 semanas
Subaguda: 3-8 semanas - pesquisa de tuberculose 
Crônico: > 8 semanas 
Produtiva: efetiva ou não - produção de muco, com ou sem eliminação
Seca: irritativa, mais comum em doenças inflamatórias alérgicas (como asma)
Fisiologia: reflexo
· Receptores de tosse → nervos aferentes (trigêmeo, vago, glossofaríngeo e frênico) → centro da tosse → nervos eferentes (vago e fênico) → músculos efetores
· 3 fases: inspiratórias (enche de ar), compressiva (fecha epiglote) e expiratória (epiglote abre e ar sai)
Importância:
· Clearance mucociliar
· Proteção contra aspiração de alimentos, secreções e corpos estranhos
· É o mais efetivo mecanismo quando existe lesão ou disfunção ciliar, como acontece na mucocavidade, asma e discinesia ciliar
· Proteção contra arritmias potencialmente fatais → pois a tosse aumenta a Pressão no coração → pode fazer estimulo vagal e ajudar a reorganizar o ritmo cardíaco
Diminuição da efetividade da tosse:
· Anormalidades ou alterações do arco-reflexo. Ex: uso de medicamentos sedativos e narcóticos. Intubação pode acumular secreção → pneumonia por ventilação mecânica 
** por isso há necessidade de sugar a secreção de pacientes intubados
· Doenças neuromusculares
· Anomalias da laringe
· Procedimentos médicos (traqueostomia, tubo orotraqueal, cirurgias)
Causas:
Aguda: 
· infecções virais VAS/VAI (80%)
· resfriado
· rinite, laringite, traqueíte, faringite
· asma crise leve ou grave
· drogas – inibidor de eca; b-bloqueador
· embolia pulmonar pode dar tosse aguda
· exacerbação de ICC
SUBAGUDA:
· principal: pós infecciosa → pode gerar gotejamento pós nasal
· asma
· rinossinusite crônica
· doença do refluxo gastroesofágico DRGE
· outras doenças broncopulmonares (nasal posterior é rinossinusite) 
** Afastadas essas causas, as hipóteses e o manejo são iguais para tosse crônica
CRÔNICA:
· síndrome da tosse das vias aéreas superiores = gotejamento pós nasal (41%) 
· asma (24%)
· refluxo gastroesofágico (21%)
· bronquite crônica (5%)
**** tratar causa base 
DOR TORÁCICA: 
· Dor em qualquer parte do tórax
· Desafio diagnóstico 
· Presente em situações de emergências
Emergências:
· São potencialmente fatais, com sinais de má perfusão periférica 
· Síndrome coronarianas agudas, TEP, dissecção aguda de aorta, pneumotórax 
Pesquisar: má perfusão periférica: 
· Fáceis, nível de consciência, sinais vitais (perceber sinais de agravo do SNC - Glasgow), tempo de preenchimento capilar 
· Sinais de emergência do tórax: ausculta sem murmúrios 
· Sinais de agravo sistema cardiovascular: (cursando com choque) cianose, hipoperfusão 
· Hipotensão/hipertensão + dor torácica 
· Taquicardia + dor torácica 
Características:
Dor somática: pele, cartilagem, osso, musculatura, pleura parietal → normalmente por trauma
Dor visceral: segue padrão dos dermátomos, mais difícil de identificar 
Causas:
Divide-se primeiro se é cardíaca ou não-cardíaca
Dor torácica cardíaca: normalmente graves
Dor torácica com origem no aparelho respiratório:
· Aguda/ crônica
· Pulmão e pleura visceral não doem
· Dor pleurítica (parietal)→ estiramento ou fricção. Dor em momento de inspiração profunda 
· Pneumonia, TEP, pneumotórax, pleurite, infecção pleural
Avaliação clínica:
· Anamnese + exame físico
· RX - identifica pneumotórax
· TC - identifica embolia pulmonar
· ECG
· Espirometria
· Broncoscopia 
HEMOPTISE: 
· Quantidade variável de sangue que passa pela glote oriunda das vias aéreas inferiores e dos pulmões 
· Diferente de escarro hemoptoico, pseudo-hemoptise e hematêmese 
· Urgência médica: necessidade de internação 
· Tosse que sai com muito sangue de cor viva, pode ser coagulado ou não
· Escarro hemoptoico: escarro que sai com faixas de sangue
· Pseudo-hemoptise: sangramento das vias aéreas superiores ou das vias digestivas
· Hematêmese: vômito com sangue, do sistema GI, habitualmente esôfao ou estômago
Classificação:
· Hemoptise leve 100 ml em 24h
· Hemoptise moderada 100-600 ml em 24h
· Hemoptise maciça > 600ml em 24h
Causas:
· bronquiectasia, trauma, tuberculose, carcinoma da laringe, corpo estranho, pneumonia, IC descompensada, câncer de pulmão 
**TEP, tuberculose, bronquiectasia, pneumonia, trauma → causas mais comuns no Brasil
Avaliação clínica - na anamnese:
- infecções prévias
- pneumonias recorrentes
- febre, sudorese, perda de peso, passado de tuberculose
- riscos para TVP
- tabagismo
- secreção purulenta
- uso de anticoagulante/ drogas
- ciclo menstrual
Exames:
· Laboratorial → hemograma, coágulo, TAP, fibrinogênio
· RX → não ajuda!!
· TC de tórax *
· Broncoscopia *
· Arteriografia
* é para casos agudos
Tratamento:
· Posicionamento do paciente
· Estabilização do paciente
· IOT (intubação orotraqueal) seletiva
· Correção de discrasias
· Broncoscopia
· Arteriografia → emboliza arteríola que está sangrando
· Cirurgia → em casos mais ‘dramáticos
 
image5.png
image3.png
image4.png
image1.pngimage2.png

Mais conteúdos dessa disciplina