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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro AP3 – CÁLCULO IV – 2019-2 x y D y= 3√x =⇒ x=y3 8 2 Fig. 1: Região D, Questão 1. Questão 1 [2,0 pts] Considere a integral iterada I = ∫ 8 0 ∫ 2 3√x 1 y4 + 1 dy dx. (a) [0,5 pt] Esboce a região de integração. (b) [0,7 pt] Inverta a ordem de integração. (c) [0,8 pt] Calcule o valor de I. Solução: (a) Temos I = ∫∫ D 1 y4 + 1 dx dy, onde D é dada por D : 0 ≤ x ≤ 8, 3√x ≤ y ≤ 2. O esboço de D está representado na Fig. 1. (b) Podemos ver D como uma região do tipo II: D : 0 ≤ y ≤ 2, 0 ≤ x ≤ y3. Assim, I = ∫ 2 0 ∫ y3 0 1 y4 + 1 dx dy. (c) Temos I = ∫ 2 0 y3 y4 + 1 dy. Fazendo u = y4 + 1, temos du = 4y3 dy ou y3 dy = du 4 . Para y = 0, temos u = 1 e para y = 2, temos u = 17. Logo, I = ∫ 17 1 1 u du 4 = 1 4 [ ln u ]17 1 = 1 4(ln 17− ln 1) = 1 4 ln17. Ou seja, I = 1 4 ln 17. Cálculo IV AP3 2 x y D C 2 2 Fig. 2: Curva C=∂D, Questão 2. Questão 2 [2,0 pts]: Seja o campo de forças ~F (x, y) = (−y + ln(1 + x2), x+ cos(y2)), (x, y) ∈ R2. (a) [0,5 pt] ~F é uma força conservativa? Justifique. (b) [1,5 pt] Calcule o trabalho realizado pela força ~F ao longo da curva C : x2 + y2 = 4, orientada no sentido anti-horário. Solução: (a) Seja ~F (x, y) = (P (x, y), Q(x, y)) = (−y + ln(1 + x2), x+ cos(y2)). Tem-se ∂Q ∂x = 1 e ∂P ∂y = −1. Como ∂Q ∂x , ∂P ∂y , então conclui-se que o campo ~F não é conservativo. (b) Sabe-se, da teoria, que o trabalho W é dado por W = ∫ C ~F · d~r. Como ~F é de classe C1 em R2 e C está orientada no sentido anti-horário, pode-se aplicar o Teorema de Green à região D limitada por C. Temos, então W = ∫ C ~F · d~r = ∫∫ D ( ∂Q ∂x − ∂P ∂y ) dx dy (a)= ∫∫ D [1− (−1)] dx dy = ∫∫ D 2 dx dy = 2A(D) = 2 · (π · 22) = 8π. Portanto, W = 8π u.w. Questão 3 [2,0 pts]: Seja S a parte da superf́ıcie cilindrica x2 + y2 = a2, a > 0, situada entre os planos z = 0 e z = 2a. (a) [0,5 pt] Parametrize S usando as coordenadas cilindricas θ e z como parâmetros. (b) [1,0 pt] Mostre que o elemento de área de S é dado por dS = a dθ dz. x y z S a a 2a Fig. 3: Superf́ıcie S, Questão 3. (c) [0,5 pt] Calcule ∫∫ S z dS. Solução: (a) O esboço de S é mostrado na Fig. 3. Adotando as coordenadas ciĺındricas θ e z como parâmetros, temos S : ~r(θ, z) = (a cos θ, a sen θ, z) (θ, z) ∈ D : 0 ≤ θ ≤ 2π, 0 ≤ z ≤ 2a. (b) Temos ~rθ × ~rz = (−a sen θ, a cos θ, 0)× (0, 0, 1) = ∣∣∣∣∣∣∣ ~ı ~ ~k −a sen θ a cos θ 0 0 0 1 ∣∣∣∣∣∣∣ = (a cos θ, a sen θ, 0), donde ‖~rθ × ~rz‖ = √ a2 cos2 θ + a2 sen2 θ = √ a2 = a. Como dS = ‖~rθ × ~rz‖ dθ dz, então dS = a dθ dz. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV AP3 3 (c) Temos ∫∫ S z dS = ∫∫ D z a dθ dz = a ∫ 2a 0 z ∫ 2π 0 dθ dz = 2πa [ z2 2 ]2a 0 = 4πa3. Ou seja, ∫∫ S z dS = 4πa3. Questão 4 [2,0 pts]: Use o Teorema de Gauss para encontrar o fluxo do campo ~F (x, y, z) = xz~ı + yz~ + xy~k através da fronteira da região W : esfera sólida x2 + y2 + z2 ≤ 4, orientada com o vetor normal unitário ~n exterior a W . Solução: O esboço de S = ∂W é mostrado na Fig. 4. x y z S=∂W W ~n 2 2 2 Fig. 4: Superf́ıcie S=∂W , Questão 4. Pelo Teorema de Gauss, temos que o fluxo de ~F através de S = ∂W , na direção de ~n é dado por:∫∫ S ~F · ~n dS = ∫∫∫ W div ~F dV , onde div ~F = ∂(xz) ∂x + ∂(yz) ∂y + ∂(xy) ∂z = z + z + 0 = 2z. Logo, ∫∫ S ~F · ~n dS = ∫∫∫ W 2z dV . Passando para coordenadas esféricas, temos: 2z dV = (2ρ cosφ)(ρ2 senφ) dρ dφ dθ = 2ρ3 cosφ senφ dρ dφ dθ, e W é dado por: Wρφθ : 0 ≤ ρ ≤ 2, 0 ≤ φ ≤ π, 0 ≤ θ ≤ 2π. Então,∫∫ S ~F · ~n dS = ∫∫∫ Wρφθ 2ρ3 cosφ senφ dρ dφ dθ = ∫ 2 0 2ρ3 ∫ π 0 cosφ senφ ∫ 2π 0 dθ dφ dρ = 2π [ sen2 φ 2 ]π 0︸ ︷︷ ︸ = 0 [ 2ρ4 4 ]2 0 = 0. Ou seja, ∫∫ S ~F · ~n dS = 0. Questão 5 [2,0 pts]: Use o Teorema de Stokes para calcular ∮ C ~F · d~r, ao redor da curva C: quadrado limitado pelas retas x = ±1 e y = ±1, no plano xy no sentido anti-horário quando vista de cima se ~F (x, y, z) = (x2 − y)~ı + 4z~ + x2~k . Solução: O esboço de C é dado na figura abaixo: Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV AP3 4 x y z C 1 −1 1 −1 Fig. 5: Quadrado C. x y z ~n S C=∂S 1 −1 1 −1 Fig. 6: Superf́ıcie S limitada por C. Seja S a porção do plano z = 0 limitada pela curva C com orientação ~n = ~k . Temos ∂S = C. Podemos descrever S como gráfico da função z = 0, (x, y) ∈ D : −1 ≤ x ≤ 1, −1 ≤ y ≤ 1. Temos dS = √ 1 + (zx)2 + (zy)2 dx dy = √ 1 + 0 + 0 dx dy = dx dy. O rotacional de ~F é dado por: rot ~F = ∣∣∣∣∣∣∣ ~ı ~ ~k ∂/∂x ∂/∂y ∂/∂z x2 − y 4z x2 ∣∣∣∣∣∣∣ = (−4,−2x, 1). Pelo Teorema de Stokes, temos:∮ C ~F · d~r = ∫∫ S rot ~F · ~n dS = ∫∫ D (−4,−2x, 1) · (0, 0, 1) dx dy = ∫∫ D dx dy = A(D) = 2 · 2 = 4. Ou seja, ∮ C ~F · d~r = 4. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ