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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Cálculo IV – AD2 – Tutor Questão 1 [2,0 pts] Calcule o trabalho realizado pelo campo de forças ~F(x, y) = (xy, y) ao mover uma part́ıcula ao longo da curva C formada pela reunião dos segmentos de reta C1, C2, C3 e C4, como na Figura 1. x y C1 C2 C3 C4 1 3 4 1 3 Fig. 1: Curva C = C1 ∪C2 ∪C3 ∪C4, Questão 1. Solução: O trabalho é dado por W = ∫ C ~F d~r, onde C = C1 ∪C2 ∪C3 ∪C4. Por propriedades das integrais de linha, temos:∫ C ~F · d~r = ∫ C1 ~F · d~r + ∫ C2 ~F · d~r + ∫ C3 ~F · d~r + ∫ C4 ~F · d~r. Cálculo de ∫ C1 ~F · d~r. Uma parametrização de C1 é dada por ~r(t) = (t, 1), 1 ≤ t ≤ 3, donde ~r ′(t) = (1, 0). Logo,∫ C1 ~F · d~r = ∫ 3 1 ~F(~r(t)) · ~r ′(t) dt = ∫ 3 1 (t, 1) · (1, 0) dt = ∫ 3 1 t dt = [ t2 2 ]3 1 = 9 2 − 1 2 = 8 2 = 4. Cálculo de ∫ C2 ~F · d~r. Uma parametrização de C2 é dada por ~r(t) = A + t(B − A), 0 ≤ t ≤ 1, com A = (3, 1) e B = (1, 3). Então ~r(t) = (3, 1) + t((1, 3) − (3, 1)) = (3, 1) + t(−2, 2) = (3 − 2t, 1 + 2t), 0 ≤ t ≤ 1. Donde ~r ′(t) = (−2, 2). Assim,∫ C2 ~F · d~r = ∫ 1 0 ~F(~r(t)) · ~r ′(t) dt = ∫ 1 0 ((3 − 2t)(1 + 2t) , (1 + 2t)) · (−2, 2) dt = −2 ∫ 1 0 (3 + 6t − 2t − 4t2 − 1 − 2t) dt = −2 ∫ 1 0 (2 + 2t − 4t2) dt = −2 [ 2t + t2 − 4t3 3 ]1 0 = −2 ( 2 + 1 − 4 3 ) = − 10 3 . Cálculo IV – AD1 AD2 – Tutor 2 Cálculo de ∫ C3 ~F · d~r. Uma parametrização de C3 é dada por ~r(t) = (t, 3), 1 ≤ t ≤ 4, donde ~r ′(t) = (1, 0). Então∫ C3 ~F · d~r = ∫ 4 1 (3t, 3) · (1, 0) dt = ∫ 4 1 3t dt = [ 3t2 2 ]4 1 = 45 2 . Cálculo de ∫ C4 ~F · d~r. Uma parametrização de C4 é dada por ~r(t) = (4, 1 − 2t), −2 ≤ t ≤ 0, donde ~r ′(t) = (0,−1). Assim,∫ C4 ~F · d~r = ∫ 0 −2 ~F(~r(t)) · ~r ′(t) dt = ∫ 0 −2 (4(1 − t), (1 − t)) · (0,−1) dt = ∫ 0 −2 (−1 + t) dt = [ − t + t2 2 ]0 −2 = −(2 + 2) = −4. Substituindo acima, temos: ∫ C ~F · d~r = 4 − 10 3 + 45 2 − 4 = 115 6 . Ou seja, ∫ C ~F · d~r = 115 6 . Questão 2 [2,0 pts]: Calcule a integral∫ C (1 + ln x + ey) dx + (xey + sen3 y) dy em que C é o segmento de reta que liga o ponto (1, 0) ao ponto (e, π). Solução: O campo ~F(x, y) = (P(x, y),Q(x, y)) = (1 + ln x + ey , xey + sen3 y) é de classe C1 no conjunto aberto U = { (x, y) ∈ R2 ; x > 0 } (ver Figura 2). x y C 1 1 e π Fig. 2: Segmento C ⊂ U. Questão 2. Como ∂Q ∂x − ∂P ∂y = ey − ey = 0 e U é um conjunto simplesmente conexo, então, pelo teorema das equivalências, segue que ~F é um campo conservativo. Uma função potencial ϕ(x, y) é encontrada resolvendo o seguinte sistema: ∂ϕ ∂x = 1 + ln x + ey (1) ∂ϕ ∂y = xey + sen3 y (2) De (1), temos ϕ(x, y) = x ln x + xey + f (y), (3) onde f (y) é uma constante de integração. Derivando (3) em relação a y e comparando com (2), temos xey + f ′(y) = xey + sen3 y, ou f ′(y) = sen3 y, donde f (y) = ∫ sen3 y dy = ∫ (1 − cos2 y) sen y dy = − cos y + cos3 y 3 +C. Substituindo acima, temos a faḿılia de funções potenciais de ~F: ϕ(x, y) = x ln x + xey − cos y + cos3 y 3 +C. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – AD1 AD2 – Tutor 3 Fazendo C = 0, temos uma função potencial ϕ(x, y) = x ln x + xey − cos y + cos3 y 3 . Logo, pelo teorema fundamental do cálculo para integrais de linha, temos:∫ C ~F · d~r = ϕ(e, π) − ϕ(1, 0) = ( e ln e + eeπ − cos π + cos3 π 3 ) − ( ln 1 + e0 − cos 0 + cos3 0 3 ) = ( e + e1+π + 1 − 1 3 ) − ( 0 + 1 − 1 + 1 3 ) = e + e1+π + 1 3 . Quer dizer, ∫ C ~F · d~r = e + e1+π + 1 3 . Questão 3 [4,0 pts]: Considere o campo vetorial ~F(x, y) = y 4x2 + 9y2 ~ı − x 4x2 + 9y2 ~ . (a) [1,0 pt] Calcule a integral ∫ C ~F · d~r, em que C é a elipse 4x2 + 9y2 = 1, orientada no sentido anti-horário. (b) [1,0 pt] Calcule a integral ∫ C1 ~F ·d~r, em que C1 é a circunferência (x−1)2+ (y−1)2 = 1, orientada no sentido anti-horário. (c) [2,0 pt] Calcule a integral ∫ C2 ~F ·d~r, em que C2 é a fronteira do losango de vértices (−1, 0), (0, 1), (1, 0) e (0,−1), orientado no sentido anti-horário. Solução: (a) O campo ~F(x, y) = ( y 4x2 + 9y2 , − x 4x2 + 9y2 ) é de classe C1 no conjunto aberto U = R2 − {(0, 0)}. O esboço de C é mostrado na Figura 3. x y C 1 2 1 3 Fig. 3: Elipse C. Questão 3 (a). Temos ∂Q ∂x − ∂P ∂y = −4x2 − 9y2 + 8x2 (4x2 + 9y2)2 − 4x2 + 9y2 − 18y2 4x2 + 9y2)2 = 0. Como U não é um conjunto simplesmente conexo, não podemos aplicar o teorema das equivalências. Também não podemos usar o teorema de Green pois a região limitada por C não está contida em U. Então, só nos resta aplicar a definição para calcular a integral. Parametrizando C, temos: x = 1 2 cos t, y = 1 3 sen t, 0 ≤ t ≤ 2π, donde, dx = − 1 2 sen t cos t, dy = 1 3 cos t dt. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – AD1 AD2 – Tutor 4 Assim, ∫ C ~F · d~r = ∫ 2π 0 1 3 sen t ( −1 2 sen t ) 1 − 1 2 cos t ( 1 3 cos t ) 1 dt = ∫ 2π 0 ( − 1 6 sen2 t − 1 6 cos2 t ) dt = − 1 6 · 2π = − π 3 . Ou seja, ∫ C ~F · d~r = − π 3 . (b) O esboço de C1 é mostrado na Figura 4 x y D1 C1=∂D1 1 1 Fig. 4: Curva C1 ⊂ U. Questão 3 (b). Como a região D1 limitada por C1 está contida em U, então podemos aplicar o teorema de Green. Temos ∫ C1 ~F · d~r = ∫∫ D1 ( ∂Q ∂x − ∂P ∂y ) dx dy = ∫∫ D1 0 dx dy = 0. Ou seja, ∫ C1 ~F · d~r = 0. (c) O esboço de C2 é mostrado na Figura 5 x y D C C2 1 2 1 3 1−1 1 −1 Fig. 5: Curvas C e C2 delimitando D. Questão 3 (c). Consideremos a região D limitada por C2 e C, com C : 4x2 + 9y2 = 1 orientada no sentido horário. Como D ⊂ U então, pelo teorema de Green, temos: Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – AD1 AD2 – Tutor 5 � C2 ~F · d~r + C ~F · d~r = 0, donde � C2 ~F · d~r = − C ~F · d~r = � C ~F · d~r = − π 3 . Quer dizer, � C2 ~F · d~r = − π 3 . Questão 4 [2,0 pts]: Determine a massa da parte da superf́ıcie z2 = 3x2 + 3y2 que satisfaz z ≥ 0 e x2 + y2 ≤ 2y, com densidade δ(x, y, z) = √ x2 + y2. Solução: Parametrizamos a superf́ıcie S utilizando coordenadas polares como parâmetros. Temos então S : ~r(r, θ) = (r cos θ, r sen θ, √ 3r2 cos2 θ + 3r2 sen2 θ) = (r cos θ, r sen θ, √ 3 r), com (r, θ) ∈ D : 0 ≤ r ≤ 2 sen θ, 0 ≤ θ ≤ π. Também, ~rr × ~rθ = (cos θ, sen θ, √ 3) × (−r sen θ, r cos θ, 0) = (− √ 3r cos θ,− √ 3r sen θ, r) e ‖~rr × ~rθ‖ = √ 3r2 cos2 θ + 3r2 sen2 θ + r2 = 2r. Assim, M = ∫∫ D √ r2 cos2 θ + r2 sen2 θ 2r dr dθ = 2 ∫ π 0 ∫ 2 sen θ 0 r2 dr dθ = 2 ∫ π 0 [ r3 3 ]2 sen θ 0 dθ = 16 3 ∫ π 0 sen3 θ dθ = 16 3 ∫ π 0 (1 − cos2 θ) sen θ dθ = 16 3 [ − cos θ + cos3 θ 3 ]π 0 = 16 3 [( 1 − 1 3 ) − ( −1 + 1 3 )) = 16 3 · 4 3 = 64 9 . Quer dizer, M = 64 9 u.m. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ