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Periodização completa de 
treinamento
Apresentação
Ao assistir a uma prova de uma modalidade esportiva de elite, tem-se noção da grande potência do 
organismo humano por meio de performances incríveis. São movimentos realizados em detalhes, 
agilidade e coordenação perfeita que podem render o podium ou não. Entretanto, ao refletir todos 
esses parâmetros, não se imagina o esforço, a dedicação e o treinamento intenso que 
foram necessários para chegar até ali.
Para a formação de um atleta de alto nível e performance, é necessário imenso esforço não somente 
do atleta, mas também da equipe toda, que cuida para que todos os passos, fases e ciclos sejam 
atravessados com sucesso até a competição. Os treinadores são parte fundamental dessa equipe 
cujo objetivo é cuidar detalhadamente de todas as etapas que antecedem uma competição e, 
depois, dela também. Assim, buscam, por meio de métodos fundamentados na literatura, periodizar 
o melhor treinamento físico para desenvolver e habilitar a melhor perfomance daquele atleta. São 
muitas etapas, ciclos e sessões de treinamento planificados, isto é, planejados um a um para que se 
alcançe o resultado final.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender como esse processo acontece, buscando 
fundamentação nos diferentes modelos de periodização existentes na literatura. Você será capaz 
de compreender os princípios básicos de treinamento e, com isso, proporcionar periodizações para 
o desenvolvimento de atletas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as etapas fundamentais na montagem da periodização completa de treinamento.•
Considerar as especificidades na montagem de periodização completa do treinamento.•
Discutir o heterocronismo da aplicação das cargas em cada ciclo do treinamento.•
Infográfico
A prática profissional, muitas vezes, se afasta da teoria proposta durante a graduação; há uma 
dinâmica constante: diversos alunos para gerenciar, planilhas de treinamento para acompanhar e 
realizar, avaliações dos treinamentos já em andamento, enfim, a vida prática profissional da área é 
intensa. No entanto, cabe destacar que essa dinâmica traz à tona uma prática um tanto prejudicial à 
área: os treinos prontos. Ao lidar com um indivíduo, devem-se levar em consideração todos os 
princípios do condicionamento físico ressaltando o da individualidade biológica que extingue a 
possibilidade de uma planificação geral.
Assim, para reforçar os diferentes métodos de periodização e suas principais características, 
auxiliando uma escolha efetiva, o Infográfico resume as principais características do modelo em 
blocos aplicado em uma modalidade esportiva.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/e59a3839-17f2-4944-988e-f75279bf64c5/bf622b9c-18fe-456f-b7ab-aaef771122db.png
Conteúdo do livro
A preocupação com a utilização de métodos para obtenção da forma física data da Grécia Antiga e 
seus característicos jogos. Posteriormente, o povo romano contribuiu para a manutenção do 
interesse e do avanço no conhecimento sobre como melhorar e manter a forma física, mas, dessa 
vez, para a performance relacionando as guerras por territórios. Desde então, modelos ou sistemas 
de treinamento têm sido propostos de maneira que os Jogos Olímpicos, no final do século XIX, 
tenham sido efetivamente um marco para o desenvolvimento dessas teorias relacionadas à 
performance desportiva.
No capítulo Periodização completa de treinamento, da obra Treinamento desportivo, base teórica 
desta Unidade de Aprendizagem, você vai ver quais são os principais modelos de periodização em 
treinamento despotivo, bem como suas características peculiares e aplicações práticas.
Boa leitura.
TREINAMENTO 
DESPORTIVO
Salma Hernandez
Periodização completa 
de treinamento
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar as etapas fundamentais na montagem da periodização 
completa de treinamento.
  Considerar as especificidades na montagem de periodização completa 
de treinamento.
  Discutir o heterocronismo da aplicação das cargas em cada ciclo do 
treinamento.
Introdução
Modelos de periodização de treinamento físico são cruciais para o plane-
jamento a longo prazo. Tais modelos descrevem fundamentos propostos 
por estudiosos da área que aplicaram e teorizaram seus achados e emba-
saram a proposição desses modelos até a atualidade. Esses fundamentos 
contemplam indicações sobre, por exemplo, como direcionar a carga de 
trabalho e em que momento utilizar mais intensidade ou volume a fim 
de alcançar a forma desportiva.
Neste capítulo, você vai conhecer as características dos principais 
modelos teóricos da periodização em treinamento desportivo, consi-
derando suas especificidades a longo prazo. Além disso, vai estudar a 
importância do heterocronismo na aplicação das cargas e seus efeitos 
em termos de periodização. 
1 Modelos de periodização de treinamento
Há muito tempo autores buscam fundamentar proposições de periodizações 
efi cientes em treinamento físico. Como cada autor contribui caracteristi-
camente para alguma modalidade desportiva ou performance, ressalva-se 
que não há um modelo melhor que os demais, e sim aqueles que melhor 
se adequam às condições desta ou daquela modalidade, geralmente se 
modernizando ao longo do tempo. Dentre os diversos modelos ou métodos 
de periodização existentes, vamos discutir os principais: clássico, modular, 
pendular, por blocos e ondulatório (PLATONOV, 2008; BOMPA, 2012; 
FUNDAÇÃO VALE, 2013).
O modelo mais utilizado na prática, cujos primórdios remontam à década 
de 1950, é o modelo clássico proposto por Leo Matveev (1997), considerado 
o pai da teoria da periodização. Tal modelo se fundamenta na síndrome de 
adaptação geral, que consiste em diferentes fases para se atingir a forma 
desportiva: desenvolvimento, conservação e perda. Assim, nesse modelo de 
periodização o ciclo anual de treinamento, ou macrociclo, é dividido em três 
períodos bem definidos: preparatório, competitivo e transitório, relacionados às 
diferentes fases de forma desportiva, em que deverão ser realizadas diferentes 
proposições entre volume e intensidade dos estímulos. 
Por sua vez, o modelo modular surge em meados dos anos 1970, pro-
posto por Vorobjev. O racional desse modelo era oposto àquele proposto por 
Matveev, uma vez que no treinamento modular preconiza-se a preparação 
específica (e não a geral), com mudanças intensas e frequentes de volume e 
intensidade das cargas de treinamento durante toda a temporada. No recorte 
histórico da periodização, esse é o primeiro modelo a se afastar do modelo 
clássico e do emprego da preparação geral (PLATONOV, 2008; BOMPA, 
2012; FUNDAÇÃO VALE, 2013).
Já o modelo pendular foi proposto por Arosjev e Kalinin também nos 
anos 1970 (FORTEZA DE LA ROSA, 1994). Trata-se de um aperfeiçoa-
mento do método proposto por Matveev, em que são mantidos os períodos 
de preparação, mas são acrescidos pressupostos sobre o descanso ativo e 
sua relação positiva com a capacidade no restabelecimento do trabalho. 
Esse método também preconiza a sequência de microciclos básicos e de 
regulação (discutidos no próximo tópico) no restabelecimento eficaz e na 
capacidade de suportar ritmos elevados e reduzidos de trabalho geral pelo 
organismo do atleta. Desse modo, quanto maiores forem os pêndulos, maior 
será a manutenção da forma desportiva. O fundamento básico do modelo 
pendular é impor vários picos de rendimento durante uma temporada, 
aproximando-se do calendário competitivo anual (Figura 1) (PLATONOV, 
2008; BOMPA, 2012; FUNDAÇÃO VALE, 2013). 
Periodização completa de treinamento2
Figura 1. Ilustração da distribuição de intensidade de cargas específicas e gerais ao longo dos 
ciclos (períodos) de treinamento anual. O modelo pendular é caracterizado pela alternânciade cargas com ênfase nos períodos pré-competição.
Fonte: Adaptada de Tavares Junior (2014). 
O modelo por blocos foi proposto por Yuri Verkhoshanski em 1983 e 
apresenta mudanças importantes no que vinha sendo preconizado até então, 
mas ainda com forte influência do método clássico. Este é um método de 
cargas concentradas propício aos desportos com caracterização de força. Para 
isso, são propostos três blocos: bloco A (preparação física especial), bloco B 
(preparação técnico-tática) e bloco C (competições). Portanto, é um método 
adequado para atletas de elite (repare que não há preparação geral).
A ideia central do método por blocos consiste em sobrepor parte dos conte-
údos dos blocos aproveitando os efeitos retardados do bloco anterior, utilizando 
cargas concentradas, unidirecionais e com elevados volumes e promovendo 
recuperações incompletas e processo de supercompensação. O modelo por 
blocos apresenta dois grandes blocos, preparação e competição, um mais 
volumoso e menos intenso e o outro mais intenso e menos volumoso, no qual 
deverão ocorrer os melhores resultados (PLATONOV, 2008; BOMPA, 2012; 
FUNDAÇÃO VALE, 2013). 
3Periodização completa de treinamento
Por fim, o modelo ondulatório é caracterizado pela variação frequente de 
volume e intensidade durante as sessões de treinamento, buscando estimular 
diferentes qualidades físicas. Por essas características, o modelo pode ser 
aplicado por períodos curtos (semanas ou meses), longos (anos) ou para prepa-
ração competitiva. Por meio dessa variação frequente de volume e intensidade, 
esse modelo visa diminuir o risco de lesões e overtraining, eliminar o tédio 
e melhorar a recuperação do indivíduo entre os estímulos. Os mesociclos de 
treinamento são divididos de maneira similar à periodização clássica, mas 
levam o nome do objetivo a ser alcançado, como mesociclo de força máxima, 
de força rápida, de descanso ativo, etc. (Figura 2) (PLATONOV, 2008; BOMPA, 
2012; FUNDAÇÃO VALE, 2013).
Figura 2. Ilustração da distribuição variada entre volume e intensidade durante um ma-
crociclo do modelo ondulatório. Esse modelo se caracteriza pela variação entre volume e 
intensidade ao longo de macrociclos, mesociclos ou até mesmo microciclos.
Fonte: Adaptada de Tavares Junior (2014).
Como se pode observar, cada um dos modelos de treinamento ilustrados 
apresenta fundamentos e características peculiares que devem ser utilizadas 
nas periodizações em treinamento físico, considerando aquelas que melhor se 
adequem a cada desporto, atleta, condições de temporada/competições, etc. 
Assim, seguimos para o próximo tópico, em que discutiremos de forma mais 
aprofundada como manipular todas as fases do treinamento.
Periodização completa de treinamento4
2 Especificidades da periodização completa 
de treinamento
A elaboração de um treinamento físico rege etapas bem elaboradas e con-
troladas por variáveis agudas e princípios do condicionamento que poderão 
ser aplicados em diferentes modelos de periodização descritos na literatura. 
De acordo com Forteza de La Rosa (2000), o processo de preparação de um 
atleta é não intuitivo e suas fi nalidades devem estar em concordância com os 
problemas e necessidades, que precisam ser claramente identifi cados, levando-
-se em conta fatores climáticos e ambientais. Assim, o processo de preparação 
de um atleta é considerado um processo sequencial, lógico e sistematizado, 
em que gradualmente se desenvolve a forma desportiva. 
Diante disso, para que esse planejamento e suas etapas sejam cumpridas, 
alguns conceitos ou classificações são aplicáveis, como preparação plurianual, 
anual, macrociclo, mesociclo, microciclo e sessão de treinamento (PLATONOV, 
2008; BOMPA, 2012).
A preparação plurianual é composta por várias preparações anuais (tempo-
radas). Já a preparação anual compreende geralmente a um macrociclo, que, 
por sua vez, é composto por mesociclos constituídos por vários microciclos, 
que correspondem às sessões de treinamento. Como observado, esses conceitos 
atuam em rede hierárquica no planejamento do treinamento.
Uma preparação plurianual também se relaciona com a definição etária ótima 
em que atletas podem apresentar melhores performances em diferentes modalida-
des. De maneira geral, é necessário seguir durante vários anos um determinado 
treinamento para se obter resultados esportivos de elite, ou seja, uma preparação 
e formação ao longo da vida do indivíduo (PLATONOV, 2008; BOMPA, 2012)
Frequentemente, utiliza-se a preparação anual ou temporada, visando a forma 
desportiva ao longo do planejamento, geralmente de 12 meses, culminando nos 
melhores resultados perto das competições principais. Considerando que um 
macrociclo corresponde a uma preparação anual, existirão vários mesociclos 
ao longo da temporada, cujas durações são, em média, de três a seis semanas.
Os mesociclos possibilitam a sistematização da preparação de acordo com 
a tarefa principal de determinado período, garantindo uma dinâmica ótima de 
cargas e uma composição racional dos vários métodos de preparação. Assim, 
de acordo com Platonov (2008), uma correta aplicação dos mesociclos garantirá 
um bom direcionamento dos microciclos, organizando-os para diferentes tipos 
de cargas de treinamento e visando um acúmulo de estímulos.
Nesse contexto, vejamos uma classificação dos diferentes mesociclos de 
treinamento (MATVEEV, 1997; PLATONOV, 2008):
5Periodização completa de treinamento
  Mesociclo de introdução — o objetivo é a melhora do trabalho especí-
fico, embora a carga de treinamento ainda seja voltada para a preparação 
física geral.
  Mesociclo de base — visa ao aumento das capacidades funcionais 
globais, bem como o preparo técnico, tático e psicológico do atleta, 
com utilização de volume e intensidade altos.
  Mesociclo de preparação e controle — busca o desenvolvimento da 
capacidade integral e a finalização da forma desportiva (decorrente das 
etapas anteriores). É a fase mais específica de treinamento e mimetiza 
as condições de competição.
  Mesociclo de pré-competição — é tido para apurar pequenas falhas 
em busca do aperfeiçoamento da capacidade técnica do atleta.
  Mesociclo de competição — definido pela especificidade de cada 
modalidade desportiva.
Ao planejar mesociclos para mulheres, convém avaliar seu biorritmo mensal, ou seja, a 
alteração de seu estado funcional em decorrência do ciclo biológico menstrual. Alguns 
estudos comprovam uma variação da capacidade de trabalho durante o ciclo menstrual, 
sendo atribuída a flutuações das capacidades de força, velocidade e resistência especial e 
por perturbações na coordenação motora, bem como por alterações de humor, como irri-
tabilidade e instabilidade emocional. Gomes (2009) propõe a seguinte aplicação de variação 
de carga dentro de um mesociclo (Quadro 1) considerando um ciclo menstrual de 28 dias.
Quadro 1. Variação da carga durante um mesociclo de treinamento para mulheres de 
acordo com um ciclo menstrual de 28 dias
 Fonte: Adaptado de Gomes (2009). 
Dia Fase Característica da carga Tipo de microciclo
1º–3º Menstrual Média Ordinário
4º–12º Pós-menstrual Média Choque
13º–14º Ovulatória Média Estabilizador
15º–25º Pós-ovulatória Alta Choque
26º–28º Pós-menstrual Baixa Recuperativo
Periodização completa de treinamento6
Os microciclos correspondem às unidades estruturais do planejamento a 
longo prazo, constituídos por sessões de treinamento que atendem ao cumpri-
mento de um mesociclo. Geralmente possuem durações semanais ou mensais. 
Esses ciclos sofrem influência das condições ambientais e externas, mas não 
devem repercutir no desenvolvimento e nos objetivos traçados no mesociclo 
e macrociclo (PLATONOV, 2008; TUBINO; MOREIRA, 2003). Vejamos 
uma classificação dos diferentes microciclos de treinamento de acordo com 
a temporada (PLATONOV, 2008).
  Microciclos de treinamento:
 ■ microciclo de choque — caracteriza-se por altas cargas de treina-
mento, próximas ou mesmo no limite do atleta (80–100%), o que leva 
a umamobilização máxima das reservas energéticas do organismo;
 ■ microciclo ordinário — impõe cargas de treinamento moderadas, 
de 60 a 80% do máximo do atleta;
 ■ microciclo estabilizador — tem como objetivo a manutenção da 
forma física do atleta, cuja grandeza das cargas ficam entre 40 e 
60% do seu máximo;
 ■ microciclo recuperativo de manutenção — o objetivo principal deste 
microciclo é assegurar a recuperação do atleta, mas possibilitando ao 
mesmo a manutenção de certas adaptações obtidas nos microciclos 
anteriores e da condição integral do atleta (cargas entre 30 e 40% 
do máximo). 
 ■ microciclo recuperativo — visa a recuperação completa do atleta, 
com cargas de treinamento por volta de 10–20% do seu máximo e 
com dias de descanso.
  Microciclo preparatório de controle: geralmente é aplicado ao final 
de etapas de preparação, incorporando ao treinamento participação em 
situações próximas ou até mesmo idênticas ao que o atleta encontrará 
nas competições.
  Microciclo pré-competitivo: é o período de preparação que se encon-
tra próximo às competições objetivadas pelo atleta. Não é indicada a 
utilização de cargas máximas e os treinamentos de alta intensidade se 
alternam com fases de recuperação.
  Microciclo competitivo: o objetivo deste microciclo é transferir o que 
foi realizado durante os treinamentos para as competições.
7Periodização completa de treinamento
Toda essa fragmentação do planejamento do treinamento tem como ob-
jetivo possibilitar o alcance da forma desportiva em uma sequência de fases: 
aquisição, manutenção e perda temporária. Para que isso ocorra dentro de um 
macrociclo, devem estar presentes três fases de desenvolvimento da forma 
esportiva: período preparatório, período competitivo e período transitório 
(BOMPA, 2012; PLATONOV, 2008; TUBINO; MOREIRA, 2003).
Período preparatório
Subdividido em preparação geral e específi ca. Na preparação geral, o objetivo 
é potencializar as capacidades coordenativas e motoras, criando uma base 
para posteriormente progredir em atividades específi cas à modalidade, além 
de desenvolver as qualidades técnico-desportivas e psicológicas. Por sua vez, 
a preparação específi ca garante o estabelecimento direto da forma esportiva 
impondo estímulos específi cos e muitas vezes idênticos aos realizados nas 
competições.
Período competitivo
É o período que envolve a competição em si. Nele, o objetivo do treinamento 
é a manutenção da forma adquirida nos períodos anteriores, bem como pro-
gressivamente desenvolver ainda mais o rendimento competitivo, culminando 
em um nível excelente de condicionamento do atleta, além do cumprimento 
dos resultados traçados no início da temporada.
Período transição
É o período entre a competição e o início da próxima temporada ou ma-
crociclo. O objetivo desse período é a recuperação completa do atleta de-
pois dos períodos extenuantes de treinamento e competição, reduzindo-se 
drasticamente os volumes e as intensidades do treinamento. No entanto, é 
importante ressalvar que não se trata de um destreinamento, e sim de uma 
fase de manutenção básica da forma física, principalmente por meio do 
descanso ativo. Este também é o período de recuperação das possíveis lesões 
decorrentes da temporada.
Periodização completa de treinamento8
Embora essa fragmentação em períodos e ciclos de treinamento seja bem aceita 
na literatura, alguns aspectos vêm sendo criticados ao longo do tempo, desde sua 
proposição teórica por Matveev. Dentre eles pode-se destacar a dificuldade, por 
exemplo, de desenvolver todos os períodos preparatórios em calendários competi-
tivos com várias competições ao ano, ou então a questão da preparação geral para 
específica, em que alguns autores não veem tanta vantagem na aplicação específica 
nas modalidades desportivas, sendo um fundamento para tal crítica a consequente 
linearidade (propiciando monotonia) da proposição dos períodos. Todas essas críticas 
justificam novas proposições de modelos teóricos para a periodização em treinamento 
desportivo (PLATONOV, 2008; BOMPA, 2012).
Seja como for, ao entender melhor cada um dos modelos e suas caracterís-
ticas, o treinador pode optar por aquele que mais casa com suas necessidades. 
O domínio das ferramentas e de suas partes constituintes de periodização a 
longo prazo é fundamental para que a forma desportiva seja alcançada com 
sucesso. Contudo, a mera aplicação sistemática de estímulos segundo um 
modelo teórico não basta para alcançar a forma desportiva. Na verdade, é no 
processo de relação entre estímulo e recuperação que essa forma se desenvolve. 
O controle desse processo é o que veremos no próximo tópico.
3 Heterocronismo nos ciclos de treinamento
Para Verkhoshanski (2002), o heterocronismo se manifesta pela diversidade 
de duração inerente ao processo de evolução dos diferentes componentes do 
desempenho, em função das transformações ocorridas no organismo. Isto 
é, trata-se de um fenômeno dado pelos diferentes tempos exigidos por cada 
capacidade orgânica para que se atinjam níveis de adaptação importantes.
Resumidamente, o desempenho esportivo pode ser maximizado pela rela-
ção entre duas variáveis: carga e adaptação. A primeira representa a quebra 
da homeostase e a segunda, o aprimoramento do estado funcional/orgânico 
(PLATONOV, 2008). 
9Periodização completa de treinamento
Diante disso, para que seja alcançada uma otimização ao longo de várias 
sessões de treinamento, é preciso controlar os componentes isolados em cada 
uma delas, isto é, o estímulo gerado em cada sessão de treinamento, obser-
vando aspectos quantitativos (duração, volume e frequência) e qualitativos 
(intensidade e densidade) desse estímulo (Figura 3) (PLATONOV, 2008; 
WEINECK, 1999; FUNDAÇÃO VALE, 2013).
Figura 3. Ilustração dos componentes do estímulo no treinamento físico. O estímulo 
em cada sessão de treinamento deve ser observado mediante parâmetros qualitativos e 
quantitativos para que a otimização da soma dos microciclos seja alcançada.
Fonte: Fundação Vale (2013, p. 49). 
A medida mais frequente para quantificar a intensidade nos treinamentos 
que buscam o desenvolvimento de resistência, força muscular, velocidade e 
flexibilidade é dada pela porcentagem do desempenho máximo individual. 
No entanto, outros parâmetros como a densidade desses estímulos, sua du-
ração e seu volume também exercem impacto no desenvolvimento da forma 
desportiva ao longo da periodização. Assim, se o intervalo entre os estímulos 
for curto demais (densidade alta), se a distância do percurso for longa demais 
(duração longa) ou ainda se o número de repetições for muito elevado, todos 
esses aspectos levarão a uma maior intensidade dos estímulos (PLATONOV, 
2008; WEINECK, 1999; FUNDAÇÃO VALE, 2013; GOMES, 2009).
Ainda cabe destacar que a relação entre carga e adaptação será mediada do ponto 
de vista biológico em decorrência da quebra da homeostase orgânica do atleta. Essa 
quebra homeostática, por sua vez, será decorrente especificamente do metabolismo 
celular e da utilização das vias energéticas para a produção do movimento (PLA-
TONOV, 2008; WEINECK, 1999; FUNDAÇÃO VALE, 2013; GOMES, 2009).
Por tudo isso, a melhora do desempenho esportivo também depende da obser-
vação de períodos de descanso ou recuperação. Acompanhar apenas o estímulo 
ou observar o período de recuperação de forma insuficiente pode comprometer o 
Periodização completa de treinamento10
desenvolvimento da forma desportiva. Essas duas variáveis devem seguir muito 
bem controladas para a efetividade do treinamento. Assim, o heterocronismo 
da recuperação se dá em decorrência do acúmulo de estímulos e/ou de sessões 
de treinamento de acordo com a graduação do tempo de recuperação. Quando 
essas relações se estabelecem de forma positiva, há um estado de aumento da 
capacidade de trabalho e desempenho, fenômeno chamado de supercompensação.
Com isso em mente, teremos a recuperação classificada em duas grandes cate-
gorias: recuperação ativa (caminhada, corrida, etc.) epassiva (massagens, banhos 
quentes, sauna, etc.). Esta última remonta à era antiga, em que banhos eram propostos 
não somente como medidas recuperativas para esportistas, mas também profiláti-
cas e relacionadas à saúde. Já a recuperação ativa surgiu um pouco depois, com a 
observação dos resultados em diferentes modelos de periodização em treinamento 
(PLATONOV, 2008; WEINECK, 1999; FUNDAÇÃO VALE, 2013; GOMES, 2009).
Alguns estudos apontam que uma recuperação ativa traz diversos benefícios, 
como aumento da irrigação local, favorecendo a eliminação de metabólitos 
decorrentes do trabalho muscular. Kindermann verificou que a alta concentração 
de lactato decorrente da prática de corrida retoma os níveis basais em 30 minutos 
quando há uma recuperação ativa, acrescentando que esse período é signifi-
cativamente mais longo em caso de recuperação passiva (WEINECK, 1999). 
Segundo Gomes (2009), as relações entre as fases de recuperação e as 
formas de intervalo devem ser conforme as ilustradas na Figura 4.
Figura 4. Correspondência entre as diferentes fases de recuperação e as formas de intervalo. 
Fonte: Gomes (2009, p. 85).
11Periodização completa de treinamento
A fase de recuperação imediata abrange os primeiros minutos de descanso 
após o trabalho, e caracteriza-se por um ritmo acelerado de reações recuperativas, 
ligadas à eliminação dos produtos dos processos anaeróbicos que se acumulam 
durante a execução do exercício e à reposição do débito de O2 que se formou (PLA-
TONOV, 2008; WEINECK, 1999; FUNDAÇÃO VALE, 2013; GOMES, 2009).
A fase de recuperação lenta pode levar muitas horas de descanso, depen-
dendo do caráter do exercício executado. Essa fase caracteriza-se pelo reforço 
dos processos de restauração do equilíbrio iônico e endócrino no organismo, 
perturbado durante o exercício.
Depois de algum tempo, após a recuperação completa, as reservas energéticas 
podem superar o nível verificado antes do trabalho (supercompensação). O grau 
de superação do nível inicial e a duração da fase de supercompensação dependem 
da duração total da execução do trabalho e da profundidade de mobilização das 
reservas funcionais do organismo. A continuação posterior do descanso leva ao 
retorno paulatino das reservas energéticas e ao nível inicial (PLATONOV, 2008; 
WEINECK, 1999; FUNDAÇÃO VALE, 2013; GOMES, 2009).
Correspondendo às fases de recuperação (Figura 4), os cinco tipos de 
intervalo de descanso podem ser definidos da seguinte forma:
  Intervalo rígido de descanso — corresponde à primeira fase de recu-
peração e caracteriza-se por um período insuficiente de recuperação. 
A observação desse tipo de intervalo leva ao desenvolvimento da fadiga 
em progressão rápida. 
  Intervalo curto de descanso — corresponde à segunda fase de recu-
peração, quando a capacidade de trabalho ainda não se restabeleceu, 
mas já se aproxima do nível que antecede o trabalho. 
  Intervalo completo de descanso (ordinário) — a duração do descanso 
assegura, no momento da carga repetida, a recuperação completa ou 
quase completa. Esse intervalo permite empregar a carga repetida com 
o estado relativamente estável do atleta. 
  Intervalo supercompensatório — caracteriza-se por permitir a res-
tauração das fontes energéticas e propiciar a supercompensação. Nesse 
caso, é possível a manifestação da capacidade de trabalho elevada com 
a mesma reação de resposta do organismo.
  Intervalo prolongado de descanso — supera essencialmente a dura-
ção de recuperação completa. Significa o retorno ao nível inicial da 
capacidade de trabalho. No caso de um descanso prolongado demais, 
mudanças orgânicas podem implicar a redução da capacidade de trabalho 
(princípio da reversibilidade).
Periodização completa de treinamento12
Uma aplicação da manipulação do intervalo de recuperação foi estudada por Jambassi 
Filho et al. (2012), que analisaram o efeito de dois intervalos de recuperação (de 1 minuto 
e de 3 minutos) sobre a quantidade e a sustentabilidade de repetições e volume total em 
idosas não treinadas na realização do leg press em três séries máximas (até a fadiga). Após 
a análise dos dados, os autores encontraram reduções significativas na quantidade e na 
sustentabilidade das repetições observadas entre a primeira e a segunda e terceira séries 
e entre a segunda e a terceira série, para ambos intervalos de recuperação. No entanto, o 
volume total da sessão realizada com 3 minutos de intervalo foi estatisticamente superior 
quando comparado à sessão com recuperação de 1 minuto de intervalo. 
Os autores concluíram que, no âmbito de sua amostra, a quantidade e a sustenta-
bilidade das repetições e o volume total de treino são influenciados pelo intervalo de 
recuperação entre as séries, sendo que maiores intervalos de recuperação devem ser 
utilizados quando a intenção é otimizar o volume de treino por meio da sustentabilidade 
das repetições. Em contrapartida, intervalos de recuperação mais curtos devem ser 
utilizados quando a meta for obter maiores níveis de fadiga muscular.
Assim, frente ao reconhecimento dos diferentes modelos teóricos de pro-
posição e periodização em treinamento desportivo e suas peculiaridades, 
intervenções eficazes com performances máximas poderão ser alcançadas 
promovendo não somente avanços na díade conhecimento teórico e prático na 
área da educação física, mas também treinamento seguros que reafirmem uma 
relação mais saudável possível, evitando lesões e afastamentos profissionais 
precoces em decorrência do alto desgaste da forma desportiva.
BOMPA, T. D.; HAFF, G. G. Teoria e metodologia do treinamento: periodização. 5. ed. São 
Paulo: Phorte, 2012.
FORTEZA DE LA ROSA, A. Entrenamiento deportivo. La Habana: Instituto Cubano del 
Libro, 2000. 
FORTEZA DE LA ROSA, A. Entrenar para ganar: metodologia del entrenamiento depor-
tivo. Ciudad de México: Olympia, 1994.
FUNDAÇÃO VALE. Treinamento esportivo. Brasília: UNESCO, 2013. (Cadernos de Refe-
rência de Esporte, 4). 
13Periodização completa de treinamento
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
GOMES, A. C. Treinamento desportivo: estruturação e periodização. 2. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2009.
JAMBASSI FILHO, J. C. et al. Efeito de diferentes intervalos de recuperação entre as séries 
sobre o desempenho muscular no exercício leg-press em idosas não treinadas. Revista 
Brasileira de Medicina do Esporte, v. 18, nº. 4, p. 224–228, ago. 2012.
MATVEEV, L. P. Treino desportivo: metodologia e planejamento. São Paulo: Phorte, 1997. 
p. 69–131.
PLATONOV, V. N. Tratado geral de treinamento desportivo. São Paulo: Phorte, 2008.
TAVARES JUNIOR, A. C. A formação profissional e a aplicação dos modelos de periodização 
do treinamento desportivo, por treinadores de judô de atletas de elite. 2014. 162 f. Disserta-
ção (Mestrado em Ciências da Motricidade) — Instituto de Biociências, Universidade 
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro, 2014. Disponível em: https://
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ed. Rio de janeiro: Shape, 2003.
VERKHOSHANSKY, Y. Principios de entrenamiento para atletas de élite. Revista Stadium, 
nº. 99, p. 3–8, 1983.
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Leituras recomendadas
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navian Journal of Medicine & Science in Sports, v. 6, nº. 1, p. 2–14, 1996. 
VOROBJEV, A. Halterofilia: ensayo sobre fisiologia y entrenamientodeportivo. México: 
Libros de México, 1974.
Periodização completa de treinamento14
Dica do professor
Um dos modelos de treinamento mais empregados na prática profissional, em se tratando de 
atletas iniciantes, é o modelo clássico, pois permite preparação básica e desenvolvimento contínuo 
até a fase competitiva. Todavia, como todo modelo, tem suas características que devem ser bem 
entendidas e respeitadas nas proposições dos estímulos a fim de que o resultado final seja 
alcançado.
Veja, na Dica do Professor, quais são as características de cada fase desse modelo de treinamento.
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https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/e9d8717d4d029fb2037e81e198cc09e7
Na prática
O processo de periodização em treinamento físico é muito complexo e envolve várias etapas com 
visão macroscópica do planilhamento, isto é, enxergar o macrociclo completo, onde inicia e onde 
termina, e também a visão microscópica das partes integrantes do macrociclo e seus 
detalhes. Assim, é comum que exista dificuldade, por exemplo, de identificar as necessidades de 
cada sessão de treinamento juntamente com a visão do macrociclo. Que sessões devem ser 
elaboradas para que o objetivo principal do macrociclo seja alcançado?
Para auxiliar na realização das sessões de treinamento, acompanhe este Na Prática.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Periodização ondulatória vs periodização linear: efeitos sobre o 
desempenho de jovens nadadores
O artigo conduziu uma comparação da aplicação de dois diferentes métodos de treinamentos em 
nadadores na performance em 50 e 100m livres e indica qual dos métodos é mais eficiente para 
trabalhar amostras relacionadas na pesquisa.
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Intervalos de recuperação entre séries e hipertrofia muscular: 
uma revisão sistemática
Os autores deste artigo revisaram sistematicamente a literatura em busca de evidências sobre a 
influência de diferentes intervalos de recuperação entre séries na hipertrofia muscular.
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Periodização na musculação: aprenda sobre cada fase
O vídeo fala sobre as diferentes fases da periodização aplicada na musculação segundo um método 
clássico.
https://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/170699/161145
http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1567/1140
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https://www.youtube.com/embed/vot2Q6a4D2M

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