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Prévia do material em texto

CAPACIDADE DE 
PRODUÇÃO
Autoria: Samara Alves Testoni
Indaial - 2022
UNIASSELVI-PÓS
1ª Edição
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Xxxxxx
 Xxxxxxxxxxx
 Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
 XXX p.; il.
 ISBN XXXXXXXXXXXXX
1.Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxx
CDD XXXX.XXX
Impresso por:
Reitor: Janes Fidelis Tomelin
Diretor UNIASSELVI-PÓS: Tiago Lorenzo Stachon
Equipe Multidisciplinar da Pós-Graduação EAD: 
Tiago Lorenzo Stachon
Ilana Gunilda Gerber Cavichioli
Norberto Siegel
Julia dos Santos
Ariana Monique Dalri
Jairo Martins
Marcio Kisner
Marcelo Bucci
Revisão Gramatical: Desenvolvimento de Conteúdos EdTech
Diagramação e Capa: 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech 
UNIASSELVI
Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................5
CAPÍTULO 1
Capacidade De Produção: Importância E Modos De Cálculos 7
CAPÍTULO 2
Gerenciamento Da Capacidade De Produção .......................... 43
CAPÍTULO 3
Planejamento, Previsão E Monitoramento Da Capacidade De 
Produção ...................................................................................... 79
APRESENTAÇÃO
Na disciplina de Capacidade de Produção, iremos abordar uma série de as-
pectos relacionados à otimização da capacidade produtiva de equipes e de com-
ponentes das equipes. Iremos conhecer o impacto e as ferramentas que podem 
ser empregadas objetivando o aumento da capacidade produtiva nos mais varia-
dos ambientes.
A capacidade produtiva de uma equipe ou, ainda, de uma empresa, indepen-
dentemente de seu porte, tem pilares suportados pela produção de um determina-
do serviço ou bem dentro de um dado período. Veremos, ao longo da disciplina, 
que conceituar uma melhor capacidade de produção associando-a a uma maior 
produção pode ser um equívoco. A relação entre ambos os aspectos deve consi-
derar também a qualidade do produto ou serviço ofertado ao cliente, o controle do 
estoque, o alinhamento da equipe, dentre outros.
Ao longo da disciplina, serão abordados conceitos diversos sobre Capacida-
de de Produção, tanto no sentido amplo como no específico, indicando, sempre 
que possível, o conhecimento e a importância da Capacidade de Produção, com 
base em cálculos direcionados à capacidade produtiva e, também, com base na 
associação de conceitos da capacidade produtiva e do bem-estar.
Ao longo da abordagem, você terá acesso a ferramentas de apoio à aprendi-
zagem que poderão nortear o conhecimento. Essas ferramentas serão apontadas 
ao longo de todo o livro, sugerindo referências bibliográficas pertinentes ao con-
teúdo abordado, atividades de estudo, notas de estudo para reforçar conceitos, 
dentre outros.
A disciplina de Capacidade de Produção apresenta relação com o mercado 
de trabalho, pois fornece habilidade para compreensão de conceitos, para uma 
visão amplificada e profunda sobre o tema, bem como uma visão crítica e asso-
ciativa, de modo que permita ao leitor associar o conhecimento adquirido ao longo 
da disciplina com outras áreas de estudo, estabelecendo-se, assim, uma transdis-
ciplinaridade. 
A disciplina permitirá, ainda, conhecer ferramentas eletrônicas amplamente 
empregadas no conceito de Capacidade de Produção e em seu gerenciamento, 
bem como auxiliará na compreensão de demandas, perdas e monitoramento rela-
cionado à capacidade produtiva de uma empresa.
CAPÍTULO 1
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: 
IMPORTÂNCIA E MODOS DE CÁLCULOS
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 Abordar conceitos relacionados à Capacidade de Produção.
 Conhecer a importância da Capacidade de Produção.
 Realizar cálculos da Capacidade Produtiva.
 Associar os conceitos de Capacidade Produtiva ao bem-estar.
8
 Capacidade de Produção
9
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste capítulo da disciplina de Capacidade de Produção, serão abordados 
conhecimentos relativos a conceitos, cálculos, perdas, monitoramento de esto-
que e, também, em relação ao bem-estar. Compreender quais fatores estão as-
sociados à capacidade produtiva de um produto ou serviço auxilia na tomada de 
decisão da empresa, para que esta possa alinhar a equipe acerca de um objetivo 
central: elevar e aprimorar a capacidade produtiva.
Há uma série de benefícios à progressão da empresa quando a capacidade 
produtiva é incrementada, e esses benefícios não se revertem apenas na produ-
ção e em números, mas, também, em um ambiente de trabalho mais agradável 
para trabalhar, com profi ssionais mais sociabilizados e motivados, o que também 
contribui para alavancar a capacidade produtiva, de maneira indireta.
Ao longo da abordagem apresentada neste capítulo, serão discutidas formas 
de treinamento da equipe em etapas, para que se possa aprimorar as fragilidades 
encontradas no ambiente laboral e saber como se pode corrigi-las e melhorá-las, 
podendo-se implementar na rotina da empresa. Serão apresentadas etapas a se-
rem implementadas em uma equipe de uma determinada empresa para que esta 
possa se dedicar a melhorias na capacidade de produção.
Além de conceitos, também serão abordados cálculos que consideram a uti-
lização de fatores atrelados diretamente à capacidade de produção. Esses cálcu-
los contribuem grandemente na compreensão dos aspectos e potenciais da capa-
cidade produtiva de uma empresa.
Ainda neste capítulo, serão apresentados conceitos e fatores referentes à 
capacidade produtiva de uma equipe ou empresa e ao bem-estar. O conceito de 
bem-estar apresenta relação direta com a capacidade produtiva no sentido de 
melhoria nas relações interpessoais, tornando o ambiente laboral agradável e pro-
pício a progressos na capacidade de produção. No conceito de bem-estar, consi-
dera-se também o trabalhador como indivíduo, o qual necessita de motivação e 
incentivo para uma maior produção (ABBAS; LEONCINE, 2012). 
Treinamentos podem ser uma boa alternativa para a equipe e para o funcio-
nário, individualmente, pois a união da equipe refl ete no funcionário como indiví-
duo, e, consequentemente, em todas as suas atribuições na empresa.
10
 Capacidade de Produção
2 CAPACIDADE DE PRODUÇÃO E 
SUA IMPORTÂNCIA
A capacidade de produção consiste, basicamente, no limite de produtos que 
uma determinada equipe, indústria ou empresa é capaz de produzir com o pes-
soal e com os recursos de que dispõe. A capacidade de produção é considerada 
dependente de uma série de fatores, os quais serão observados posteriormente 
em maiores detalhes.
Para exemplifi car o conceito de capacidade de produção mencionado, po-
de-se citar o seguinte caso: se uma empresa consegue elaborar um total de 10 
produtos por dia sob efi ciência plena, então será possível atingir uma capacidade 
produtiva de 70 produtos por semana, aproximadamente, considerando-se uma 
jornada de sete dias (TODARO, 2016). 
Algo comum de ocorrer nesse simples cálculo é realizar um julgamento pré-
vio de que, quanto mais superior for a capacidade produtiva, melhor será para 
a equipe, fábrica ou empresa. Isso pode ser um equívoco em grande parte das 
situações, uma vez que a capacidade produtiva deve se manter em consonância 
com a demanda exigida, e sem que se perca requisitos de qualidade no decorrer 
do processo. Ao atender a demanda prevista, mantendo-se o padrão de qualidade 
e de rigor na produção, possivelmente se alcançará o melhor custo-benefício pos-
sível, evitando-se, dessa forma, escassez ou excesso de estoque na produção.
A ideia de que quanto maior a capacidade produtiva da empresa 
melhor será em termos de custo-benefício é uma ideia enganosa,pois pode-se perder em quesitos de qualidade e em controle de esto-
que de produtos, tendendo ao excesso ou, ainda, à escassez destes. 
A capacidade produtiva deve ter seu foco centrado em produção con-
tínua, constante e de qualidade.
11
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
2.1 QUAL A IMPORTÂNCIA DA 
CAPACIDADE PRODUTIVA?
Para que se possa atingir o melhor custo-benefício citado anteriormente, é 
preciso ter conhecimento acerca da efi ciência operacional da produção, e se há 
um verdadeiro intuito de melhoria da gestão desse processo.
Diversos são os pilares para se avaliar a capacidade de produção de uma 
determinada equipe ou empresa. O fato é que essa avaliação, quando assertiva 
e realizada de maneira criteriosa, pode trazer inúmeros benefícios em todas as 
etapas de produção, tais como os que estão elencados na Figura 1.
FIGURA 1 – BENEFÍCIOS DA ANÁLISE DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
FONTE: A autora (2022)
12
 Capacidade de Produção
Com base nos benefícios apresentados anteriormente, é possível verifi car as 
inúmeras possibilidades que uma avaliação assertiva da capacidade produtiva pode 
promover, desde que as fragilidades e os pontos em potencial sejam adequadamen-
te identifi cados, de acordo com o perfi l da empresa (ABBAS; LEONCINE, 2012).
A maior produção nem sempre é o melhor caminho, pois se não há um fl uxo 
de venda para escoamento do produto, ou seja, se não há para quem vender, isso 
pode acarretar excesso de estoques que geram custos oneráveis à empresa, su-
prindo determinado capital desta sem que haja necessidade.
FIGURA 2 – O EXCESSO DE ESTOQUE REQUER 
MELHORAS A CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
FONTE: https://esales.com.br/blog/excesso-de-estoque/. Acesso em: 22 jan. 2022
No texto desenvolvido por Voltolini, disponibilizado no link a se-
guir, você encontrará uma excelente discussão acerca do seguinte 
tema: Capacidade Produtiva - base para o resultado dos negócios. Re-
alize a leitura criteriosa do texto e destaque as ideias principais, para 
contribuir com seu aprendizado nesta disciplina. Texto disponível 
EM: https://www.excentconsultoria.com.br/single-post/capacida-
de-produtiva-base-para-o-resultado-dos-neg%C3%B3cios. Acesso 
em: 30 maio 2022.
13
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
Para defi nir a capacidade produtiva de uma dada equipe ou empresa, po-
de-se aplicar diferentes modos de análise, a fi m de se determinar qual é a sua 
capacidade de produção real. Dentre esses modos de análise, pode-se dispor de 
alguns métodos, os quais consistem em ferramentas amplamente empregadas 
nas empresas da atualidade. Esses métodos consistem em:
FIGURA 3 – SÍNTESE DOS MÉTODOS PARA GESTÃO 
DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
FONTE: A autora (2022)
A seguir, serão detalhados os métodos de avaliação da capacidade de 
produção mencionados na Figura 3.
1) Capacidade de produção instalada
Esse primeiro método refere-se a uma medida de auxílio na tomada de de-
cisões, sendo, portanto, um método considerado hipotético. Nesse método de 
capacidade produtiva instalada, deve-se focar na determinação máxima de pro-
dução a ser alcançada, sem que sejam contabilizadas quaisquer perdas na produ-
ção, estagnações ou outros problemas similares. 
Um exemplo para aplicação desse primeiro passo refere-se à suposição de uma 
dada linha de produção com jornada de 24h por dia, em que se pode construir cerca de 
20 produtos idênticos a cada hora, totalizando, em um dia a fabricação, 480 produtos.
14
 Capacidade de Produção
2) Capacidade de produção disponível
A capacidade de produção disponível se refere à capacidade de produção 
instalada, em alguns aspectos, por serem similares entre si no sentido de não 
contabilizarem estagnações na produção, perdas e outros problemas. A dissimila-
ridade para esse método reside somente na capacidade atualmente disponível da 
indústria, a qual deve ser considerada.
Nesse sentido, a capacidade de produção disponível pode considerar o perí-
odo de trabalho de uma determinada empresa. Como exemplo, se essa empresa 
opera somente em turnos de 8 horas diárias, seria possível produzir em torno de 
160 produtos por dia, caso sejam produzidos 20 produtos por hora trabalhada.
Se o intuito for elevar a capacidade de produção dessa empresa, seria, en-
tão, necessário ampliar o quadro de funcionários ou, ainda, adquirir novas máqui-
nas e equipamentos para otimizar a produção e sua capacidade de gerar mais 
produtos dispondo do mesmo período de horas trabalhadas.
Para conhecer um pouco mais a Gestão da Produção, recomen-
da-se assistir ao vídeo disposto no endereço a seguir. Nesse vídeo, 
você terá acesso a exemplos e cálculos semelhantes aos cálculos 
apresentados neste capítulo. Acesse o endereço a seguir e descubra 
mais: https://www.youtube.com/watch?v=hIgDFZRY1ik. Acesso em: 
20 maio 2022.
3) Capacidade de produção efetiva
Nesse método de análise, considera-se um adequado planejamento de per-
das que comumente ocorrem e podem ser previstas, e, consequentemente, evi-
tadas na gestão da empresa. Exemplos de perdas consideradas previsíveis se 
referem às manutenções periódicas, às substituições de colaboradores e ao re-
manejamento destes na empresa, amostragens, dentre outros. 
Como exemplo desse método, tem-se o seguinte: se for possível determinar 
a capacidade de perdas que uma determinada indústria possui por dia, pode-se 
estimar sua capacidade produtiva com maior assertividade. Nesse cenário, se 
uma empresa que antes apresentava uma produção diária de 160 produtos, ago-
15
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
ra, produz em torno de 152 produtos, considerando-se um total de 5% de perdas 
durante o processo de produção (SLACK et al., 2018).
FIGURA 4 – AS PERDAS COMPÕEM A CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
FONTE: https://ausland.com.br/blog/como-uma-boa-administracao-de-
estoque-diferentes-evita-perda-de-dinheiro/. Acesso em: 22 jan. 2022
4) Capacidade de produção realizada
Nesse método de análise, considera-se, além das perdas previstas mencio-
nadas anteriormente, as perdas não previstas durante todo o processo de pro-
dução. Nesse método, pode-se avaliar todas as imprevisibilidades ocorridas na 
capacidade de produção que não puderam ser gerenciadas e monitoradas pela 
equipe de gestão com antecedência. Exemplos de perdas comuns sem previsão 
consistem em defeitos de máquinas e equipamentos, problemas com funcionários 
e operadores, falta de energia, problemas relacionados à qualidade de produto e 
ao fl uxo de produção, dentre outros.
Para que se possa contabilizar a capacidade produtiva realizada, pode-se 
efetuar uma análise de predição. Essa análise de predição irá avaliar minucio-
samente o histórico de ocorrências, perdas e problemas da empresa, de cará-
ter imprevisível, para que se possa elaborar planos mitigadores a fi m de evitar 
que esses problemas retornem sem aviso prévio. Para que essa análise histórica 
possa ser elaborada com coerência, é imprescindível efetuar o registro de todas 
as ocorrências, independentemente da natureza, em um sistema exclusivamente 
destinado a essa fi nalidade.
16
 Capacidade de Produção
1 Para que se possa avaliar a capacidade de produção de uma de-
terminada empresa, é possível estabelecer os métodos baseados 
nas capacidades produtivas: instalada, disponível, efetiva e rea-
lizada. Esses métodos permitem que se elenque as fragilidades 
e as potencialidades de uma determinada empresa, a fi m de se 
elevar a sua capacidade de produção. Sobre os métodos citados, 
associe os itens, utilizando o código a seguir:
I Capacidade de produção instalada.
II Capacidade de produção realizada.
III Capacidade de produção efetiva.
IV Capacidade de produção disponível.
( ) Nesse método, deve-se focar na determinação máxima de pro-
dução a ser alcançada, sem que sejam contabilizadas quaisquer 
perdas na produção, estagnações ou outrosproblemas similares. 
( ) Esse método se refere à capacidade de produção instalada, em al-
guns aspectos, por serem similares entre si no sentido de não con-
tabilizarem estagnações na produção, perdas e outros problemas.
( ) Nesse método de análise, considera-se um adequado planeja-
mento de perdas que comumente ocorrem e podem ser previstas, 
e, consequentemente, evitadas na gestão da empresa. 
( ) Nesse método de análise, considera-se, além das perdas previs-
tas mencionadas anteriormente, as perdas não previstas durante 
todo o processo de produção. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I, II, III, IV.
b) ( ) I, IV, II, III.
c) ( ) I, IV, III, II.
d) ( ) IV, II, III, I.
e) ( ) II, I, III, IV
17
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
Para se ter noção se a capacidade máxima de produção está sendo alcança-
da pela empresa, é preciso compreender o funcionamento desse processo, con-
siderando a razão entre a capacidade disponível em função do potencial de saída 
da produção. Como exemplo, pode-se mencionar uma determinada empresa que 
apresenta capacidade de produzir cem produtos em um dia. Contudo, sua produ-
ção é de 75 produtos por dia, o que implica afi rmar que a empresa está utilizando 
apenas 75% de sua capacidade de produção (TODARO, 2016).
FIGURA 5 – O VOLUME DE PRODUÇÃO PODE SER 
INFERIOR À CAPACIDADE PRODUTIVA
FONTE: https://amanha.com.br/categoria/brasil/producao-
industrial-cresce-1-4-em-maio. Acesso em: 22 jan. 2022
Para elevar a capacidade de produção de uma determinada empresa, pode-se 
avaliar e monitorar a demanda de produtos e o atendimento dispendido aos clientes. 
O monitoramento da demanda auxilia a empresa a enfrentar entraves que 
possam surgir no atendimento aos clientes, de modo que estes sejam atendidos 
com qualidade e tenham produtos com rigor ao seu dispor. Para que isso ocorra, 
por vezes, é necessário se elevar a capacidade de produção da empresa, e, para 
isso, pode-se dispor de algumas técnicas, tais como as elencadas a seguir:
18
 Capacidade de Produção
FIGURA 6 – TÉCNICAS PARA ELEVAR A CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
FONTE: A autora (2022)
Além das técnicas mencionadas na fi gura anterior, pode-se aumentar a ca-
pacidade de produção estabelecendo novos turnos de trabalho, a fi m de reduzir o 
tempo em que a produção fi ca estagnada, elevando-se, assim, o volume produzi-
do. Para que essa medida, de fato, resulte em aumento da capacidade produtiva, 
é preciso atentar aos custos e verifi car se os resultados serão alcançados estabe-
lecendo-se essa iniciativa.
Expandir o negócio também traz uma possibilidade de incremento da capaci-
dade de produção, pois, ao se estabelecer uma nova fi lial, pode-se contar com mais 
colaboradores e mais máquinas e equipamentos em processamento. Contudo, é fun-
damental lembrar-se de que o aumento do negócio com novas fi liais requer pessoal 
treinado e de confi ança para que a expansão seja vantajosa, dentre outros requisitos.
19
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
O planejamento e gerenciamento da capacidade (PGC) possui 
impactos em diversos aspectos de desempenho, os quais estão rela-
cionados a seguir, de forma sintética:
• Melhora da assertividade de gestores e colaboradores nas 
diversas áreas de negócio.
• Redução dos custos pelo equilíbrio entre capacidade e de-
manda. Sem utilização excessiva ou subutilização da capacidade.
• Maximização do atendimento da demanda reduzindo as 
perdas de receita.
• Manutenção dos níveis de estoques otimizados (para 
bens), liberando capital de giro.
• Incremento da qualidade de produtos e serviços e redução 
da probabilidade de ocorrência de erros.
• Aumento da velocidade de resposta à demanda do cliente, 
seja pela geração de pequenos estoques, seja pela acertada previ-
são da demanda.
• Maior fl exibilidade para responder a aumentos inesperados 
na demanda.
• Maior responsividade às demandas do mercado, encurtan-
do o prazo de atendimento.
• Aumento da previsibilidade da entrega e a acurácia do tem-
po prometido.
• Melhora da rotina e da produtividade dos colaboradores 
pela estabilização e maior previsibilidade de sua jornada de trabalho.
• Melhor utilização dos recursos materiais e dos insumos, 
evitando custos extras por uso emergencial.
• Alinhamento entre comercial, fi nanceiro, produção, logísti-
ca e compras para atender às demandas planejadas e priorizadas 
entre esses departamentos. Fruto deste, é possível observar melhor 
relacionamento interdepartamental.
• Maior assertividade na defi nição das metas comerciais, de 
produção e de entrega.
FONTE: VOLTOLINI, E. Capacidade produtiva: base para o re-
sultado dos negócios. Disponível em: https://www.excentconsultoria.
com.br/single-post/capacidade-produtiva-base-para-o-resultado-dos-
-neg%C3%B3cios. Acesso em: 22 jan. 2022.
20
 Capacidade de Produção
Na manutenção de máquinas e equipamentos, para colaborar com o incremen-
to da capacidade de produção, pode-se realizar os seguintes tipos de manutenção:
• Manutenção corretiva.
• Manutenção preditiva.
• Manutenção preventiva.
• Manutenção produtiva total.
3 CÁLCULO DA CAPACIDADE 
PRODUTIVA
Para o cálculo da capacidade produtiva, pode-se dispor de índices específi -
cos, os quais são considerados úteis em diversas situações da gestão da capaci-
dade de produção de uma determinada empresa.
Esta notícia, publicada recentemente pelo Jornal Amanhã, traz a 
seguinte manchete: “Produção industrial cresce 1,4% em maio: O se-
tor ainda se encontra 16,7% abaixo do nível recorde”. Acompanhe o 
texto a seguir para saber mais sobre esse crescimento da produção 
do setor industrial:
“A produção industrial cresceu 1,4% na passagem de abril para 
maio, após três meses consecutivos de queda. Nesse período, hou-
ve perda acumulada de 4,7%. Com o resultado de maio, a indústria 
chega ao mesmo patamar de fevereiro de 2020, no cenário pré-pan-
demia. Apesar do avanço, o setor ainda se encontra 16,7% abaixo do 
nível recorde, registrado em maio de 2011.
O gerente da pesquisa, André Macedo, ressalta que o resultado 
positivo de maio não signifi ca uma reversão do saldo negativo acu-
mulado nos meses de fevereiro, março e abril. ‘Há uma volta ao cam-
po positivo, mas está longe de recuperar essa perda recente que o 
setor industrial teve. Muito desse comportamento de predominância 
negativa nos últimos meses tem uma relação direta com o recrudes-
cimento da pandemia, no início de 2021, que trouxe um desarranjo 
para as cadeias produtivas’, explica.
21
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
O pesquisador destaca que o desabastecimento de matéria-pri-
ma e o encarecimento dos custos de produção estão entre as conse-
quências sentidas pelo setor industrial. ‘Embora o resultado de maio 
na comparação com abril tenha sido positivo, quando olhamos o iní-
cio de 2021 face ao recrudescimento da pandemia e todos os seus 
efeitos, o saldo ainda é negativo, haja vista que, quando pegamos 
outros indicadores, como o índice de média móvel trimestral, a leitura 
ainda é descendente’, analisa. Em maio, o índice de média móvel 
trimestral caiu 0,8%.
FONTE: https://amanha.com.br/categoria/brasil/producao-indus-
trial-cresce-1-4-em-maio. Acesso em: 22 jan. 2022
3.1 ÍNDICES DA CAPACIDADE DE 
PRODUÇÃO
Os índices da capacidade de produção podem ser subdivididos em três, os 
quais constam na Figura 7:
FIGURA 7 – ÍNDICES DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
FONTE: A autora (2022)
22
 Capacidade de Produção
1) Índice de disponibilidade
Esse índice também é denominado de grau de disponibilidade, o qual indica 
uma determinada percentagem referente à disponibilidade de uma unidade produ-
tiva. O estabelecimento desse índice é possível mediante valores da capacidade 
de produção instalada e da capacidade de produção disponível, as quais foram 
discutidas previamente.Para o cálculo desse índice, utiliza-se a seguinte equação:
2) Índice de utilização
Esse índice está relacionado à capacidade de produção efetiva em razão da ca-
pacidade de produção disponível, a qual também pode ser a capacidade de projeto.
3) Índice de efi ciência
Esse índice tem como objetivo fornecer uma percentagem de efi ciência da 
unidade responsável pela produção. Ainda, esse índice apresenta relação com a 
capacidade realizada, a qual também pode ser convertida em horas trabalhadas se 
comparada à capacidade efetiva (associada às horas disponíveis para produção).
O método da capacidade de produção disponível se refere à 
capacidade de produção instalada, em alguns aspectos, por serem 
similares entre si no sentido de não contabilizarem estagnações na 
produção, perdas e outros problemas.
23
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
Ao se ter conhecimento da capacidade máxima de produção, pode-se inves-
tigar se há necessidade de implantação de ações e investimentos na produção, 
se há, também, necessidade de se aumentar esta, ou apenas mantê-la.
Com base nos índices de efi ciência apresentados, pode-se avaliar as neces-
sidades da empresa. Como exemplo, se os índices apresentarem valores redu-
zidos, podem indicar uma oportunidade de melhoria e repaginação na empresa, 
bem como uma atualização no setor de controle de qualidade do produto, ou mes-
mo de suas matérias-primas. 
FIGURA 8 – A QUALIDADE DE PRODUTO ESTÁ 
RELACIONADA À CAPACIDADE PRODUTIVA
FONTE: https://www.ibccoaching.com.br/portal/afi nal-o-que-e-ou-o-que-
pode-ser-considerado-qualidade-do-produto/. Acesso em: 22 jan. 2022
Ainda, pode-se buscar melhoras substanciais na gestão de pessoas, pois 
pode ser possível que a vulnerabilidade da empresa e dos produtos por ela ge-
rados não esteja concentrada nos equipamentos e nos processos, mas, sim, por 
quem os exerce contínua e diariamente.
Os parâmetros da qualidade conseguem aferir e medir a quali-
dade de um produto:
• Desempenho ou Performance: diz respeitos às caracte-
rísticas gerais de um produto.
• Características acessórias: são as especifi cações que 
engrandecem o produto.
• Confi abilidade: é a probabilidade de um produto deixar de 
funcionar em um período.
• Conformidade: refere-se ao nível em que as peças utiliza-
das em um produto, correspondem ao projeto.
24
 Capacidade de Produção
• Durabilidade: é a vida útil do produto e está intimamente 
ligada à sua confi abilidade.
• Assistência técnica: corresponde à competência dos co-
laboradores no que diz respeito ao serviço de pós-venda, oferecendo 
manutenção e solução de problemas referentes ao produto.
• Aparência: conceitua-se em como o cliente enxerga o pro-
duto.
• Qualidade percebida: é uma característica subjetiva e 
está ligada a fatores como design, estratégias de marketing, marca e 
reputação do produto. 
• Atendimento: algo bastante valorizado pelo cliente, e ele 
pode ser capaz de evitar reclamações no pós-venda.
• Controle de qualidade: não basta estar atento aos parâ-
metros de qualidade de um produto. 
• Gestão da qualidade: realizar a gestão da qualidade é ter 
um sistema interno que consiga coordenar todas as atividades envol-
vidas no processo de produção da empresa.
FONTE: MARQUES, R. Afi nal, o que é ou o que pode ser 
considerado qualidade do produto? Disponível em: https://www.
ibccoaching.com.br/portal/afi nal-o-que-e-ou-o-que-pode-ser-conside-
rado-qualidade-do-produto/. Acesso em: 22 jan. 2022.
2 Visando o alcance da máxima capacidade produtiva de uma em-
presa, pode-se dispor de cálculos e equações para verifi car seus 
índices de efi ciência, e, se necessário, elevar a capacidade de 
trabalho da empresa, de modo que esta reduza perdas, reduza 
tempo ocioso e supere a produção desejada. A respeito disso, as-
socie os itens, utilizando o código a seguir:
I Índice de disponibilidade.
II Índice de utilização.
III Índice de efi ciência.
( ) Apresenta em seu cálculo as capacidades de produção realizada 
e efetiva.
( ) Considera as capacidades de produção disponível e instalada
( ) As capacidades de produção efetiva e disponível compõem o 
cálculo desse índice.
25
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) III – I – II.
b) ( ) III – II – I.
c) ( ) I – II – III.
d) ( ) I – III – II.
e) ( ) II – III – I.
4 CAPACIDADE PRODUTIVA E BEM-
ESTAR
Nas seções anteriores, avaliamos a importância de conhecer o conceito de 
capacidade produtiva em uma empresa, ou na simples geração de um produto. 
Pudemos compreender que não basta elevar a capacidade produtiva de uma em-
presa, é preciso associar essa melhoria à qualidade, ao atendimento ao cliente, 
ao bem-estar da equipe e outros (ABBAS; LEONCINE, 2012).
FIGURA 9 – CAPACIDADE DE PRODUÇÃO E BEM-ESTAR DA EQUIPE
FONTE: https://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2021/05/o-
que-lideranca-precisa-promover-para-assegurar-o-bem-estar-
dos-funcionarios.html. Acesso em: 23 jan. 2022.
26
 Capacidade de Produção
Nesta seção do capítulo, será abordada a capacidade de produção dos fun-
cionários associada ao conceito de bem-estar, de modo que não interfi ra no anda-
mento da empresa como um todo. 
Existe uma série de políticas e ferramentas mais simples, também, que po-
dem ser empregadas para se alavancar o andamento de uma equipe. Para que 
o bem-estar da equipe seja trabalhado e alcançado, pode-se utilizar estratégias 
propostas pelos gestores de recursos humanos, as quais podem contribuir para 
elevar consideravelmente os níveis de produtividade e de satisfação na empresa.
FIGURA 10 – A EQUIPE FUNCIONA COMO UMA ENGRENAGEM
FONTE: A autora (2022)
O treinamento da equipe consiste em uma das maneiras de se alavancar a 
capacidade produtiva, pois pode gerar condições de reciclar, renovar e repaginar 
os colaboradores. Com o passar do tempo, também pode ocorrer de a equipe tor-
nar-se sem foco e perder a sintonia de trabalho e de processos. Nesse momento, 
é preciso atentar-se ao sucesso do trabalho conjunto para que os objetivos e o 
foco não sejam perdidos ao longo do tempo.
Um processo importante consiste em alinhar a equipe e verifi car como os cola-
boradores se comportam após frustrações, imprevistos e perdas de metas, por exem-
plo. Manter o foco e o otimismo diante de situações aparentemente negativas consis-
te em um papel fundamental dos gestores e responsáveis por cargos de liderança.
27
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
Em matéria publicada no Canal Rural, escrita por Mariely Biff, 
abordou-se a importância da capacidade de produção da equipe. Al-
guns trechos dessa matéria estão a seguir, em destaque.
“Quem lidera uma equipe de trabalho, não importa o seu tama-
nho, deve fi car atento a muitos fatores que contribuem para o alcan-
ce dos objetivos organizacionais. 
Quando você assume uma posição de liderança, muitos são 
os desafi os: motivar a equipe, desenhar o planejamento estratégico 
para alcançar os resultados, conduzir a equipe para alcançar esses 
resultados, resolver as demandas do dia a dia, e isso é algo que exi-
ge muito do profi ssional, principalmente porque lida com pessoas di-
ferentes, de perfi s distintos, e nem sempre é fácil alinhá-las em bus-
ca de um objetivo comum.
A teoria da efi cácia estabelece uma relação entre produção e 
capacidade de produção de maneira prática, para que líderes pos-
sam entender essa diferença e aplicar em suas equipes, a fi m de 
proporcionar uma tratativa mais justa para com seus colaboradores:
• 1º ponto: você tosquia uma ovelha mil vezes, mas só esfola uma.
– Não explore demais seus colaboradores. Tente equilibrar a 
cobrança e ser justo dentro do que cada um pode lhe ofertar (e foi 
contratado para lhe ofertar);
– Por que me refi ro a tosquiar a ovelha? Porque tosquiar é ape-
nas tirara lã dela, então essa lã vai crescer várias e várias vezes 
e você vai continuar a aproveitá-la em muitos momentos. Se você 
esfolar a ovelha, de forma a tirar a sua pele, você acaba com a sua 
capacidade de produzir mais lã.
• 2º ponto: se você é um líder/gestor e pensa que deve explorar 
ao máximo de toda sua equipe o tempo todo, porque é focado em 
resultados, tenho algo a lhe dizer:
– Esse tipo de atitude pode te trazer um baita resultado em curto 
prazo, mas você não vai conseguir manter esse ritmo por muito tempo. 
– Em poucos meses, o que lhe resta é uma equipe em exaus-
tão, limitada de sua capacidade produtiva, desmotivada, e deixando de 
28
 Capacidade de Produção
amar a sua empresa e o propósito dela, esperando a primeira oportu-
nidade que aparecer e partir para uma nova oportunidade no mercado.
• 3º ponto: vamos entender, então, como separar a produção da 
capacidade de produção para praticar justiça e manter o equilíbrio 
nas equipes:
– Sabe aquela história do fazendeiro e da galinha dos ovos de 
ouro? Do querer mais, sempre mais, até o dia que a galinha se es-
tressou tanto e morreu? Então. Equilíbrio na liderança é uma carac-
terística extremamente necessária.
– Se o seu colaborador for apaixonado pela sua empresa, se 
sentir motivado e enxergar a organização como um ambiente justo 
para se trabalhar, é muito provável que ele dê sempre o máximo den-
tro de suas possibilidades, sem que isso o esgote.
Um ambiente maduro, seguro, com um bom clima organizacional, 
uma boa estrutura, e onde o colaborador perceba que o gestor e a 
empresa se preocupam de fato com seu bem-estar e, consequente-
mente, com seu crescimento, é solo fértil para produtividade. Portanto, 
produção é algo totalmente diferente de capacidade de produção. E 
esse equilíbrio entre o que você produz e sua capacidade de produzir 
só será contínuo se houver harmonia e bem-estar, ou seja, produzir 
exatamente o que você é capaz, dentro do espaço de tempo normal.
Treinar a equipe é uma boa forma para incrementar a capaci-
dade produtiva. Pode ser criado um programa de reciclagem com os 
funcionários. Há treinamentos focados no aumento da produtividade 
e na gestão melhor do tempo. Treinamentos motivam os colaborado-
res, que percebem a empresa investindo na formação deles.
O clima organizacional sempre causa algum tipo de impacto na 
produtividade. Por isso, elaborar ações que melhorem o ambiente de 
trabalho pode ajudar. A existência de bons equipamentos e de bene-
fícios corporativos e o incentivo à interação da equipe e à cultura do 
feedback servem de estímulos nesse sentido.
FONTE: BIFF, M. Entenda a importância da capacidade de 
produção na equipe. Disponível em: https://blogs.canalrural.com.br/
agroinspiradoras/2020/07/13/entenda-a-importancia-da-capacidade-
-de-producao-na-equipe/. Acesso em: 23 jan. 2022.
29
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
 Na década de 1960, salas divididas formando escritórios individuais eram 
o ambiente comum em grande parte das empresas. Se, por um lado, o colabora-
dor conseguia dispor de maior privacidade em uma sala à parte, por outro lado, a 
interatividade entre colaboradores era expressivamente menor. Atualmente, o que 
se observa são grandes salas, contendo divisórias baixas, formando pequenas 
ilhas de trabalho sem paredes, as quais tendem a proporcionar uma maior siner-
gia e interação entre trabalhadores de diferentes grupos.
FIGURA 11 – MODELO ABERTO DE AMBIENTE DE TRABALHO
FONTE: https://danielscott.com.br/como-voce-pode-montar-um-
ambiente-de-trabalho-ideal/. Acesso em: 23 jan. 2022.
Para se trabalhar o conceito de bem-estar, deve-se avaliar quais entraves 
ou problemas principais estão impedindo uma capacidade produtiva satisfatória 
na empresa. Nesse sentido, é válido destacar a mudança ocorrida na arquitetura 
interna das empresas e organizações ao longo do tempo, visto que esta sofreu 
grandes mudanças nas últimas décadas. A exemplo, mais recentemente algu-
mas pesquisas apontam uma insatisfação por parte dos colaboradores no modelo 
aberto de trabalho, tendo como principal argumento a falta de privacidade e a 
poluição sonora. 
As pesquisas ainda indicam que, apesar de os funcionários reconhecerem 
uma maior possibilidade de interação nesses ambientes abertos, assumem que 
essa sinergia não supera o estresse gerado pela poluição sonora. Dentre os prin-
cipais pontos a serem transformados em uma empresa visando o aumento da 
capacidade produtiva aliado ao bem-estar, destacam-se:
30
 Capacidade de Produção
FIGURA 12 – ASPECTOS ASSOCIADOS AO BEM-ESTAR DA EQUIPE
FONTE: A autora (2022)
O bem-estar pode ser defi nido como um conjunto de estratégias e ações em-
pregadas com uma fi nalidade principal: construir um ambiente de trabalho harmôni-
co e agradável ao colaborador, proporcionando, assim, bem-estar a ele e à equipe.
Ao proporcionar bem-estar à equipe, pode-se criar estratégias de competi-
ção saudável e de motivação que contribuam para o aumento da capacidade de 
trabalho da equipe. Essas estratégias podem ser feitas via aplicação de tarefas 
diárias, visando garantir não apenas o bem-estar, mas também uma maior saúde 
e segurança aos trabalhadores no ambiente corporativo.
O site sugerido a seguir aborda com propriedade a seguin-
te temática: “Bem-estar no trabalho: entenda a importância de 
um ambiente voltado a pessoas”. O texto elaborado por Carina 
Martins traz aspectos relacionados à capacidade de produção 
e ao bem-estar de um ambiente de trabalho. Acesse o link a 
seguir e descubra mais: https://beecorp.com.br/bem-estar-no-tra-
balho/. Acesso em: 2 jun. 2022.
31
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
É necessário que os colaboradores tenham uma percepção de reconheci-
mento pela empresa e seus gestores. E, além do reconhecimento, é necessário 
que sejam capazes de visualizar oportunidade de crescimento pessoal e profi s-
sional no ambiente de trabalho, seja mediante desafi os ou, ainda, inovações e 
treinamentos constantes.
Empresas que demonstram preocupações com o bem-estar de seus cola-
boradores com frequência apresentam maior produtividade, posicionando-se à 
frente de suas concorrentes, não somente para atrair profi ssionais promissores, 
mas também para o próprio progresso da organização como um todo, segundo a 
percepção de expansão e crescimento que paira sobre a empresa e seus líderes.
Ergonomia se refere a um dos aspectos que devem ser obser-
vados na avaliação do bem-estar e da capacidade produtiva de uma 
determinada equipe ou de uma empresa. Além disso, pode ser defi ni-
da como a ciência que se dedica à compreensão das adaptações em 
um ambiente de trabalho que visem um aumento da efi ciência para 
seus colaboradores. No conceito de ergonomia, também fazem parte 
aspectos físicos, psicológicos e fi siológicos dos colaboradores, além 
de características psicossociais do ambiente de trabalho.
A qualidade de vida no trabalho apresenta relação com as organizações atu-
ais, pois, progressivamente, as empresas têm se preocupado com o bem-estar 
organizacional de seus colaboradores. Nesse sentido, propostas de reestruturas 
e atualizações podem ser implementadas para atingir esse objetivo. Algumas em-
presas têm implementado pacotes de benefícios e desenvolvimento para suas 
equipes, a fi m de incorporar programas e práticas que tenham como objetivo cen-
tral o bem-estar no ambiente de trabalho.
32
 Capacidade de Produção
FIGURA 13 – O BEM-ESTAR PODE ELEVAR A CAPACIDADE 
DE PRODUÇÃO DE UMA EQUIPE
FONTE: https://g1.globo.com/mg/como-incentivar-o-equilibrio-e-bem-estar-no-
trabalho-pode-ajudar-empresas-e-colaboradores.ghtml. Acesso em: 23 jan. 2022.
Na pesquisa, “Tendências Globais de Capital Humano de 2018: a ascensão 
da empresa social”, 43% das empresas disseram que programas para otimizar a 
qualidade de vida reforçam a missão e os valores empresariais, 60% acreditam 
que taispráticas ajudam na retenção dos funcionários, e 61% disseram que ocor-
re a melhoria da produtividade e dos resultados fi nanceiros.
De um modo geral, observa-se que as organizações têm se reinventado e 
se reposicionado conforme novas demandas e atualizações nos ambientes cor-
porativos mundiais, bem como de acordo com novas tecnologias que vêm sendo 
inseridas nesses ambientes.
Além de favorecer o bem-estar dos colaboradores, observa-se que essas no-
vas políticas organizacionais também apresentam refl exo direto na produtividade, 
em função de um maior nível de capacidade de produção advindo do bem-estar 
geral da equipe. Para que essas ações gerem resultados satisfatórios, pode-se 
dispor de metodologias que incluam etapas e progressos contínuos a serem reali-
zados, tais como as mencionadas e descritas na sequência.
33
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
FIGURA 14 – ETAPAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS ORGANIZACIONAIS
FONTE: A autora (2022)
1) Mobilização
Ao mobilizar os colaboradores de uma empresa, pode-se sugerir mudanças 
e atualizações, desde que estas estejam alinhadas com os valores da empresa e 
seus objetivos e com as necessidades das pessoas e seus valores. A mobilização 
pode ser uma das etapas mais difíceis, pois consiste na etapa inicial de fuga à co-
modidade, porém, pode gerar bons resultados e revelar colaboradores engajados 
e mais motivados.
No texto elaborado por José Sérgio Marcondes, o qual apresen-
ta sua formação como Gestor de Segurança Privada, Especialista 
Segurança Empresarial e Consultor Segurança Privada, discutiu-se 
uma temática fundamental às empresas: planejamento. Neste ma-
terial, o autor aborda o conceito de planejamento e seus principais 
aspectos associados, bem como a importância e os tipos de plane-
jamento que podem ser implementados em uma empresa. 
Para acessar o texto, visite o seguinte endereço: https://gestaodese-
gurancaprivada.com.br/planejamento-o-que-e-conceitos-tipos/. Aces-
so em: 2 jun. 2022.
34
 Capacidade de Produção
2) União
Após a etapa de mobilização, chegou o momento de unir esforços e recursos 
para a tomada de decisões, a fi m de que os colaboradores possam demonstrar 
seu potencial para revelar mudanças nas ações produtivas da empresa e na bus-
ca por um ambiente de trabalho mais saudável e agradável.
3) Diagnóstico
Essa etapa de diagnóstico consiste, com frequência, na primeira etapa da 
equipe de trabalho, e terá como objetivo principal a extração de dados, a avalia-
ção e a defi nição de metas a alcançar.
4) Prioridades
Para defi nição dessa etapa, deve-se considerar uma série de aspectos. Ainda que 
se reconheça determinadas prioridades na empresa, é importante delimitar quais serão 
efetuadas primeiramente. Um exemplo são as prioridades associadas diretamente a 
fatores de risco ocupacionais, à saúde e aos limites de exposição do trabalhador.
5) Planejamento
O passo seguinte refere-se ao planejamento, o qual deve prever o desenvolvi-
mento e a realização de um plano destinado à área da saúde. Para cada porte de 
empresa, deve-se delimitar um plano distinto, o qual deve ser fundamentalmente 
mais simples em seu início, deixando as etapas complexas para mais adiante. 
Esse planejamento deve ter seu foco centrado em determinadas prioridades 
identifi cadas como mais urgentes e críticas à saúde, assim como deve contemplar 
objetivos e metas que sejam tangíveis e potencialmente transformadoras na em-
presa, tendo, para cada qual, um determinado período limite de realização.
FIGURA 15 – O PLANEJAMENTO É FUNDAMENTAL 
NAS POLÍTICAS ORGANIZACIONAIS
FONTE: https://gestaodesegurancaprivada.com.br/planejamento-
o-que-e-conceitos-tipos/. Acesso em: 30 jan. 2022.
35
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
6) Ação
Essa é a etapa de agir. Todas as metas e responsabilidades traçadas serão 
aqui realizadas, de acordo com cada pessoa que se responsabilizou em desem-
penhá-las. Ainda, é preciso que haja um monitoramento das ações que estão sen-
do feitas e as que precisam ser desempenhadas, para averiguar se o prazo para 
realização está sendo adequadamente atendido.
7) Avaliação
Não basta efetuar, é preciso monitorar e avaliar continuamente o progresso e as 
etapas de mudança dentro da equipe e da empresa como um todo. Na avaliação, po-
de-se, ainda, identifi car quais metas e ações estão sendo efetivas e quais necessitam 
ser reformuladas, a fi m de se determinar o que é viável e passível de ser efetuado.
O ideal é que tanto o processo de implementação das ações como os resul-
tados gerados por estas sejam avaliados em curto e longo prazos, de modo a se 
estabelecer um monitoramento do progresso.
8) Aprimoramento
Esse passo fi nal refere-se à primeira etapa do ciclo futuro de ações dentro da 
empresa que deseja elevar a capacidade produtiva e o bem-estar de sua equipe. 
O aprimoramento envolve a realização de alterações com base nos resultados 
efetuados na avaliação das metas cumpridas e daquelas que ainda se deseja 
alcançar. Ainda, as melhorias podem contribuir na implementação de novos pro-
gramas dentro da equipe e da empresa.
3 Além de favorecer o bem-estar dos colaboradores, as novas po-
líticas organizacionais também apresentam refl exo direto na pro-
dutividade, em função de um maior nível de capacidade de produ-
ção advindo do bem-estar geral da equipe. Para que essas ações 
gerem resultados satisfatórios e potencialmente efetivos, pode-se 
implementar metodologias que incluam etapas e progressos con-
tínuos a serem realizados. A respeito dessas etapas, associe os 
itens, utilizando o código a seguir:
I- Mobilização.
II- União.
III- Diagnóstico.
36
 Capacidade de Produção
IV- Prioridades.
V- Planejamento.
VI- Ação.
VII- Avaliação.
VIII- Aprimoramento.
( ) Essa pode ser uma das etapas mais difíceis, pois consiste 
na etapa inicial de fuga à comodidade. 
( ) Após a etapa de mobilização, chegou o momento de unir 
esforços e recursos para a tomada de decisões. 
( ) Essa etapa consiste, com frequência, na primeira etapa da 
equipe de trabalho. 
( ) Ainda que se reconheça determinadas prioridades na em-
presa, é importante delimitar quais serão efetuadas primeira-
mente, com base nessa etapa.
( ) Para cada porte de empresa, deve-se delimitar um plano 
distinto com base nessa etapa, o qual deve ser fundamental-
mente mais simples em seu início, deixando as etapas com-
plexas para mais adiante. 
( ) Todas as metas e responsabilidades traçadas serão realiza-
das nessa etapa, de acordo com cada pessoa que se respon-
sabilizou em desempenhá-las.
( ) Nessa etapa, pode-se identifi car quais metas e ações estão 
sendo efetivas e quais necessitam ser reformuladas, a fi m de 
se determinar o que é viável e passível de ser efetuado.
( ) Essa etapa refere-se à primeira etapa do ciclo futuro de ações 
dentro da empresa que deseja elevar a capacidade produtiva 
e o bem-estar de sua equipe.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I – III – II – V – IV – VII – VIII - VI
b) ( ) V – III – II – I – IV – VII – VIII - VI
c) ( ) I – IV – II – V – III – VII – VIII - VI
d) ( ) I – II – III – IV – V – VI – VII - VIII
e) ( ) I – III – II – V – IV – VII – VIII – VI
O bem-estar no trabalho deve-se ser planejado e implementado consideran-
do-se três pilares principais:
37
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
FIGURA 16 – PILARES DO BEM-ESTAR DO INDIVÍDUO
FONTE: A autora (2022)
O bem-estar pode ser promovido aos colaboradores com base no uso de 
uma grande diversidade de ações e ferramentas, as quais são elencadas e des-
critas a seguir:
• Desenvolvimento de atividades colaborativas
As atividades colaborativas apresentam grande importância no sentido dar 
possibilidade de a equipe conhecer melhor suas lideranças e colaboradores. 
Conhecendo-se a equipe, possivelmente os gestorespodem identifi car, com 
maior assertividade, qual o papel direcionado a cada colaborador, de acordo com 
suas habilidades, conforme seu histórico de atividades já desenvolvidas com su-
cesso e, também, conforme a experiência e a demanda necessária da empresa.
No processo colaborativo, é possível, ainda, conceder uma opção de maior 
participação dos colaboradores da equipe, para que possam contribuir junto à em-
presa com ideias e retornos de trabalhos anteriores, ou, ainda, feedbacks.
38
 Capacidade de Produção
FIGURA 17 – ATIVIDADES COLABORATIVAS CONTRIBUEM 
PARA O BEM-ESTAR NO AMBIENTE DE TRABALHO
FONTE: https://www.tiespecialistas.com.br/colaboracao-x-competicao-o-
fi m-canibalismo-profi ssional-na-microsoft/. Acesso em: 30 jan. 2022.
O processo colaborativo permite, ainda, identifi car táticas que evidenciem as 
fraquezas e as insatisfações do grupo e o bem-estar instaurado no trabalho, po-
dendo, ainda, em determinadas situações de condução, promover a inovação e a 
criatividade na empresa.
• Adoção de fl exibilidade 
Adotar estratégias fl exíveis tende a atingir o objetivo proposto: proporcionar 
bem-estar no ambiente corporativo. A fl exibilidade tem estreita relação quando não 
é condicionada a pressões e cobranças exageradas na empresa. Pode-se exigir, 
impor metas e condições, mas o ideal é que estas apresentem certa fl exibilidade.
Um exemplo de adoção de fl exibilidade se refere à avaliação da capacidade pro-
dutiva do colaborador de acordo com a sua produção, e não exatamente em função 
da quantidade de horas trabalhadas por ele. Nesse sentido, é imprescindível que o 
trabalhador tenha condições físicas e mentais de experimentar um trabalho diário 
tranquilo, que não o coloque constantemente sob pressão e exigências urgentes.
FIGURA 18 – A FLEXIBILIDADE NO TEMPO DE TRABALHO INTERFERE 
NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DO COLABORADOR
FONTE: https://nobeadvogados.com.br/16-duvidas-sobre-
horas-extras/. Acesso em: 30 jan. 2022.
39
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
Com uma relação de fl exibilidade, é possível que relações de confi ança seja 
efetivamente implementada, pois o trabalhador pode revelar-se mais tranquilo e 
produtivo diante dessas condições. 
A fl exibilidade foi bastante exigida, por exemplo, nos tempos pandêmicos vi-
vidos até o momento, em que muitos colaboradores atuaram de suas residências, 
com horários e condições fl exibilizadas de trabalho. 
• Disponibilizar apoio psicológico 
Disponibilizar apoio psicológico pode ser uma grande alternativa para as em-
presas interessadas no bem-estar de sua equipe e de seus colaboradores indi-
vidualmente. Esse apoio pode surtir efeitos diretos na capacidade de produção 
do trabalhador, uma vez que encontra, no ambiente de trabalho, um espaço para 
compartilhar anseios e difi culdades. 
Com a pandemia, diversas empresas disponibilizaram aos seus 
colaboradores atendimento psicológico, uma vez que muitos colabora-
dores experimentaram situações atípicas e difíceis de serem adminis-
tradas. A reportagem traz a seguinte manchete: “Pandemia aumenta 
adesão a programas de bem-estar e apoio psicológico no trabalho”.
No texto relatado por essa notícia, comenta-se que a questão 
da saúde mental no trabalho veio à tona com o distanciamento so-
cial obrigatório durante a pandemia e trouxe, como consequência, 
a necessidade de aumento do bem-estar no ambiente corporativo. 
Acesse a notícia completa: https://www1.folha.uol.com.br/sobretudo/
carreiras/2021/01/pandemia-aumenta-adesao-a-programas-de-bem-
-estar-e-apoio-psicologico-no-trabalho.shtml. Acesso em: 2 jun. 2022.
4 O desenvolvimento de atividades colaborativas pode ser uma al-
ternativa viável para a implementação de uma nova fase na em-
presa, que preze pelo bem-estar associado à capacidade de pro-
dução. Neste sentido, os gestores podem identifi car com maior 
assertividade qual o papel direcionado a cada colaborador, de 
acordo com suas habilidades, conforme seu histórico de ativida-
40
 Capacidade de Produção
des já desenvolvidas com sucesso, e, conforme a experiência e 
a demanda necessária da empresa. De que forma os gestores 
podem identifi car o papel de cada colaborador?
a) ( ) Conhecendo a equipe.
b) ( ) Segregando a equipe.
c) ( ) Afastando a equipe.
d) ( ) Substituindo a equipe.
e) ( ) Atualizando a equipe.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, foi possível conhecer conceitos relacionados à capacidade 
de produção que representam grande importância no andamento e pleno fun-
cionamento de equipes e empresas. A capacidade de produção não é justifi cada 
apenas com base em dados, números e metas, mas, também, conforme etapas 
organizacionais e consideração sobre o bem-estar dos colaboradores. Cálculos 
de índices de efi ciência e associados podem ser estabelecidos na busca da com-
pressão da capacidade produtiva de uma empresa. É preciso avaliar cada um dos 
índices atrelados a estes cálculos para se tomar as medidas mais assertivas em 
cada situação.
Ainda, abordou-se neste capítulo conceitos relacionados ao bem-estar e à 
capacidade produtiva, associados. Compreender o bem-estar do indivíduo e da 
equipe como um todo tornou-se imprescindível em meio à pandemia, uma vez 
que muitos colaboradores precisaram se afastar do trabalho, enquanto outros fo-
ram obrigados a trabalhar a partir de suas residências para cumprir o distancia-
mento social.
O bem-estar ganhou foco nesse cenário, tornando fundamental o estabeleci-
mento de atendimentos psicológicos para que os colaboradores pudessem traba-
lhar e se apresentarem produtivos, mesmo sob situações completamente atípicas 
na empresa e em suas vidas pessoais. 
Vimos, também, que a capacidade de produção, quando bem diagnosticada 
e avaliada em cada ambiente de trabalho, refl ete em inúmeros benefícios à produ-
ção, à qualidade dos serviços, à geração de produtos, à socialização, ao controle 
e monitoramento de perdas e ao enfrentamento de problemas nas empresas.
41
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA E 
MODOS DE CÁLCULOS Capítulo 1 
A capacidade de produção, como apresentada neste capítulo, não deve ser 
equivocadamente avaliada conforme um maior volume de produção, mas, ideal-
mente, conforme uma maior qualidade do serviço e um maior controle da produção, 
a fi m de se evitar perdas inesperadas e falta ou excesso de produtos em estoque. 
O fl uxo de todas as etapas de produção e o monitoramento delas também 
interfere na qualidade do produto, pois pode representar um processo cumulativo, 
isto é, se as etapas iniciais foram adequadamente desempenhadas e respeitadas, 
a possibilidade de sucesso nas etapas posteriores será consideravelmente maior.
REFERÊNCIAS
ABBAS, K.G.; LEONCINE, M. Os métodos de custeio: vantagens, desvantagens e sua 
aplicabilidade nos diversos tipos de organizações apresentadas pela literatura. Contexto, 
v. 12, n. 22, p. 145-159, 2012.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 8 ed. São 
Paulo: Atlas, 2018. 
TODARO, M. E. C. Carregamento, sequenciamento e programação da produção. PCP 
Engenharia, 2016. Disponível em: https://pcpengenharia.wordpress.com/. Acesso em: 2 
jun. 2022.
42
 Capacidade de Produção
CAPÍTULO 2
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE 
PRODUÇÃO
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 Diferenciar Capacidade de Produção de Capacidade Produtiva.
 Compreender aspectos relacionados ao gerenciamento da Capacidade de Pro-
dução.
 Abordar a Importância do gerenciamento na Capacidade de Produção.
 Conhecer ferramentas eletrônicas utilizadas no gerenciamento da Capacidade 
de Produção.
44
 Capacidade de Produção
45
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste capítulo da disciplina de Capacidade de Produção, serão abordados 
conhecimentos sobre a o gerenciamento da capacidade deprodução.
A capacidade de produção pode ser o ponto chave de equipes de colabora-
dores e de empresas como um todo. No entanto, para que se possa progredir, é 
preciso adotar um gerenciamento estratégico que permita o incremento da capa-
cidade de produção com base nos recursos disponibilizados pela empresa, tor-
nando esse processo viável e exequível do início ao fi m.
Gerenciar a produção requer a execução de uma série de etapas, que envolvem 
planejamento, organização, coordenação, monitoramento e outros. A adequada exe-
cução de cada uma dessas etapas irá criar condições para que o gerenciamento da 
produção possa ser atendido de acordo com as necessidades de cada empresa.
O gerenciamento da capacidade de produção deve ser compreendido e im-
plementado em todas as esferas comerciais, sejam de quais forem: tecnológicas, 
industriais, civis, dentre outras. Qualquer empresa ou equipe que tenha interesse 
em elevar sua capacidade de produção deverá ter como premissa básica o geren-
ciamento desse processo, para que as demandas, estoques, matérias-primas e 
outros possam ser monitorados adequadamente.
Ao longo deste capítulo, iremos defi nir o que é o gerenciamento da produção, 
bem como serão apresentados os pilares da importância desse processo, para 
que se possa melhorar toda a gestão de uma determinada organização. 
Os conceitos e discussões aqui apresentados poderão ter uma ampla aplica-
bilidade profi ssional, podendo ser empregados em todos os setores da produção, 
com pequenas adaptações intrínsecas a cada empresa. Para complementar a 
aprendizagem, você irá encontrar algumas ferramentas contextualizadas no de-
correr do capítulo, que irão contribuir para a assimilação de conceitos e para o 
desenvolvimento de um pensamento crítico acerca do tema Gerenciamento da 
Capacidade de Produção.
Um dos primeiros tópicos a serem abordados será a diferenciação dos ter-
mos capacidade produtiva e capacidade de produção, os quais podem apresentar 
dissimilaridades entre eles, não sendo inteiramente sinônimos.
46
 Capacidade de Produção
2 ASPECTOS RELACIONADOS AO 
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE 
DE PRODUÇÃO
Nesta seção, serão abordados os aspectos relacionados à gestão e ao ge-
renciamento da capacidade de produção. Um dos pilares mais importantes nes-
se processo é suportado pelo planejamento da produção, o qual poderá auxiliar 
grandemente no alcance de níveis de qualidade dentro do esperado, além de 
contribuir na redução de custos e favorecer o empreendedor na lucratividade de 
sua empresa (TUBINO, 2017). Nesse sentido, pode-se defi nir o gerenciamento de 
qualquer atividade como o seguinte:
QUADRO 1 – DEFINIÇÃO DE GERENCIAMENTO
FONTE: A autora (2022)
Uma gestão realizada adequadamente poderá conceder maiores possibi-
lidades à empresa em relação a níveis satisfatórios de qualidade, conforme já 
mencionado. Ainda, um gerenciamento adequadamente executado também irá 
favorecer o aumento da lucratividade e da redução dos custos de produção, o 
que poderá refl etir diretamente em um ambiente mais agradável para os clientes e 
também para os colaboradores (TODARO, 2016).
Você sabia que os conceitos de capacidade de produção e capa-
cidade produtiva não são inteiramente similares? A diferença de capaci-
dade de produção e capacidade produtiva pode ser resumida da seguin-
te forma: enquanto a capacidade de produção consiste em uma ação, a 
capacidade produtiva refere-se a uma medida de desempenho.
47
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
O gerenciamento da produção pode ser considerado uma atividade intrínse-
ca e inerente a todos os processos comerciais, não devendo, portanto, ser negli-
genciada, independentemente do tipo de serviço ao qual está associada. O geren-
ciamento também pode ser defi nido como uma gestão cíclica que pode ter uma 
grande extensão de atuação, desde a estruturação e o encaminhamento dos pro-
cessos de produção até mesmo as etapas fi nais com o cliente. Com base no ge-
renciamento da produção, pode-se atingir metas e objetivos previamente traçados 
com maior assertividade, desde que sejam obedecidos valores preestabelecidos 
pela empresa, bem como princípios e propósitos (SLACK et al., 2018).
Inicialmente, foi possível compreender do que se trata, na íntegra, o gerencia-
mento da produção. A seguir, poderemos verifi car quais são as etapas envolvidas 
nesse processo, com vistas ao aumento da capacidade de produção de uma deter-
minada empresa. Para efetivar o gerenciamento da produção, a aplicação de de-
terminadas funções é imprescindível. Por sua vez, não devem ser compreendidas 
como uma sequência linear, mas, sim, como um ciclo contínuo. Compreender as 
funções do gerenciamento da capacidade de produção como um ciclo é fundamen-
tal, uma vez que essas etapas podem ser executadas de forma conjunta, apresen-
tando, portanto, uma relação de interdependência entre cada uma. São elas:
FIGURA 1 – ETAPAS BÁSICAS DO GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO
FONTE: A autora (2022)
 A seguir, descrevemos cada uma das etapas apresentadas na Figura 1, 
porém ressaltando que não se referem a uma sequência de execução, mas, sim, 
a um ciclo.
48
 Capacidade de Produção
1) Planejamento
O planejamento do gerenciamento da produção pode ser dependente de as-
pectos estratégicos relacionados à área de fi nanças e marketing, pois servirá de 
suporte para o fl uxo de caixa, para o capital de giro e, também, para a capacidade 
de entrega dos canais de distribuição. De acordo com estes e outros fatores que 
podem impactar o negócio diretamente, a empresa poderá elaborar um plano de 
execução e de produção, visando o incremento da capacidade de produção.
Para executar o planejamento, é preciso ter conhecimento dos processos da 
empresa, de modo a efetuar uma centralização de todas as informações dispo-
níveis, bem como para efetuar a organização de ideias, elencando aspectos de 
gastos, fi nanças, estoque, demandas e produção.
FIGURA 2 – O PLANEJAMENTO REQUER O CONHECIMENTO DOS PROCESSOS
FONTE: https://p1-tt.byteimg.com/origin/pgc-image/276924fa738
c45edae2975bc1171cc1c.jpg, Acesso em: 6 jun. 2022
Após a análise dos recursos da empresa, pode-se estabelecer um cronogra-
ma de produção em longo prazo. Nessa análise, espera-se que a produção possa 
atender integralmente a demanda da empresa, gerando também um mínimo de 
custos com armazenagem, perda de matérias-primas e com estoques. O planeja-
mento pode auxiliar a inserir a capacidade de produção dentro do plano estraté-
gico das perspectivas da empresa, isto é, o que se espera obter como resultados 
com o gerenciamento da capacidade de produção (ABBAS; LEONCINE, 2012).
Nesse sentido, é necessário que o planejamento preveja, com a melhor esti-
mativa possível, o custo da produção, seja ele relacionado aos materiais, mão de 
obra, energia, estoque ou, ainda, equipamentos, para que que se possa distribuir 
esses custos ao longo do tempo. É importante considerar o seguinte:
49
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
QUADRO 2 – IMPORTÂNCIA DA ETAPA DE PLANEJAMENTO
FONTE: A autora (2022)
A determinação do nível considerado ótimo para a produção e 
para que esta possa atender à demanda prevista irá reverter em maior 
efi ciência e efi cácia na capacidade de produção. O não atendimento 
ao nível ótimo pode ser prejudicial, uma vez que o desequilíbrio en-
tre a demanda e a capacidade de produção pode gerar consequên-
cias econômicas danosas para a empresa. Nesse sentido, sintonizar e 
harmonizar o grau de capacidade produtiva com as necessidades da 
empresa e com o menor custo possível pode ser um grande desafi o. 
Para que esse processo seja exequível, gerenciar e planejar a capaci-
dade produtiva é essencial. Visite o endereço a seguir para conhecer 
uma indicação de leitura denominada “Gerenciamento da Capacidade 
de Produção”, publicado pela BWS Consultoria. Endereço eletrônico: 
https://www.bwsconsultoria.com/2011/04/gerenciamento-da-capacida-
de-de-producao.html.Acesso em: 6 jun. 2022.
2) Organização
A principal importância da etapa de organização está na predição de even-
tuais falhas na produção. Nesse sentido, a organização consiste em uma ação 
contínua de planejamento da produção.
50
 Capacidade de Produção
Para que você possa compreender os assuntos divulgados re-
lacionados à capacidade de produção, apresentamos a seguinte re-
portagem, intitulada “Capacidade produtiva: o que é, qual sua impor-
tância e como analisar”. Nessa notícia, o autor explana de maneira 
didática e concisa o que é a capacidade produtiva. A seguir, você 
poderá conhecer alguns trechos da notícia.
“O que é capacidade produtiva?
[...] capacidade produtiva é o limite de produtos que uma indústria 
consegue produzir com os recursos disponíveis. Ou seja, se a sua in-
dústria consegue fabricar 10 cadeiras por dia em plena efi ciência, sua 
capacidade produtiva é de 70 cadeiras por semana. É um erro comum 
imaginar que quanto maior a capacidade produtiva, melhor.
Qual a importância de conhecer a capacidade produtiva? É fun-
damental que os gestores conheçam a efi ciência operacional da in-
dústria se pretendem melhorar sua gestão. Conhecer exatamente sua 
capacidade produtiva traz diversos benefícios, como, por exemplo:
Auxilia a tomada de decisões mais assertivas.
Ajuda a manter os níveis ideais de estoque, evitando o excesso 
e a falta de materiais e produtos.
Ajuda a melhorar a rotina e a produtividade dos colaboradores.
Permite que sua indústria utilize melhor os materiais e insumos 
na produção.
Permite a defi nição de metas assertivas para o setor de vendas 
e produção.
Então, possuindo uma capacidade produtiva determinada, a sua 
equipe conseguirá entender melhor a própria fábrica e, assim, aten-
der melhor seus clientes. 
Nem sempre produzir mais é uma boa coisa, já que, se você 
não tiver para quem vender, pode acabar com um excesso de esto-
ques que geram custos e prendem o capital da sua empresa.”
Gostaria de conhecer a notícia na íntegra? Disponível em: ht-
tps://www.nomus.com.br/blog-industrial/capacidade-produtiva/>. 
Acesso em: 16 fev. 2022.
51
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
Ainda sobre a etapa de organização, pode executá-la com base no desen-
volvimento de um diagnóstico, contendo procedimentos e processos estrutura-
dos para o alcance de ganhos em produtividade. Esta estruturação da produção 
contribui para um melhor aproveitamento de recursos da empresa, independente-
mente da natureza de que estes sejam.
FIGURA 3 – RECURSOS COMUNS DAS EMPRESAS
FONTE: A autora (2022)
Em se tratando de Capacidade de Produção, o conceito de re-
cursos é bastante abrangente, pois pode ser de diversas esferas e é 
considerado o combustível para manter uma empresa em pleno fun-
cionamento. O conceito técnico de recursos, nesse sentido, é con-
siderado fi ndável e plausível de ser adaptado à realidade de cada 
empresa, uma vez que, dependendo do capital de giro, poderá haver 
maior ou menor investimento nos recursos mencionados na fi gura 3.
Na etapa de organização é primordial que estejam previstas tarefas como: 
• Quais equipamentos serão necessários?
• Quais serão as datas das reuniões?
52
 Capacidade de Produção
• Quais os principais objetivos no gerenciamento?
• Quais os envolvidos?
• Quais maquinários serão utilizados?
3) Comando
Para estabelecer um bom comando, é necessário ter perfi l de liderança. O 
líder será o encarregado pelo gerenciamento da capacidade de produção, sendo 
quem irá idealizar a estruturação da cadeia de ação da empresa, via desligamen-
to de postos, ou, ainda, geração de novos cargos, reorganização da estrutura hie-
rárquica e ajuste de perfi s.
Para que o comando seja efetivo no gerenciamento, é necessário que os 
responsáveis pela gestão tenham plenas condições de liderança sobre os cola-
boradores da produção, e que seja também capaz de detectar entraves e fragili-
dades que requerem melhorias na empresa. Ainda, do ponto de vista pessoal, o 
cargo de comando no gerenciamento necessita lidar com situações de estresse 
e pressão, bem como será um motivador da equipe, incentivando-a sempre que 
possível diante das difi culdades (BOFF, 2013).
Se não há nenhuma pessoa com esse perfi l ainda na empresa, pode-se efe-
tuar um treinamento dos colaboradores que se aproximem dessas características, 
de modo a torná-los alinhados aos valores e preceitos da empresa, dando-lhe 
condições para realizar um bom gerenciamento da produção. Uma empresa sem 
líderes logo perde o incentivo de seus colaboradores, por isso é ideal encontrar e 
manter esse perfi l em todas as empresas.
Ainda em relação ao perfi l dos colaboradores, pode-se incentivar o envolvi-
mento direto dos funcionários em todos os processos de gerenciamentos, tentan-
do-se manter o foco nas etapas a serem efetuadas (ABBAS; LEONCINE, 2012).
FIGURA 4 – NA ETAPA DE COMANDO, DEVE-SE BUSCAR O PERFIL DE LIDERANÇA
FONTE: https://www.infl uencive.com/wp-content/uploads/2021/07/business-
marketing-planning-stockpack-pixabay-758x505.jpg. Acesso em: 6 jun. 2022
53
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
4) Execução e controle
Na etapa de execução e controle, pode-se colocar os planos em prática sem 
perder a qualidade durante esse processo. Para que o planejamento possa ser exe-
cutado, é ideal que haja um monitoramento e um controle adequado das etapas, a 
fi m de que sejam adequadamente desempenhadas pela equipe de produção.
Já o controle refere-se ao monitoramento das metas de produção previstas 
na etapa de planejamento, tratando-se de uma etapa fundamental na tomada de 
decisões e no planejamento do gerenciamento (CAMARGO, 2017).
Acesse o site a seguir para descobrir mais sobre o seguinte 
tema: “Capacidade de produção: como gerir?”. Neste texto você po-
derá encontrar mais discussões sobre este assunto. Acesse: https://
www.fm2s.com.br/capacidade-de-producao-como-gerir/. Acesso em: 
6 jun. 2022.
Ainda sobre o controle, pode-se identifi car o desempenho individual de cada 
colaborador, bem como os períodos de maior demanda do trabalho ou maior fl uxo 
por materiais, bem como em relação a uma série de indicadores relacionados à 
qualidade de produção (TODARO, 2016).
5) Monitoramento e coordenação
A coordenação pode ser considerada o gargalo da cadeia de comando, sen-
do o setor responsável direto pelos resultados obtidos no setor operacional. O 
monitoramento, por sua vez, terá como objetivo principal identifi car as fragilidades 
do gerenciamento e melhorá-las.
54
 Capacidade de Produção
FIGURA 5 – A COORDENAÇÃO TEM ESTREITA RELAÇÃO COM O COMANDO
FONTE: https://www.pexels.com/photo/man-sitting-on-chair-in-front-
table-with-silver-macbook-7062/. Acesso em: 6 jun. 2022
1 O gerenciamento da capacidade de produção exige uma série de 
etapas em sua implementação e potencial efetividade nos pro-
cessos de gestão de uma empresa. A respeito disso, associe os 
itens, utilizando o código a seguir:
I Planejamento.
II Organização.
III Comando.
IV Execução.
V Controle.
VI Coordenação.
VII Monitoramento.
( ) Pode ser considerada o gargalo da cadeia de comando, sendo o se-
tor responsável direto pelos resultados obtidos no setor operacional.
( ) Pode ser dependente de aspectos estratégicos relacionados à 
área de fi nanças e marketing, pois servirá de suporte para o fl uxo 
de caixa, para o capital de giro e para a capacidade de entrega 
dos canais de distribuição.
( ) Para que seja efetivo no gerenciamento, é necessário que os res-
ponsáveis pela gestão tenham plenas condições de liderança sobre 
os colaboradores da produção, e que seja também capaz de detec-
tar entraves e fragilidades que requerem melhorias na empresa.
( ) Refere-se ao acompanhamento das metas de produção previstas 
na etapa de planejamento, tratando-se de uma etapa fundamen-
55
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
tal na tomada de decisões e no planejamentodo gerenciamento.
( ) Consiste em uma ação contínua de planejamento da produção.
( ) Para que o planejamento possa passar por essa etapa, é ideal 
que haja um monitoramento e um controle adequado das etapas, 
a fi m de que sejam adequadamente desempenhadas pela equipe 
de produção.
( ) Terá como objetivo principal identifi car as fragilidades do geren-
ciamento e melhorá-las.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) VI – I – III – V – II – IV - VII.
b) ( ) VI – III – I – V – II – IV - VII.
c) ( ) VI – I – II – V – III – IV - VII.
d) ( ) V – I – III – VI – II – IV - VII.
e) ( ) VII – I – III – V – II – IV - VI.
3 IMPORTÂNCIA DO 
GERENCIAMENTO NA CAPACIDADE 
DE PRODUÇÃO
Para compreendermos a importância do gerenciamento na capacidade de 
produção, é preciso compreender, primeiramente, sua essencialidade em diver-
sas esferas na empresa, as quais apresentam cada qual sua importância separa-
damente (ABBAS; LEONCINE, 2012). 
A seguir, veremos quais são essas esferas que destacam a importância do 
gerenciamento na capacidade de produção, apresentando-as e descrevendo-as.
1) Otimização da rotina de trabalho
A otimização da rotina de trabalho pode ser verifi cada na empresa como um 
todo e se apresenta como uma possibilidade de identifi car as falhas e as escolhas 
equivocadas do gerenciamento, a fi m de melhorá-las para os processos futuros. 
Ao se verifi car quais áreas da empresa carecem de melhorias e repaginação, é 
possível elevar tanto a efi ciência de funcionamento e de trabalho das máquinas e 
equipamentos, como a capacidade de produção dos próprios colaboradores.
56
 Capacidade de Produção
FIGURA 6 – OTIMIZAR A ROTINA DE TRABALHO FAZ PARTE DO GERENCIAMENTO
FONTE: https://pxhere.com/en/photo/764428. Acesso em: 6 jun. 2022.
2) Auxílio na tomada de decisões
O gerenciamento da produção pode contribuir na tomada de decisões da 
empresa, uma vez que, para uma determinada gestão, é importante ter conheci-
mento sobre a capacidade de produção da empresa, pois esse fator ajudará nas 
decisões e rumos a serem tomados.
2 A importância exercida pelo gerenciamento na capacidade de 
produção tem relação com diversas esferas pertinentes à empre-
sa: rotina de trabalho, tomada de decisões, controle de estoque e 
de custos de produção. Neste cenário, otimizar a rotina diária de 
trabalho consiste em um dos principais pilares do gerenciamento 
da produção, pois pode contribuir imensamente na capacidade 
de produção, fazendo com que esta seja elevada considerando-
-se, em determinados casos, o mesmo número de colaboradores 
e o mesmo período. Sobre a otimização da rotina de trabalho, 
classifi que V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) Otimizar a rotina de trabalho é uma tarefa que pode ser aplicada 
somente em determinados setores da empresa, e não deve ser 
aplicada na empresa como um todo.
( ) A otimização da rotina laboral permite detectar falhas e escolhas 
inadequadas no gerenciamento, a fi m de melhorá-las para os pro-
cessos futuros.
( ) A otimização não tem aplicação na efi ciência de funcionamento 
de máquinas e equipamentos.
57
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
( ) A capacidade de produção dos colaboradores pode ser elevada 
ao se otimizar a rotina de trabalho da empresa.
( ) Para se otimizar a rotina de trabalho, dispensa-se a verifi cação 
das áreas e setores da empresa que carecem de repaginação.
( ) A otimização da rotina de trabalho é um processo dispensável no 
gerenciamento da capacidade de produção.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – V – V – F – F – F.
b) ( ) F – V – F – V – F – F.
c) ( ) V – F – V – F – V – V.
d) ( ) F – F – F – F – V – F.
e) ( ) V – V – V – V – F – V.
 Ao longo do tempo, pode haver mudanças signifi cativas em uma linha 
de produção, aperfeiçoando os seus processos para elevar sua capacidade de 
produção. Se os processos são de conhecimento integral dos gestores, será mais 
favorável auxiliar nas mudanças necessárias, sendo que o contrário também é 
verdadeiro, ou seja, quando os gestores não têm inteiro conhecimento dos pro-
cessos, apresentam, com frequência, insegurança na tomada de decisões frente 
à empresa (TUBINO, 2017).
FIGURA 7 – A LINHA DE PRODUÇÃO PODE SER ALTERADA AO LONGO DO TEMPO
FONTE: https://www.ctm-corp.com/wp-content/uploads/2019/01/
HomepageHero.jpg. Acesso em: 6 jan. 2022.
58
 Capacidade de Produção
No texto a seguir, apresentado pela Fluxo Consultoria, aborda-
-se o seguinte tema: “Capacidade produtiva: saiba como ela pode 
ajudar seu negócio”. Nesse material, alguns conceitos importantes 
são trabalhados e aqui apresentados. Disponível em: https://fl uxo-
consultoria.poli.ufrj.br/blog/capacidade-produtiva-empresa/. Acesso 
em 16 fev. 2022. Conheça-os a seguir.
“Qual a importância de se medir a capacidade produtiva da 
empresa?
Ao avaliarmos a situação atual da empresa, é importante saber 
como está a sua efi ciência operacional. Em indústrias, por exemplo, 
é essencial que se conheça o quanto uma empresa consegue produ-
zir em uma de suas fábricas, essa informação irá permitir melhores 
tomadas de decisão.
Dentre as decisões que podem ser tomadas a partir dos resulta-
dos da avaliação da capacidade produtiva estão o dimensionamento 
dos estoques, as possibilidades de redução nos custos de produção 
e armazenamento, melhor aproveitamento de insumos e matérias-
-primas e a otimização na rotina de trabalho.
A capacidade produtiva também tem a função de promover o 
dimensionamento e fornecimento ao mercado de forma adequada a 
demanda, isto é, adequando o planejamento comercial e fi nanceiro 
da empresa às necessidades do mercado, já que produzir menos 
que o necessário pode signifi car que haverá uma perda de clientes, 
fazendo com que migrem para os concorrentes. Entretanto, ao se 
produzir muito, irá gerar custos maiores, o que irá prejudicar o fl uxo 
de caixa operacional da empresa”.
3) Auxílio da diminuição de custos da produção
O auxílio na redução consiste em um aspecto importante, pois pode ser efe-
tuado com base no gerenciamento e na análise da capacidade produtiva, a qual 
pode proporcionar, dentre inúmeras vantagens, um melhor uso dos recursos ne-
cessários à produção e dos custos envolvidos.
59
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
 Esses recursos podem ser humanos, materiais, tecnológicos, fi nanceiros, 
de marketing, dentre outros. Ainda, pode-se também reduzir o custo com os cola-
boradores, uma vez que na melhoria do gerenciamento da equipe de atuação na 
produção, pode-se observar a redução do desperdício de materiais no decorrer 
dos processos até sua etapa fi nal de produção. 
QUADRO 3 – VANTAGENS DA REDUÇÃO DE CUSTOS DE PRODUÇÃO
FONTE: A autora (2022)
4) Auxílio na manutenção do estoque em níveis satisfatórios
A importância do gerenciamento da capacidade produtiva se estende tam-
bém à sua possibilidade de controle do estoque da empresa. Nesse controle, po-
de-se evitar o excesso e a eventual ausência de qualquer produto e material, re-
duzindo, assim, problemas com o estoque.
O controle dos níveis do estoque é considerado primordial para indústrias e 
empresas que trabalham com produtos que necessitam ser armazenados e man-
tidos diretamente em embalagens. Essa necessidade maior de estoque para es-
ses produtos tem relação com a qualidade dos invólucros, os quais exigem um 
controle mais rígido, particularmente em relação ao processo de envase dos pro-
dutos (SLACK et al., 2018).
Ainda, é importante considerar que a capacidade de produção da empresa 
e seu gerenciamento também envolvem um relacionamento harmonioso com os 
fornecedores, e que também ocorra por meio de uma comunicação efi caz. Esse 
tipo de relacionamento auxilia em todos os processos associados ao gerencia-
mento da produção, uma vez que o sucesso do gerenciamento está diretamente 
relacionado à qualidadee à pontualidade dos serviços prestados (particularmente 
para os fornecedores de embalagens e de insumos dos produtos, os quais repre-
sentam importante papel no sucesso da produção).
60
 Capacidade de Produção
FIGURA 8 – O GERENCIAMENTO CONTRIBUI PARA O CONTROLE DO ESTOQUE
FONTE: https://integracon.com/wp-content/uploads/2016/07/
pexels-photo-122164.jpeg. Acesso em: 6 jun. 2022.
No vídeo a seguir, você poderá aprender um pouco mais de Pla-
nejamento e Controle da Produção. São abordados diversos tópicos 
sobre a grande área Capacidade de Produção. Acesse o endereço 
a seguir e descubra mais: https://www.youtube.com/watch?v=Z3ipb-
twia6g. Acesso em: 6 jun. 2022.
3 Para compreendermos a importância do gerenciamento na capa-
cidade de produção, é preciso compreender primeiramente sua 
essencialidade em diversas esferas na empresa, as quais apre-
sentam cada qual sua importância separadamente. A respeito 
disso, associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Otimização da rotina de trabalho.
II- Auxílio na tomada de decisões.
III- Auxílio da diminuição de custos da produção.
IV- Auxílio na manutenção do estoque em níveis satisfatórios.
( ) Pode ser verifi cada na empresa como um todo e se apresen-
ta como uma possibilidade de identifi car as falhas e as escolhas 
equivocadas do gerenciamento, a fi m de melhorá-las para os pro-
cessos futuros.
61
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
( ) O gerenciamento da produção pode contribuir nessa esfera da 
empresa, uma vez que, para uma determinada gestão, é importan-
te ter conhecimento sobre a capacidade de produção da empresa, 
pois esse fator ajudará nas decisões e rumos a serem tomados.
( ) Consiste em um aspecto importante, pois pode ser efetuado com 
base no gerenciamento e na análise da capacidade produtiva, a 
qual pode proporcionar, dentre inúmeras vantagens, um melhor 
uso dos recursos necessários à produção e dos custos envolvidos. 
( ) A importância do gerenciamento da capacidade produtiva se 
estende também a essa esfera. Nesse controle, pode-se evitar 
o excesso e a eventual ausência de qualquer produto e material, 
reduzindo, assim, problemas com o estoque.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I – II – III - IV.
b) ( ) III – II – I - IV.
c) ( ) II – I – III - IV.
d) ( ) IV – II – III - I.
e) ( ) I – II – IV – III.
4 FERRAMENTAS ELETRÔNICAS NO 
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE 
DE PRODUÇÃO
O gerenciamento da capacidade de produção passou por grandes mudan-
ças nas últimas décadas, as quais implementaram modernizações e atualizações 
constantes. Em um cenário onde o volume de informações é exponencial, são 
necessárias ações que favoreçam o dia a dia da empresa em seu gerenciamento, 
a fi m de torná-la mais competitiva no mercado. Dentre essas ações, está o esta-
belecimento de um novo modelo de gerenciamento e gestão, o qual tem como ob-
jetivo aliar o uso de tecnologia e ferramentas eletrônicas à capacidade de criação 
e inovação nas empresas.
62
 Capacidade de Produção
FIGURA 9 – A TECNOLOGIA É UMA ALIADA DO GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO
FONTE: https://www.execavenue.com/wp-content/uploads/2021/02/
industry-2630319_1920-1150x600.jpg, Acesso em: 10 jun. 2022.
É importante mencionar que o uso de ferramentas eletrônicas e tecnologias au-
tomatizadas pode gerar tanto vantagens (as quais iremos conhecer posteriormente) 
como, também, desvantagens, tais como a produção de grande volume de dados. 
Esse grande volume de dados pode se tornar obsoleto ao longo do tempo 
caso não seja interpretado ou mesmo utilizado em ferramentas de predição, por 
exemplo. O importante a destacar aqui é: não basta lançar mão de novas tecnolo-
gias e aplicá-las na empresa, é preciso, também, ter treinamento para utilizar es-
sas ferramentas da maneira adequada e não as tornar um problema na empresa 
(ABBAS; LEONCINE, 2012).
Se, por um lado, o grande volume de dados pode representar um problema, 
por outro lado, quando se tem conhecimento do uso das ferramentas tecnológi-
cas, estas podem contribuir grandemente no aproveitamento de dados, principal-
mente no que tange às seguintes ações no uso de dados:
FIGURA 10 – AÇÕES NO APROVEITAMENTO DE DADOS
FONTE: A autora (2022)
63
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
Pode-se defi nir informação como o produto do conhecimento 
gerado pela sociedade atual, o qual, de maneira estruturada, apre-
senta valor para a organização e o gerenciamento da produção de 
empresas, com vistas a elevar sua capacidade de produção.
Entretanto, apesar dos avanços substanciais em ferramentas eletrônicas, é 
comum encontrar empresas que apresentam grande difi culdade na geração de 
informações tecnológicas.
Parte dessa difi culdade pode ser justifi cada pela escassez de equipamentos 
e instrumentos adequados para tratamento dos dados gerados por essas empre-
sas. Esses equipamentos apresentam a opção de organizar e disponibilizar as 
informações para que agreguem maior valor à empresa. Outra difi culdade bastan-
te comum se refere à falta de treinamento dos colaboradores, para que possam 
administrar corretamente as novas ferramentas disponibilizadas na empresa.
A informatização nas empresas refere-se ao seguinte:
QUADRO 4 – INFORMATIZAÇÃO NAS EMPRESAS
FONTE: A autora (2022)
 Neste sentido, a tecnologia da informação consiste em uma poderosa ferramen-
ta, com grande potencial de elevar o potencial competitivo das empresas em relação 
aos seus concorrentes, sobretudo nas pequenas empresas (TODARO, 2016). 
64
 Capacidade de Produção
Contudo, observa-se que muitos recursos tecnológicos e ferramentas eletrô-
nicas podem não chegar às empresas de pequeno porte, uma vez que estas apre-
sentam menores recursos para investimentos tecnológicos em comparação com 
as grandes empresas.
Nesse cenário, os gestores e líderes do gerenciamento da produção de em-
presas têm se tornado conscientes dessas limitações referentes aos recursos fi -
nanceiros (CAMARGO, 2017).
Por isso, fornecedores do ramo tecnológico têm aderido a ofertas reduzidas 
para pequenas empresas, com pacotes de produtos que atendam às suas neces-
sidades, sendo mais acessíveis fi nanceiramente, sem que seja necessário grande 
investimento.
“De modo geral, ferramentas de planejamento e controle de pro-
dução são usadas para evitar erros no processo produtivo. As fer-
ramentas são usadas pelo setor de planejamento e controle de pro-
dução (PCP). Esse setor torna a produção mais efi ciente, por meio 
da criação do planejamento de produção. Investir em PCP reduz os 
custos de produção da empresa, pois evita desperdício de material. 
As ferramentas de PCP calculam a quantidade de matéria-prima 
disponível e monitoram o processo de produção de forma detalhada. 
As ferramentas que realizam o monitoramento de estoque e acom-
panhamento da produção são conhecidas, respectivamente, como 
MRP e PMP.
Implantar ferramentas de planejamento e controle de produção fa-
cilita o trabalho do setor de PCP. Uma das fi nalidades dessas ferramen-
tas é evitar que haja erro humano durante o trabalho de planejamento.
Ferramentas de planejamento e controle de produção fazem 
parte da tendência da automação industrial em diversos segmentos. 
Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria 
(CNI) mostrou que 11% das indústrias pesquisadas usam automação 
digital sem sensores. A automação digital sem sensores envolve sof-
twares para controle de produção. A pesquisa também revelou que 
mais da metade dos entrevistados buscam o sistema de automatiza-
ção para reduzir custos operacionais.
65
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
Os dados apresentados pela pesquisa mostram que a automati-
zação industrial está crescendo no Brasil. O que torna a automatiza-
ção atrativa para a indústria é o aumento de produtividade e econo-
mia de custos.”
Nota: PMP (Plano Mestre de Produção ou MasterProduction 
Schedule) e MRP (Planejamento das Necessidades Materiais ou Ma-
terial Requirements Planning).
FONTE: http://vedois.com.br/site/ferramentas-de-planejamento-
-e-controle-de-producao-para-a-industria/. Acesso em 17 fev. 2022.
4.1 FERRAMENTAS DE APOIO À 
DECISÃO
As ferramentas de apoio à decisão podem servir de suporte ao gerenciamen-
to das empresas, e assumiram, desde a década de 1970, grande importância em 
sistemas automatizados. Nesse sentido, pode-se defi nir sistemas ou ferramentas 
de suporte da seguinte forma:
QUADRO 5 – DEFINIÇÃO DE SISTEMAS OU FERRAMENTAS DE SUPORTE
FONTE: A autora (2022)
Para que o gerenciamento da capacidade de produção da empresa se torne 
mais automatizado, é preciso atentar aos principais usos das ferramentas ele-
trônicas, e como elas podem contribuir na tomada de decisões para a empresa 
(ABBAS; LEONCINE, 2012). 
66
 Capacidade de Produção
FIGURA 11 – BENEFÍCIOS DO USO DE FERRAMENTAS ELETRÔNICAS
FONTE: A autora (2022)
Para que esses benefícios possam, de fato, ser efetivados na empresa, é 
ideal atentar aos fatores que conduzem ao sucesso do gerenciamento da produ-
ção com ferramentas eletrônicas:
1. Realização a verifi cação da efi cácia e efetividade de alguns processos 
comuns na empresa: orçamentos, metas, previsões, objetivos e outros.
2. Auxiliar os gestores que utilizam as ferramentas para que possam pro-
mover melhorias constantes em seus processos de tomada de decisão.
3. Efetuar a coleta de uma parcela das informações obtidas pelo grande 
volume de dados dos sistemas eletrônicos.
4. Verifi car se há tendências no relacionamento entre os gestores, as quais 
podem favorecer as próximas tomadas de decisão
4 O uso de ferramentas eletrônicas no gerenciamento da capacidade 
de produção pode trazer inúmeras vantagens às empresas, auxilian-
do-as, principalmente, nas tomadas de decisão, as quais fazem par-
te de todo o processo de produção, desde a confecção do produto 
até o atendimento ao cliente e a entrega dos serviços. A respeito dis-
so, classifi que V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
67
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
( ) A previsibilidade no ambiente empresarial é considerada uma 
desvantagem, pois é capaz de evitar situações inesperadas.
( ) As ferramentas eletrônicas não fornecem confi ança e suporte no 
uso de informações pelos seus gestores.
( ) É possível predizer determinados problemas antes mesmo de 
sua ocorrência com base na tecnologia.
( ) Os processos que apresentam vulnerabilidade podem regredir 
com o uso de ferramentas eletrônicas.
( ) Geralmente, as ferramentas eletrônicas não refl etem em bene-
fícios à empresa, sendo difícil encontrar suas vantagens no meio 
corporativo.
a) ( ) F – F – V – F – F.
b) ( ) F – V – V – F – F.
c) ( ) F – F – V – V – F.
d) ( ) V – F – V – F – V.
e) ( ) F – V – F – F – F.
4.2 FERRAMENTAS ELETRÔNICAS 
PARA A CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
O uso de ferramentas eletrônicas na produção de uma empresa exige tempo 
dedicado para decisões e lançamentos de estratégia. Existem algumas ferramen-
tas que podem ser consideradas essenciais na otimização da rotina de trabalho 
da empresa, auxiliando a traçar as melhores rotas para o negócio (BOFF, 2013). 
Para o controle de produção, pode-se utilizar as seguintes ferramentas eletrônicas:
68
 Capacidade de Produção
FIGURA 12 – TIPOS DE FERRAMENTAS ELETRÔNICAS
FONTE: A autora (2022)
• APS – Advanced Planning and Scheduling
Esse sistema consiste no Planejamento Avançado da Produção, pelo uso de 
um software que se utiliza de sequenciamento de operações e de ordens de produ-
ção, para que se possa ter acesso a uma programação detalhada, equilibrada e sin-
tonizada com todas as etapas do processo produtivo (ABBAS; LEONCINE, 2012).
A APS tem a capacidade de efetuar análises e comparações da disponibili-
dade e do esforço previsto para cada uma das máquinas e dos equipamentos da 
empresa, sendo, portanto, essencial para o planejamento assertivo de todas as 
atividades e processos relacionados à produção. A APS permite, ainda, delimitar 
prioridades e pontos de vulnerabilidade no controle da produção.
• S&OP – Sales & Operation Planning
O Planejamento de Vendas e Operações refere-se a um processo de ge-
renciamento da produção responsável por atender a demandas referentes à ca-
pacidade de organização e de entrega dos serviços, considerando seus custos, 
ativos, estoques e demandas de vendas.
Em termos práticos, essa ferramenta consiste em um documento norteador 
da rotina de operações efetuadas em longo prazo, prospectando-as para 6 a 24 
meses à frente. Esse processo de S&OP tem como objetivo principal estabelecer 
metas, previsões e pontos de monitoramento, para que se possa integrar diferen-
tes departamentos, tais como de fi nanças, engenharia, manufatura, administra-
ção, marketing, vendas e recursos humanos.
69
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
5 Envolve o uso de um software que se utiliza de sequencia-
mento de operações e de ordens de produção, para que se 
possa ter acesso a uma programação detalhada, equilibrada 
e sintonizada com todas as etapas do processo produtivo. A 
que estamos nos referindo?
a) ( ) Planejamento Avançado da Gestão.
b) ( ) Planejamento da Análise de Gerenciamento.
c) ( ) Planejamento Avançado da Produção.
d) ( ) Planejamento Avançado da Programação.
e) ( ) Planejamento Programado da Produção.
No endereço eletrônico a seguir, você encontrará um vídeo sobre 
o tema “Administração da Produção Moveleira através do APS”. Neste 
vídeo, destaca-se o APS como ferramenta imprescindível para a admi-
nistração da produção na fabricação de móveis baseada em lotes. O 
APS é um sistema voltado ao agendamento da produção, que utiliza 
a Teoria das Restrições em sua parametrização, sendo capaz de ofe-
recer um novo paradigma quanto à produtividade e gestão do chão de 
fábrica no setor moveleiro. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=HGWoU8WU5EI. Acesso em: 11 jun. 2022.
FIGURA 13 – A INTEGRAÇÃO DE DIFERENTES 
70
 Capacidade de Produção
DEPARTAMENTOS É FEITA PELA FERRAMENTA S&OP
FONTE: https://miro.medium.com/max/700/1*NAie7DwOdBwj4Vm45Xxn2g.
jpeg. Acesso em: 11 jun. 2022.
Dessa maneira, a S&OP pode assegurar o planejamento e o controle da pro-
dução de maneira assertiva, tornando planos operacionais viáveis. Adicionalmen-
te, também contribui na otimização do trabalho da equipe, por meio de diretrizes 
preestabelecidas para cada departamento.
• MPS – Master Production Schedule
O Plano Mestre de Produção utiliza as metas e previsões já previamente es-
tabelecidas pela ferramenta S&OP para efetuar uma análise inicial do uso da ca-
pacidade de recursos necessários à produção, possibilitando uma adaptação ao 
processo produtivo de acordo com as demandas da empresa referentes a cada 
período de maior produção.
O MPS também estabelece programas de produção em diferentes prazos, 
variando entre 3 e 6 meses, defi nindo o volume de produção conforme as deman-
das de caráter dependente ou independente, e considerando o estoque de produ-
tos para pronta entrega.
 “O que é MPS? Como fazer o Plano Mestre de Produção”. Co-
nheça um trecho do material apresentado nesse site:
“Plano Mestre de Produção MPS – A tecnologia como aliada
Na gestão de produção, conhecer os detalhes da capacidade ins-
talada e disponível é fundamental para se fazer o encadeamento das 
ordens de serviços que chegam à indústria. Elas podem obedecer a 
um programa de demanda planejada ou aos pedidos da área comer-
cial, com prazos e especifi cações distintos, dependendo do cliente.
71
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
Na medida em que as ordens de serviço são geradas, elas dão 
início às análises internas para que possam ser entregues no prazo. 
Esse encadeamento da produção, de acordo com priorização e efi -
ciência produtiva,envolve cálculos complexos, que atualmente são 
feitos com o auxílio da tecnologia.
Um desses recursos é a funcionalidade Plano Mestre de Pro-
dução MPS, parte integrante de alguns sistemas de gestão para in-
dústrias existentes no mercado. Ele permite conhecer e alinhar quan-
tas unidades podem ser produzidas em determinado tempo. Ajuda 
a priorizar as ordens de serviço de maneira a otimizar a capacidade 
operacional e conseguir a melhor lucratividade.”
Para mais informações, acesse: https://www.sankhya.com.br/
blog/plano-mestre-de-producao-mps/. Acesso em: 11 jun. 2022.
• MRP II – Manufacturing Resources Planning
O Planejamento dos Recursos de Manufatura consiste em uma ferramenta 
valiosa, sendo uma evolução do MRP.
O MRP II refere-se a um sistema amplamente empregado para gerenciar a 
capacidade de produção das empresas, particularmente no que se refere aos es-
toques e recursos, assegurando a disponibilidade e a adequação de materiais, 
sem que para isso haja riscos de desperdícios ou prejuízos (TUBINO, 2017).
Esse sistema tem como principal função o estabelecimento de um processo 
conjunto entre diversos departamentos da empresa, tais como o departamento 
de vendas, de controle de produção e o de engenharia. Esse processo conjunto 
apresenta políticas de estoque e de balanceamento de necessidades de materiais 
de maneira embasada. Consiste em um sistema fundamental na promoção do 
controle da produção, uma vez que garante a continuidade dos processos, evi-
tando estagnações por falta de materiais. Ainda, é responsável por potencializar a 
produção, pois tende a trazer agilidade e praticidade no gerenciamento de produ-
tos e serviços que necessitam de múltiplos fornecedores (TODARO, 2016).
72
 Capacidade de Produção
FIGURA 14 – A FERRAMENTA MRP II APRESENTA 
INÚMERAS VANTAGENS PARA A EMPRESA
FONTE: https://pacinternational.com.mx/wp-content/uploads/2020/11/Principales-
caracteristicas-del-Transporte-multimodal-scaled.jpg. Acesso em: 11 jun. 2022
• ERP – Enterprise Resource Planning
O sistema de Planejamento de Recursos da Empresa consiste em um tipo 
de gerenciamento da empresa que apresenta como objetivo central a integração 
de processos operacionais e processos administrativos de uma determinada or-
ganização. Algumas marcas popularmente conhecidas como referência em ERP 
podem ser mencionadas: Oracle, SP e Totvs.
O software ERP consiste em uma ferramenta eletrônica composta por dis-
tintas funcionalidades e módulos, apresentando recursos que incorporam todos 
os departamentos de uma indústria ou empresa. Dessa forma, o ERP é capaz de 
viabilizar o fl uxo de informações, tornando-o único e atualizado ao longo do tem-
po, permitindo análises de decisões estratégicas e de atendimento às prestações 
tributárias e fi scais em tempo real, além de desenvolver todo o planejamento da 
produção e das atividades de gerenciamento a ela associadas.
O sistema ERP tem ganhado muito espaço nas empresas de todo o mundo, 
principalmente em função dos inúmeros benefícios que apresenta, os quais serão 
apresentados e descritos em detalhes a seguir.
73
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
FIGURA 15 – BENEFÍCIOS DA FERRAMENTA ERP
FONTE: A autora (2022)
4.3 OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS
A otimização dos processos da empresa pode ser signifi cativa quando há a im-
plantação de um sistema integrado. Isso ocorre em função do estabelecimento de 
uma centralização automatizada de grande parte dos processos, diminuindo consi-
deravelmente a possibilidade de erros nos processos (ABBAS; LEONCINE, 2012).
4.4 CONFIABILIDADE DE 
INFORMAÇÕES
O sistema ERP possibilita a união e a centralização de todas as informações 
da empresa em uma única base de dados, a qual é constantemente alimentada e 
periodicamente atualizada, o que já não ocorreria pelo uso de planilhas diversas e 
documentos físicos.
74
 Capacidade de Produção
FIGURA 16 – OS DADOS SÃO INSERIDOS EM UMA ÚNICA BASE NO SISTEMA ERP
FONTE: https://3063k83tcl6g2jumas3i5qc8-wpengine.netdna-ssl.
com/wp-content/uploads/2019/05/audio-digital-electronics-257904-
1200x800-c-center.jpg. Acesso em: 11 jun. 2022
A opção de uma única base reduz grandemente o retrabalho da empresa em 
diversos processos, bem como reduz os erros humanos com base na efetuação 
de validações das informações sendo periodicamente efetuadas. Esse processo 
torna as informações mais confi áveis e auxilia na assertividade da tomada de de-
cisões pelos gestores da empresa.
4.5 INDICADORES DE DESEMPENHO
O sistema ERP é capaz de centralizar as informações, tornando possível a 
criação de indicadores de desempenho e de dashboard, apresentando os resulta-
dos da empresa relacionados a diversos setores de produção.
Dashboard consiste em um painel visual responsável por emitir 
informações, métricas e indicadores da empresa.
Os indicadores de desempenho fornecidos pelo ERP fornecem uma ideia 
muito mais ampla no momento do planejamento de todos os períodos presentes 
e futuros da empresa, bem como contribuir no momento de defi nir os prazos de 
entrega dos produtos e serviços para os clientes (BOFF, 2013).
75
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
4.6 ATUALIZAÇÃO DA EMPRESA
O sistema ERP tem a possibilidade de manter a empresa atualizada de ma-
neira constante, permitindo o acompanhamento contínuo das mudanças na le-
gislação e também nas demandas dos clientes. Adicionalmente, o sistema ainda 
evita a ocorrência de falhas, protegendo a empresa no momento de adaptações a 
novos layouts e mudanças nos processos.
4.7 AUMENTO DA PRODUTIVIDADE
Como o sistema ERP possibilita a obtenção de dados e processos mais oti-
mizados, pode-se, com isso, obter um maior nível de controle e de confi abilidade 
nos dados gerados. Esses fatores, por sua vez, refl etem em uma maior produtivi-
dade na empresa como um todo, que encontra processos idôneos e consolidados 
(CAMARGO, 2017).
No livro denominado “Entendendo a Capacidade Produtiva: Apre-
sentação dos Conceitos Básicos (Planejamento de Manufatura Livro 
1)”, de Portelinha (2018), você encontrará uma discussão interessante 
sobre diversos conceitos abordados ao longo deste capítulo. 
O endereço a seguir concede acesso a esse livro no formato de 
e-book, o qual apresenta iterações via internet contendo conceitos 
básicos para o cálculo de capacidade produtiva. Os exemplos apre-
sentarão o método de cálculo para que você entenda a capacidade 
produtiva de sua manufatura. O e-book também apresenta suges-
tões de estudos para os leitores que necessitam se aprofundar no 
assunto. Acesse e descubra mais: https://www.amazon.com.br/En-
tendendo-Capacidade-Produtiva-Apresenta%C3%A7%C3%A3o-Pla-
nejamento-ebook/dp/B07LDHPW7G. Acesso em: 11 jun. 2022.
Ainda, pelo fato de o sistema ERP ser capaz de identifi car falhas e vulnera-
bilidades nos processos da empresa, os quais podem ser mitigados, é possível 
que haja uma maior colaboração dos trabalhadores e uma maior otimização das 
máquinas em geral, as quais tendem a apresentar maior desempenho.
76
 Capacidade de Produção
4.8 ATENDIMENTO DE PRAZOS
O sistema ERP prevê um maior controle de compras, de estoque e de produ-
ção, permitindo que a empresa seja capaz de efetuar um planejamento de produ-
ção mais preciso, assegurando que a equipe seja capaz de cumprir prazos previa-
mente estipulados com os clientes. O atendimento de prazos, por sua vez, eleva o 
nível de confi abilidade dos clientes e reduz as frustrações.
6 O sistema de Planejamento de Recursos da Empresa, ou sistema 
ERP, consiste em uma ferramenta de gerenciamento da empresa 
que objetiva a integração de processos operacionais e processos 
administrativos de uma determinada organização. Esse sistema 
traz em sua implantação uma série de benefícios. Sobre esses 
benefícios, associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Otimização de processos.
II- Confi abilidade de informações.
III- Indicadores de desempenho.
IV- Atualização daempresa.
V- Aumento da produtividade.
VI- Atendimento de prazos.
( ) O sistema ERP possibilita a união e a centralização de todas as 
informações da empresa em uma única base de dados, a qual é 
constantemente alimentada e periodicamente atualizada, o que já 
não ocorreria pelo uso de planilhas diversas e documentos físicos.
( ) A implantação de um sistema integrado favorece a execução dos 
processos.
( ) O sistema ERP é capaz de centralizar as informações, apresen-
tando os resultados da empresa relacionados a diversos setores 
de produção.
( ) O sistema ERP permite o acompanhamento contínuo das mu-
danças na legislação e nas demandas dos clientes.
( ) Como o sistema ERP possibilita a obtenção de dados e proces-
sos mais otimizados, pode-se, com isso, obter um maior nível de 
desempenho.
( ) O sistema ERP prevê um maior controle de compras, de estoque 
e de produção, permitindo que a empresa seja capaz de efetuar 
um planejamento de produção mais preciso.
77
GERENCIAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 2 
a) ( ) I – II – III – IV – V – VI.
b) ( ) III – I – II – IV – V – VI.
c) ( ) I – II – III – IV – VI – V.
d) ( ) II – I – III – V – IV – VI.
e) ( ) II – I – III – IV – V – VI.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, foi possível conhecer diversos aspectos relacionados ao ge-
renciamento da capacidade de produção, bem como apresentou-se a importância 
desse gerenciamento frente aos processos de uma empresa.
Gerenciar a capacidade de produção requer uma profunda abordagem em 
diferentes esferas da empresa, desde os processos que contribuem para a elabo-
ração de um determinado produto até a entrega de um serviço. Para que o geren-
ciamento possa ser otimizado, o uso de ferramentas surge como uma alternativa 
no gerenciamento da empresa no sentido tecnológico.
Para pequenas empresas, pode-se aderir a pacotes informatizados mais sim-
plifi cados, os quais requerem menor investimento, sendo, portanto, mais acessíveis.
Por outro lado, para empresas maiores, pode-se investir em ferramentas ele-
trônicas que envolvam o uso de softwares para otimizar os processos da empre-
sa, desde o controle dos estoques até a oferta de materiais e liberação de produ-
tos e serviços. 
Nesse sentido, compreender a importância do gerenciamento nas atividades 
da empresa consiste em um passo fundamental no crescimento desta, com vistas 
à atualização e modernização contínua dos processos.
O uso da tecnologia tem potencial para o gerenciamento dos processos, pois 
pode permitir mais segurança e confi abilidade dos dados, trazendo idoneidade à em-
presa e elevando a satisfação dos clientes. Ainda, permite que o grande volume de 
dados possa ser utilizado na predição de eventos ou problemas, de modo que estes 
possam ser evitados antes mesmo de ocorrerem e gerarem danos nos processos.
Inicialmente, o investimento em ferramentas eletrônicas pode ser alto, contudo ob-
serva-se um incremento na produtividade da empresa, principalmente quando se refere 
à otimização da rotina de trabalho, que traz maiores incentivos aos colaboradores. 
78
 Capacidade de Produção
Com colaboradores mais incentivados em cada etapa do processo de pro-
dução, é comum observar um aumento do desempenho e, consequentemente, 
elevação da produtividade na empresa como um todo.
REFERÊNCIAS
ABBAS, K. G.; LEONCINE, M. Os métodos de custeio: vantagens, desvantagens e sua 
aplicabilidade nos diversos tipos de organizações apresentadas pela literatura. Contexto, 
v. 12, n. 22, p. 145-159, 2012.
BOFF, C. P. Gerenciamento da capacidade produtiva na empresa Isca Tecnologias 
Ltda. Rio Grande do Sul: Dacec, 2013. Disponível em:https://bibliodigital.unijui.edu.
br:8443/xmlui/handle/123456789/2103 Acesso em: 30 out. 2020.
CAMARGO, R. F. Como planejar e calcular a capacidade produtiva? Aumente a 
efi ciência do seu negócio. Treasy Planejamento e Controladoria, 2017. Disponível em: 
https://www.treasy.com.br/blog/capacidade-produtiva/. Acesso em: 30 mar. 2022.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 8 ed. São 
Paulo: Atlas, 2018. 
TODARO, M. E. C. Carregamento, sequenciamento, e programação da produção. 
PCP Engenharia, 2016. Disponível em https://pcpengenharia.wordpress.com/. Acesso em: 
30 out. 2020.
'TUBINO, D. F. Planejamento e controle da produção: teoria e prática. 3 ed. São Paulo: 
Atlas, 2017.
CAPÍTULO 3
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E 
MONITORAMENTO DA CAPACIDADE DE 
PRODUÇÃO
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 Compreender o conceito de Capacidade de Produção.
 Conhecer aspectos relacionados ao planejamento da Capacidade de Produção.
 Abordar a demanda da Capacidade de Produção.
 Compreender o monitoramento das perdas de produção.
80
 Capacidade de Produção
81
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste capítulo da disciplina de Capacidade de Produção, serão abordados 
conhecimentos sobre a o gerenciamento da capacidade de produção com ênfase 
em seu planejamento e nas etapas necessárias para esse processo ser efetivado 
com sucesso. O conceito de capacidade de produção será revisto ao longo deste 
capítulo fi nal para que possa ser reforçado e apresentado sob diferentes perspec-
tivas no decorrer da disciplina. 
No que se refere ao planejamento da capacidade de produção, a demanda 
da produção está diretamente relacionada, uma vez que pode ser controlada e 
expressivamente otimizada ao se efetuar um planejamento criterioso. O planeja-
mento permite, também, estabelecer um monitoramento mais adequado e efetivo 
no controle das perdas de produção, as quais podem ter infl uência direta na capa-
cidade de produção de uma determinada empresa ou organização.
O monitoramento das perdas da produção requer um estudo amplifi cado e 
aprofundado acerca da gestão da empresa, a fi m de se obter detalhamentos so-
bre os materiais utilizados, os processos efetuados e as entregas realizadas. Par-
ticularmente, nesses processos, pode haver grande índice de perdas, principal-
mente se o planejamento da empresa não estiver adequadamente alinhado nos 
mais variados setores que a compõem, tais como recursos humanos, fi nanceiro, 
gestão administrativa, materiais e serviços, entregas, fornecedores e outros.
Considerando a importância do monitoramento dos processos e dos setores 
organizacionais como um todo, apresentar formas de controle de perdas da capa-
cidade de produção será um dos focos a ser alcançados neste capítulo. Além das 
diferentes formas para controle de perdas, também é importante observar como o 
monitoramento contínuo e adequado dessas perdas pode refl etir em benefícios e 
progressões constantes para a empresa. 
Essas progressões podem signifi car um maior alinhamento na gestão dos 
processos, bem-estar da equipe, alcance de metas, estabelecimento de novos 
desafi os, revelação de potenciais colaboradores, contratação adicional, incremen-
to considerável nos valores da empresa, maior otimização das tarefas rotineiras, 
aumento da capacidade de produção, aumento da qualidade dos serviços, maior 
rapidez na entrega de produtos e serviços, aumento substancial da demanda por 
produtos e serviços, dentre outros. Cada uma dessas progressões será depen-
dente de um planejamento da capacidade de produção alinhado e sintonizado, 
bem como de um acompanhamento de perdas efi ciente.
82
 Capacidade de Produção
2 PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE 
DE PRODUÇÃO
O planejamento da capacidade de produção pode ser compreendido como a 
união entre dois processos centrais: demanda e oferta. Esses processos podem 
auxiliar de maneira signifi cativa no planejamento e no controle da capacidade de 
produção de cada empresa, de acordo com seus próprios números. 
O nível de fornecimento ou, ainda, de oferta, irá interferir diretamente na oferta, 
e vice-versa, além de ambos surtiremefeitos diretos na capacidade produtiva da 
empresa, incrementando-a ou retardando-a gradativamente ao longo do tempo.
FIGURA 1 – OFERTA E DEMANDA FAZEM PARTE DO 
PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
FONTE: https://teaching.slinuacareers.com/wp-content/uploads/2021/12/
hr-process-4783430-1536x1024.png. Acesso em: 3 jun. 2022.
O ajuste da capacidade de produção de acordo com os níveis de demanda 
previstos consiste no processo-chave do planejamento e particularmente essen-
cial em operações e atividades que não têm possibilidade de armazenamento de 
produtos ou, ainda, de estocagem. Nesse caso, o planejamento pode ir além dos 
processos de oferta e demanda e envolver também remanejamento no quadro de 
colaboradores e reajuste dos turnos de serviço na empresa, variando o número 
de colaboradores de acordo com a demanda de serviços e produtos, atendendo, 
de maneira mais efi ciente, os horários de maior demanda.
A adoção da política de planejamento pode requerer grandes esforços na 
empresa, uma vez que consiste em uma tarefa criteriosa, que tem como principal 
objetivo garantir padrões de qualidade e níveis de serviço elevados ao alcance 
do cliente, que sejam não apenas continuamente oferecidos, mas mantidos, em 
termos de qualidade, ao longo do tempo. 
83
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
O volume total de demandas pode ter relação direta com o uso máximo da 
capacidade de produção da empresa, de modo que esta capacidade possa atuar 
como um suporte efetivo a toda a equipe responsável pelo planejamento e pelo 
monitoramento da produção de bens e serviços. 
É comum observar empresas que empregam em seu setor de planejamen-
to o uso de planilhas variadas, a fi m obterem um maior detalhamento e controle 
da produção. Entretanto essas planilhas só serão efetivas no planejamento da 
produção se seus dados forem adequadamente analisados, extraindo-se as infor-
mações pertinentes para que essas possam ser aproveitadas na capacidade de 
produção, tornando-a mais efi ciente e otimizada. 
No artigo intitulado “Planejamento da capacidade de produção na 
indústria plástica: uma abordagem baseada em previsão de demanda 
e níveis de capacidade”, aborda-se um estudo da aplicação de concei-
tos de capacidade de produção e previsão de demanda, voltado a pro-
por soluções para problemas acerca do planejamento da capacidade. 
Este estudo teve como objetivo principal realizar uma predição 
do mix de produtos e o nível de atividade prevista que otimiza a utili-
zação da capacidade disponível. Para isso, foi proposta uma mode-
lagem matemática que utiliza o algoritmo GRG não linear disponível 
com a planilha do Microsoft® Excel. A aplicação do modelo foi con-
duzida utilizando dados de uma das principais empresas brasileiras 
transformadoras de plástico. Os resultados revelaram a habilidade 
do modelo proposto em fornecer informações que auxiliam a tomada 
de decisões para o planejamento da capacidade de produção.
Para conhecer um pouco mais este trabalho, visite o en-
dereço disponibilizado: https://producaoonline.org.br/rpo/article/
view/2320/1440. Acesso em 14 mar. 2022.
Os dados quantitativos disponibilizados por essas planilhas de planejamento, 
por sua vez, podem ser utilizados para atender a três aspectos principais na capa-
cidade de produção:
84
 Capacidade de Produção
FIGURA 2 – ASPECTOS A SEREM ALCANÇADOS NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
FONTE: A autora (2022)
No planejamento da capacidade de produção, é imprescindível proceder à 
investigação da natureza do planejamento, do foco ou, ainda, dos objetivos a se-
rem alcançados de acordo com as lacunas que se deseja preencher nas etapas 
de gestão da capacidade de produção. Essa investigação pode envolver uma lis-
tagem de limitações, sequenciamento de tarefas, programação e previsão da de-
manda, bem como análise da efi ciência da capacidade de produção.
Se avaliarmos a evolução do conceito de capacidade de produção ao lon-
go do tempo, veremos que, em décadas anteriores, diversas organizações e em-
presas buscavam métodos de trabalho mais otimizados e visando a uma maior 
organização da produção. Na empresa de Henry Ford, inicialmente, foi criado o 
conceito de linha de montagem em série, representando um marco no campo da 
produção, particularmente no que se refere à revolução de métodos e processos 
produtivos em massa. Nesse conceito inicial, a capacidade de produção era pri-
mariamente caracterizada por grandes volumes de produtos apresentando pou-
cas variações e com padrão rigoroso na produção. 
A capacidade de produção, em termos quantitativos, era elevada, com gran-
des números de produtividade e com atendimento à qualidade e ao serviço perso-
nalizado deixados em segundo plano. São componentes presentes nesse concei-
to inicial de capacidade de produção seriada:
85
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
FIGURA 3 – COMPONENTES PRESENTES NO CONCEITO 
INICIAL DE CAPACIDADE DE PRODUÇÃO SERIADA
FONTE: A autora (2022)
Esses conceitos associados à capacidade de produção perduram por um lon-
go período, estendendo-se até meados da década de 1960, quando emergiram 
novos conceitos produtivos, transformando o planejamento da produção adotado 
até então. Esses novos conceitos incluíam uma produção mais enxuta, baseada 
na premissa do Just in Time (JIT). O conceito de JIT envolvia o “momento certo”, 
baseando-se em um sistema centralizado na produção da quantidade exata de 
um produto, de acordo com a demanda, de forma rápida e sem a necessidade 
da formação de estoques. Por essas características, o produto poderia chegar ao 
destino no tempo certo, fazendo menção ao termo Just in Time.
Após esse breve histórico, podemos retomar a premissa do planejamento da 
capacidade de produção, o qual consiste em:
QUADRO 1 – DEFINIÇÃO DE PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
FONTE: Adaptado de Slack et al. (2022)
86
 Capacidade de Produção
Ao se realizar a coordenação de diversos processos que estejam suportados 
por planos operacionais e estratégicos, é preciso lançar mão de programação, 
planejamento e controle da produção, a fi m de que seja possível alcançar uma 
máxima efi ciência econômica de produção na empresa. 
Além dos aspectos já abordados anteriormente, atentar ao emprego otimiza-
do dos recursos de produção consiste em um ponto central do planejamento da 
capacidade de produção, uma vez que assegura a efetivação dos planos opera-
cionais na empresa.
Nesse sentido, uma das principais atividades associadas ao planejamento, 
se refere à combinação do suprimento e do fornecimento do volume de produtos, 
do tempo dispendido na realização de serviços e na qualidade dos serviços e pro-
dutos entregues. 
Para auxiliar no monitoramento de todos esses processos, pode-se elencar 
quatro atividades essenciais de planejamento da capacidade de produção:
FIGURA 4 – ATIVIDADES ESSENCIAIS DE PLANEJAMENTO 
DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
FONTE: Adaptado de Slack et al. (2009)
87
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
1 Na coordenação de uma série de processos suportados por 
planos operacionais e estratégicos, são requeridos conheci-
mentos em programação, planejamento e controle da produ-
ção, a fi m de que seja possível alcançar uma máxima efi ciên-
cia econômica de produção na empresa. É preciso, também, 
atentar ao emprego otimizado dos recursos de produção, 
uma vez que este pode assegurar a efetivação dos planos 
operacionais na empresa. Para auxiliar no monitoramento de 
todos estes processos, pode-se buscar apoio em quatro ati-
vidades essenciais de planejamento da capacidade de pro-
dução. Quais são essas atividades?
a) ( ) Programação, sequenciamento, carregamento e oscilação.
b) ( ) Oscilação, sequenciamento, carregamento e monitoramento.
c) ( ) Programação, sequenciamento, oscilação e monitoramento.
d) ( ) Programação,oscilação, carregamento e monitoramento.
e) ( ) Programação, sequenciamento, carregamento e monitoramento.
No planejamento da capacidade de produção, pode haver algumas limita-
ções comuns, as quais estão principalmente relacionadas a custos. Os custos 
devem ser criteriosamente contabilizados quando da elaboração das metas pre-
vistas, a fi m de se evitar eventuais prejuízos e estagnações na produção. 
Outra limitação refere-se à capacidade produtiva propriamente dita, uma vez 
que cada setor apresenta sua capacidade de produção, conforme as operações 
que lhe são designadas e conforme a demanda e oferta de produtos destinados a 
esse setor.
Considerando-se essas limitações, é importante destacar que o planejamen-
to não deverá superar o volume de trabalho de um determinado setor quando 
comparado à capacidade produtiva que este setor apresenta. Ainda, devem ser 
consideradas as limitações de tempo e de qualidade.
88
 Capacidade de Produção
FIGURA 5 – O PLANEJAMENTO NÃO DEVE SUPERAR A 
CAPACIDADE PRODUTIVA DE UM SETOR NA EMPRESA
FONTE: https://ilo.org/dyn/media/images/watermark/e5919.jpg. Acesso em: 3 jun. 2022
Quanto às limitações de tempo e de qualidade de serviços, pode-se associá-
-las ao seguinte:
FIGURA 6 – LIMITAÇÕES DE TEMPO E DE QUALIDADE NO 
PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
FONTE: A autora (2022)
No material intitulado “Sistemas e Processos Produtivos”, você 
poderá conhecer alguns dos principais fatores considerado no plane-
jamento de uma produção, tais como:
89
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
• Planejamento e controle da produção
O planejamento consiste em programar as máquinas, as maté-
rias-primas e colaboradores, para extrair um resultado dos recursos 
que seja capaz de atender à previsão de vendas e possíveis estoques.
• Previsão da demanda
A previsão da demanda é a base para o desenvolvimento de 
uma cadeia de abastecimento efi ciente. Uma boa previsão permite à 
organização integrar os processos de produção, distribuição e ges-
tão de estoques de forma a responder rapidamente às mudanças na 
demanda do mercado.
• Planejamento da capacidade
A capacidade de produção da empresa constitui o potencial pro-
dutivo de que ela dispõe; é aquilo que a empresa pode produzir em 
condições normais. Em outras palavras, representa o volume ideal 
de produção de produto/serviço que a empresa pode realizar.
• Planejamento agregado
O planejamento agregado visa compatibilizar os recursos pro-
dutivos da empresa com a demanda agregada no médio prazo (5 a 
18 meses, aproximadamente), em que a empresa deverá defi nir uma 
estratégia de operações.
• Programação-mestre da produção
O plano de produção ou plano mestre representa aquilo que a 
empresa pretende produzir num determinado período. A elaboração 
do plano de produção depende do sistema de produção utilizado pela 
empresa. Visa estabelecer a carga de produção ou de trabalho a ser 
atribuída ao processo produtivo da empresa.
Gostou desse conteúdo? Leia mais sobre esse assunto 
no seguinte endereço eletrônico: https://sistemasprodutivos.wor-
dpress.com/planejamento-producao/. Acesso em: 11 mar. 2022.
Quando mencionamos o conceito de planejamento da capacidade de produ-
ção, podemos resumi-lo em uma única frase, de maneira geral: a capacidade de 
produção pode ser defi nida como o potencial de produção que uma determinada 
empresa apresenta, considerando-se as condições regulares de produção que 
esta possui. 
90
 Capacidade de Produção
Também pode ser relacionado ao volume de bens e serviços que a empresa 
pode realizar em um determinado período.
A capacidade de produção da empresa pode ser planejada considerando-se, 
sumariamente, quatro pilares, os quais podem ser visualizados na fi gura a seguir 
e defi nidos conforme:
1. Recursos fi nanceiros
Os recursos fi nanceiros disponíveis estão relacionados à capacidade fi nan-
ceira da empresa em investir na produção de bens e serviços, além de matérias-
-primas, máquinas, instrumentos e pessoal, fundamentais nesses processos.
2. Matéria-prima disponível
A matéria-prima disponível representa o material básico necessário à produ-
ção, bem como os insumos entregues por terceiros à empresa, de modo a abas-
tecer a produção.
3. Recursos humanos disponíveis
Consistem no número de colaboradores necessários para execução do plano 
de produção da empresa, e envolve colaboradores das mais diversas áreas, tais 
como serviços gerais, fi nanceiros e administrativos.
4. Capacidade instalada
A capacidade instalada está associada ao volume de equipamentos, instru-
mentos e máquinas presentes na empresa, bem como ao potencial de produção 
que estes apresentam.
2 A capacidade de produção da empresa pode ser planejada conside-
rando-se, sumariamente, quatro pilares, os quais apresentam impor-
tância específi ca em cada um dos setores da empresa. Sobre esses 
quatro pilares, associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Recursos fi nanceiros.
II- Matéria-prima disponível.
III- Recursos humanos disponíveis.
IV- Capacidade instalada.
91
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
( ) Está associada ao volume de equipamentos, instrumentos e 
máquinas presentes na empresa, bem como ao potencial de pro-
dução que estes apresentam.
( ) Consiste no número de colaboradores necessários para execu-
ção do plano de produção da empresa, e envolve colaboradores 
das mais diversas áreas, tais como serviços gerais, fi nanceiros e 
administrativos.
( ) Representa o material básico necessário à produção, bem como 
os insumos entregues por terceiros à empresa, de modo a abas-
tecer a produção.
( ) Têm relação com a capacidade fi nanceira da empresa em inves-
tir na produção de bens e serviços, além de matérias-primas, má-
quinas, instrumentos e pessoal, fundamentais nestes processos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) VI – III – II – I.
b) ( ) I – II – III – IV.
c) ( ) III – IV – I – II.
d) ( ) I – IV – II – III.
e) ( ) VI – III – I – II.
FIGURA 7 – PILARES DO PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
FONTE: A autora (2022)
92
 Capacidade de Produção
3 INTERLIGANDO A PREVISÃO DE 
DEMANDA COM A CAPACIDADE DE 
PRODUÇÃO
A redução de custos consiste em uma atividade contínua nas empresas, so-
bretudo se forem consideradas a concorrência e a competitividade entre as orga-
nizações. Para que se possa estabelecer uma adequada previsão ou predição da 
demanda da capacidade de produção, é preciso minimizar os custos operacionais 
e maximizar a lucratividade dos setores diversos da empresa.
FIGURA 8 – A PREVISÃO DE DEMANDA ESTÁ DIRETAMENTE 
ASSOCIADA À GESTÃO DOS RECURSOS OPERACIONAIS
FONTE: https://media-exp2.licdn.com/dms/image/C4E1BAQGIiOH3CDG-7g/
company-background_10000/0/1615395172223?e=1655769600&v=beta&t=GuO
cj-hk5Av2BBSeTMPYrOguRtkX25Xhu5lM9wzkpOE. Acesso em: 3 jun. 2022.
Se a associação da previsão de demanda com a capacidade de produção 
está condicionada, dentre tantos fatores, à redução de custos da empresa, o pa-
pel da gestão e do planejamento do sistema de produção torna-se fundamental e 
necessário. O planejamento da capacidade de produção poderá ter efeitos diretos 
no gerenciamento dos recursos requeridos diretamente na produção de bens e na 
entrega de serviços, o qual, por sua vez, irá contribuir grandemente na previsão 
da demanda de produção. 
Para que se possa realizar a previsão da demanda, três decisões são reque-
ridas por parte dos gestores: o que, quando e quanto comprar, produzir e entregar. 
Essas decisões estão relacionadas não somente a bens, mas também aos servi-
ços prestados pela empresa. Além dessas questões, pode-se considerar também: 
quem, onde e como produzir.
93
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
A interligação da previsão de demanda com a capacidade de produçãoé con-
siderada a base para decisões estratégicas em uma cadeia de serviços e operações. 
Nesse sentido, a previsão de demanda assumirá importante papel na programa-
ção das atividades necessárias na empresa, tais como reposição de matéria-prima 
na quantidade ideal e no momento certo, utilização das máquinas de modo assertivo, 
para que estas sejam capazes de atingir sua mais elevada capacidade produtiva.
Vale destacar que as atividades do planejamento da capacidade de produção 
podem ser categorizadas em três níveis hierárquicos:
FIGURA 9 – NÍVEIS HIERÁRQUICOS DO PLANEJAMENTO 
DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
FONTE: A autora (2022)
Consistem em atividades desempenhas em cada um desses níveis hierárquicos:
• Nível estratégico - neste nível, são defi nidas as políticas estratégicas que 
serão implementadas na empresa no longo prazo.
• Nível tático - neste nível, se estabelecem os planos de ação para a pro-
dução, os quais podem ser de médio prazo.
• Nível operacional - neste nível, são enumeradas as operações neces-
sárias no sistema produtivo, tais como maior ou menor volume de aqui-
sição de materiais, contratação de pessoal, reajuste de cargas horárias, 
dentre outros. Podem ser de curto prazo.
94
 Capacidade de Produção
Considerando-se os níveis apresentados, operacional, tático e estratégico, é 
importante pontuar que implementar uma previsão de demanda pode reverter em 
uma série de vantagens para a empresa, particularmente no âmbito da concorrên-
cia, inserindo-a em uma posição de vantagem competitiva, em que suas ações 
auxiliam diretamente na tomada de decisões de diversos setores da empresa.
Para se obter uma previsão de demanda da capacidade de produção efetiva, 
pode-se utilizar as decisões e planos estratégicos traçados em determinados pla-
nejamentos do sistema de produção, presentes na fi gura a seguir.
FIGURA 10 – TIPOS DE PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO
FONTE: A autora (2022)
Ainda, para que se possa efetivar a previsão de demanda, recomenda-se a 
implementação de métodos estratégicos e pontuais de previsão, os quais podem 
ser subdivididos nos seguintes tipos:
• Métodos estratégicos quantitativos
As ações dos métodos estratégicos quantitativos são primariamente supor-
tadas pelo histórico de vendas da empresa. Os métodos quantitativos de previ-
são de demanda podem utilizar os seguintes cálculos: média exponencial móvel 
(MME), média móvel simples (MMS) e média móvel ponderada (MMP), e podem 
ser classifi cados em dois tipos: métodos causais (regressão linear é o mais co-
nhecido) ou série temporal (exemplifi cado no texto).
• Métodos estratégicos qualitativos
As ações relacionadas aos métodos estratégicos qualitativos são principal-
mente baseadas em predições, experiências já vivenciadas e opiniões da equipe. 
95
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
São métodos defi nidos como caracterização qualitativa da previsão de demanda. 
Esse método tem como exemplos os seguintes: Estimativas da equipe de vendas, 
opinião dos executivos e Método Delphi.
A análise da previsão de demanda é considerada fundamental em 
decisões empresariais, sobretudo se considerarmos os riscos e incerte-
zas envolvidos em diversas situações, sejam elas internas ou externas. 
O ambiente corporativo apresenta mudanças contínuas e inces-
santes, envoltas por competitividade. Para que os gestores possam 
ter suporte nas tomadas de decisões da empresa, pode-se utilizar 
uma série de análises reconhecidamente efetivas no ambiente cor-
porativo, e uma delas consiste na Previsão de Demanda. 
Esta previsão também pode ser considerada uma projeção, e 
apresenta níveis hierárquicos, conforme já mencionados no texto, os 
quais podem ser descritos na fi gura:
Para conhecer mais detalhes da previsão de demanda, acesse 
o site: https://www.treasy.com.br/blog/previsao-de-demanda/. Acesso 
em 14 mar. 2022.
96
 Capacidade de Produção
A previsão de demanda pode atender a quaisquer setores da empresa, dadas 
as necessidades específi cas de cada setor, e tem como objetivo principal organizar, 
de modo sequencial e disciplinado, as principais atividades da empresa, direcionan-
do-as para o aumento da efi ciência operacional do sistema de produção. Para re-
ceberem a previsão de demanda, os setores podem ser classifi cados em três tipos:
FIGURA 11 – CLASSIFICAÇÃO DOS SETORES PARA 
IMPLEMENTAÇÃO DA PREVISÃO DE DEMANDA
FONTE: A autora (2022)
Quando se fala em planejamento estratégico, uma das atividades de grande 
importância consiste no planejamento da capacidade produtiva da empresa. Se 
considerarmos os riscos e as incertezas frequentes no mercado para os próximos 
anos, é essencial quantifi car e avaliar a produção e a evolução dos setores da 
empresa ao longo do tempo, particularmente se a previsão de demanda for o foco. 
A previsão de demanda tem importância também no planejamento da capaci-
dade produtiva da empresa.
97
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
3 A previsão de demanda pode ser implementada em diversos se-
tores da empresa, dadas as necessidades específi cas de cada 
setor, e tem como objetivo principal organizar, de modo sequen-
cial e disciplinado, as principais atividades da empresa, direcio-
nando-as para o aumento da efi ciência operacional do sistema 
de produção. Para receberem a previsão de demanda, os setores 
podem ser classifi cados de acordo com alguns tipos. Sobre eles, 
associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Setor Funcional.
II- Setor Competitivo ou Negocial.
III- Setor Corporativo.
( ) Esse setor será responsável pelo direcionamento de recursos e 
incumbências, considerados eixos essenciais para a formulação 
das estratégias de mercado.
( ) Nesse setor, são desempenhadas questões mais elaboradas pe-
los gestores, as quais estão relacionadas às opções estratégicas 
de segmentação de mercado e de produtos.
( ) Nesse setor, são abordados direcionamentos que delimitam as 
características da empresa em cada uma das áreas funcionais: 
marketing, pesquisa e desenvolvimento, produção, setor fi nancei-
ro, recursos humanos, setor de materiais, dentre outros.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) III – II – I.
b) ( ) I – II – III.
c) ( ) II – I – III. 
d) ( ) III – I – II.
e) ( ) I – III – II.
O planejamento da capacidade pode requerer as seguintes ações:
• Avaliação das alternativas presentes e futuras relacionadas à gestão da capa-
cidade de produção, para que se possa estabelecer uma previsão adequada.
98
 Capacidade de Produção
• Previsão da demanda futura de produtos e serviços, com impacto direto 
na economia de materiais, por exemplo.
• Previsão da projeção de mercado na direção desejada, com delimitação 
dos segmentos que se deseja participar futuramente no mercado.
• Conversão da demanda prevista em necessidade de capacidade.
• Mapeamento da capacidade atual de produção, com levantamento histó-
rico e predição futura.
FIGURA 12 – O PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO 
É PRIMORDIAL NA PREVISÃO DE DEMANDA DA EMPRESA
FONTE: https://fmc.si/media/cache/image/14-industry-3087393_ru-
705d7f41852b9a80.jpg. Acesso em: 3 jun. 2022.
4 MONITORAMENTO DAS PERDAS 
DE PRODUÇÃO
O monitoramento das perdas da produção pode reduzir drasticamente impactos 
e desperdícios da empresa. Para que esse monitoramento seja efetuado, indepen-
dentemente do tipo de indústria ou empresa, é preciso dispor de um controle rigoroso 
das perdas da produção e de todos os descartes durante o processo produtivo.
Todo e qualquer produto e material que seja perdido no processo produtivo 
deve ser analisado como um custo, não acrescentando valor ao produto, sendo, 
ainda, dispensável ao trabalho efetivo. Nesse sentido, o ideal é sempre garantir 
o máximo aproveitamento de materiais e produtos necessários na produção, tais 
como insumos e matéria-prima. 
Para garantiro aproveitamento máximo dos produtos, é preciso haver um inves-
timento consistente no controle de estoque e no controle de qualidade de produtos.
Para assegurar a presença de uma operação alinhada e idônea, é imprescin-
dível manter os padrões operacionais elevados, investindo-se fortemente no mo-
nitoramento das perdas de produção, a fi m de dar suporte palpável aos resulta-
99
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
dos. Para se estabelecer um adequado monitoramento das perdas de produção, 
compreender as prováveis causas e desperdícios é fundamental para se reduzir o 
impacto e efeito desses no lucro da empresa. As perdas podem ser classifi cadas, 
sumariamente, em dois tipos:
• Perdas de produtividade.
• Perdas materiais.
FIGURA 13 – O MONITORAMENTO DAS PERDAS DE PRODUÇÃO 
AUXILIA NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DA EMPRESA
FONTE: https://www.twice.com/wp-content/uploads/2019/11/
ikea-2714998.jpg. Acesso em: 15 jun. 2022.
As perdas materiais se referem aos produtos, insumos e matérias-primas ne-
cessários à obtenção de bens e à realização de serviços; ao passo que as perdas 
de produtividade estão relacionadas à execução de tarefas na empresa, seja por 
máquinas ou por pessoas. 
Sabendo-se os tipos de perdas que podem ocorrer, é possível reduzir os gas-
tos e os desperdícios, contribuindo para o incremento dos lucros na empresa e 
também para uma previsibilidade no setor fi nanceiro.
Consistem em tipos de perdas comuns em indústrias dos mais diversos setores:
FIGURA 14 – TIPOS DE PERDAS COMUNS DAS EMPRESAS
100
 Capacidade de Produção
FONTE: A autora (2022)
Para que se possa controlar e monitorar as perdas em qualquer empresa, 
algumas ações podem ser fundamentais, tais como os elencados na fi gura e des-
critos a seguir:
1 - Atenção ao ponto de ressuprimento
O ponto de ressuprimento tem relação com o volume e quantidade de mer-
cadoria presente em estoque. Se essa quantidade chegar ao limite mínimo, terá, 
então, atingindo o ponto de ressuprimento, sendo necessária sua reposição. Para 
evitar que o ponto de ressuprimento seja monitorado, é preciso estabelecer uma 
margem de antecedência para reposição dos produtos.
2 - Registro integral de informações
Os registros integrais das informações relacionadas aos produtos do estoque 
conduzem a uma gestão mais organizada, capaz de analisar com frequência e se-
gurança a escassez ou o excesso de produtos, delimitando o momento ideal para 
efetuar novas aquisições junto aos fornecedores da empresa. Adicionalmente, é 
possível controlar também a quantidade adequada de produtos a serem adquiri-
dos, de modo a evitar compras desnecessárias.
101
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
FIGURA 15 – CUIDADOS NO MONITORAMENTO DE PERDAS DA PRODUÇÃO
FONTE: A autora (2022)
3 - Monitoramento do fl uxo de entrada e saída
O monitoramento do fl uxo de entrada e saída requerem acompanhamento 
constante a cada movimentação no setor de compras. Esse acompanhamento 
deve exigir, dentre outros, documentos para cada produto presente na empresa, 
seja uma ordem de produção ou, ainda, uma nota fi scal, dentre outros.
4 – Inspeção da produção
A produção deve ser continuamente inspecionada para que os itens comprados, 
devolvidos, descartados e utilizados sejam acompanhados. Essa inspeção ajuda a 
evitar prejuízos e perdas desnecessárias, produzindo-se somente o necessário.
Para se realizar um monitoramento adequado das perdas da produção, é 
preciso controlar o estoque. Para se realizar um adequado controle de estoque, 
pode-se efetuar as seguintes ações:
FIGURA 16 – AÇÕES PARA CONTROLE DO ESTOQUE
102
 Capacidade de Produção
FONTE: A autora (2022)
Você conhece o conceito de manufatura enxuta? No material dis-
ponibilizado a seguir, você poderá ter acesso ao conteúdo sobre 
“7 Perdas na produção que você pode evitar com a manufatura 
enxuta”. Veja uma prévia desse material:
 “A manufatura enxuta, ou Lean Manufacturing, é um conceito de 
produção que busca a redução ou eliminação de perdas no pro-
cesso produtivo. A prática foi desenvolvida no Japão e fi cou co-
nhecida pela utilização no Sistema Toyota de Produção. Quando 
dizemos ‘perdas’, estamos nos referindo às atividades desneces-
sárias que geram custo e não agregam valor. Por conta disso, 
devem ser imediatamente eliminadas. 
 Uma empresa que trabalha com os conceitos de manufatura enxu-
ta, em geral, visa eliminar custos. No entanto há outros benefícios 
associados, como a economia de matéria-prima, energia elétrica, 
água e demais recursos envolvidos. No fi m das contas, além de 
mais lucrativa, a produção passa a ser também mais sustentável”.
 Para acessar o restante do conteúdo, visite o seguinte endereço: 
https://produza.ind.br/tecnologia/manufatura-enxuta/. Acesso em: 
14 mar. 2022.
A preferência por equipamentos e insumos de qualidade ajuda a evitar preju-
ízos, como o desperdício de produtos durante o uso de máquinas. 
103
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
Para que estas não acarretem desperdícios, é preciso realizar sua manuten-
ção periódica, de modo que o trabalho seja feito com precisão. Nesse sentido, as 
máquinas devem funcionar com regularidade, sem apresentar falhas e defeitos fre-
quentes, uma vez que, a cada parada de trabalho, diminui a produtividade da em-
presa, e menor se torna sua capacidade de produção em um determinado período. 
Para que as máquinas possam ter o funcionamento adequado, pode-se pro-
gramar sua manutenção para os turnos mais oportunos ou, ainda, para épocas de 
menor demanda.
A efetuação de auditorias com determinada periodicidade é essencial para 
que as empresas possam receber certifi cados e selos de qualidade pelos serviços 
realizados, uma vez que essas auditorias comprovam que os serviços estão sen-
do desenvolvidos dentro de padrões de qualidade e rigor rígidos. 
Esses padrões exigem o atendimento de normas e protocolos, de acordo 
com a legislação prevista para cada segmento da cadeia produtiva. 
As auditorias permitem que as empresas adquiram credibilidade perante a 
concorrência e ao mercado, e permitem um controle de perdas, via monitoramen-
to de cada etapa de produção.
Quaisquer investimentos na capacitação da equipe são essenciais para se-
guir o controle de qualidade e os protocolos exigidos pela produção. Independen-
temente do setor que atua na empresa, o treinamento é indispensável para que os 
recursos sejam adequadamente utilizados, de modo consciente, além de auxiliar 
na redução de impactos ambientais. 
FIGURA 17 – UTILIZAR INSUMOS DE QUALIDADE E REALIZAR A MANUTENÇÃO 
DAS MÁQUINAS SÃO PONTOS-CHAVE DO MONITORAMENTO DE PERDAS
FONTE: https://static1.makeuseofi mages.com/wordpress/wp-
content/uploads/2021/04/factory-worker-using-grinder-machine.
jpg?q=50&fi t=crop&w=1920&dpr=1.5. Acesso em: 15 jun. 2022.
104
 Capacidade de Produção
Na criação de uma política interna de prevenção, pode-se efetuar o monito-
ramento de perdas da produção. Nessa política, pode-se dispor um documento 
a toda a equipe, o qual deve conter diretrizes específi cas sobre as condições e o 
manuseio do armazenamento adequado à carga de produtos, por exemplo. 
Esse documento deve, também, apresentar à equipe seus diretos, deveres, 
responsabilidade, os valores da empresa, recursos e objetivos. Com a política 
interna de prevenção, é possível ter um maior controle de perdas, identifi cando-as 
com antecedência.
Em matéria publicada pela Embrapa, divulgou-se um Método 
para monitorar colheita de soja, evitando, assim, um desperdício bi-
lionário no Estado do Paraná. Seguem alguns trechos da notícia: 
“Na safra 2019/2020, em 624 lavouras amostradas no Paraná pela 
Embrapa e IDR, no âmbito do Programa de Redução das Perdas de 
Grãos na Colheita de Soja, destaca-se a região noroeste do estado, 
cuja média de perdas foi de apenas0,67 saca por hectare. “Tivemos 
produtores no Paraná que perderam apenas 0,2 saca por hectare e 
outros desperdiçaram até seis sacas por hectare, o que mostra a ne-
cessidade de continuarmos o trabalho de transferência dessa tecno-
logia de monitoramento para que os produtores reduzam as perdas e 
tenham maior lucratividade”, destaca o extensionista do IDR-Paraná 
Edivan José Possamai.
Ao se realizar um cálculo simples, é possível contabilizar as 
perdas. Ao se considerar o desperdício de três quilogramas de soja 
por hectare e multiplicando-se o valor desperdiçado pela área culti-
vada no Paraná (5,5 milhões de hectares), chega-se a 275 mil sacas 
de soja. “Considerando que o preço de dezembro/2020 era de R$ 
148,00 a saca, representa R$ 40,7 milhões desperdiçados nas la-
vouras paranaenses, de forma direta, sem contabilizar os custos com 
o controle da soja guaxa ou pragas e doenças que persistente no 
ambiente devido aos grãos que fi cam no local e germinam”, destaca.
A metodologia, desenvolvida pela Embrapa na década de 1980, 
considera a relação entre o peso e o volume de grãos. Constante-
mente atualizada, é aprimorada para se adequar às novas máquinas 
e às mudanças no processo produtivo da soja”.
105
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
Gostaria de conhecer mais sobre esta metodologia, consi-
derada um ponto chave no monitoramento de perdas agrícolas? 
Acesse o endereço https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/no-
ticia/60006870/metodo--para-monitorar-colheita-de-soja-evita-des-
perdicio-bilionario-no-parana. Acesso em: 14 mar. 2022.
Para se acompanhar a produção, pode-se utilizar os indicadores de desem-
penho (KPIs – Key Performance Indicators) na rotina da empresa, os quais podem 
atestar a produtividade do trabalho e permitir verifi car se os resultados esperados 
estão sendo alcançados. 
Alguns indicadores são considerados ideais para o monitoramento das per-
das da produção, tais como:
FIGURA 18 – INDICADORES DE DESEMPENHO DO SISTEMA PRODUTIVO
FONTE: A autora (2022)
 Para que esses indicadores de desempenho possam surtir efeito na em-
presa, é preciso que sejam monitorados constantemente, e que sejam estabeleci-
dos alguns planos de ação com o objetivo de identifi car fragilidades no sistema de 
produção, de modo rápido e preciso. 
O controle de qualidade deve ser considerado no monitoramento das perdas de 
produção, uma vez que a padronização dos produtos está associada a esse processo.
106
 Capacidade de Produção
4 Para realizar o monitoramento do desempenho de produção, po-
de-se utilizar os indicadores de desempenho na rotina da empre-
sa, os quais podem atestar a produtividade do trabalho e permitir 
se os resultados esperados estão sendo alcançados. Alguns indi-
cadores são considerados ideais para o monitoramento das per-
das da produção. Considerando os indicadores de desempenho, 
assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Percentual de lucros sobre a quantidade total disponível em 
estoque; percentual do valor das perdas sobre o valor total do 
estoque; custos totais com os produtos perdidos.
b) ( ) Percentual de perdas sobre a quantidade total disponível em 
estoque; percentual do valor das entradas sobre o valor total do 
estoque; custos totais com os produtos perdidos.
c) ( ) Percentual de perdas sobre a quantidade total disponível em 
estoque; percentual do valor das perdas sobre o valor total do 
estoque; custos totais com os produtos perdidos.
d) ( ) Percentual de perdas sobre a quantidade total disponível em 
estoque; percentual do valor das perdas sobre o valor total do 
estoque; custos totais com os produtos criados.
e) ( ) Percentual de perdas sobre a quantidade total disponível em 
estoque; percentual do valor das perdas sobre o valor total do 
estoque; custos totais com os produtos lançados.
FIGURA 19 – O TREINAMENTO DA EQUIPE PODE SER UM FATOR 
CHAVE NO MONITORAMENTO DE PERDAS DA PRODUÇÃO
FONTE: https://academiaba.buenosaires.gob.ar/wp-content/uploads/2021/08/
work-5382501_1920-1024x617.jpg. Acesso em: 15 jun. 2022.
107
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
Quando se menciona padronização, é importante atentar às características 
do produto que o tornam único e que atendem às demandas do consumidor, antes 
mesmo de esse produto ser inserido em uma escala seriada de produção. 
Nesse sentido, manter a gestão do monitoramento sempre ativa é o que irá 
contribuir para um controle de perdas efetivo na empresa, uma vez que, com base 
no acompanhamento de cada etapa da produção, é possível manter as exigên-
cias do produto e evitar perdas.
Os KPIs (Key Performance Indicators) são os Indicadores-Cha-
ve de Desempenho utilizados na gestão das empresas. Esses indi-
cadores referem-se a valores quantitativos fundamentais que medem 
os seus principais processos internos.
A seguir, são listadas algumas vantagens reconhecidamente apreciadas pe-
las empresas que estabelecem programas de monitoramento de perdas da produ-
ção nas etapas do processo produtivo:
FIGURA 20 – VANTAGENS DO MONITORAMENTO DE PERDAS DA PRODUÇÃO
FONTE: A autora (2022)
108
 Capacidade de Produção
Para garantir a excelência na prestação de serviços e na fabri-
cação de produtos, as empresas aplicam grandes investimentos em 
ferramentas, técnicas e metodologias estruturadas para eliminar os 
desperdícios e tornar seus processos produtivos mais efi cazes. 
Uma dessas metodologias de gestão destinada a combater e 
eliminar essas perdas indesejáveis consiste na Metodologia de Análi-
se e Solução de Problemas (Masp). 
O Masp implica na adoção de ferramentas da qualidade que 
medem, analisam e sugerem ações contra as perdas que interferem 
no desempenho empresarial. Porém a implementação do Masp é 
complexa e dispendiosa, consumindo parte dos recursos de uma or-
ganização. 
Nesse sentido, essa indicação de leitura apresenta o desen-
volvimento de um método simplifi cado de análise e solução de pro-
blemas, com base na metodologia do PDCA, o qual consiste no se-
guinte: plan (planejar); do (executar); check (checar) e action (agir 
corretivamente).
Para conhecer mais detalhes sobre o material intitulado “Propos-
ta de um Método de Análise e Solução de Perdas”, acesse o seguinte 
endereço: https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos14/37220389.
pdf. Acesso em: 15 jun. 2022.
Para que se possa efetuar com efi ciência o monitoramento de perdas ineren-
tes à produção, pode-se também utilizar investimentos em tecnologia. Os inves-
timentos em tecnologia não são apenas recomendados, como também mandató-
rios em determinados setores de produção. 
A tecnologia traz inúmeras vantagens, além de assertividade, rapidez e faci-
lidade nos processos, particularmente aqueles que, se controlados manualmente, 
dependeriam de grande mão de obra.
109
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
5 Manter a gestão do monitoramento sempre ativa é o que irá con-
tribuir para um controle de perdas efetivo na empresa, uma vez 
que, com base no acompanhamento de cada etapa da produção, 
é possível manter as exigências do produto e evitar perdas. So-
bre as vantagens no monitoramento das perdas de produção, 
classifi que V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) Agilidade na produção.
( ) Regressão na satisfação junto ao cliente.
( ) Melhores condições de competitividade.
( ) Redução na produtividade, para economia da empresa.
( ) Aumento na capacidade de produção.
( ) Economia de tempo e de materiais.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V – F – V – V.
b) ( ) V – F – F – V – V – F.
c) ( ) V – F – V – F – V – V.
d) ( ) V – V – V – F – F – V.
e) ( ) V – V – V – V – V – F.
FIGURA 21 – A COMPETITIVIDADE ENTRE EMPRESAS REQUER UM 
MELHOR PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
FONTE: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSN0d8F-YIJb2aQfi _6NaYqIkFMbIUGwzaTwABdpSjqi-XnSEG3Yo9njyCHK-
RPSN9qDGk&usqp=CAU. Acesso em: 15 jun. 2022.
110
 Capacidade de Produção
As empresas constantemente apresentam uma busca por melhores condi-
ções de competitividade no mercado global, tornando-se estáveis e consolidadas 
frente aos concorrentes. Nesse mercado competitivo, um dos maiores focos con-
siste na produção elevada associada a um menor custo. 
No conteúdo publicado neste site, pode-se ter acesso ao se-
guinte tema: “Análise IoT na Indústria Reduz Perdas no Processo 
Produtivo”. De acordo a publicação, adotar análises IoT (Internet das 
Coisas ou, em inglês, Internet of Things) na indústria, permite en-
tender o funcionamento das máquinas, identifi cando eventos que po-
dem afetar a produção, além de oferecer informações sobre os ativos 
em todo o processo produtivo. 
Com a capacidade de monitorar dados em qualquer horário e 
local, ações podem ser implementadas rapidamente, evitando ociosi-
dade produtiva. Também impede que uma falha cresça e se torne um 
problema de grande escala. 
Com essas análises, a adoção de indicadores de desempenho, 
em especial o OEE – Overall Equipment Effectiveness (Efetividade 
Geral do Equipamento) ganha maior efi ciência. Isso porque o IoT de-
talha informações relevantes dos ativos em tempo real e com agili-
dade. Acompanhe neste post como a análise IoT na Indústria ajuda 
a evitar as seis principais perdas, medidas por OEE, e que levam à 
queda na produção: 
https://www.tenbu.com.br/analise-iot-na-industria-reduz-perdas-
-no-processo-produtivo/. Acesso em: 14 mar 2022.
Além dos custos reduzidos, a centralização dos esforços na redução de des-
perdícios e perdas em seus processos é essencial e deve ser observada para 
alcance de êxito. 
As exigências dos padrões de qualidade, também por parte dos clientes, tor-
nam os cuidados com os processos essenciais, fazendo com que as empresas 
tenham que se adaptar e se ajustar em meio à competitividade, buscando inova-
ções em suas operações.
111
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
FIGURA 22 – AS EXIGÊNCIAS NO PADRÃO DE QUALIDADE DA 
EMPRESA PODEM REDUZIR AS PERDAS DA PRODUÇÃO
FONTE: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS-
AoGJybgf7ZBP43WIr8lXsGGOf-GCUANmS5lUet3GM5yiIg2ReVDRt5N-
OBs-5vGVMZg&usqp=CAU. Acesso em: 15 jun. 2022.
A adaptação requer articulação e uma busca criteriosa por resultados melho-
res, os quais podem ser obtidos com base em uma predição das vulnerabilidades 
futuras da empresa, considerando-se as falhas passadas, seja na gestão, nos 
recursos humanos, no setor de compras ou outros.
O artigo “Avaliação de Desperdícios e Perdas de Matéria-
-Prima no Processo Produtivo de uma Fábrica de Bebidas” teve 
como objetivo principal buscar e relacionar as causas dos desperdí-
cios de matéria-prima, em especial a perda de xarope, este estudo 
procura descobrir, através do mapeamento da produção e utilização 
desse insumo na fabricação de um refrigerante, um modelo de con-
trole e medidas de melhorias que previnam a reincidência das perdas 
no processo produtivo da empresa analisada. O estudo de caso foi 
realizado em uma fábrica de refrigerantes situada no Estado do Rio 
de Janeiro, sob uma pesquisa de campo através de um questionário 
do tipo aberto aplicado em gestores da área operacional. Os dados 
obtidos foram tratados por meio da Análise interpretativa, onde fo-
ram observados pontos críticos no controle das perdas e algumas 
oportunidades de melhoria apresentadas pelos entrevistados O estu-
do conduziu a propostas de melhorias apresentadas para o controle 
e medição das perdas do xarope, inclusive, podendo se estender a 
todos os outros insumos.
112
 Capacidade de Produção
Gostou deste conteúdo? Para conhecer mais detalhes sobre 
o trabalho, acesse o seguinte endereço: https://www.aedb.br/seget/
arquivos/artigos10/416_Edmilson_segetFINAL.pdf. Acesso em: 14 
mar. 2022.
FIGURA 23 – MELHORES RESULTADOS PODEM SER ALCANÇADOS 
COM BASE EM UMA GESTÃO SINCRONIZADA NA EMPRESA
FONTE: https://ventury-analytics.de/static/6d9b9b1c3b0c5f3fa6434740672508f0/54fcf/
paper-3213924.jpg. Acesso em: 15 jun. 2022.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Nesse capítulo, foi possível conhecer diversos aspectos relacionados ao 
planejamento da capacidade de produção, bem como as ações estratégicas que 
podem ser utilizadas para se alcançar uma máxima capacidade produtiva nos di-
versos setores da empresa.
Pudemos conhecer, também, noções sobre a previsão de demanda, a qual 
irá interferir diretamente na capacidade produtiva da empresa, e poderá refl etir em 
um uso mais otimizado dos produtos, equipamentos, máquinas e instrumentos, 
visando à economia de insumos e de matéria-prima. Com relação à economia, 
abordou-se também o monitoramento de perdas da produção, o qual tem como 
principal objetivo evitar descartes e desperdícios nos setores de produção.
A economia de insumos e de matéria-prima foi mencionada no intuito de pro-
duzir utilizando-se materiais integralmente, sem que haja desperdícios. No en-
tanto é importante destacar que a qualidade dos produtos e serviços não deverá 
reduzir, uma vez que a empresa poderá ser prejudicada junto aos clientes. Para 
que se possa utilizar ao máximo os insumos na produção de bens e na efetuação 
113
PLANEJAMENTO, PREVISÃO E MONITORAMENTO DA 
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capítulo 3 
de serviços, é primordial adquirir materiais de qualidade, que possam refl etir em 
produtos com padrões de exigência atendidos.
Comentou-se, também, acerca da importância de implementar uma política de 
prevenção interna na empresa, a fi m de se obter um melhor monitoramento e controle 
de perdas, bem como se pode, também, realizar treinamentos e auditorias periódicas 
para atendimento aos protocolos e padrões de qualidade previstos pela empresa.
O monitoramento de perdas é essencial, pois a cada máquina estagnada, 
custos de tempo e produtividade são contabilizados, reduzindo, consequentemen-
te, a capacidade de produção da empresa. Nesse sentido, destaca-se a importân-
cia do treinamento da equipe, da manutenção de equipamentos, da aquisição de 
produtos de qualidade, dos cuidados com os protocolos de segurança e outros. 
Os gestores devem ter em vista que a capacidade de produção requer um 
planejamento rigoroso, porém este está suportado por diversos outros fatores que 
também devem ser observados com cuidado para que a empresa consiga atingir 
as metas e efetivar os planos estratégicos previamente discutidos.
REFERÊNCIAS
ABBAS, K. G.; LEONCINE, M. Os métodos de custeio: vantagens, desvantagens e sua 
aplicabilidade nos diversos tipos de organizações apresentadas pela literatura. Contexto, 
v. 12, n. 22, p. 145-159, 2012.
BOFF, C. P. Gerenciamento da capacidade produtiva na empresa Isca Tecnologias 
Ltda. Rio Grande do Sul: Dacec, 2013. Disponível em:https://bibliodigital.unijui.edu.
br:8443/xmlui/handle/123456789/2103 Acesso em: 30 out. 2020.
CAMARGO, R. F. Como planejar e calcular a capacidade produtiva? Aumente a 
efi ciência do seu negócio. Treasy Planejamento e Controladoria, 2017. Disponível em: 
https://www.treasy.com.br/blog/capacidade-produtiva/. Acesso em: 30 mar. 2022.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 8 ed. São 
Paulo: Atlas, 2018. 
TODARO, M. E. C. Carregamento, sequenciamento, e programação da produção. 
PCP Engenharia, 2016. Disponível em https://pcpengenharia.wordpress.com/. Acesso em: 
30 out. 2020.
TUBINO, D. F. Planejamento e controle da produção: teoria e prática. 3 ed. São Paulo: 
Atlas, 2017.

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