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ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO Sandra Muttoni Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094 M992a Muttoni, Sandra. Administração de serviços de alimentação / Sandra Muttoni. – Porto Alegre : SAGAH, 2017. 377 p. : il. ; 22,5 cm. ISBN 978-85-9502-044-3 1. Nutrição – Serviços. 2. Nutrição - Administração. I. Título. CDU 613.2 Planejamento de recebimento e armazenamento e controle de estoque Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identi� car as etapas que antecedem o recebimento de suprimentos em UANs. Reconhecer o funcionamento do processo de recebimento de alimentos. Descrever os fatores determinantes para o armazenamento e controle de estoque adequado em serviços de alimentação. Introdução O recebimento e armazenamento de alimentos é uma etapa chave no processo de fornecimento de uma alimentação adequada e segura em uma Unidade de Alimentação e Nutrição. Esta etapa é dependente de várias outras, que sendo executadas corretamente e no tempo certo, ditam o modo de funcionamento de todas as rotinas de trabalho da Unidade, culminando com o alimento pronto para ser consumido para o cliente. Neste texto, você vai estudar como é feito o planejamento da gestão de suprimentos de um serviço de alimentação, identificando todos os seus passos necessários, desde a programação, entrega, armazenagem e controle estoque dos alimentos. Planejando a logística de suprimentos em uma unidade de alimentação e nutrição Em uma unidade de alimentação e nutrição (UAN), a logística de suprimentos é um processo dinâmico e complexo, que envolve várias etapas que acontecem de forma interligada e que irão impactar no resultado fi nal do serviço prestado pela unidade. Erros na administração dessa logística podem acarretar em reposição irregular de matéria-prima, grande quantidade de estoque sem necessidade (com risco de perda de produto por falta de prazo de validade), falta de espaço de armazenamento e alteração de cardápio por falta dos gêneros necessários. Assim, o processo de previsão de materiais se inicia pela elaboração do cardápio pelo profissional nutricionista. A partir do cardápio, todas as prepa- rações que serão servidas na unidade estão escolhidas e, consequentemente, estão determinados quais ingredientes serão necessários para a execução de todas as preparações. Para montar um cardápio, o nutricionista deve considerar diversos fatores, tais como: número de refeições a serem produzidas; tipo do estabelecimento; disponibilidade de recursos financeiros; espaço físico, quantidade de equipamentos e utensílios para produção de alimentos; mão de obra disponível; variedade de gêneros alimentícios que possam ser utilizados; sazonalidade dos alimentos; hábitos alimentares e nível socioeconômico dos clientes atendidos pela UAN; necessidades dietéticas especiais do público atendido pela UAN; tipos de fornecedores. É importante que todas as opções de preparações disponíveis para compor o cardápio tenham a sua própria ficha técnica, onde deverão estar listados todos os ingredientes necessários, com as suas respectivas quantidades para atender ao número de refeições programadas. A técnica de preparo também deve constar detalhadamente na ficha técnica, para que, por exemplo, possa se identificar se algum ingrediente necessitará de pré-preparo e, por conse- quência, ser entregue com maior prazo de antecedência no setor do que os demais ingredientes. 303Planejamento de recebimento e armazenamento e controle de estoque O cardápio, como se pode ver, deve ser preferencialmente elaborado com antecedência, para que todos os gêneros alimentícios sejam programados para serem entregues em tempo hábil, levando também em consideração o prazo de entrega estipulado/acordado com os fornecedores. Logo, a partir do cardápio tem-se a previsão de compras. A previsão de compras, por sua vez, também levará em conta diversos fatores: Localização da UAN: pode influenciar na programação de compras conforme a distância e o acesso do local pelos fornecedores. Espaço físico: vai determinar a quantidade máxima de gêneros que podem ser estocados, influenciando, assim, a frequência de entrega desses itens. Tipo de alimento: gêneros perecíveis, naturalmente, terão que obedecer a um ritmo de fornecimento diferente dos gêneros não perecíveis, que têm prazo de validade maior e podem ficar acondicionados por mais tempo sem perderem as condições para serem consumidos com segurança. Disponibilidade de fornecedores e frequência de entregas: a gestão de suprimentos deve levar em consideração se os fornecedores realizam entregas mensais, quinzenais, semanais ou diárias. Sobre os fornecedores A política de compras é defi nida por cada empresa. Instituições públicas normalmente abrem processos de compras por meio de licitações, em que os fornecedores interessados competem igualmente entre si, e vence a proposta mais vantajosa. Empresas privadas têm maior liberdade para negociarem com os fornecedores como acharem mais adequado. Entretanto, em ambos os casos, os fornecedores têm que cumprir uma série de requisitos, de modo a garantir a entrega de um produto de qualidade: Ser uma empresa idônea. Ter o seu estabelecimento em condições adequadas com a legislação. Nesse caso, recomenda-se que o nutricionista realize uma visita técnica ao fornecedor. Cumprir os prazos de entrega. Ter capacidade real de fornecimento. O fornecedor não deve se compro- meter em entregar quantidades além da sua capacidade de abastecimento. Administração de serviços de alimentação 304 Cumprimento da entrega de produtos de acordo com o esperado (tanto em qualidade quanto em quantidade). Cumprir com o preço e as condições de pagamento acordados. Possuir veículo de transporte adequado para realizar as entregas. Trabalhar em parceria com a unidade. Quando o fornecedor não cumprir com o que foi acordado, deverá ser notificado, para que sejam tomadas as devidas providências e a mesma inter- corrência não se repita. Em casos de recorrências, dependendo da gravidade, o fornecedor pode vir a ser suspenso ou reprovado. As penalidades cabíveis para essas situações devem também estar previstas no contrato assinado entre a empresa e o fornecedor. É muito importante enfatizar que um contrato entre a empresa e o fornecedor deve detalhar ao máximo o tipo de produto que se quer receber, para que depois possa ser exigido do fornecedor um produto exatamente como foi acordado em contrato. Por exemplo: no caso de horti- frutigranjeiros, é importante declarar o tamanho que se queira dos alimentos fornecidos, assim como o seu grau de maturação. Em relação às carnes, o conteúdo de gordura aparente e a gramagem de cada unidade também são características importantes. Alimentos não perecíveis – que teriam maior tempo de vida de prateleira – podem ser entregues dentro da validade, mas com bom tempo decorrido do prazo de vencimento, caso isso não tenha sido esclarecido no momento da negociação. Por fim, além dos gêneros alimentícios, materiais descartáveis e de limpeza, uniformes, utensílios e materiais diversos também fazem parte da logística de suprimentos e devem ter seu abastecimento adequado para possibilitar a execução do serviço pelos profissionais. A previsão de compras desses produtos segue a mesma linha de raciocínio dos alimentos, levando em consideração os recursos financeiros, o espaço para armazenagem, as particularidades dos fornecedores, etc. Muito embora esses itens possam receber menor destaque do que os alimentos em uma UAN, são imprescindíveis para a execução do trabalho, sem os quais não seria possível higienizar os utensílios, os alimentos (quando necessário) e as bancadas de trabalho, acondicionar os alimentos ou permitir o trabalho dos profissionais de modo a preservar a sua saúde, por exemplo. 305Planejamentode recebimento e armazenamento e controle de estoque Os fornecedores devem ser grandes parceiros da unidade de alimentação e nutrição. Uma boa relação entre a equipe gestora da unidade e o fornecedor pode auxiliar imensamente na resolução de problemas emergenciais que acontecem durante a produção de alimentos, como, por exemplo, a necessidade de uma entrega emergencial de determinado produto. No entanto, é importante não deixar que essa relação de parceria comprometa o grau de exigência que se deve ter em relação à qualidade do atendimento prestado pelo fornecedor. Antes de formalizar um contrato, é comum o estabelecimento ser visitado pelo profissional nutricionista da unidade, a fim de averiguar se o processo de trabalho do fornecedor é adequado. Porém, alguns forne- cedores podem ficar trabalhando com a unidade por um longo período de tempo e nem por isso as visitas técnicas devem deixar de acontecer. Pelo contrário, visitas técnicas inesperadas podem contribuir para que o fornecedor se preocupe em manter o seu estabelecimento sempre em conformidade com a legislação. Recebimento de alimentos em UAN Embora o recebimento de alimentos em uma UAN já seja um sinal de muito trabalho prévio realizado pelo gestor da unidade, que estabelece todo o pla- nejamento da logística do setor, essa é a primeira etapa do controle higiênico- -sanitário do estabelecimento. O recebimento de alimentos propriamente dito começa a partir de um cronograma de entrega, em que estarão identificados quais produtos deverão ser entregues, em quais datas e horários e em que quantidades, assim como o nome do fornecedor responsável pelo seu abastecimento. Os fornecedores devem receber os cronogramas de sua competência com a antecedência ne- cessária para que possam cumprir os prazos estipulados. Como já foi dito, a partir do recebimento dá-se início ao controle de higiene que vai garantir a produção de um alimento seguro para o consumo do cliente da unidade. Portanto, já nesse momento alguns cuidados devem ser tomados, a começar pela área física de recebimento, que deve dispor de: uma área limpa e protegida, destinada exclusivamente para esse fim; espaço para manipulação de caixas limpas e sujas, as quais são utilizadas para acondicionamento dos produtos; Administração de serviços de alimentação 306 espaço que permita a transferência das mercadorias das embalagens do fornecedor para as próprias da unidade; área para higienização dos monoblocos; pia para higienização de mãos; pia para pré-higienização de mercadorias; balança; espaço para manuseio de documentos. Antes mesmo do início do descarregamento, o profissional responsável pela supervisão do recebimento deve fazer a avaliação da adequação do veículo de transporte que trouxe as mercadorias. Tanto o veículo quanto o entregador devem cumprir requisitos de higiene estabelecidos em legislação. Os meios de transporte devem estar em condições adequadas de higiene e conservação, além de apresentarem certificado de vistoria. Os entregadores devem estar adequadamente uniformizados. No caso de haver mais de um fornecedor aguardando, o recebimento de materiais deve ocorrer na seguinte ordem: primeiramente são entregues os alimentos perecíveis resfriados e refrigerados, em seguida os alimentos pe- recíveis congelados, os alimentos perecíveis em temperatura ambiente e, por último, os alimentos não perecíveis. Essa ordem protege os alimentos mais sensíveis às mudanças de temperatura, abreviando o seu tempo de espera. Durante o recebimento, todas as mercadorias devem ser conferidas: em relação à sua qualidade (características organolépticas, integridade das emba- lagens, etc.), peso, quantidade solicitada e prazo de validade. Deve-se ter em mente que a sazonalidade dos alimentos poderá influenciar na sua qualidade. Para tanto, privilegiar alimentos próprios da estação contribui para o forne- cimento de alimentos frescos e de qualidade. Para alimentos refrigerados e congelados, é imprescindível verificar a temperatura no momento do recebimento, devendo estar de acordo com o estabelecido em legislação vigente. Alimentos refrigerados devem ser recebidos a 7 ºC ou menos (ou conforme rotulagem) e alimentos congelados devem ser recebidos a -12 ºC ou menos (ou conforme rotulagem). Além disso, os rótulos dos alimentos devem estar legíveis e de acordo com a legislação, assim como devem indicar que o produto possui o certificado sanitário adequado, quando for o caso. No caso da ocorrência de alguma irregularidade que comprometa a qualidade higiênico-sanitária do alimento no momento do recebimento, as mercadorias devem ser devolvidas imediatamente. O ideal é que seja acertado com o fornecedor como será feita a reposição dos produtos e que providências serão tomadas para corrigir a inadequação. 307Planejamento de recebimento e armazenamento e controle de estoque As notas fiscais também devem estar compatíveis com os produtos que estão sendo entregues. Elas devem discriminar os valores unitários e totais de cada mercadoria, assim como o valor dos impostos. Após a conferência da nota fiscal, esta pode ser encaminhada para pagamento. Vale lembrar que os profissionais responsáveis pelo recebimento das mer- cadorias também devem estar devidamente uniformizados, fazendo uso dos seus equipamentos de proteção individual (quando for o caso) e seguindo as boas práticas de manipulação, conforme a legislação. A curva ABC é uma ferramenta gerencial que tem sido bastante utilizada para a adminis- tração de estoques em restaurantes. Ela permite conhecer o consumo em quantidade e custo de cada item em um determinado intervalo de tempo. Para a sua elaboração, os itens são ordenados conforme sua importância relativa no grupo. Para cada item são registrados o código, o nome, o preço unitário médio, o consumo e o valor total do item consumido. Essas informações são colocadas em ordem decrescente de custo. A soma de todos os custos representa o total de gastos no período e, por meio disso, é possível verificar a porcentagem de cada item em relação ao total de gastos. Dessa forma, têm-se três classes de consumo: Classe A = itens que possuem alto custo ou alto consumo. Classe B = itens de custo ou consumo intermediário. Classe C = itens que possuem custo ou consumo baixo. Armazenamento de mercadorias e controle de estoque em UAN: como fazer? Após a recepção das mercadorias, inicia-se o processo de armazenamento dos alimentos, que devem fi car acondicionados em condições adequadas até o momento da sua separação para utilização na produção das preparações. Nessa etapa, também é crucial o controle higiênico-sanitário, de modo a evitar a contaminação dos alimentos e garantir que se mantenham em bom estado de conservação até a hora do seu consumo. Finalizado o recebimento, todos os itens devem ser separados e higieni- zados. Após, devem ser armazenados em condições favoráveis para a sua conservação. O local de armazenamento deve ser limpo e organizado. Gêneros Administração de serviços de alimentação 308 perecíveis, como carnes, laticínios, ovos, verduras, legumes e frutas devem ser acondicionados em câmaras frias, onde as temperaturas adequadas para cada grupo de alimentos sejam controladas de acordo com a legislação vigente. Também deverá ser observado o tempo máximo de armazenamento desses produtos, já que apresentam um prazo de validade relativamente curto. Ali- mentos in natura, que sofrerão algum processo de higienização e/ou tratamento térmico antes de serem servidos, não devem entrar em contato direto com alimentos que já estão prontos para o consumo, de modo a evitar a contami- nação cruzada desses alimentos. A temperatura e o tempo de armazenamento de alimentos refrigerados podem variar conforme o grupo dos alimentos. Seguem alguns exemplos: Carnes (exceto pescados) e seus manipulados crus: manter em até 4 ºC, por até 72 horas. Pescados e seus manipulados crus: manterem até 4 ºC, por até 24 horas. Alimentos pós-cocção (exceto pescados): manter em até 4 ºC, por até 72 horas. Pescado pós-cocção: manter em até 4 ºC, por até 24 horas. Hortifrúti: manter em até 10 ºC, por até 72 horas. Todos os alimentos armazenados nas câmaras frias devem estar identi- ficados conforme a data de recebimento e/ou o rótulo com data de validade, além de todas as outras informações necessárias da rotulagem de alimentos já mencionadas. Nas câmaras frias, não é permitido acondicionar os alimentos em caixas de papelão, estas devem ser substituídas por caixas ou sacos plásticos. Ainda, tem que se levar em conta que equipamentos de refrigeração, quando sobrecarregados, apresentam piora do seu rendimento, afetando a qualidade de conservação dos alimentos. Já os alimentos não perecíveis, que não se deterioram com tanta facilidade, devem ser estocados em despensas ou no almoxarifado, desde que separados de produtos de limpeza, químicos ou outros não alimentícios. Os alimentos, que devem estar identificados com lote e data de validade, devem ser guardados sobre estrados, páletes ou prateleiras, de material liso, resistente, impermeável e lavável. Além disso, devem ser organizados com espaço entre eles de modo que haja ventilação e possa ser feita limpeza. Os sistemas PEPS (“primeiro que entra, primeiro que sai”) ou PVPS (“primeiro que vence, primeiro que sai”) devem ser obedecidos na hora de organizar o estoque. Por meio desses sistemas, são colocados à frente os produtos que têm o prazo de validade menor, a fim de otimizar o controle do estoque segundo o vencimento dos alimentos. 309Planejamento de recebimento e armazenamento e controle de estoque Conceitos para estruturação de um estoque Como já foi tratado, o espaço físico determinará a área limite para a estocagem das mercadorias, em um determinado período. Do ponto de vista fi nanceiro, estoques reduzidos diminuem a necessidade de investimento de capital, além de diminuir custos com manutenção de armazenamento. No entanto, a ma- nutenção do estoque tem por fi nalidade manter itens disponíveis para atender às demandas de última hora, reduzir custos por meio da compra e produção em quantidades ótimas, proteger contra erros de previsão ou de registros e prover para fl utuações de vendas ou produção. Alguns conceitos importantes para a compreensão do entendimento dos estoques são apresentados a seguir: Estoque mínimo, de segurança ou de proteção: é aquele que mantém níveis de estocagem suficientes para garantir que não falte o produto, dando conta de alguma eventualidade ou emergência. É estabelecido pelo número de dias em que se pretende ter o produto, considerando a falha em uma entrega, multiplicado pelo consumo diário. Estoque médio: estabelecido a partir de 50% da quantidade a ser com- prada conforme a periodicidade + estoque mínimo. Estoque máximo: considera o consumo médio semanal, quinzenal ou mensal (conforme espaço físico) + estoque mínimo. A tendência atual nas UANs é trabalhar com estoque mínimo, ou seja, com quantidades de produtos suficientes somente para o abastecimento de poucos dias. Quanto melhor for a organização do sistema de estoque do es- tabelecimento, mais eficiente será o controle e a identificação de materiais vencidos ou danificados. Administração de serviços de alimentação 310 Formulários de levantamentos de mercadorias podem ser ferramentas muito úteis no controle do estoque e também auxiliam na requisição adequada de gêneros alimentícios, considerando as sobras de alimentos. A seguir apresentamos um exemplo de planilha para programação semanal de gêneros não perecíveis: Data do levantamento: ___ / ___ / ___ Data do pedido: ___ / ___ / ___ Fonte: Adaptado de Abreu, Spinelli e Pinto (2011). Produto Quantidade no estoque (kg) Data de validade do 1º lote a vencer Quantidade necessária para a próxima semana Total a solicitar Quantidade que foi entregue Arroz branco tipo 1 50 kg Maio/ 2017 200 kg 150 kg 150 kg Açúcar refinado 25 kg Abril/ 2017 20 kg – – Farinha de milho 10 kg Junho/ 2017 – – – 311Planejamento de recebimento e armazenamento e controle de estoque 1. Os fornecedores de gêneros alimentícios devem atender a Unidade de modo a garantir a entrega de um produto de qualidade. É um requisito necessário a um bom fornecedor: a) Ser uma empresa idônea. b) Entregar mercadorias fora do horário combinado sem comunicar a gestora da Unidade previamente. c) Comprometer-se a entregar quantidades além das adequadas à sua capacidade de abastecimento. d) Utilizar qualquer veículo de transporte para realizar as entregas. e) Trabalhar sem parceria com a Unidade. 2. Indique a adequação na situação de recebimento de alimentos: a) O veículo de transporte sem certificado de vistoria. b) O cronograma de entregas possui a quantidade de alimentos a ser entregue. c) O entregador realiza a entrega com a sua roupa pessoal. d) Não aferir as temperaturas dos alimentos refrigerados. e) Não é necessário que os alimentos sejam todos pesados na balança para conferência. 3. Assinale a alternativa que contém o tempo máximo de armazenamento dos alimentos corretamente: a) Pescados e seus manipulados crus: manter em até 4º C, por até 72 horas. b) Alimentos pós-cocção (exceto pescados): manter em até 4ºC, por até 48 horas. c) Carnes (exceto pescados) e seus manipulados crus: manter em até 4ºC, por até 72 horas. d) Pescado pós-cocção: manter em até 4ºC, por até 48 horas. e) Hortifruti: manter em até 10ºC, por até 24 horas. 4. Sobre a utilização correta das câmaras frias. É VERDADEIRO: a) Caixas de papelão podem ser utilizadas em câmaras frias. b) Alimentos in natura podem estar juntos de alimentos prontos para o consumo. c) Todas as mercadorias não precisam estar identificadas. d) Não é necessário controlar a quantidade de alimentos da câmara fria para evitar sobrecarga de trabalho da mesma. e) As temperaturas das câmaras frias devem estar adequadas ao tipo de alimento que estão armazenando. 5. Estoque mínimo é: a) Aquele que é estabelecido a partir de 50% da quantidade a ser comprada conforme a periodicidade + estoque mínimo. Administração de serviços de alimentação 312 b) Aquele que não dá conta de alguma falha que ocorra na entrega de alimentos. c) Aquele que considera o consumo médio semanal, quinzenal ou mensal (conforme espaço físico) + estoque mínimo. d) Estabelecido pelo número de dias em que se pretende ter o produto, considerando a falha em uma entrega, multiplicado pelo consumo diário. e) O estoque máximo menos o estoque médio. 313Planejamento de recebimento e armazenamento e controle de estoque ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. P. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 4. ed. São Paulo: Metha, 2011. Leituras recomendadas BRASIL. Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul. Portaria nº. 78/2009. 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