Gestão de Estoques com Curva ABC

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL 
CAMPUS DE TRÊS LAGOAS 
 
 
 
 
 
GABRIEL DE ANDRADE PIZZO 
 
 
PROJETO: ESTUDO DE CASO 
Gestão de estoques para pequenas empresas utilizando a curva ABC: estudo de 
caso em uma empresa de materiais de construção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Três Lagoas 
2024 
PROJETO: ESTUDO DE CASO 
Área: Cadeia de Suprimentos. 
Subárea: Gestão de Estoques. 
Tema: Uso da ferramenta curva ABC para a gestão de estoque 
Título: Gestão de estoques para pequenas empresas utilizando a curva ABC: 
estudo de caso em uma empresa de materiais de construção. 
 
 
1. Introdução 
 
O atual cenário de instabilidade econômica que atinge o país e afeta as 
organizações pode ser encarado como uma oportunidade para implementação de melhores 
práticas científicas de gestão de estoques, que visem uma consistência do equilíbrio entre os 
custos de armazenagem e disponibilidade mínima de produtos. 
Como destaca Chiavenato (2004), a estratégia é fundamentalmente um caminho 
de ação escolhido pela empresa a partir da premissa de que uma futura e diferente posição 
poderá oferecer ganhos e vantagens em relação a posição atual. Visando uma melhoria nos 
resultados, é importante traçar um planejamento estratégico de acordo com as ambições da 
empresa, pois formular e executar um bom planejamento estratégico é primordial para o 
sucesso da entidade. 
Se tratando de pequenos comércios, a gestão de estoques pode ser o fator decisivo 
que leva o negócio a ser vantajoso ou não, com o gerenciamento adequado é possível 
aumentar a margem de lucro da empresa, melhorar o nível dos serviços prestados, servindo 
também como forma de segurança contra algumas eventualidades e incertezas do mercado. 
Dentro da logística e gestão da cadeia de suprimentos, temos inúmeros métodos 
que podem ser utilizados para um melhor gerenciamento das atividades de uma organização, 
a fim de possibilitar o melhor controle das movimentações, bem como facilitar a 
contabilidade das empresas. 
Segundo Ballou (2006) o problema logístico de uma empresa é a soma do 
problema de cada um de seus produtos, e a variedade desses itens também implica em 
diferentes ciclos de vida, e consequentemente uma diferente margem de contribuição nos 
resultados. A análise ABC busca agrupar os produtos de acordo com a relevância de suas 
vendas e determinar aqueles que receberão atenção em variados níveis de tratamento 
logístico. 
Por não demandar um alto conhecimento técnico e nem a utilização de softwares 
complexos, a Curva ABC é uma ferramenta acessível, o método pode ser aplicado 
individualmente pelos próprios gestores do negócio, e, como tem se notado o crescimento 
nos últimos anos, ser implementado por acadêmicos através de trabalhos práticos para a 
melhoria de gestão de estoque de diversos empreendimento. 
Com base neste contexto, este artigo se propõe, primeiramente, a discutir o 
conceito da Curva ABC, e analisar os reflexos da aplicação da ferramenta como técnica de 
controle de estoque em uma empresa comercial de materiais de construção, considerando a 
lucratividade dos produtos vendidos, de maneira a facilitar o entendimento dos níveis 
individuais de produtos a serem armazenados. 
2. Método Aplicado 
 
2.1 Caracterização da pesquisa 
 
Com a intenção de promover a ampliação teórica a respeito da implantação da 
ferramenta de Curva ABC, e viabilizar uma posterior aplicação, foi definido um propósito de 
pesquisa exploratório. Para Gil (1999), a pesquisa exploratória tem como objetivo principal 
desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de 
problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. Provendo 
critérios e melhor compreensão do processo de alteração do método de gestão de estoque. 
Visando gerar conhecimento de ferramentas alternativas para gestão de estoques, 
este estudo é enquadrado como pesquisa aplicada devido ao objetivo da geração de 
conhecimentos para a aplicação prática, direcionados à solução dos problemas específicos 
(SILVA; MENEZES, 2001). 
Compreendendo uma atividade específica, tendo por base, melhorar a percepção 
do fenômeno de implantação da Curva ABC, a abordagem do trabalho é qualitativa. A 
pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como 
seu principal instrumento (DE OLIVEIRA, 2011). 
Pelas características de pesquisa já descritas, o método aplicado que melhor se 
enquadrada para direcionamento do trabalho é o Estudo de Caso. Segundo Yin (2001), o 
estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo dos fatos objetos de 
investigação, permitindo um amplo e pormenorizado conhecimento da realidade e dos 
fenômenos pesquisados. 
2.2 Procedimento Metodológico 
2.2.2 Planejamento do EC. 
 
A etapa de planejamento do estudo de caso é dividida em três etapas: 
No presente artigo, define-se uma validação interna, destacando os benefícios 
para o caso analisado da implantação da ferramenta, gerando o conhecimento para a empresa 
estudada. 
O estudo de caso desenvolvido no artigo seguirá uma perspectiva longitudinal 
investigando o presente, sendo apropriado para estudos de caso únicos, sem generalização 
analítica. 
2.2.3 Instrumentos de coleta de dados: 
O trabalho se utilizará dos três métodos de coleta de dados: 
2.2.3.2 
Análise documental: Será utilizada para comparar dados dos níveis de estoque 
do passado e os níveis atuais, buscando identificar itens que tenham sofrido uma brusca 
mudança nos números de armazenagem. Visando também conseguir, sem expor valores 
financeiros, determinar a porcentagem de crescimento do lucro com após a adoção da 
ferramenta. 
A análise documental compreende também a busca por informações registradas 
do processo de transição entre os métodos de gestão de estoque, facilitando a confrontação 
das informações obtidas na fase de entrevistas. 
2.2.3.3 
As visitas in loco serão apenas para registro do layout atual de armazenagem do 
estoque, e como se dá o fluxo de materiais. 
2.2.3.4 Entrevistas: 
Das etapas de elaboração do questionário 
Foram definidas 3 perspectivas para serem abordadas que são: 
a) Estruturação 
b) Preparação 
c) Mudança 
Optou-se pela aplicação de questionários semiestruturados, de maneira a 
flexibilizar o relato do entrevistado das etapas de transição da implantação da ferramenta. 
Para cada uma das perspectivas ficou definido os seguintes modelos de 
questionário: 
Estruturação: 5 questões fechadas, sendo 2 dicotômicas, 2 de diferencial 
semântico e 1 de escala de graduação. 
E 3 questões abertas para relato do processo de identificação da necessidade de 
mudança e o estado em que se encontrava os níveis de estoque iniciais. 
Preparação: 3 questões fechadas dicotômicas e mais 3 questões abertas para 
relato das etapas que sucederam a mudança e como a empresa se organizou. 
Mudança: A fim de reconhecer a situação atual pós-implantação da ferramenta, 
foram definidas 8 questões fechadas, sendo 2 dicotômicas, 2 de escala de importância, 2 de 
escala de Likert e 2 de escala de graduação. 
Além de 2 questões abertas para considerações finais e relato dos benefícios 
identificados. 
2.2.4 Coleta de dados: 
No decorrer do período de 8 semanas que foram definidas para a realização da 
pesquisa e obtenção das informações, estabeleceu-se a realização de entrevistas com a 
frequência de uma vez por semana com o gestor responsável pela implantação da ferramenta, 
através de questionários semiestruturados. 
Utilizando a técnica de aplicação face a face. 
A técnica de registro para as questões fechadas será anotações, enquanto para as 
questões abertas gravação. 
2.2.5 Análise de dados: 
As etapas e desafios da implantação da ferramenta serão descritas seguindo as 
perspectivas definidas no questionário. 
E os dados obtidos através da análise documental serão tabelados, facilitando o 
comparativo entreos números anteriores e posteriores à aplicação, destacando os níveis de 
estoque dos 10 principais itens, e como eles se configuravam nesses dois cenários. 
De maneira a destacar como a Curva ABC identifica os itens de maior 
representatividade, para no caso do artigo, na lucratividade, e direciona o foco para 
readequação do armazenamento desses itens. Diminuindo também o acúmulo desnecessário 
de itens de pouco impacto nos resultados financeiros. 
 
3. Referências bibliográficas 
 
DE OLIVEIRA, Maxwell Ferreira. Metodologia científica: um manual para a realização 
de pesquisas em Administração. Universidade Federal de Goiás. Catalão–GO, 2011. 
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999. 
SILVA, E.L.; MENEZES, E. M.Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 
UFSC, 3ª Edição, 2001. 
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.