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Atividade Toxicologia Toxicologia Veterinária (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul) Digitalizar para abrir em Studocu A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Atividade Toxicologia Toxicologia Veterinária (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul) Digitalizar para abrir em Studocu A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Baixado por Amanda Aguiar (amanda18carolina@gmail.com) lOMoARcPSD|44712745 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=atividade-toxicologia https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-regional-do-noroeste-do-estado-do-rio-grande-do-sul/toxicologia-veterinaria/atividade-toxicologia/10504867?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=atividade-toxicologia https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-regional-do-noroeste-do-estado-do-rio-grande-do-sul/toxicologia-veterinaria/4550717?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=atividade-toxicologia https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=atividade-toxicologia https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-regional-do-noroeste-do-estado-do-rio-grande-do-sul/toxicologia-veterinaria/atividade-toxicologia/10504867?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=atividade-toxicologia https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-regional-do-noroeste-do-estado-do-rio-grande-do-sul/toxicologia-veterinaria/4550717?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=atividade-toxicologia ATIVIDADE AULA DIA 16 SETEMBRO 2020 RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO: 1. COMENTE SOBRE A INTOXICAÇÃO POR IVERMECTINA EM CÃES As avermectinas são agentes antiparasitários utilizados. São derivados da fermentação do fungo do gênero Streptomyces. Sua toxicodinâmica está associada à sua atuação nos canais GABA, aumentando a permeabilidade da membrana aos íons cloreto manifestando sintomatologia como ataxia, tremores e convulsões. A intoxicação por ivermectina em cães pode gerar um quadro de ataxia, desorientação, hiperestesia, tremores, momentos de agitação, bradicardia, midríase e hipotermia. A intoxicação por ivermectina se dá pelo uso de medicamentos usados de maneira errada pelo próprio tutor. O Paciente deve ser submetido à fluidoterapia para reposição de eletrólitos e prevenir uma possível acidose metabólica; Complexo B via IV. 2. COMENTE SOBRE A INTOXICAÇÃO POR IVERMECTINA EM GATOS Assim como em cães, a intoxicação por ivermectina pode gerar um caso grave de intoxicação, podendo ser observados os seguintes sinais clínicos: mucosas hipocoradas, ataxia, espasmos musculares involuntários, midríase, intercalada com mioses, agitação, hiperestesia, hipermetria, desidratação moderada, bradipnéia e bradicardia. O tratamento deve ser de suporte sendo empregado o uso de fluidoterapia para obter uma melhora, pois não existe um antidoto para este medicamento. 3. SOBRE O PRODUTO LANCER (ABAMECTINA 1%) COMENTE SOBRE O USO EM BOVINOS = ASPECTOS GERAIS = BULA DO PRODUTO; Abamectina é um parasiticida injetável de amplo espectro cuja administração em pequeno volume controla eficazmente uma ampla variedade de parasitas que comprometem a saúde e a produtividade dos bovinos. Experimentalmente, intoxicações aguda, subaguda e crônica, realizados com a abamectina em ratos, coelhos, cães e macacos demonstraram resultados similares aos da ivermectina, exceto pela maior toxidez desse fármaco. Em geral, as principais manifestações clínicas em uso inadequado em bovinos são midríase, vômitos, tremores, ataxia, depressão, convulsões, coma e morte, com algumas variações entre as espécies. Após a intoxicação deve ser feita fluidoterapia parenteral com suplementação vitamínica e energética para se obter uma melhora do animal. 4. COMENTE SOBRE A INTOXICAÇÃO POR AMITRAZ EM CÃES O amitraz é um antiparasitário do grupo das formamidinas, que é utilizado como acaricida e carrapaticida. O seu mecanismo de ação consiste na inibição da enzima monoaminoxidase (MAO) e, principalmente, como um agonista em α2adreneceptores. Em cães, o amitraz é utilizado topicamente para o tratamento de escabiose e demodicose. A intoxicação em cães causa, de uma maneira geral, principalmente Baixado por Amanda Aguiar (amanda18carolina@gmail.com) lOMoARcPSD|44712745 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=atividade-toxicologia sedação, hipotermia, bradicardia, bradiarritmias, hipotensão, bradipnéia, midríase e hiperglicemia transitória, porém com intensidade diferente. 5. COMENTE SOBRE A INTOXICAÇÃO POR AMITRAZ EM EQUINOS; No Brasil existe apenas um relato de doença relacionada à utilização de amitraz na espécie eqüina, embora vários veterinários já tenham observado esta doença a campo. No Estado de São Paulo, entre 1987 e 1993, nove eqüinos que apresentaram desconforto abdominal, haviam sido submetidos a banhos de aspersão com amitraz horas antes da manifestação de síndrome cólica. Depressão do sistema nervoso central e ataxia, bem como diminuição da motilidade intestinal, provocou tenesmo, sonolência, ataxia, hiperpnéia, sudorese, ruídos intestinais e defecação reduzidos, além disso, foram observados edema do focinho, mucosas pálidas e pulso de volume diminuído sinais clínicos observados após o uso de amitraz. 6. COMENTE SOBRE A INTOXICAÇÃO POR ABAMECTINA EM BEZERROS; O uso equivocado de abamectina em bezerros jovens têm resultado em casos de intoxicação seguidos ou não de morte, devido a não formação completa da barreira hematocefálica do animal fazendo com que a abamectina atravesse esta barreira. 7. SOBRE ORGANOCLORADOS E ORGANOFOSFORADOS COMENTE A TOXICIDADES EM ANIMAIS; Os organofosforados são compostos utilizados como antiparasitários nos animais e como inseticidas nas lavouras. Intoxicações acidentais ocorrem durante a aplicações de inseticidas em plantações, ou no uso como antiparasitários em concentrações inapropriadas. São inibidores das colinesterases e absorvidos pela pele, por ingestão ou por inalação. Sua ação se dá pela inibição de enzimas colinesterases, especialmente a acetilcolinesterase, levando a um acúmulo de acetilcolina nas sinapses nervosas, desencadeando uma série de efeitos parassimpaticomiméticos. Os sinais clínicos dos animais deste relato, foram semelhantes aqueles descritos por outros autores: tremores musculares, timpanismo, sialorreia, miose, decúbito esternal, posição de auto auscultação, pescoço em S e morte. Organoclorados provocam intoxicação em bovinos, ovinos, sendo a via oral a mais importante. Os organoclorados em intoxicações agudas provocam descargas repetitivas dos neurônios motores e sensitivos interferindo na condução axonal dos impulsos nervosos, provocando hiperexcitabilidade, ataxia, tremores musculares e convulsão. Como se acumula na gordura corporal pode se determinar no cadáver. É excretado no leite, com uma maior concentração do pesticida na fração gordurosa do mesmo. Em exposições crônicas provoca crescimento retardado, imunossupressão e problemas reprodutivos. Na necropsia de seis bovinos foi observado presença de gás no rúmen e congestão pulmonar. Histologicamente havia congestão e edema pulmonar em todos os casos; havia, também, moderada vacuolização dos hepatócitos e degeneração e necrose tubular renal em dois dos bezerros examinados. No sistema nervoso central havia congestão e edema perivascular moderado. Não há tratamento para reduzir a contaminação dos tecidos por organoclorados. O decréscimo da concentração nos Baixado por Amanda Aguiar(amanda18carolina@gmail.com) lOMoARcPSD|44712745 tecidos ocorre em um período de tempo que varia de 3 a 6 meses, dependendo do organoclorado implicado. 8. SOBRE CARBAMATO COMENTE O USO EM ANIMAIS Os carbamatos foram primeiramente obtidos a partir do alcaloide extraído da semente da planta Physostigma venenosum. Os carbamatos se dividem em três grupos, metilcarbamatos (no qual está o aldicarb), carbamatos fenil-substituídos e carbamatos cíclicos. O aldicarb é altamente lipossolúvel, o que garante sua absorção até mesmo pela pele íntegra, sendo esta, cerca de mil vezes maior que dos demais carbamatos e rápida se estiver na forma líquida. Seu mecanismo de intoxicação é através da inibição de acetilcolinesterase (ACHe) e cães intoxicados apresentam manifestações clínicas quando 50% ou mais da reserva de ACHe é inibida, com consequente hiperestimulação dos receptores muscarínicos, nicotínicos e do sistema nervoso central. Por ser extremamente toxico, o aldicarb continua a ser muito utilizado ilegalmente como raticida, sendo apontado como um dos principais agentes utilizados para a intoxicação criminosa de cães e gatos no Brasil, criando um cenário que coloca em risco também a saúde humana. O início do aparecimento dos sinais ocorre entre minutos e horas após a exposição, dependendo da via de contaminação, quantidade de tóxico e natureza do composto. Na maioria dos casos as primeiras manifestações clínicas estão relacionados com a estimulação muscarínica e incluem intensa sialorréia, lacrimejamento, secreção brônquica, dispneia, diarreia, emese, micção frequente, bradicardia e miose. Com a evolução, iniciam manifestações nicotínicas, como tremores musculares, contrações, espasmos e hipertonicidade; e sinais de estimulação do SNC, depressão, alterações de comportamento e em casos mais severos, hiperexcitabilidade, que pode evoluir em convulsões clônicas ou tônico-clônicas. Os sinais nicotínicos, quando presentes, refletem a gravidade da intoxicação, informação importante para o clínico que deve, portanto, intervir imediatamente. 9. SOBRE RODENTICIDAS A BASE DE WARFARINA COMENTE OS CASOS DE INTOXICAÇÃO EM ANIMAIS; 10. SOBRE ESTRICNINA EM BOVINOS COMENTE; A estricnina é um alcaloide indol toxico encontrado em sementes de Strychnosnux vomica ou S. ignatti. Que começou a ser usado para exterminar animais nocivos aos h8umanos como roedores e carnívoros silvestres. A dose tóxica oral é 0,5 mg/kg para cavalos e vacas. Após a ingestão da estricnina é rapidamente absorvida no trato gastrintestinal, sendo amplamente distribuído nos tecidos. A intoxicação por estricnina resulta em uma lesão bioquímica provocada pelo antagonismo do aminoácido glicina, portanto na maioria dos exames de necropsia e histopatológico, não são observadas lesões macroscópicas e histológicas específicas. A intoxicação por estricnina deve ser diferenciada de outras enfermidades que causam sinais neurológicos semelhantes, como no caso de intoxicação por inseticidas organoclorados e organofosforados, carbamatos entre outros. Baixado por Amanda Aguiar (amanda18carolina@gmail.com) lOMoARcPSD|44712745 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=atividade-toxicologia 11. SOBRE ESTRICNINCA EM PEQUENOS ANIMAIS COMENTE; A dose tóxica é de 0,75 mg/kg para cães, e 2 mg/kg para gatos, após a ingestão, este agente tóxico é rapidamente absorvido no trato gastrintestinal, sendo amplamente distribuído nos tecidos. As alterações clínicas produzidas por esta intoxicação ocorrem, geralmente de 10 minutos a 2 horas após a ingestão. Agitação e apreensão, ansiedade, aumento da frequência respiratória e intensa sialorreia são os sinais clínicos iniciais. Em seguida, conforme os mesmos autores, os animais podem apresentar ataxia e espasmos musculares que geralmente iniciam se pelos músculos da face, disseminando-se para a musculatura dos membros, seguidos de convulsões tônico-clônicas e opistótono. Os sinais são estimulados ou exacerbados por estímulos externos como ruídos, toque ou luz (SPINOSA et al., 2008). Pode-se notar midríase, Hipertermia e cianose durante as convulsões. A morte do animal ocorre por parada respiratória, por causa do comprometimento do músculo diafragmático e pode ocorrer durante a primeira convulsão ou após ataques exaustivos de convulsões 12. COMENTE SOBRE A INTOXICAÇÃO POR DIACETURATO DE DIMINAZENO Aceturato de diminazeno é um medicamento antiprotozoário comumente utilizado em medicina veterinária no tratamento de algumas doenças parasitárias, como babesiose e tripanossomíase. Os aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos da intoxicação espontânea por aceturato de diminazeno foram estudados em 10 cães. Em todos os casos, os cães afetados demonstraram sinais de síndrome tálamo-cortical, principalmente alteração do nível de consciência, tetraparesia, rigidez extensora e crise convulsiva. Em alguns casos, os cães acometidos apresentaram sinais de síndrome cerebelar, como tremores musculares generalizados de alta frequência e baixa amplitude, e/ou de síndrome vestibular, como ataxia, inclinação de cabeça e quedas. Esses sinais ocorreram entre 24 e 48 horas após o uso do fármaco injetável por via intramuscular e se mantiveram até a morte ou eutanásia dos cães (entre 1 e 7 dias). Tais sinais clínicos refletiam encefalomalacia hemorrágica focal simétrica, que afetava a medula oblonga, a ponte, a medular do cerebelo, o tálamo, o mesencéfalo, os pedúnculos cerebelares e os núcleos da base. 13. ZOOTOXINAS a. Acidente ofídico do tipo Bothrops em animais As serpentes dos gêneros Bothrops, Crotalus e Lachesis, conhecidas popularmente como jararaca, cascavel e surucucu, respectivamente, compõem a Família Viperidae, correspondendo aos grupos de serpentes causadoras de acidentes ofídicos de maior relevância no Brasil. Os sinais clínicos decorrentes da ação proteolítica, hemorrágica e coagulante de envenenamento por serpente Bothrops atrox, que em caráter crônico, pode imprimir consequências fisiopatológicas miotóxica, vasculotóxica e nefrotóxica. b. Acidente ofídico do tipo Crothalus em animais Os sinais clínicos descritos em bovinos são: dificuldades de locomoção e de ficar em estação, permanência em decúbito lateral, abolição do reflexo palpebral, sem ptose, abolição do reflexo pupilar fotomotor, paralisia motora reversível do globo Baixado por Amanda Aguiar (amanda18carolina@gmail.com) lOMoARcPSD|44712745 ocular entre 6 e 72 horas, ausência de hemoglobina e de outras alterações macroscópicas da urina ou da micção; verificaram ainda sinais clínicos interpretados. c. Picada de abelhas em animais O veneno das abelhas é composto pelas enzimas fosfolipase A2 e hialuronidase, pelos peptídeos melitina, apamina, pelo peptídeo degranulador de mastócitos, entre outros peptídeos, e aminas biogênicas. O acidente por abelhas pode causar três tipos de reações: local, tóxica sistêmica e anafilática. A reação local ocorre quando o animal sofre uma ou poucas ferroadas. Os efeitos são restritos ao local do ataque, com rápida instalação de dor, eritema e edema, que podem persistir por algumas horas ou, eventualmente, dias. Os cães e gatos apresentam, em geral, edema nas regiões facial, periorbital e/ ou auricular. Na reação tóxica sistêmica em cães, os achados necroscópicos incluem ferrões encravados na pele, icterícia generalizada da carcaça, fígado de coloração alaranjada e rins escurecidos. Microscopicamente, podem ser observadas necrose de hepatócitos centrolobular e nefrose hemoglobinúrica. O tratamento de suporte é feito com fluidoterapia, corticosteroides e anti- histamínicos. As convulsões podem ser controladas com diazepam. Recentemente foi desenvolvido um soro hiperimune antiveneno de abelhas que se mostrou eficaz em camundongos, mas ainda não foi testado emanimais domésticos. O tratamento das reações anafiláticas deve ser feito com adrenalina, corticosteroides, anti-histamínicos e suporte cardiorrespiratório. d. Picada de escorpião em animais (escorpionismo); Alguns estudos de toxicocinética foram conduzidos com a Ts3 ou tityustoxina. A absorção da toxina do veneno após a inoculação é rápida. A distribuição da toxina do sangue para os tecidos também é rápida, mas não foi detectada no SNC. A excreção é lenta, provavelmente pela alta afinidade pelos tecidos. Há importantes diferenças na toxicocinética entre jovens e adultos: nos jovens a absorção e a distribuição são mais rápidas e a eliminação é mais lenta. A gravidade do acidente varia de acordo com a quantidade de peçonha aplicada, espécie do escorpião, sendo que é o T. serrulatus que promove os quadros mais graves, condições do télson, número de ferroadas, predominância dos efeitos (simpáticos ou parassimpáticos), peso e idade da vítima, jovens e idosos são mais sensíveis, e variação individual. Além da dor local intensa, outros sinais clínicos nos casos moderados incluem náuseas, vômitos, sialorreia, agitação ou sonolência, taquicardia, taquipneia e picos hipertensivo. e. Envenenamento por lagarta dos pinheiros (processionária) em cães; f. Envenenamento por sapos em cães; A ocorrência dos sinais clínicos tem rápido início e pode se restringir ao local do contato ou chegar a um envolvimento sistêmico, que pode evoluir para a morte do Baixado por Amanda Aguiar (amanda18carolina@gmail.com) lOMoARcPSD|44712745 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=atividade-toxicologia animal. A variação no quadro clínico se deve a fatores ligados ao sapo, como espécie e diferenças intraespecíficas (dieta e clima), e ao animal acometido, como quantidade de veneno absorvida, espécie, porte e susceptibilidade individual. Em cães, foi verificado que os de raças braquicefálicas apresentam maior sensibilidade. A ocorrência de vômitos e sialorreia ajuda a reduzir a toxicidade do veneno por aumentar sua eliminação. A sintomatologia depende da gravidade do envenenamento, que pode ser classificado como leve, moderado e grave. Nos quadros leves, há irritação da mucosa, salivação bastante abundante, com formação de espuma branca ou avermelhada, incontinência fecal e inapetência por algumas horas. Nos quadros moderados, além dos sintomas anteriores, também podem ocorrer vômitos, depressão, fraqueza, ataxia ou incoordenação motora, midríase, prostração, sinais neurológicos, anormalidades do ritmo cardíaco, diarreia e micção espontânea. Nos casos graves, também podem estar presentes diarreia, dor abdominal, decúbito esternal, pupilas não responsivas à luz, agravamento das anormalidades no ritmo cardíaco, edema pulmonar, cianose, convulsões, nistagmo, opistótono, estupor e colapso, podendo ocorrer fibrilação ventricular e óbito. Outros sinais relatados com menor frequência são excitação, cifose, paralisia muscular progressiva e cegueira. Em gatos pode haver hipertermia. g. Acidentes com aranhas em animais = aranha marrom e aranha armadeira; Estudos revelaram a presença de diversas enzimas no veneno da Loxosceles spp., dentre as quais se destacam fosfolipase-D, hialuronidase e metaloproteases. As alterações cutâneas e viscerais observadas ocorrem devido a múltiplos fatores, envolvendo dano tecidual direto pelo veneno, injúria vascular secundária pela formação de microtrombos e liberação de enzimas pelos polimorfonucleares. A trombose da microvasculatura é provavelmente o evento inicial para a formação da ferida9. Por sua vez, a ação dos polimorfonucleares tem importância fundamental na inflamação e necrose observadas, uma vez que a depleção de seus componentes em cobaias inibiu hemorragia, infiltração de leucócitos e reduziu acentuadamente o edema no local de inoculação do veneno de Loxosceles. Baixado por Amanda Aguiar (amanda18carolina@gmail.com) lOMoARcPSD|44712745