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Desenvolvimento Humano 
 Aula 1 
 Período Sensório-Motor (0 - 2 anos) 
 Período sensório-motor (0-2 anos) 
 Estudante, nesta aula, adentrarmos na teoria de Jean Piaget, investigando as nuances do 
 desenvolvimento cognitivo. Aprofundaremos na sua teoria chamada epistemologia genética, 
 analisando os processos de construção do conhecimento humano. Iniciaremos pelo período 
 sensório-motor, estágio que é a base para as demais aprendizagens. Esses temas são 
 relevantes para a atuação docente e estarão presentes em toda a sua jornada profissional. 
 Junte-se a nós nesse percurso de descobertas e reflexões. 
 Ponto de Partida 
 Nesta aula, exploraremos conceitos propostos por Jean Piaget, centrando-nos na compreensão 
 do desenvolvimento cognitivo, destacando a relevância da Epistemologia Genética e do período 
 sensório-motor. A proposta é instigar reflexões sobre como esses elementos se entrelaçam, 
 moldando a construção do conhecimento desde os estágios iniciais. 
 Ao problematizar, questionamos como a teoria de Piaget se aplica no entendimento prático do 
 desenvolvimento infantil e como a Epistemologia Genética fornece a base para 
 compreendermos a evolução do pensamento humano. Aprofundaremos a análise no período 
 sensório-motor, desafiando você, estudante a conectar teoria e prática, identificando como 
 esses estágios influenciam a aprendizagem na infância. 
 Para contextualizar a sua aprendizagem, nesta aula analisaremos a seguinte situação: em um 
 berçário, você, como estagiário, observa que um bebê tem uma forte resposta de agarrar 
 objetos sempre que algo toca suas palmas. Ao mesmo tempo, parece não demonstrar 
 reconhecimento ou interesse visual por esses objetos. Sua tarefa será formular hipóteses sobre 
 o comportamento do bebê, considerando as características do período sensório-motor. 
 Nesta aula, você está convidado a mergulhar na perspectiva da aprendizagem enquanto 
 construção. Observe atentamente, pois cada ponto discutido terá implicações diretas em sua 
 prática profissional. O entendimento dessa teoria não só enriquecerá sua base teórica, mas 
 também abrirá portas para estratégias pedagógicas mais eficazes. Abrace este aprendizado, a 
 compreensão profunda desses temas se torna uma ferramenta essencial em sua jornada como 
 profissional da educação. Vamos iniciar essa jornada de descobertas e transformações! 
 Vamos começar! 
 Jean Piaget (1896-1980), apesar de ser bastante conhecido na área da Educação por suas 
 contribuições sobre desenvolvimento infantil e cognição, não era psicólogo nem pedagogo. 
 Piaget fez sua formação em Biologia e, por esse motivo, dedicou-se a submeter o processo de 
 aquisição do conhecimento pela criança a uma rigorosa observação científica. A abordagem 
 teórica criada por ele é denominada epistemologia genética porque é considerada uma teoria do 
 conhecimento focada no desenvolvimento natural da criança. 
 Ao estudar o raciocínio lógico-matemático, Piaget contribuiu enormemente com a educação. O 
 raciocínio lógico-matemático é um tipo de pensamento fundamental para a escola e para a vida, 
 que depende, no entanto, da estrutura de conhecimento da criança. Assim, não pode ser 
 ensinado como outras habilidades. 
 As propostas piagetianas demonstram que transmitir conhecimentos tem limitações. Desse 
 modo, uma criança é incapaz de aprender questões para as quais não possui condições de 
 absorção. Segundo Piaget, o conhecimento infantil acontece por meio de descobertas da própria 
 criança, é construído pelo próprio aluno e não pelo professor. Por isso, sua teoria inaugura o que 
 chamamos hoje de correntes construtivistas. 
 O conhecimento não pode ser concebido como algo pré-determinado nem nas estruturas 
 internas do sujeito porquanto estas resultam de uma construção efetiva e contínua, nem nas 
 características preexistentes do objeto, uma vez que elas só são conhecidas graças à mediação 
 necessária dessas estruturas, e que essas, ao enquadrá-las, enriquecem-nas. (PIAGET, 2007, 
 p. 1) 
 Em propostas construtivistas, o professor assume um papel de facilitador da aprendizagem, 
 incentivando o aluno para que chegue sozinho às suas conclusões. Por isso, o professor precisa 
 conhecer e compreender como se dá o desenvolvimento psicológico do aluno para utilizar os 
 métodos e procedimentos adequados. De acordo com Coll (1996), o construtivismo baliza-se em 
 três pressupostos: 
 1. O aluno é o responsável pela sua aprendizagem. 
 2. No ambiente escolar, o conhecimento que já foi elaborado deve ser reconstruído pelo 
 aluno. 
 3. O professor tem o papel de orientador no processo de reconstrução do conhecimento. 
 Nesse sentido, um conhecimento só pode ser verdadeiro se for construído e organizado pelo 
 indivíduo e não recebido de fora. O conhecimento é resultado de um processo causal em que os 
 indivíduos se adequam e se adaptam ao meio. O desenvolvimento intelectual, para Piaget, 
 ocorre do mesmo modo que o desenvolvimento biológico. 
 Os processos cognitivos não acontecem separados da adaptação do indivíduo ao meio, já que 
 se adaptar é uma tendência inerente a qualquer espécie. A organização do conhecimento é 
 considerada a habilidade para integrar estruturas físicas e psicológicas em sistemas coerentes 
 de funcionamento. Para se adaptar e se organizar intelectualmente, os indivíduos fazem uso de 
 estruturas e processos cognitivos denominados esquemas (Wadsworth, 1996). 
 Ao nascer, os bebês apresentam poucos esquemas, sendo que eles possuem natureza apenas 
 reflexa. À medida que se desenvolve, os esquemas da criança se tornam generalizados, 
 diferenciados e numerosos. Fica claro, portanto, que as crianças não possuem os mesmos tipos 
 de raciocínio que os adultos e atingem a maturidade psicológica gradualmente. A inserção de 
 valores, regras e símbolos para a criança ocorre por meio de dois mecanismos: assimilação e 
 acomodação. A assimilação consiste em incorporar objetos e conhecimentos sobre o mundo em 
 esquemas cognitivos já existentes. A acomodação, por sua vez, refere-se a modificações nos 
 esquemas que se dão por influência do meio externo. 
 ● Assimilação: incluir conhecimentos externos em esquemas cognitivos preexistentes. 
 ● Acomodação: modificar um esquema existente para incluir conhecimentos sobre o 
 mundo que não pertenciam a esse esquema anteriormente. 
 Como ocorrem, na prática, a assimilação e a acomodação? 
 Imagine uma criança que conhece como animais de quatro patas somente cachorros. O 
 esquema cognitivo para essa categoria de conhecimentos da criança seria algo como 
 “cachorros – quatro patas – au”. Certo dia, essa criança estava em uma fazenda e viu, pela 
 primeira vez na vida, uma vaca. A criança aponta para a vaca e diz para o pai: “Papai, au”. Esse 
 processo representa a assimilação. 
 O pai corrige a criança e explica que aquele animal é uma vaca e não um cachorro. Também 
 tem quatro patas, mas possui outras diferenças físicas e faz “muuuu” e não “au”. Assim, a 
 criança modifica o esquema cognitivo preexistente e organiza seu conhecimento em um 
 esquema diferente para incluir uma informação que ela não possuía antes: nem todos os 
 animais de quatro patas são cachorros. Esse processo representa a acomodação. 
 Um importante conceito da epistemologia genética é o egocentrismo. O egocentrismo significa 
 que a criança só consegue ver o mundo a partir do seu próprio ponto de vista, sem entender 
 ainda que outras pessoas têm visões do mundo diferentes dela. Esse conceito representa, 
 ainda, o caráter fantasioso e pouco lógico do raciocínio infantil. O desenvolvimento cognitivo da 
 criança implica em um abandono gradual do egocentrismo rumo ao raciocínio lógico. É por meio 
 do domínio da lógica que a criança adquire noções de responsabilidade individual, o que é 
 indispensável para sua autonomia moral. 
 Siga em frente... 
 Estágios de desenvolvimento - período sensório-motor 
 De acordo com Piaget, o desenvolvimento da cognição durante a infânciapassa por quatro 
 estágios, do nascimento à pré-adolescência. Somente após o último estágio é que se pode dizer 
 que o indivíduo atingiu sua capacidade de raciocínio plenamente. 
 Os quatro estágios do desenvolvimento propostos por Piaget são: 
 1. Sensório-motor (0 a 2 anos). 
 2. Pré-operacional (2 a 7 anos). 
 3. Operacional concreto (7 aos 11 ou 12 anos). 
 4. Operacional formal (12 anos em diante). 
 O primeiro estágio, denominado período sensório-motor, vai de 0 a 2 anos. Durante esse 
 período, as crianças adquirem a capacidade de administrar reflexos (ações reflexas) básicas 
 que geram ações prazerosas ou vantajosas. É um período anterior à aquisição de linguagem, no 
 qual o bebê desenvolve a percepção de si mesmo e dos objetos à sua volta. No início do 
 período sensório-motor, o recém-nascido constroi esquemas cognitivos por meio de reflexos 
 neurológicos básicos (sucção, movimento dos olhos, etc.). 
 O bebê precisa pegar e tocar nos objetos com as mãos, leva-os à boca para favorecer o reflexo 
 de sucção, vê e acompanha com os olhos tudo o que está diante de si. Aprimorando esses 
 esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo à boca. 
 Esse estágio do desenvolvimento é marcado pela construção prática das noções de tempo, 
 espaço, objeto e causalidade (Macedo, 1994). Lopes (1996) destaca que as noções de espaço e 
 tempo, durante esse período, são construídas por meio da ação, promovendo uma inteligência 
 essencialmente prática. No período sensório-motor, a criança conquista o mundo ao redor 
 mediante a percepção e os movimentos. 
 Os esquemas de ação referem-se às estruturas mentais que representam as atividades e 
 interações do bebê com o ambiente. Durante o período sensório-motor, esses esquemas são 
 construídos por meio das experiências sensoriais e motoras. Por exemplo, um bebê pode 
 desenvolver um esquema de "pegar" ao repetidamente agarrar objetos. Conforme a repetição e 
 a prática dessas ações, os esquemas de ação tornam-se mais complexos e adaptáveis, 
 formando a base para o desenvolvimento cognitivo subsequente. 
 Em suma, no período sensório-motor, as ações reflexas são proeminentes, representando 
 respostas automáticas, enquanto os esquemas de ação são gradualmente construídos através 
 da interação do bebê com o ambiente, fornecendo a base para a compreensão sensorial e 
 motora do mundo ao seu redor. 
 Vamos Exercitar? 
 Como apresentado no início da aula, imagine que você está trabalhando como estagiário em um 
 berçário, e seu supervisor pediu para observar e analisar o comportamento de bebês 
 recém-nascidos. Durante suas observações, você nota que um bebê tem uma forte resposta de 
 agarrar objetos sempre que algo toca suas palmas. No entanto, ao mesmo tempo, parece não 
 demonstrar reconhecimento ou interesse visual por esses objetos. Como estudante de 
 graduação, sua tarefa é formular hipóteses sobre o comportamento do bebê, considerando as 
 características do período sensório-motor. 
 ● Como você explicaria essa situação, levando em conta os conceitos de ações reflexas e 
 esquemas de ação? 
 ● Como isso pode influenciar o desenvolvimento cognitivo do bebê nesse estágio inicial? 
 Diante dessa situação, é possível inferir que o comportamento do bebê, caracterizado por uma 
 forte resposta de agarrar objetos ao tocar suas palmas, reflete a presença proeminente de 
 ações reflexas típicas do período sensório-motor. No entanto, a aparente falta de 
 reconhecimento visual ou interesse nos objetos pode indicar uma limitação na coordenação 
 sensorial-motora. 
 Uma explicação possível é que o bebê está focado principalmente em respostas motoras 
 automáticas, representando uma ação reflexa de agarrar ao sentir contato nas palmas. No 
 estágio sensório-motor, as experiências sensoriais são fundamentais, mas a coordenação 
 completa entre diferentes aspectos sensoriais pode ainda estar em desenvolvimento. 
 Como estudante, você poderia sugerir que o bebê está no início do processo de construção de 
 esquemas de ação. Embora as ações reflexas estejam presentes, a integração completa entre 
 essas ações e o reconhecimento visual pode exigir mais tempo e experiência. Isso destaca a 
 importância de fornecer estímulos sensoriais variados e oportunidades para a exploração, 
 promovendo o desenvolvimento cognitivo no período sensório-motor. 
 Portanto, como parte de sua análise, você pode recomendar estratégias para enriquecer o 
 ambiente do bebê com estímulos visuais, incentivando a coordenação entre ações reflexas e a 
 percepção visual, contribuindo assim para um desenvolvimento mais abrangente durante o 
 período sensório-motor. 
 Aula 2 
 Período Pré-operatório (2 - 7 anos) 
 Período pré-operatório (2-7 anos) 
 Saudações, estudante! Esta aula é dedicada ao período pré-operacional e suas características, 
 como o surgimento da linguagem, o jogo simbólico e o pensamento reversível. Esses temas são 
 fundamentais para compreender o desenvolvimento cognitivo a partir da epistemologia genética. 
 Esteja preparado para embarcar nessa jornada de conhecimento e aprimorar suas 
 competências profissionais. 
 Ponto de Partida 
 Nesta aula, vamos explorar conceitos essenciais do desenvolvimento infantil, como o período 
 pré-operacional, o surgimento da linguagem, o jogo simbólico e o pensamento reversível. Esses 
 temas são fundamentais para quem atua na educação e no cuidado infantil. 
 Ao investigarmos o período pré-operacional, vamos entender como as crianças entre 2 e 7 anos 
 pensam, destacando a curiosidade intensa e a importância do jogo simbólico. A linguagem 
 desempenha um papel central, moldando não apenas a comunicação, mas também o 
 desenvolvimento cognitivo infantil. 
 O jogo simbólico será analisado como uma ferramenta valiosa para entender como as crianças 
 interpretam o mundo ao seu redor. Além disso, exploraremos o pensamento reversível, 
 compreendendo como as crianças desenvolvem a habilidade de considerar diferentes 
 perspectivas. 
 O jogo simbólico será analisado como uma ferramenta valiosa para entender como as crianças 
 interpretam o mundo ao seu redor. Além disso, exploraremos o pensamento reversível, 
 capacidade que amplia as possibilidades de interação do sujeito com os objetos de 
 conhecimento, por viabilizar que ações sejam revertidas mentalmente, desenvolvendo a 
 habilidade de considerar diferentes perspectivas. 
 Nosso foco será na aplicação prática desses conhecimentos na sua atuação profissional. Como 
 educadores, como podemos usar esses conceitos para melhorar nossas práticas pedagógicas? 
 Como o entendimento do jogo simbólico e do pensamento reversível pode influenciar na criação 
 de ambientes educacionais mais eficazes? 
 Fique atento a essas questões, pois serão a base de nossa discussão. Cada tópico explorado é 
 uma peça fundamental para compreender o desenvolvimento infantil e contribuirá muito para 
 sua prática profissional. 
 Convido você a se juntar a nós nessa jornada de aprendizado. Esse conhecimento não só 
 ampliará suas bases teóricas, mas também terá um impacto prático em suas interações diárias 
 com as crianças. Estamos animados para explorar esses conceitos juntos, inspirando práticas 
 educacionais mais enriquecedoras. Vamos lá! 
 Vamos começar! 
 No contexto do desenvolvimento humano, é importante reconhecer que a criança não é 
 simplesmente uma versão reduzida do adulto, mas sim apresenta características distintas de 
 sua faixa etária (Bock et al ., 2023). A compreensão dessa distinção é fundamental para a 
 apreciação da importância do estudo do desenvolvimento humano, conforme indicado por 
 estudos e pesquisas de Piaget (Bock et al ., 2023). 
 Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma faixa 
 etária, permitindo-nos reconhecer as individualidades, o que nos torna mais aptos para a 
 observação e a interpretação dos comportamentos. 
 Todos essesaspectos têm importância para a Educação, tanto a escolar como a familiar. 
 Planejar o que e como ensinar implica saber quem é o educando. Por exemplo, a linguagem que 
 usamos com uma criança de 4 anos não é a mesma que usamos com um adolescente de 14 
 anos. Reconhecer como “próprias da idade” algumas manifestações de crianças, jovens, adultos 
 ou idosos também nos ajuda nas relações vividas no grupo familiar e educação de todos. 
 Finalmente, estudar o desenvolvimento humano significa descobrir que ele é determinado pela 
 interação contínua de vários fatores. 
 Segundo Bock et al. (2023) vários fatores indissociáveis e em permanente interação afetam 
 todos os aspectos do desenvolvimento. São eles: 
 ● Hereditariedade: a carga genética estabelece o potencial do indivíduo, que pode ou não 
 se desenvolver. Existem pesquisas que comprovam os aspectos genéticos da 
 inteligência, no entanto, a inteligência pode desenvolver-se aquém ou além do seu 
 potencial, dependendo das condições do meio. 
 ● Crescimento orgânico: refere-se ao aspecto físico. O aumento de altura e a 
 estabilização do esqueleto permitem ao indivíduo comportamentos e um domínio do 
 mundo que antes não existiam. Pense nas possibilidades de descobertas de uma 
 criança, quando começa a engatinhar e depois a andar em relação à quando estava no 
 berço com alguns dias de vida. 
 ● Maturação neurofisiológica: é o que torna possível determinado padrão de 
 comportamento. A alfabetização das crianças, por exemplo, depende dessa maturação. 
 Para segurar o lápis e manejá-lo, é necessário um desenvolvimento neurológico que 
 uma criança entre 2 e 3 anos não tem. Há maneiras de perceber, compreender e se 
 comportar diante do mundo, próprias de cada faixa etária. 
 ● Meio: o conjunto de influências e estimulações ambientais altera os padrões de 
 comportamento do indivíduo. Por exemplo, se a estimulação verbal for muito intensa, 
 uma criança de 3 anos pode ter um repertório verbal muito maior do que a média das 
 crianças de sua idade, mas, ao mesmo tempo, pode não subir e descer uma escada 
 com facilidade se essa situação não fez parte de sua experiência de vida. 
 ● Relações sociais: as relações vividas pelas pessoas (que poderiam estar incluídas no 
 item anterior) devem ser destacadas pela importância e pelo peso que esse fator tem no 
 desenvolvimento. Sabemos, hoje, graças a muitas pesquisas que se realizam no campo 
 do desenvolvimento, que a forma como as pessoas se relacionam (por exemplo, se há 
 hábito de leitura no grupo familiar; se há espaço para conversar sobre o cotidiano da 
 escola ou outras experiências das crianças) pode ter grande influência no 
 desenvolvimento. 
 ● Cultura: os rituais, crenças, formas de comportamento, valores e objetos de estimulação 
 de determinada cultura formam o conjunto decisivo para o desenvolvimento do ser 
 humano. O tipo de cultura constituída e consolidada em um grupo social carrega formas 
 de pensar, de falar e de agir que influenciam o desenvolvimento do ser humano, sua 
 trajetória e formas (Bock et al ., 2023, p. 73). 
 Lembre-se que o desenvolvimento humano deve ser entendido como uma totalidade, mas 
 frequentemente é explorado a partir de quatro aspectos básicos: 
 ● Aspecto físico-motor: refere-se ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, 
 à capacidade de manipulação de objetos e de exercício do próprio corpo. Exemplo: uma 
 criança leva a chupeta à boca ou consegue tomar a mamadeira sozinha por volta dos 7 
 meses, porque já coordena os movimentos das mãos. 
 ● Aspecto intelectual: é a capacidade de pensamento, raciocínio. Por exemplo, uma 
 criança de 2 anos que usa um cabo de vassoura para puxar um brinquedo que está 
 embaixo de um móvel ou um jovem que planeja seus gastos a partir de sua mesada ou 
 salário. 
 ● Aspecto afetivo-emocional: é o modo particular de o indivíduo integrar as suas 
 experiências. É o sentir. A sexualidade faz parte desse aspecto. Exemplos: a vergonha 
 que sentimos em algumas situações, o medo em outras, a alegria de rever um amigo 
 querido. 
 ● Aspecto social: é a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem 
 outras pessoas. Por exemplo, em um grupo de crianças, no parque, é possível observar 
 que algumas buscam espontaneamente outras para brincar, enquanto algumas 
 permanecem sozinhas (Bock et al ., 2023, p. 74). 
 Se analisarmos melhor cada um desses exemplos, descobriremos que todos os outros aspectos 
 estão presentes em cada um dos casos. E é sempre assim. Não é possível encontrar um 
 exemplo “puro”, porque todos os aspectos se relacionam permanentemente. Por exemplo, uma 
 criança tem dificuldades de aprendizagem e repete o ano, vai se tornando cada vez mais 
 “tímida” ou “agressiva”, com poucos amigos. Um dia, descobre-se que as dificuldades tinham 
 origem em uma deficiência auditiva. Quando isso é corrigido, todo o quadro se reverte. A história 
 pode também não ter um final feliz se os danos forem graves. 
 Todas as teorias do desenvolvimento humano partem do pressuposto de que esses quatro 
 aspectos são indissociáveis, mas elas podem enfatizar aspectos diferentes, ou seja, estudar o 
 desenvolvimento global a partir da ênfase em um dos aspectos. A Psicanálise, por exemplo, 
 estuda o desenvolvimento a partir do aspecto afetivo-emocional, isto é, do desenvolvimento da 
 sexualidade. Jean Piaget enfatiza o desenvolvimento intelectual, vamos aprender sobre mais um 
 dos estágios de desenvolvimento a seguir. 
 Siga em frente... 
 Período pré-operatório (2 a 7 anos) 
 Nesse período, também chamado de primeira infância, o mais importante é o aparecimento da 
 linguagem, que provocará modificações nos aspectos intelectual, afetivo e social da criança. 
 A interação e a comunicação entre os indivíduos são, sem dúvida, as consequências mais 
 evidentes da linguagem. Com a palavra, há possibilidade de exteriorização da vida interior e, 
 portanto, a possibilidade de corrigir ações futuras. A criança já antecipa o que vai fazer. 
 Como decorrência do aparecimento da linguagem, o desenvolvimento do pensamento se 
 acelera. No início do período, o pensamento exclui toda a objetividade, a criança transforma o 
 real em função dos seus desejos e fantasias (jogo simbólico); posteriormente, utiliza-o como 
 referencial para explicar o mundo real, a sua própria atividade, seu eu e suas leis morais; no 
 final do período, passa a procurar a razão causal e finalista de tudo (é a fase dos famosos 
 “porquês”). É um pensamento mais adaptado ao outro e ao real. 
 Como surgem várias novas capacidades, muitas vezes nesse período ocorre a superestimação 
 da capacidade da criança. É importante ter claro que grande parte do seu repertório verbal é 
 usado de forma imitativa, sem que ela domine o significado das palavras. A criança tem 
 dificuldades de reconhecer a ordem em que mais de dois ou três eventos ocorrem e não possui 
 o conceito de número. (Bock et al., 2023, p. 75) 
 A interação e a comunicação entre os indivíduos são as consequências mais evidentes da 
 linguagem. 
 Por ainda estar centrada em si mesma, ocorre uma primazia do próprio ponto de vista, o que 
 torna impossível o trabalho em grupo. Essa dificuldade se mantém ao longo do período, na 
 medida em que a criança não consegue se colocar sob o ponto de vista do outro. 
 No aspecto afetivo, surgem os sentimentos interindividuais, sendo um dos mais relevantes o 
 respeito que a criança nutre pelos indivíduos que julga superiores a ela, como pais e 
 professores. É um misto de amor e temor. Seus sentimentos morais refletem essa relação com 
 os adultos significativos – a moral da obediência –, em que o critério de bem e mal é a vontade 
 dos adultos. 
 Com relação às regras, mesmo nas brincadeiras, concebe-as como imutáveis e determinadas 
 externamente. Mais tarde, adquire uma noção mais elaborada de regra, compreendendo-a como 
 necessária para organizar a brincadeira, porém não a discute.Com o domínio ampliado do mundo, seu interesse pelas diferentes atividades e objetos se 
 multiplica, diferencia e regulariza, isto é, torna-se estável. A partir desse interesse, surge uma 
 escala de valores própria da criança, que passa a avaliar suas próprias ações a partir dessa 
 escala. 
 Segundo Bock et al . (2023), é importante ainda considerar que, nesse período, a maturação 
 neurofisiológica completa-se, permitindo o desenvolvimento de novas habilidades, como a 
 coordenação motora fina – pegar pequenos objetos com as pontas dos dedos, segurar o lápis 
 corretamente e conseguir fazer os delicados movimentos exigidos pela escrita. 
 Vamos Exercitar? 
 Durante nossa aula, consideramos duas problematizações importantes para os educadores: 
 Como podemos utilizar os conceitos apresentados para aprimorar nossas práticas pedagógicas? 
 E de que maneira o entendimento do jogo simbólico e do pensamento reversível pode 
 influenciar na criação de ambientes educacionais mais eficazes? 
 Em relação à primeira questão, discutimos o período pré-operacional, o surgimento da 
 linguagem, o jogo simbólico e o pensamento reversível. Compreender o pensamento das 
 crianças nessa fase, marcado pela curiosidade intensa e pelo jogo simbólico, nos permite 
 personalizar abordagens de ensino, tornando-as mais envolventes e eficazes. A aplicação 
 prática desses conhecimentos pode envolver atividades que estimulem a expressão simbólica, 
 promovendo o desenvolvimento cognitivo e linguístico das crianças. 
 Quanto à segunda problematização, o jogo simbólico e o pensamento reversível podem ser 
 elementos-chave na criação de ambientes educacionais mais eficazes. Ao reconhecer o valor do 
 jogo simbólico, os educadores podem criar espaços que incentivem a criatividade e a expressão 
 individual. Além disso, o entendimento do pensamento reversível nos permite projetar atividades 
 que estimulem a reflexão e a consideração de diferentes perspectivas, promovendo habilidades 
 cognitivas e sociais. 
 Para além das discussões realizadas, Convido você, estudante, a refletir sobre como adaptar 
 essas estratégias à sua realidade específica . Cada ambiente educacional é único, e a 
 flexibilidade na aplicação desses conceitos pode ser uma ferramenta poderosa para enfrentar 
 desafios específicos. 
 Em suma, exploramos possibilidades para aprimorar práticas pedagógicas e criar ambientes 
 educacionais mais eficazes, destacando a importância de uma abordagem personalizada e 
 flexível sobre essas possibilidades e aplicando-as em sua jornada profissional. Que esta aula 
 inspire ações concretas para um ambiente educacional mais enriquecedor e inclusivo. 
 Aula 3 
 Período Operatório-concreto (7 - 11 ou 12 anos) 
 Período operatório-concreto (7-11 ou 12 anos) 
 Olá, estudante! Na próxima videoaula, exploraremos conceitos fundamentais em psicologia do 
 desenvolvimento: lógica, reversibilidade e conservação, segundo Piaget. Entender esses 
 elementos é essencial para aprimorar sua prática profissional na educação. Acompanhe essa 
 jornada de descoberta e fortaleça suas habilidades pedagógicas. 
 Ponto de Partida 
 Na aula de hoje, mergulharemos nos fascinantes conceitos propostos por Jean Piaget, focando 
 em lógica, reversibilidade e conservação. Esses pilares do desenvolvimento cognitivo infantil 
 são fundamentais para compreendermos como as crianças constroem o conhecimento sobre o 
 mundo ao seu redor. 
 Exploraremos a lógica na perspectiva de Piaget, compreendendo como as crianças 
 desenvolvem padrões de raciocínio ao longo das diferentes fases do desenvolvimento. A 
 reversibilidade, por sua vez, nos levará a refletir sobre a capacidade da criança de entender que 
 certas operações podem ser desfeitas ou revertidas, um marco crucial no desenvolvimento 
 cognitivo. 
 A conservação, conceito central em Piaget, será abordada em diferentes contextos, desde a 
 conservação de quantidade até a conservação de volume. Entender como as crianças adquirem 
 essa noção de permanência de características físicas é essencial para orientar práticas 
 educacionais mais eficazes. 
 A problematização que guiará nossas discussões hoje é: como podemos aplicar esses conceitos 
 de lógica, reversibilidade e conservação em nossas abordagens pedagógicas? Como 
 educadores, de que forma podemos estimular o desenvolvimento cognitivo infantil, levando em 
 consideração as fases propostas por Piaget? 
 Convido você, estudante, a estar atento a esses pontos-chave durante a aula, pois serão 
 fundamentais para responder a essas problematizações. Cada tópico abordado contribuirá não 
 apenas para sua compreensão teórica, mas também para a aplicação prática em seu cotidiano 
 profissional. 
 Ao final, quero motivá-lo a mergulhar nesse aprendizado. Entender como as crianças constroem 
 o conhecimento é uma ferramenta poderosa para aprimorar suas práticas educacionais. Aplique 
 esses conceitos de forma criativa e adaptativa e você verá como podem transformar a dinâmica 
 da aprendizagem. Estamos prontos para iniciar essa jornada educacional! Vamos lá! 
 Vamos começar! 
 Período operatório-concreto (7-11/12 anos) 
 O desenvolvimento mental, caracterizado no período anterior pelo egocentrismo intelectual e 
 social, é superado nesse período pelo início da construção lógica – capacidade da criança de 
 estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes. Esses pontos 
 de vista podem referir-se a pessoas diferentes ou à própria criança, que “vê” um objeto ou uma 
 situação com aspectos diferentes e até conflitantes. Ela consegue coordenar esses pontos de 
 vista e integrá-los de modo lógico e coerente. 
 No plano afetivo, isto significa que ela será capaz de cooperar com os outros, de trabalhar em 
 grupo e, ao mesmo tempo, de ter autonomia pessoal. 
 No plano intelectual, o que possibilitará isso é o surgimento de uma nova capacidade mental 
 da criança: as operações. Ela consegue realizar uma ação física ou mental dirigida para um fim 
 (objetivo) e revertê-la para o seu início. Em um jogo de quebra-cabeça, próprio para a idade, ela 
 consegue, na metade do jogo, descobrir um erro, desmanchar uma parte e recomeçar de onde 
 corrigiu, terminando de montá-lo. As operações sempre se referem a objetos concretos 
 presentes ou já experimentados. 
 Outra característica desse período é que a criança consegue exercer suas habilidades e 
 capacidades a partir de objetos reais, concretos. Portanto, mesmo a capacidade de reflexão que 
 se inicia – pensar antes de agir, considerar os vários pontos de vista simultaneamente, 
 recuperar o passado e antecipar o futuro – é exercida a partir de situações presentes ou 
 passadas, vivenciadas pela criança. 
 No nível do pensamento, a criança consegue: estabelecer corretamente as relações de causa e 
 efeito e de meio e fim; sequenciar ideias ou eventos; trabalhar com ideias sob dois pontos de 
 vista, simultaneamente; formar o conceito de número (no início do período, sua noção de 
 número está vinculada a uma correspondência com o objeto concreto). 
 A noção de conservação da substância do objeto (comprimento e quantidade) surge no início do 
 período; por volta dos 9 anos, surge a noção de conservação de peso; e, ao final do período, a 
 noção de conservação do volume. Por exemplo: 
 ● Início do período (3-4 anos): conservação do comprimento e quantidade 
 Imagine que uma criança tem duas bolinhas de massa de modelar, uma em cada mão. 
 As bolinhas são do mesmo tamanho. A criança observa enquanto você rola uma das 
 bolinhas para formar uma "minhoca" comprida. Agora, pergunte à criança se as duas 
 bolinhas têm a mesma quantidade de massa. No início do período, é provável que a 
 criança acredite que a "minhoca" tem mais massa, devido à sua aparência mais longa. 
 ● Por volta dos 9 anos: conservação de peso 
 Agora, avançamos para uma criança mais velha, por volta dos 9 anos. Dê a ela duas 
 caixas idênticas, uma contendo algodão e outra contendochumbo. Ambas as caixas 
 pesam o mesmo. Despeje o algodão de uma caixa para outra, mantendo o chumbo na 
 mesma caixa. Pergunte à criança se as caixas ainda têm o mesmo peso. Nessa fase, a 
 criança deve compreender que o peso permanece constante, independentemente da 
 distribuição do material dentro das caixas. 
 ● Final do período (11-12 anos): conservação do volume 
 Agora, imagine uma situação em que você tem dois copos idênticos. Despeje água de 
 um copo para um copo mais largo e mais baixo. Pergunte à criança se há mais ou 
 menos água agora. No final do período, a criança deve ser capaz de compreender que o 
 volume da água permanece o mesmo, mesmo que a forma do recipiente tenha mudado. 
 Esses exemplos ilustram a progressão no desenvolvimento da noção de conservação ao longo 
 do período, destacando as diferentes fases nas quais as crianças começam a compreender a 
 conservação de diferentes propriedades. 
 Siga em frente... 
 Ainda durante o período operatório-concreto, no aspecto afetivo, ocorre o aparecimento da 
 vontade como qualidade superior e que atua quando há conflitos de tendências ou intenções 
 (entre o dever e o prazer, por exemplo). A criança adquire uma autonomia crescente em relação 
 ao adulto, passando a organizar seus próprios valores morais. 
 Os novos sentimentos morais característicos desse período são: o respeito mútuo, a 
 honestidade, o companheirismo e a justiça, que considera a intenção na ação. Por exemplo, se 
 a criança quebra o vaso da mãe, ela acha que não deve ser punida se isso ocorreu 
 acidentalmente. O grupo de colegas satisfaz, progressivamente, as necessidades de segurança 
 e afeto. (Bock et al., 2023, p. 73) 
 Nesse sentido, o sentimento de pertencer ao grupo de colegas torna-se cada vez mais forte. As 
 crianças escolhem seus amigos, indistintamente, entre meninos e meninas, sendo que, no final 
 do período, o agrupamento com o sexo oposto diminui. 
 Esse fortalecimento do grupo traz a seguinte implicação: a criança, que no início do período 
 ainda considerava bastante as opiniões e ideias dos adultos, no final passa a “enfrentá-los”. 
 A cooperação é uma capacidade que vai se desenvolvendo ao longo do período e será um 
 facilitador do trabalho em grupo, que se torna cada vez mais absorvente para as crianças. Elas 
 passam a elaborar formas próprias de organização grupal, em que regras e normas são 
 concebidas como válidas e verdadeiras, desde que todos as adotem e sejam a expressão de 
 uma vontade de todos. Portanto, novas regras podem surgir a partir da necessidade e de um 
 “acordo” entre as crianças. 
 A criança adquire uma autonomia crescente em relação ao adulto, passando a organizar seus 
 próprios valores morais. 
 Vamos Exercitar? 
 Durante nossa aula, tivemos o propósito de explorar esta problematização: como aplicar os 
 conceitos de lógica, reversibilidade e conservação em nossas abordagens pedagógicas, 
 considerando as fases propostas por Piaget? 
 Relacionando essa questão aos conteúdos abordados, destacamos que compreender a lógica e 
 a capacidade de reversibilidade nas diferentes fases do desenvolvimento cognitivo é crucial. 
 Para estimular o desenvolvimento, sugerimos estratégias adaptativas. Por exemplo, ao trabalhar 
 com lógica, é fundamental adequar desafios às habilidades cognitivas da criança em cada 
 estágio, proporcionando experiências desafiadoras, mas alcançáveis. 
 A reversibilidade diz respeito à capacidade de retornar mentalmente uma operação, ou seja, ser 
 capaz de revertê-la. Por exemplo, uma criança sem o pensamento reversível, não irá concluir 
 que a distância da cidade A para a cidade B é a mesma distância da cidade B para a cidade A. 
 A conservação, abordada em suas várias formas, como quantidade e volume, requer uma 
 abordagem sensível às percepções infantis. Ao aplicar esses conceitos, educadores podem criar 
 atividades que envolvam manipulação e experimentação, favorecendo a compreensão gradual 
 da permanência de características físicas. 
 A reflexão sobre possibilidades adicionais de resolução recai na individualidade de cada aluno. 
 Como educador, a observação atenta das características cognitivas específicas de cada criança 
 permite adaptações personalizadas. Além disso, a colaboração com outros profissionais da 
 educação e a busca por atualizações constantes enriquecem a bagagem pedagógica. 
 Encerrando a aula, convido você, estudante, a refletir sobre como esses conceitos 
 transformarão sua prática pedagógica. A aplicação flexível desses princípios em seu cotidiano 
 não apenas aprimora o processo de aprendizagem, mas também moldará um ambiente 
 educacional mais enriquecedor. A jornada de estímulo ao desenvolvimento cognitivo infantil é 
 desafiadora, porém gratificante. Continue explorando e aplicando esses conhecimentos para um 
 futuro educacional mais vibrante. Até a próxima aula! 
 Saiba Mais 
 Jean Piaget apresenta uma proposta construtivista, que busca compreender o desenvolvimento 
 do indivíduo. Seus estudos tiveram grandes reflexos para o campo da Educação, apesar da 
 intenção de Piaget não ter propriamente formulado uma teoria sobre aprendizagem. Sendo 
 assim, o propósito do artigo a seguir é tecer algumas considerações sobre as concepções do 
 método psicogenético de Piaget, concentrando-se principalmente no período operatório 
 concreto, que compreende a faixa etária de 7 a 12 anos. 
 Aula 4 
 Período das Operações Formais (11 - 12 anos em diante) 
 Ponto de Partida 
 1. Estudante, até agora você já aprendeu sobre diversos aspectos do desenvolvimento 
 segundo Piaget. Nesta aula, exploraremos três elementos para entendermos o 
 desenvolvimento humano. Inicialmente, abordaremos a transição do pensamento 
 concreto para o abstrato, um marco significativo no crescimento cognitivo. 
 Em seguida, vamos explorar o aspecto afetivo, reconhecendo sua relevância na formação 
 integral do indivíduo. Analisaremos como as emoções moldam a aprendizagem e a interação 
 social, promovendo um ambiente educacional mais enriquecedor. Finalmente, dedicaremos 
 nossa atenção aos estágios do desenvolvimento moral propostos por Jean Piaget. 
 Para conduzir nossas reflexões, iremos partir das seguintes questões norteadoras: Como o 
 conhecimento do professor acerca da compreensão da transição do pensamento concreto para 
 o abstrato impacta o trabalho pedagógico? De que forma o aspecto afetivo impacta no processo 
 educacional? E como a teoria dos estágios morais de Piaget pode guiar decisões éticas no 
 cotidiano profissional? 
 Portanto, estudante, faça a leitura do material, assista às aulas e dedique-se ao máximo. Vamos 
 juntos explorar esses conceitos e transformá-los em prática, impulsionando seu crescimento e 
 impacto na educação. O aprendizado começa agora! 
 Vamos começar! 
 Até agora, você já aprendeu sobre as principais características do desenvolvimento segundo 
 Piaget, aprendeu que a inteligência é uma construção, por isso essa vertente teórica é chamada 
 de construtivismo. Escolas construtivistas valorizam a ação dos estudantes, visto que o 
 aprendizado é uma construção individual. O professor enquanto facilitador irá organizar 
 situações que propiciem construções e consequentemente a aprendizagem. Agora, vamos 
 explorar o período das operações formais. 
 Período operatório-formal (a adolescência – 11 ou 12 anos em 
 diante) 
 Segundo Bock et al. (2023, p. 74), nesse período, ocorre a “passagem do pensamento concreto 
 para o pensamento formal, abstrato, isto é, o adolescente realiza as operações no plano das 
 ideias, sem necessitar de manipulação ou referências concretas, como no período anterior”. Ele 
 é capaz de lidar com conceitos como liberdade, justiça, etc. 
 Aos poucos o adolescente domina, progressivamente, a capacidade de abstrair e generalizar; 
 cria teorias sobre o mundo, principalmente sobre aspectos que gostaria de reformular.Isso é 
 possível graças à capacidade de reflexão espontânea que, cada vez mais afastada do real, é 
 capaz de tirar conclusões de puras hipóteses. 
 O livre exercício da reflexão permite ao adolescente, inicialmente, “submeter” o mundo real aos 
 sistemas e teorias que o seu pensamento é capaz de criar. Isso vai se atenuando de forma 
 crescente, por meio da reconciliação do pensamento com a realidade, até ficar claro que a 
 função da reflexão não é contradizer, mas se adiantar e interpretar a experiência. (Bock et al, 
 2023, p. 75) 
 Mas é interessante observar que do ponto de vista de suas relações sociais também ocorre o 
 processo caracterizado, inicialmente, por uma “fase de interiorização, em que aparentemente é 
 antissocial”. Ele se afasta da família, não aceita conselhos dos adultos; mas, na realidade, o 
 alvo de sua reflexão é a sociedade, sempre analisada como passível de ser reformada e 
 transformada. Posteriormente, atinge o equilíbrio entre pensamento e realidade, quando 
 compreende a importância da reflexão para a sua ação sobre o mundo real. Por exemplo, no 
 início do período, o adolescente que tem dificuldades na disciplina de Matemática pode propor 
 sua retirada do currículo e, depois, pode propor soluções mais viáveis e adequadas, que 
 considerem as exigências sociais (Bock et al ., 2023). 
 Conforme Bock et al . (2023) enfatiza que, no aspecto afetivo, o adolescente vive conflitos. 
 Deseja libertar-se do adulto, mas ainda depende dele. Desejo ser aceito pelos amigos e pelos 
 adultos. O grupo de amigos é um importante referencial para o jovem, determinando o 
 vocabulário, as vestimentas e outros aspectos de seu comportamento. Começa a estabelecer 
 sua moral individual, que é referenciada à moral do grupo. 
 Os interesses do adolescente são diversos e mutáveis, sendo que a estabilidade chega com a 
 proximidade da idade adulta. 
 De acordo com Piaget, a personalidade começa a se formar no final da infância, entre 8 e 12 
 anos, com a organização autônoma das regras, dos valores e a afirmação da vontade. Esses 
 aspectos subordinam-se em um sistema único e pessoal e vão se exteriorizar na construção de 
 um projeto de vida, que vai nortear o indivíduo em sua adaptação ativa à realidade, por meio de 
 sua inserção no mundo do trabalho ou na preparação para ele. É quando ocorre um equilíbrio 
 entre o real e os ideais do indivíduo, isto é, de revolucionário, no plano das ideias, ele se torna 
 transformador, no plano da ação (Bock et al ., 2023). 
 Em nossa cultura, em determinadas classes sociais que “protegem” a infância e a juventude, a 
 prorrogação do período da adolescência é cada vez maior, caracterizando-se por uma 
 dependência em relação aos pais e uma postergação do período em que o indivíduo vai se 
 tornar socialmente produtivo e, portanto, entrará na idade adulta. 
 Na idade adulta, não surge nenhuma nova estrutura mental, e o indivíduo caminha então para 
 um aumento gradual do desenvolvimento cognitivo, em profundidade, e uma maior 
 compreensão dos problemas e das realidades significativas que o atingem. Isso influencia os 
 conteúdos afetivo-emocionais e sua forma de estar no mundo. (Bock et al., 2023, p. 75) 
 No século XX, dois indicadores usados para marcar a entrada na vida adulta são: o ingresso no 
 mundo do trabalho e a constituição de uma nova família. Jean Piaget usa essa referência. Por 
 um lado, “as restrições para a entrada no mercado de trabalho associadas à ausência de vagas 
 para incorporar a juventude e as exigências de qualificação cada vez maiores”; por outro lado, 
 as mudanças na constituição da família e sua substituição por associações ou grupos de 
 pertencimento equivalentes – ao lado de outros aspectos como os novos padrões de relações 
 amorosas – problematizam de modo radical o uso mecânico desses indicadores (Bock et al ., 
 2023, p. 75). 
 Siga em frente... 
 Desenvolvimento da moralidade 
 O juízo moral na criança é um livro clássico escrito por Jean Piaget, publicado originalmente em 
 francês em 1932. Neste trabalho, Piaget examina o desenvolvimento da moralidade infantil, 
 fornecendo uma visão valiosa sobre como as crianças constroem seu entendimento moral ao 
 longo do tempo. 
 O livro baseia-se nas observações e nos experimentos conduzidos por Piaget ao longo de sua 
 carreira, nos quais ele investigou como as crianças raciocinam e tomam decisões morais em 
 diferentes idades. Piaget propõe uma teoria do desenvolvimento moral que destaca os estágios 
 pelos quais as crianças passam ao formar seu juízo moral. 
 Piaget identifica dois estágios principais no desenvolvimento moral da criança: 
 1. Moralidade heterônoma 
 Este estágio, também conhecido como moralidade pré-operatória, é caracterizado por 
 uma visão de regras como absolutas e impostas por autoridades externas. As crianças 
 neste estágio têm dificuldade em considerar perspectivas diferentes e frequentemente 
 acreditam que a punição é inevitável, independentemente das intenções por trás de uma 
 ação. 
 Um exemplo clássico da moralidade heterônoma, conforme proposto por Jean Piaget, 
 pode ser observado em situações em que crianças entre 4 e 7 anos veem as regras 
 como absolutas e impostas por figuras de autoridade, sem levar em consideração as 
 intenções por trás das ações. 
 Considere uma situação em que duas crianças estão brincando juntas e uma delas 
 acidentalmente derruba um brinquedo do amigo. Se uma criança estiver no estágio da 
 moralidade heterônoma, ela pode acreditar que a ação é automaticamente má, 
 independentemente de a outra criança ter ou não a intenção de derrubar o brinquedo. 
 Nesse estágio, a criança pode achar difícil considerar as circunstâncias ou entender que 
 o derramamento do brinquedo pode ter sido um acidente. 
 Nesse exemplo, a moralidade heterônoma se manifesta na visão rígida das regras, onde 
 as ações são avaliadas com base em uma percepção simples de certo ou errado, sem 
 considerar nuances ou intenções. Essa fase do desenvolvimento moral é caracterizada 
 por uma compreensão limitada das normas sociais, uma vez que as crianças ainda 
 estão internalizando as regras e tendem a vê-las como absolutas e inquestionáveis. 
 2. Moralidade autônoma 
 No estágio autônomo, as crianças desenvolvem uma compreensão mais sofisticada das 
 regras morais. Elas reconhecem que as regras podem ser alteradas e negociadas 
 através do acordo mútuo. Além disso, começam a levar em conta as intenções e as 
 circunstâncias ao fazer julgamentos morais. 
 Piaget aborda questões como o papel do jogo na formação do juízo moral, destacando como as 
 interações sociais e as experiências práticas contribuem para o desenvolvimento moral das 
 crianças. Ele também discute as limitações do pensamento moral em idades específicas e como 
 o raciocínio moral se torna mais sofisticado com o tempo. 
 Ao longo do livro, Piaget enfatiza a importância do desenvolvimento cognitivo na construção do 
 juízo moral. Ele argumenta que as mudanças na forma como as crianças pensam e 
 compreendem o mundo ao seu redor são fundamentais para o progresso moral. 
 O juízo moral na criança é uma obra que influenciou significativamente a psicologia do 
 desenvolvimento e continua a ser referência para estudiosos interessados na compreensão da 
 evolução do pensamento moral infantil. 
 Vamos Exercitar? 
 A problematização apresentada aborda três questões interconectadas: o conhecimento do 
 professor sobre a transição do pensamento concreto para o abstrato, o impacto do aspecto 
 afetivo no processo educacional e a aplicação da teoria dos estágios morais de Piaget para 
 orientar decisões éticas no cotidiano profissional. 
 Em relação à compreensão da transição do pensamento concreto para o abstrato, o professor 
 deve considerar como os alunos desenvolvem a capacidade de raciocínio abstrato em diferentes 
 estágios. Isso implica ajustar métodos de ensino e materiais didáticos de acordo com as 
 necessidades cognitivas dos alunos,proporcionando um ambiente que favoreça a transição 
 suave entre esses modos de pensamento. 
 No que diz respeito ao aspecto afetivo, é fundamental reconhecer o impacto das emoções no 
 processo educacional. O professor deve estar ciente de como as emoções podem influenciar o 
 aprendizado, tanto positiva quanto negativamente. Cultivar um ambiente emocionalmente 
 seguro e apoiador promove a participação ativa dos alunos e cria uma atmosfera propícia ao 
 desenvolvimento cognitivo. 
 Quanto à teoria dos estágios morais de Piaget, ela pode ser uma ferramenta valiosa para 
 orientar decisões éticas no cotidiano profissional. O entendimento de que as crianças passam 
 por diferentes estágios de desenvolvimento moral implica que as abordagens pedagógicas e 
 disciplinares devem ser adaptadas de acordo. O professor pode considerar as características do 
 estágio moral em que os alunos se encontram para tomar decisões éticas mais informadas e 
 eficazes. 
 Para resolver essas questões, os professores podem buscar desenvolver habilidades de 
 observação e compreensão do desenvolvimento cognitivo e moral de seus alunos. A formação 
 continuada e a reflexão constante sobre práticas pedagógicas são essenciais. Além disso, 
 promover uma abordagem pedagógica que integre o desenvolvimento cognitivo e emocional 
 pode contribuir para um ambiente de aprendizado mais holístico. 
 Os educadores também podem explorar estratégias que incentivem a empatia, a comunicação 
 aberta e a resolução de conflitos, alinhando-se aos princípios da teoria de Piaget. 
 Conscientizar-se das diferentes realidades emocionais e cognitivas dos alunos permitirá que os 
 professores adaptem suas abordagens, contribuindo para uma prática pedagógica mais eficaz e 
 ética. 
 Saiba Mais 
 Para Piaget o universo moral não é exterior à constituição do sujeito epistêmico e psicológico; 
 ao contrário, as opções morais têm influência direta sobre os processos integrantes da natureza 
 humana: o princípio da igualdade, condição necessária ao exercício da cooperação, passa a ter 
 uma justificativa científica, pois sem essa liberdade não há desenvolvimento intelectual e moral. 
 Encerramento da Unidade 
 Desenvolvimento Humano 
 Ponto de Chegada 
 Para desenvolver a competência desta unidade, que é discriminar como ocorre o 
 desenvolvimento humano em diferentes faixas etárias de acordo com Jean Piaget, você 
 primeiramente conheceu os conceitos fundamentais relacionados aos estágios do 
 desenvolvimento cognitivo propostos por Piaget. Compreender as características de cada 
 estágio, desde o período sensório-motor até as operações formais, é essencial para 
 analisar como as habilidades cognitivas evoluem ao longo do tempo. Lembre-se de que 
 essa evolução não é automática, ela é uma construção em que a inteligência vai evoluindo 
 e mudando de qualidade. 
 Na sequência, exploramos como a teoria de Piaget se aplica ao desenvolvimento moral. 
 Investigar os estágios morais, como a moralidade heterônoma e autônoma, permite que 
 você identifique as mudanças nas perspectivas éticas à medida que as crianças 
 amadurecem. 
 Ao abordar as aulas, você percebeu também como o aspecto afetivo influencia o 
 desenvolvimento humano. Analisou ainda como as emoções desempenham um papel na 
 aprendizagem e no comportamento, reconhecendo a interconexão entre o desenvolvimento 
 cognitivo e emocional. 
 Durante as discussões sobre o impacto do conhecimento do professor na transição do 
 pensamento concreto para o abstrato, avaliamos como essa compreensão pode ser 
 aplicada na prática pedagógica. Consideramos estratégias de ensino que promovam uma 
 transição suave entre esses modos de pensamento, alinhando-nos ao objetivo de 
 discriminar o desenvolvimento humano em diferentes faixas etárias. 
 Reflita 
 De que forma o aspecto afetivo pode ser considerado na criação de um ambiente 
 educacional mais propício ao desenvolvimento humano? 
 Como os professores podem aplicar a teoria dos estágios morais de Piaget para orientar 
 decisões éticas no cotidiano escolar? 
 Como organizar uma escola construtivista? 
 É Hora de Praticar! 
 O desenvolvimento cognitivo na sala de aula 
 Imagine uma turma de alunos do ensino fundamental, composta por crianças entre 7 e 8 
 anos de idade. O professor percebe uma grande variação nos níveis de compreensão 
 cognitiva dos alunos em relação a conceitos matemáticos abstratos. Alguns alunos parecem 
 prontos para entender conceitos mais complexos, enquanto outros ainda estão solidificando 
 a compreensão do pensamento concreto. Além disso, há relatos de conflitos entre os 
 alunos, indicando diferenças morais na interpretação de regras e normas. 
 Reflita 
 Diante do contexto apresentado, responda: 
 1. Como o professor pode ajustar sua abordagem para atender às diferentes 
 capacidades cognitivas na sala de aula? 
 2. De que forma o entendimento dos estágios morais de Piaget pode ajudar a abordar 
 os conflitos morais entre os alunos? 
 3. Como promover um ambiente afetivo que favoreça o desenvolvimento cognitivo e 
 moral em conjunto? 
 4. Que outras estratégias podem ser implementadas para desenvolver a moralidade 
 autônoma entre os alunos? 
 5. Como o uso de tecnologias educacionais pode contribuir para a adaptação às 
 diversas capacidades cognitivas na sala de aula? 
 Resolução do estudo de caso 
 Reflita 
 ● Como outros métodos de ensino poderiam ser incorporados para atender às 
 diferentes necessidades cognitivas? 
 ● Que outras estratégias podem ser implementadas para desenvolver a moralidade 
 autônoma entre os alunos? 
 ● Como o uso de tecnologias educacionais pode contribuir para a adaptação às 
 diversas capacidades cognitivas na sala de aula? 
 Diante da diversidade cognitiva na sala de aula, o professor pode implementar estratégias 
 diferenciadas de ensino. Para os alunos mais avançados, pode introduzir desafios 
 matemáticos mais abstratos, enquanto para os que estão em estágios mais iniciais, pode 
 utilizar métodos mais concretos, como manipulativos e jogos educativos. Essa sugestão 
 responde a primeira questão proposta. 
 Considerando a segunda questão, no aspecto moral, o professor pode promover discussões 
 em grupo que incentivem a reflexão sobre as diferentes perspectivas morais. Utilizando a 
 teoria dos estágios morais de Piaget, pode orientar os alunos na compreensão de que as 
 regras podem ser negociadas e modificadas por consentimento mútuo. 
 Quanto ao ambiente afetivo, questão de número três, o professor pode implementar práticas 
 que promovam a empatia e a compreensão entre os alunos. Atividades que incentivem a 
 cooperação e a resolução de conflitos de maneira construtiva contribuirão para um 
 ambiente emocionalmente seguro. 
 Reflexões Adicionais: 
 ● Como outros métodos de ensino poderiam ser incorporados para atender às 
 diferentes necessidades cognitivas? 
 ● Que outras estratégias podem ser implementadas para desenvolver a moralidade 
 autônoma entre os alunos? 
 ● Como o uso de tecnologias educacionais pode contribuir para a adaptação às 
 diversas capacidades cognitivas na sala de aula? 
 Outras estratégias para desenvolver a moralidade autônoma incluem: 
 ● Discussões de Grupo: Facilitar discussões em grupo sobre dilemas morais e 
 situações que exigem julgamento ético, incentivando os alunos a expressarem suas 
 opiniões e ouvirem as dos outros. 
 ● Aprendizagem por Projetos: Envolver os alunos em projetos que exigem 
 cooperação e tomada de decisão conjunta, promovendo a responsabilidade 
 compartilhada e a negociação. 
 ● Modelagem de Comportamentos: Demonstrar comportamentos morais e éticos 
 através das ações e decisões do professor, servindo de exemplo para os alunos. 
 ● Atividades de Empatia: Realizar atividades que promovam a empatia, como 
 role-playinge leitura de histórias que explorem diferentes perspectivas e emoções. 
 ● Regras Compartilhadas: Envolver os alunos na criação de regras de sala de aula, 
 permitindo que eles tenham voz e compreendam o raciocínio por trás das normas. 
 O uso de tecnologias educacionais pode oferecer várias maneiras de adaptar o ensino às 
 diferentes capacidades cognitivas: 
 ● Recursos Personalizados: Plataformas de aprendizagem online podem oferecer 
 conteúdos personalizados que se ajustam ao ritmo e nível de cada aluno. 
 ● Ferramentas Interativas: Aplicativos e jogos educativos interativos podem tornar o 
 aprendizado mais envolvente e acessível, especialmente para alunos que precisam 
 de reforço concreto. 
 ● Feedback Imediato: Tecnologias educacionais frequentemente fornecem feedback 
 imediato, ajudando os alunos a identificar e corrigir erros rapidamente. 
 ● Recursos Visuais e Auditivos: Vídeos educativos, simulações e apresentações 
 multimídia podem ajudar a explicar conceitos abstratos de maneira mais concreta e 
 visual. 
 ● Colaboração Online: Ferramentas de colaboração online podem facilitar o trabalho 
 em grupo e a troca de ideias, mesmo fora do horário de aula, promovendo a 
 aprendizagem colaborativa e o desenvolvimento de habilidades sociais. 
 Dê o play! 
 Assimile 
 Confira a seguir uma síntese do conteúdo estudado: 
 Fonte: Reza (2022). 
 Fonte: Reza 
 (2022).

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