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<p>5</p><p>INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO, COMÉRCIO E FINANÇAS</p><p>Discente:</p><p>Ana Rosa Manuel</p><p>Curso:</p><p>Gestão de Recursos Humanos</p><p>2o ano</p><p>Trabalho de Pesquisa: Antropologia</p><p>Tema: Ideologia e o Papel da Religião tradicional em África e em Moçambique</p><p>Docente:</p><p>Dr Ernesto de Limas.</p><p>Lichinga</p><p>2024</p><p>INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO, COMÉRCIO E FINANÇAS</p><p>Discente:</p><p>Ana Rosa Manuel</p><p>Curso:</p><p>Gestão de Recursos Humanos</p><p>2o ano</p><p>Trabalho de Pesquisa: Antropologia</p><p>Tema: Ideologia e o Papel da Religião tradicional em África e em Moçambique</p><p>Docente:</p><p>Dr Ernesto de Limas.</p><p>Lichinga</p><p>2024</p><p>Índice</p><p>Introdução 3</p><p>Objectivos. 3</p><p>Geral 3</p><p>Específicos 3</p><p>Ideologia e o Papel da Religião tradicional em África e em Moçambique 4</p><p>Penetração e impacto do islão e do cristianismo em Moçambique 4</p><p>Movimentos religiosos e políticos em áfrica articulação entre ideologia e organização da sociedade na reprodução social 5</p><p>Religião tradicional africana 6</p><p>A Religião Tradicional Africana em Moçambique 6</p><p>Conclusão 7</p><p>Referências bibliográficas 8</p><p>Introdução</p><p>O presente trabalho de investigação tem como tema Ideologia e o Papel da Religião tradicional em África e em Moçambique.</p><p>Vivemos em sociedades ideológicas. O que consumimos (incluindo produtos culturais) ou as mensagens que recebemos (incluindo as notícias) trazem ideologia. De acordo com Zizek, “ideologia” pode designar qualquer coisa, desde uma atitude até um conjunto de crenças voltado para a acção: “Ela parece surgir exactamente quando tentamos evita-la e deixa de aparecer onde claramente se esperaria que existisse” (Zizek, 2010: 7). Uma sociedade ideológica implica o não conhecimento da ideologia por parte das pessoas que a seguem.</p><p>Objectivos.</p><p>Geral</p><p>· Conhecer a Ideologia e o Papel da Religião tradicional em África e em Moçambique.</p><p>Específicos</p><p>· Pesquisar a Ideologia e o Papel da Religião tradicional em África e em Moçambique.</p><p>· Demostrar a Ideologia e o Papel da Religião tradicional em África e em Moçambique.</p><p>Ideologia e o Papel da Religião tradicional em África e em Moçambique</p><p>A concepção marxista sobre a ideologia é paradigmática, ainda hoje, para a compreensão das formas de consciência colectiva, sistemas sociais de representação (e.g. religiões, mitos, ideologias) ou ideais partilhados de perfeição e de absoluto, todos assentes num essencialismo, primado ou prisma: real ou racional, facto ou ilusão, vida ou consciência, relativo ou absoluto.</p><p>Uma ideologia é uma construção conceptual ou mental colectiva sobre a realidade. É um sistema de representações, imagens, mitos, valores, ideias ou conceitos com implicações práticas no seio de uma dada sociedade (Poupard, 1984: 752). Define uma determinada visão do mundo, fundamentando e orientando um modo de pensar e de agir.</p><p>Segundo PERGER apud Martinez (2007:181), Religião “é a capacidade que o organismo humano de transcende toda realidade, em consequência, a religião torna-se não somente um fenómeno social, mas um fenómeno antropológico por excelência”.</p><p>Segundo DURKHEIN apud Martinez (2007:180), Religião “é um sistema solidário de crenças de práticas relativas a coisas sagradas, quer dizer, separadas, interditas; crenças e práticas que unem na mesma comunidade moral, chamadas igreja, todos fieis aderentes”.</p><p>Para o nosso ponto de vista acerca da religião é o conjunto de mitos, lendas e tradições, transmitidas de geração para geração, sobre os conteúdos e a maneira de viver nas suas sociedades.</p><p>Penetração e impacto do islão e do cristianismo em Moçambique</p><p>Em relação ao modo de se vestir, nas cidades de Moçambique, homens e mulheres podem ser vistos vestindo ternos no estilo ocidental. Mas também há muitos que se vestem com estampas africanas.</p><p>Normalmente, as mulheres mantêm seus trajes tradicionais. Nas áreas rurais, elas usam longas tiras de tecido enroladas no corpo, debaixo dos braços e sobre um ombro, com um lenço de cabeça tradicional. E os homens do norte usam mantos brancos e cobertas, indicando que são muçulmanos.</p><p>Outro ponto interessante diz respeito às línguas faladas na região. Pode-se resumir a questão da língua em Moçambique da seguinte maneira: há a língua oficial, o português, e há as línguas “maternas”, como o ronga, macua e ndau. Além destas, no norte do país, há crianças que aprendem a ler e a escrever em árabe, nas chamadas escolas corânicas (madraças), que funcionam nas mesquitas de Nampula.</p><p>A língua portuguesa é ensinada formalmente nas escolas. Já as chamadas “línguas maternas” foram elaboradas pelos missionários que chegaram à região entre o final do século XIX e início do século XX.</p><p>Por outro lado, A razão nos conduz ao claro entendimento de que não há como negar a evidência histórica encontrada no cristianismo, incluindo a ressurreição de Jesus, como base racional para o fato. Para quem busca respostas na razão, o cristianismo fornece um relato mais coerente e convincente da realidade do que o ateísmo ou outros sistemas, costumes ou crenças. A relação entre a razão e Deus enfatiza o entendimento completo da natureza do Criador e o universo.</p><p>Movimentos religiosos e políticos em áfrica articulação entre ideologia e organização da sociedade na reprodução social</p><p>Feuerbach, L. (2002) O país ocupa uma área de 800.000 quilómetros quadrados e tem uma população de 21.7 milhões. De acordo com o censo de 1997, 24 por cento são católicos romanos, 22 por cento são protestantes, 20 por cento são muçulmanos, e um terço não professa qualquer religião ou crença; no entanto, os líderes religiosos especulam que uma proporção significativa deste grupo pratica alguma forma de religião indígena, uma categoria não incluída no censo de 1997. A população imigrante do Sul da Ásia é predominantemente muçulmana.</p><p>Os grupos cristãos incluem anglicanos, baptistas, membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (mormons), congregacionistas, metodistas, nazarenos, presbiterianos, testemunhas de Jeová, católicos romanos, adventistas do sétimo dia, e membros da Igreja Universal do Reino de Deus, bem como diversas outras igrejas evangélicas, apostólicas, e pentecostais. As três principais organizações islâmicas são a Comunidade Maometana, o Congresso Islâmico, e o Conselho Islâmico. Existem pequenos grupos judeus, hindus e baha'i.</p><p>As comunidades religiosas encontram-se dispersas por todo o país. As províncias do norte são predominantemente muçulmanas, particularmente ao longo da costa, enquanto as áreas do interior no norte possuem uma concentração mais forte de comunidades cristãs. Os cristãos são geralmente mais numerosos nas regiões do sul e centro, mas também vivem muçulmanos nessas áreas.</p><p>Os jornalistas muçulmanos relatam que a distinção entre Sunni e Shi'a não é particularmente importante para muitos muçulmanos locais, e que é muito mais provável que os muçulmanos se identifiquem com o líder religioso local que seguem do que como</p><p>Sunni ou Shi'a. Estas são diferenças significativas entre as práticas de muçulmanos de origem africana e aqueles de origem do sul da Ásia. Para além disso, os clérigos muçulmanos africanos têm cada vez mais procurado formação no Egipto, Kuwait, África do Sul, e Arábia Saudita, regressando com uma perspectiva mais fundamentalista do que a tradicional local, do Islão suaíli inspirado pelo sufismo, que é particularmente comum no Norte.</p><p>Muitas pequenas igrejas que se separaram das denominações principais fundem crenças e práticas religiosas com um enquadramento cristão. Alguns muçulmanos continuam a realizar rituais indígenas.</p><p>Religião tradicional africana</p><p>É baseada na oralidade, procurou listar os principais elementos que diferenciam a religião africana das outras. Gaffey (2014), por exemplo, inclui o feitiço, o simbolismo e o culto aos antepassados na sua caracterização. Olademo (2008) listou, como componentes que caracterizam as religiões tradicionais africanas (que as tornam similares), a crença em Deus (que é Onipotente, Omnisciente e Onipresente), a crença nas divindades (deuses menores), a crença nos antepassados, a crença nos espíritos e a crença na magia e/ou medicina.</p><p>A Religião</p><p>Tradicional Africana em Moçambique</p><p>A característica geral da religião dos povos de Moçambique reside no culto aos antepassados, que permanece uma parte integrante do sistema de parentesco, e que se baseia no princípio de que todas as pessoas adultas que morrem, se tornam um «deus-antepassado», para os seus descendentes, e um espírito hostil para os seus inimigos (Souto, 1995, p. 295).</p><p>Está claro que o culto aos antepassados é um dos principais elementos da religião africana de Moçambique. Para todos os grupos étnicos, como por exemplo os Macua, Tsonga, Maconde, Changana, Shona, Sena, Ndau, e outros, a veneração aos ancestrais é um meio de se ligarem aos mortos, obter deles o bem-estar, de os possuir como aliados e como mediadores (Pereira, 1971).</p><p>Conclusão</p><p>Tendo executado o trabalho desde a colecta de dados até a sua compilação, compreende se que o mundo onde vivemos e existimos é, por um lado, vontade, por outro lado, representação. Esta dualidade tem a ver com o modo como o sujeito, através da representação, concebe a realidade através da assimilação, compreensão e interpretação do que é apresentado como tal. Justifica-se assim que uma concepção da realidade pela religião, esta quer como ideologia</p><p>Referências bibliográficas</p><p>Bottomore, T. (2001). A Dictionary of Marxist Thought. Oxford: Blackwell Publishers.</p><p>Damásio, A. (2003). Ao Encontro de Espinosa. Mem Martins: Europa-América.</p><p>Duponthieux, M. (2001). La Représentation. Paris: Hachette.</p><p>Espinosa, B. (1965). Traité Théologico-Politique. Paris: Flammarion.</p><p>Feuerbach, L. (2002). A Essência do Cristianismo. Lisboa: FCG.</p><p>Gaarder, J. (2007). O Livro das Religiões. Lisboa: Editorial Presença.</p><p>Murdoch, I. (2001). The Sovereignty of Good. London: Routledge.</p><p>Vattimo, G. (1992). A Sociedade Transparente. Lisboa: Relógio d’Água.</p><p>Ward, K. (2007). Deus e os Filósofos. Cruz Quebrada: Estrela Polar.</p><p>image1.jpeg</p>