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<p>AFYA</p><p>CURSO DE MEDICINA - AFYA</p><p>NOTA FINAL</p><p>Aluno:</p><p>Componente Curricular: Integradora 3º Período</p><p>Professor (es):</p><p>Período: 202401 Turma: Data: 07/06/2024</p><p>INTEGRADORA_3 PERIODO_07 JUNHO_2024.1_PROVA REGULARES</p><p>RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA</p><p>PROVA 12211 - CADERNO 003</p><p>1ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Homem, 42 anos de idade, internado em enfermaria, em terceiro dia pós-operatório de correção</p><p>de fratura de fêmur esquerdo, após acidente de motocicleta. Evolui com dispneia súbita, mesmo</p><p>em repouso, dor torácica pleurítica, tosse seca e dor na parte inferior da panturrilha. Nega</p><p>comorbidades. Ao exame físico, apresenta-se afebril, normocorado, com FC: 110bpm, PA:</p><p>100X74mmHg, FR: 28irpm, SatO2 89% em ar ambiente. Ausculta cardiorrespiratória sem</p><p>alterações. Membro inferior esquerdo levemente cianótico, com edema 2+/4+ e ferida operatória</p><p>com bom aspecto. Já iniciada oxigenoterapia e realizado angiotomografia de tórax que evidenciou</p><p>falha de enchimento nas artérias pulmonares e carga embólica de 40%. Com base no caso</p><p>hipotético, assinale a alternativa correta.</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>Pela sintomatologia descrita, provavelmente o paciente desenvolveu trombose venosa profunda</p><p>(TVP) no membro inferior, que se desprenderam, embolizaram e se alojaram na circulação</p><p>pulmonar, causando, assim, o tromboembolismo pulmonar (TEP). Muitos pacientes não</p><p>apresentam evidências de TVP porque o trombo já embolizou para os pulmões.</p><p>Resposta comentada:</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 1 de 77</p><p>Pela sintomatologia descrita, provavelmente o paciente desenvolveu trombose venosa</p><p>profunda (TVP) no membro inferior, que se desprenderam, embolizaram e se alojaram na</p><p>circulação pulmonar, causando, assim, o tromboembolismo pulmonar (TEP). Muitos</p><p>pacientes não apresentam evidências de TVP porque o trombo já embolizou para os</p><p>pulmões.</p><p>CORRETA. A sintomatologia da trombose venosa aguda é variável. Na forma localizada, além</p><p>dos sintomas gerais (febrícula, taquicardia, taquipneia e mal-estar geral em pacientes acamados</p><p>por doença debilitante ou por cirurgia), surgem, no local da trombose ou no território drenado pela</p><p>veia comprometida, dor, edema, alteração da temperatura e da cor da pele e ingurgitamento das</p><p>veias superficiais. Na forma tromboembólica, fragmentos do trombo se desprendem e vão se</p><p>alojar</p><p>no pulmão (embolia pulmonar). Às manifestações gerais e locais, juntam se as pulmonares.</p><p>O paciente em questão está isento de ser acometido pela síndrome pós-trombótica, porque</p><p>após a trombose venosa profunda (TVP) houve aumento da pressão sanguínea distalmente</p><p>ao local ocluído. as veias foram recanalizadas e aumentaram seu calibre, intensificando o</p><p>funcionamento da bomba venosa periférica.</p><p>INCORRETA. A síndrome pós-trombótica é uma complicação tardia da trombose venosa em</p><p>veias profundas dos membros inferiores. A trombose venosa provoca aumento da pressão</p><p>sanguínea distalmente ao local ocluído. Esta hipertensão leva a dilatação das veias, provocando</p><p>insuficiência valvular das veias distais, podendo comprometer as perfurantes. Com o passar do</p><p>tempo, em decorrência da reabsorção do trombo, as veias ocluídas sofrem um processo de</p><p>recanalização, porém apresentam redução do calibre, fibrose da parede e destruição valvular,</p><p>ocorrendo distúrbio do fluxo do sangue com refluxo, alterando intensamente o funcionamento da</p><p>bomba venosa periférica.</p><p>O histórico de imobilização recente do membro inferior esquerdo, associado a sinais e</p><p>sintomas de TVP e frequência cardíaca maior que 100 bpm, fazem do paciente do caso</p><p>apresentar alta probabilidade clínica de TEP, devendo, então, ser submetido a avaliação</p><p>inicial com dosagem de D-dímeros.</p><p>INCORRETA. Os critérios do escore Wells ajudam a estimar a probabilidade clínica de TVP e</p><p>de TEP. Os pacientes com probabilidade baixa a moderada de TVP ou de TEP devem ser</p><p>submetidos à investigação diagnóstica inicial apenas com dosagem de D-dímeros sem exames</p><p>de</p><p>imagem obrigatórios. Contudo, nos pacientes com alta probabilidade clínica de TEV, deve-se</p><p>pular</p><p>a etapa de dosagem de D-dímeros e ir diretamente à etapa de imageamento como próximo passo</p><p>no algoritmo para o diagnóstico.</p><p>A fisiopatologia da doença em questão envolve a redução da resistência vascular pulmonar</p><p>causada por obstrução vascular, hipoxemia, hipoventilação alveolar devido à estimulação</p><p>reflexa dos receptores irritantes, shunt esquerda-direita e aumento da complacência</p><p>pulmonar em razão do edema pulmonar.</p><p>INCORRETA. As alterações fisiopatológicas que ocorrem no tromboelismo pulmonar são</p><p>aumento da resistência vascular pulmonar causada por obstrução vascular ou secreção</p><p>plaquetária de agentes neuro-humorais vasoconstritores, como a serotonina; hipoxemia em razão</p><p>de hipoventilação alveolar em relação à perfusão no pulmão não obstruído; shunt da direta para a</p><p>esquerda; aumento da resistência das vias aéreas em razão da constrição de vias aéreas distais</p><p>aos brônquios; redução da complacência pulmonar em razão de edema pulmonar, hemorragia</p><p>pulmonar ou perda de surfactante.</p><p>Referências:</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 2 de 77</p><p>PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.</p><p>JAMESON, J. L. et al. Medicina interna de Harrison - 2 volumes. Porto Alegre: Grupo A, 2019.</p><p>E-book. ISBN 9788580556346. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556346/.</p><p>2ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Durante uma reunião do grupo de Idosos acompanhado por uma equipe de saúde da família, um</p><p>aluno é solicitado a aferir a pressão arterial de um dos participantes. Qual das seguintes</p><p>alternativas descreve corretamente a técnica adequada de aferição da pressão arterial e os</p><p>valores pressóricos normais e alterados?</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>A técnica correta envolve o uso de um esfigmomanômetro posicionado no ponto médio entre</p><p>acrômio e olecrano do paciente, ao nível do coração, com o manguito inflado a cerca de 20 a 30</p><p>mmHg acima da pressão sistólica esperada. Os valores normais de PAS (fase I de Korotkoff)</p><p>são abaixo de 129 mmHg, com valores acima de 140 mmHg indicando hipertensão.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 3 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A opção correta é: A técnica correta envolve o uso de um esfigmomanômetro posicionado no</p><p>ponto médio entre acrômio e olecrano do paciente, ao nível do coração, com o manguito inflado a</p><p>cerca de 20 a 30 mmHg acima da pressão sistólica esperada. Os valores normais de PAS (fase I</p><p>de Korotkoff) são abaixo de 129 mmHg, com valores acima de 140 mmHg indicando hipertensão.</p><p>Justificativas para as erradas:</p><p>A técnica correta envolve o uso de um esfigmomanômetro posicionado no ponto médio</p><p>entre acrômio e olecrano do paciente, ao nível do coração, com o manguito inflado a cerca</p><p>de 20 a 30 mmHg acima da pressão sistólica esperada. Os valores normais de pressão</p><p>arterial sistólica (PAS), fase I de Korotkoff, são abaixo de 140 mmHg, enquanto valores</p><p>acima de 160 mmHg indicam hipertensão.</p><p>Incorreta - Os valores estão equivocados. Os valores normais de PAS são abaixo de 120 mmHg,</p><p>não de 140 mmHg, e valores acima de 140 mmHg indicam hipertensão, não de 160 mmHg.</p><p>A técnica correta consiste em utilizar um esfigmomanômetro colocado posicionado na</p><p>parte superior do deltoide do paciente, ao nível do coração, com o manguito inflado a cerca</p><p>de 20 a 30 mmHg acima da pressão sistólica esperada. Os valores normais de pressão</p><p>arterial diastólica (PAD), fase V de Korotkoff, são abaixo de 60 mmHg, com valores acima</p><p>de 140 mmHg indicando hipertensão.</p><p>Incorreta - O esfigmomanômetro deve ser posicionado no ponto médio entre acrômio e olecrano,</p><p>não na parte superior do deltoide. Além disso, os valores normais de PAD são abaixo de 80</p><p>mmHg, não de 60 mmHg.</p><p>A técnica correta envolve o uso de um esfigmomanômetro posicionado no ponto médio</p><p>entre acrômio e olecrano do paciente, ao nível do coração, com o manguito inflado a cerca</p><p>de 20 a 30 mmHg acima da pressão sistólica esperada. Os valores normais</p><p>crônica, levando à liberação de citocinas que exacerbam a</p><p>inflamação e os sintomas da doença.</p><p>Essa questão é elaborada para testar o entendimento dos alunos sobre os mecanismos</p><p>imunológicos fundamentais na DA, enfatizando o papel das células Th2 e da IgE, que são</p><p>essenciais para a compreensão da doença e para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas.</p><p>Os demais aspectos, apresentados nas outras assertivas, não correspondem a elementos</p><p>centrais na patogênese da dermatite atópica.</p><p>Referências:</p><p>Dermatite Atópica (AD). In: Alikhan, Ali Revisão em Dermatologia/Ali Alikhan & Thomas L. H.</p><p>Hocker, tradução de Monica Regina Brito et al. – 1. Ed. – Rio de Janeiro – RJ: Thieme Revinter</p><p>Publicações, 2021.</p><p>Dermatite Atópica. In: Bolognia, Jean L. Dermatologia / Jean L. Bolognia, Joseph L. Jorizzo, Julie</p><p>V. Schaffer; organizaçãoCélia Luiza Petersen Vitello Kalil ; tradução Adriana de Carvalho Corrêa</p><p>… [et al.]. - 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.</p><p>ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H.; PILLAI, Shiv. Imunologia Básica - Funções e</p><p>Distúrbios do Sistema Imunológico. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN</p><p>9788595158672. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595158672/.</p><p>FILHO, Geraldo B. Bogliolo. Patologia. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN</p><p>9788527738378. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527738378/.</p><p>29ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Um homem, de 67 anos, procura a UBS do bairro e relata início insidioso de febre baixa, calafrios</p><p>e suores noturnos. Ele indica histórico de gengivite e ao longo de uma semana ou mais, se</p><p>apresentou cada vez mais fraco e com falta de ar. Ouviu-se sopro cardíaco à ausculta. Uma</p><p>hemocultura foi solicitada, sendo o seu resultado positivo. Vegetações valvares foram observadas</p><p>no ecocardiograma transesofágico.</p><p>Marque a alternativa que correlaciona corretamente a doença que se enquadra nesse quadro</p><p>clínico, com a sua etiologia, fisiopatologia e diagnóstico.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 40 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>O paciente apresenta endocardite subaguda, causada pelo Streptococcus do grupo viridans, já</p><p>que essas bactérias pouco virulentas são residentes da microbiota oral, de onde podem atingir</p><p>as valvas cardíacas defeituosas no idoso.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A resposta correta é: Endocardite subaguda causa pelo Streptococcus do grupo viridans</p><p>Esse caso é descritivo de endocardite subaguda, devido aos achados clínicos e a idade do</p><p>paciente, que evidencia uma degeneração das valvas cardíacas. A causa mais comum desta</p><p>condição são os estreptococos do grupo Viridans, um grupo de bactérias de baixa virulência,</p><p>que são residentes da microbiota oral. Os quadros de gengivite também reforçam esse</p><p>diagnóstico.</p><p>A endocardite aguda compartilha muitos dos mesmos achados, no entanto, o início é rápido e a</p><p>febre é alta. Além de ocorrer com mais frequência em usuários de drogas injetáveis ou em uso</p><p>de cateter venoso central. Como o paciente não apresenta sintomas nas articulações e não</p><p>apresentou faringite, o diagnóstico de febre reumática também é improvável. As demais</p><p>doenças listadas não possuem esta apresentação clássica, com presença das vegetações</p><p>valvares.</p><p>Referência:</p><p>KUMAR, Vinay. Robbins Patologia Básica. Disponível em: Minha Biblioteca, (10th edição).</p><p>Grupo GEN, 2018.</p><p>30ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 41 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Paciente do sexo feminino, 74 anos, comparece à consulta na Unidade de Saúde da Família por</p><p>apresentar dispneia progressiva nos últimos 4 meses, associada a tosse seca após esforço físico</p><p>e quando se deita. Diabética e hipertensa há 20 anos, em uso irregular da medicação. Recebeu</p><p>atendimento em serviço de emergência no último mês com quadro sugestivo de edema agudo de</p><p>pulmão. Ao exame físico, apresentava a PA de 156 x 90mmHg, FC 98 bpm, ausculta pulmonar</p><p>sem anormalidades e a presença de quarta bulha na ausculta cardíaca.</p><p>Realizou ECG que evidenciou critérios para sobrecarga ventricular esquerda e o Ecocardiograma</p><p>Bidimensional mostrou uma FEVE 51%, Hipertrofia concêntrica de VE, déficit de relaxamento do</p><p>ventrículo esquerdo, aumento leve do átrio esquerdo.</p><p>A radiografia tórax evidenciava (imagem abaixo).</p><p>Fonte: Arquivo Brasileiro de Cardiologia. 2018.</p><p>Baseado nos dados clínicos, assinale a alternativa correta.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 42 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Pacientes com disfunção sistólica grave podem apresentar radiografia de tórax normal se a</p><p>disfunção estiver compensada; silhueta cardíaca de tamanho normal não exclui disfunção</p><p>sistólica</p><p>ou diastólica.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 43 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>"A radiografia simples do tórax ..."</p><p>INCORRETA. A radiografia simples do tórax, é recomendada na avaliação inicial dos pacientes</p><p>com sinais e sintomas de IC, para avaliação de cardiomegalia e congestão pulmonar. Já o</p><p>ecocardiograma permite a avaliação simultânea de múltiplas variáveis análise da FEVE,</p><p>dimensões das cavidades cardíacas, espessura das paredes ventriculares, geometria das</p><p>cavidades ventriculares, mobilidade parietal segmentar ventricular, anormalidades anatômicas ou</p><p>funcionais das válvulas, avaliação do pericárdico, estimativa da pressão sistólica na artéria</p><p>pulmonar, função sistólica do ventrículo direito e análise da função diastólica e estimativa das</p><p>pressões de enchimento do ventrículo esquerdo (VE).</p><p>"Pacientes com disfunção sistólica grave..."</p><p>CORRRETA. A sensibilidade da radiografia de tórax na avaliação dos pacientes com sinais e</p><p>sintomas de IC é bastante limitada. A disfunção sistólica cardíaca significativa pode ocorrer sem</p><p>cardiomegalia na radiografia de tórax.</p><p>"A análise do caso clínico..."</p><p>INCORRETA. As anormalidades cardíacas e dos campos pulmonares evidenciados na</p><p>insuficiência cardíaca podem variar desde aumento de área cardíaca, um ingurgitamento leve dos</p><p>vasos perihilares até derrames pleurais bilaterais, linhas B de Kerley e edema pulmonar franco.</p><p>Não há dificuldade em determinar o ICT nos casos de moderado ou grande aumento da área</p><p>cardíaca, mas é de pouco proveito, pois, fazendo-se tão somente a análise da radiografia, é</p><p>possível uma avaliação da área cardíaca. Ao contrário, nos casos limítrofes, definir-se entre o</p><p>normal e um pequeno aumento da área cardíaca, considerando-se normal um índice</p><p>cardiotorácico</p><p>até de 0,55 (semiologia porto).</p><p>"O derrame pleural é umas das anormalidades...</p><p>INCORRETA. Os aspectos radiológicos clássicos de um derrame pleural são opacidade</p><p>(brancura) densa homogênea e perda do ângulo costofrênico, apagamento do hemidiafragma,</p><p>ausência de broncograma aéreo, anormalidades não evidenciadas na imagem acima.</p><p>Referências:</p><p>Comitê Coordenador da Diretriz de Insuficiência Cardíaca. Diretriz Brasileira de Insuficiência</p><p>Cardíaca Crônica e Aguda. Arq Bras Cardiol. 2018.</p><p>PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.</p><p>CLARKE, C.; DUX, A. Radiografia de tórax para residentes e estudantes de medicina. Revinter,</p><p>1ª edição. 2018.</p><p>31ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 44 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Ana Clara, 10 anos, teve uma infecção de garganta há cerca de um mês, e não recebeu</p><p>tratamento adequado. Nos últimos dias, ela apresentou febre intermitente, mal-estar geral e dores</p><p>nas articulações, especialmente nos joelhos, tornozelos e cotovelos. Os pais relatam que ela</p><p>também tem reclamado de cansaço e falta de apetite. Ao exame físico, Ana Clara está com</p><p>temperatura de 38,5°C, presença de sopro em foco mitral, joelhos levemente edemaciados e</p><p>dolorosos à palpação, além de nódulos subcutâneos.</p><p>Considerando o relato acima, analise as seguintes assertivas sobre mecanismos fisiopatológicos</p><p>associados ao quadro atual de Ana Clara.</p><p>I – Ativação de linfócitos T citotóxicos, levando à destruição direta dos tecidos afetados pelo</p><p>Streptococcus do</p><p>grupo viridans.</p><p>II – Indução de reação cruzada com as células do tecido cardíaco pela proteína M da parede</p><p>celular do Streptococcus pyogenes.</p><p>III – A formação de autoanticorpos e a liberação de citocinas pelos linfócitos T CD4+ participam</p><p>da resposta inflamatória que caracteriza a doença reumática.</p><p>IV - Produção de toxinas pelo estreptococo do grupo B, as quais agem diretamente no tecido</p><p>conjuntivo das articulações.</p><p>Estão corretas:</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>II e III.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 45 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O caso descrito é típico de febre reumática, que é desencadeada por uma resposta autoimune</p><p>mediada por anticorpos contra antígenos semelhantes aos tecidos do hospedeiro, que são</p><p>produzidos em resposta à infecção pelo estreptococo do grupo A. Os anticorpos reagem com</p><p>antígenos presentes no próprio tecido do paciente, especialmente no coração, articulações, pele e</p><p>sistema nervoso central, causando inflamação e lesão. O estreptococo do grupo A possui a</p><p>proteína M em sua parede celular, que são semelhantes a proteínas encontradas nos tecidos do</p><p>corpo humano. Essa semelhança pode desencadear uma resposta autoimune, na qual o sistema</p><p>imunológico ataca não apenas as bactérias, mas também os tecidos do próprio corpo, levando à</p><p>febre reumática. Anticorpos antiestreptococos e linfócitos T (sobretudo CD4+) reagem tanto com</p><p>essa proteína quanto com moléculas existentes no coração. A formação de imunocomplexos e a</p><p>liberação de citocinas por tais linfócitos participam da resposta inflamatória que caracteriza a</p><p>doença reumática.</p><p>Estreptococos do grupo viridans e do grupo B não são associados a febre reumática.</p><p>Referência:</p><p>Filho, Geraldo B. Bogliolo - Patologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (10th edição). Grupo GEN,</p><p>2021.</p><p>32ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Joao Luís, 50 anos, morador da Rua Nelson Mandela, no bairro Parque felicidade na cidade de</p><p>Duque de Caxias RJ por suspeita de neoplasia pulmonar, apresentou início do quadro clínico com</p><p>tosse irritativa, emagrecimento, e dispneia que o fez procurar a ESF do seu bairro. É tabagista há</p><p>20 anos. O tratamento de tabagismo no Brasil é desenvolvido com base nas diretrizes do</p><p>Programa Nacional de Controle do Tabagismo dento da atenção primaria a saúde. Dessa forma,</p><p>analise as assertivas abaixo:</p><p>I - Na perspectiva de ampliar o acesso ao tratamento da pessoa que fuma, uma abordagem breve</p><p>deve ser feita por todo e qualquer profissional de saúde da Atenção Primária.</p><p>II- O Questionário de Tolerância de Tinetti é o principal instrumento para a avaliação do grau de</p><p>dependência física à nicotina da pessoa tabagista.</p><p>III - O tratamento para tabagismo na APS, tem duração de 1 ano, e consiste no aconselhamento</p><p>estratégico por meio de uma abordagem intensiva, podendo utilizar a intervenção farmacológica,</p><p>quando necessário.</p><p>IV - Durante o processo de cessação a motivação é um aspecto importante, pois leva a pessoa à</p><p>ação e cessar o hábito de fumar.</p><p>Marque a alternativa correta sobre a abordagem ao tabaco.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 46 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Apenas as alternativas I, III e IV estão corretas.</p><p>Resposta comentada:</p><p>Questionário de Tolerância de Fagerstrom é o principal instrumento para a avaliação do grau de</p><p>dependência física à nicotina da pessoa tabagista. É amplamente usado devido ao seu fácil</p><p>entendimento e rápida aplicação, podendo ser aproveitado por qualquer membro da equipe de</p><p>saúde, ajudando o profissional nas primeiras abordagens frente à questão do tabagismo com o</p><p>usuário, provocando uma reflexão acerca do processo de dependência e da possibilidade de se</p><p>procurar o tratamento (FAGERSTROM; SCHNEIDER, 1989).</p><p>Referências:</p><p>Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.</p><p>Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: o cuidado da pessoa tabagista /</p><p>Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. –</p><p>Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 154 p. : il. (Cadernos da Atenção Básica, n. 40)</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção</p><p>Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica / Ministério da Saúde,</p><p>Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da</p><p>Saúde, 2014. (pág. 55 a 77).</p><p>33ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 47 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Módulo (s): HAM</p><p>Criança de 4 anos de idade, sexo masculino, com história de asma brônquica dá entrada em</p><p>uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), apresentando taquidispneia moderada, retrações</p><p>intercostais e subcostais acentuadas, agitado e sem conseguir formar frases completas, com</p><p>saturação de oxigênio (SatO2) = 91% na oximetria de pulso com O2 inalatório de 4l/minuto, FR =</p><p>55 irpm, FC = 120 bpm. Mãe relata que a criança apresenta crises frequentes de dispneia e</p><p>sibilância no último ano.</p><p>Com base na situação acima, é correto afirmar que:</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa B) (CORRETA)</p><p>os sinais e sintomas descritos são característicos de crise asmática grave.</p><p>Resposta comentada:</p><p>O quadro clínico apresentado se encaixa em quadro de asma grave pelo fato da criança</p><p>apresentar agitação, dificuldade em articular frases completas, retrações acentuadas e</p><p>saturação</p><p>de O2 = 91% com O2 inalatório a 4 l/minuto.</p><p>A oximetria de pulso é um dos parâmetros confiáveis para classificação da asma na infância.</p><p>Referências:</p><p>CARVALHO-PINTO, R. M. et al. Recomendações para o manejo da asma grave da Sociedade</p><p>Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – 2021. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 47, n. 6, p.</p><p>e20210273, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/</p><p>CtrWyBsLhsynsgG6Dg97J5B/?format=pdf&lang=pt.</p><p>Global Strategy for Asthma Management and Prevention Global Initiative for Asthma (GINA),</p><p>2023. Disponível em: https://ginasthma.org/wp-content/uploads/2023/07/GINA-2023-Full-</p><p>report-23_07_06-WMS.pdf.</p><p>34ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 48 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Paciente, feminino, 45 anos, apresenta-se à clínica com queixas de lesão cutânea dolorosa,</p><p>avermelhada, com bordas bem definidas, localizada na perna esquerda. A lesão evoluiu</p><p>rapidamente ao longo de 48 horas, acompanhada de febre e calafrios. Histórico médico inclui</p><p>diabetes mellitus tipo 2. Durante o exame físico, a temperatura corporal é de 38,5°C. Não há</p><p>presença de bolhas ou pústulas sobre a lesão, mas a paciente relata sensação de calor local</p><p>intensa.</p><p>O caso acima é compatível com diagnóstico de</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>erisipela, devido às características da lesão e presença de sintomas sistêmicos.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A descrição da lesão e os sintomas sistêmicos são característicos da erisipela, uma infecção</p><p>bacteriana da camada superior da pele (derme) e dos linfáticos superficiais, comumente</p><p>causada por Streptococcus do grupo A. É causada principalmente pela bactéria Streptococcus</p><p>pyogenes. e se caracteriza por uma área inflamada na pele, geralmente com bordas bem</p><p>definidas e elevadas, que podem ser vermelhas, quentes, inchadas e dolorosas. O diagnóstico</p><p>geralmente é clínico, baseado na aparência da lesão e nos sintomas do paciente. Às vezes,</p><p>exames laboratoriais, como cultura de pele, podem ser feitos para confirmar a presença de</p><p>bactérias.</p><p>Já o impetigo é uma infecção cutânea mais superficial que frequentemente se apresenta como</p><p>pústulas ou bolhas que evoluem para crostas e não costuma causar febre ou mal-estar, a</p><p>menos que a infecção seja grave.</p><p>Referências:</p><p>Robbins, Stanley L.; Kumar, Vinay; Abbas, Abul K.; Aster, Jon C. Patologia: Bases Patológicas</p><p>das Doenças. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.</p><p>Azulay RD, Azulay DR. Dermatologia. 3a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.</p><p>35ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 49 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Paciente sexo feminino, 24</p><p>anos, admitida no Pronto Socorro com quadro de dispneia aos</p><p>mínimos esforços, iniciada há 5 horas, dor torácica ventilatório-dependente à esquerda e dor em</p><p>membros inferiores (MMII) há uma semana. No atendimento inicial, apresentava agitação</p><p>psicomotora, taquipneia, baixa saturação de O2. À ausculta cardíaca apresentava ritmo regular,</p><p>2T, com hiperfonese de B2 em foco pulmonar, sem sopros. No exame pulmonar, expansibilidade</p><p>diminuída em bases, frêmito toracovocal diminuído, macicez em base esquerda e murmúrio</p><p>vesicular diminuído difusamente. Apresentava edema em membro inferior direito (+++/IV) mole e</p><p>indolor, sem dor à dorso-flexão, presença de varizes em MMII. Teve parto há um mês, cesariana</p><p>com complicação e hospitalização por uma semana.</p><p>Assinale a alternativa que indica a hipótese diagnóstica mais provável para o caso.</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A) (CORRETA)</p><p>Tromboembolismo pulmonar.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A principal suspeita deve ser Tromboembolismo Pulmonar (TEP), que consiste na obstrução</p><p>aguda da circulação arterial pulmonar pela instalação de coágulos sanguíneos, geralmente,</p><p>oriundos da circulação venosa sistêmica, com redução ou cessação do fluxo sanguíneo</p><p>pulmonar para a área afetada. A trombose venosa profunda (TVP) é o evento básico e o TEP, a</p><p>principal complicação aguda. Fatores de risco para TVP/TEP, nessa paciente, seriam história de</p><p>cesariana e internação hospitalar, além de um provável quadro de TVP.</p><p>REFERÊNCIA</p><p>PORTO, C. C. Semiologia médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.</p><p>36ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 50 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Um adolescente do sexo masculino, com 14 anos de idade, é acompanhado na Unidade Básica</p><p>de Saúde (UBS), com sobrepeso e pressão arterial (PA) elevada há cerca de 2 anos. Nos últimos</p><p>6 meses ele não compareceu no acompanhamento e hoje retorna. Relata que perdeu o avô, que</p><p>era seu grande amigo, e que está muito triste, por isso não compareceu na última consulta.</p><p>Durante a anamnese e exame físico, você percebe que a alimentação está com um alto consumo</p><p>de biscoitos industrializados assim como ele suspendeu o judô que vinha praticando. Sua altura</p><p>alcançou 162 cm, mas seu peso aumentou consideravelmente, tendo agora seu índice de massa</p><p>corporal (IMC) sido classificado como Obesidade. Sua pressão também aumentou, passando a</p><p>PA sistólica (PAS) para Hipertensão grau 1 e a PA diastólica (PAD) mantida em pressão arterial</p><p>elevada. Não apresentou nenhuma outra comorbidade.</p><p>De acordo com a tabela abaixo, de percentis de PA sistêmica para sexo, idade e estatura, qual o</p><p>intervalo de pressão esperado para que possamos ter esta classificação e qual a conduta para o</p><p>manejo deste caso na Atenção Básica?</p><p>Fonte: Manual de Orientação, Hipertensão Arterial na Infância e Adolescência, Sociedade</p><p>Brasileira de Pediatria, 2019.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 51 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>PAS – entre 127 e 139 mmHg e PAD – entre 75 e 79 mmHg. Não devemos iniciar medicação,</p><p>apenas retorno da atividade física, estímulo à melhora da alimentação e da perda de peso e</p><p>encaminhamento para equipe multidisciplinar, como psicólogo e nutricionista.</p><p>Resposta comentada:</p><p>Conforme a tabela de Percentil de pressão, para a altura do adolescente o intervalo de pressão</p><p>esperado para que possamos classificar a pressão arterial sistólica como hipertensão grau 1</p><p>temos o intervalo acima do p95 entre 127 e 139 mmHg e para que possamos classificar a</p><p>pressão arterial diastólica como pressão arterial elevada, temos o intervalo entre o p90 e o p95</p><p>temos entre 75 e 79 mmHg.</p><p>O acompanhamento da pressão arterial em crianças deve ser feito com mudanças no estilo de</p><p>vida como estímulo à atividade física e alimentação adequada. A hipertensão normalmente é</p><p>decorrente da obesidade. No caso acima o adolescente abandonou o tratamento e este deve</p><p>ser retomado assim como a equipe multidisciplinar, para auxiliar no tratamento.</p><p>Medicamentos somente estão indicados nos seguintes casos: Falta de resposta ao tratamento</p><p>não medicamentoso, Hipertensão sintomática, Presença de Hipertrofia de Ventrículo esquerdo,</p><p>HAS estágio 2 sem fator modificável identificado, HAS em paciente com Doença Renal</p><p>Crônica, HAS em paciente com Diabetes mellitus 1 ou 2</p><p>Referências:</p><p>Caderno de Atenção Básica 37 – Estratégias para cuidado da pessoa com doença crônica</p><p>(Hipertensão Arterial Sistêmica). Disponível em:</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/hipertensao_arterial_sistemica_cab37.pdf.</p><p>Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa ADM, et al.</p><p>Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq Bras Cardiol. 2021; 116(3):516-658.</p><p>37ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 52 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Y.Z, 75 anos, aposentada, ex-tabagista e sedentária relatou incômodo na perna esquerda, com</p><p>sensação de calor, dor, edema e vermelhidão que surgiu há 2 dias. Apresentou quadro de</p><p>cansaço e peso nesse membro. Procurou a UBS para avaliação médica, e durante o exame</p><p>físico apresentou dor à palpação da panturrilha (sinal de Bancroft) e ao realizar a dorsoflexão</p><p>forçada do tornozelo com o joelho estendido (sinal de Homans).</p><p>Em relação à situação descrita, avalie as asserções, a relação proposta entre elas e responda</p><p>corretamente:</p><p>I. O quadro clínico descrito corresponde a um episódio de doença obstrutiva periférica de origem</p><p>arterial aterosclerótica, com possível quadro de embolia que pode se deslocar para a região ilíaca.</p><p>PORQUE</p><p>II. A realização de uma ultrassonografia com Doppler, medição de D-dímero poderiam esclarecer</p><p>melhor o quadro descrito, com provável indicação de uso de drogas anticoagulantes e utilização</p><p>de meias compressivas como medidas terapêuticas adequadas.</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 53 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O quadro descrito é compatível com trombose venosa profunda (TVP) pelos achados clínicos</p><p>descritos na questão; portanto, a primeira asserção está incorreta. Contudo, os exames</p><p>complementares descritos são os mais comumente utilizados para confirmar a suspeita</p><p>diagnóstica, inclusive as estratégias terapêuticas como medicamentos anticoagulantes</p><p>(rivaroxabana, por exemplo) e meias de compressão. Portanto, a segunda asserção está correta.</p><p>Referências:</p><p>GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. Rio de Janeiro: Grupo GEN,</p><p>2022. E-book. ISBN 9788595159297. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159297/.</p><p>JAMESON, J. L. et al. Medicina interna de Harrison - 2 volumes. Porto Alegre: Grupo A, 2019.</p><p>E-book. ISBN 9788580556346. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556346/.</p><p>MAFFEI, Francisco Humberto de A. et al. Doenças Vasculares Periféricas - 2 volumes. Rio de</p><p>Janeiro: Grupo GEN, 2015. E-book. ISBN 978-85-277-2822-5. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2822-5/.</p><p>SBACV. Projeto Diretrizes SBACV. Trombose venosa profunda diagnóstico e tratamento.</p><p>Disponível em https://sbacv.org.br/storage/2018/02/trombose-venosa-profunda.pdf.</p><p>ALBRICKER, A. C. L. et al. Diretriz Conjunta sobre Tromboembolismo Venoso – 2022. Arquivos</p><p>Brasileiros de Cardiologia, v. 118, n. 4, p. 797–857, abr. 2022. Disponível em</p><p>https://www.scielo.br/j/abc/a/3gPSskJ5XBTPcKTf6sQvCqv/#</p><p>JATENE, Ieda B.; FERREIRA, João Fernando M.; DRAGER, Luciano F.; et al. Tratado de</p><p>cardiologia SOCESP. Santanda de Parnaíba [SP]: Editora Manole, 2022.</p><p>38ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 54 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>As ferramentas de abordagem familiar entre as quais estão o genograma, o ecomapa, o ciclo de</p><p>vida da família e o Apgar familiar, são fundamentais para o trabalho na APS pois auxiliam os</p><p>profissionais a perceberem as demandas, as ansiedades,</p><p>os sofrimentos e os potenciais de apoio</p><p>na dinâmica familiar.</p><p>Adaptado de: Viegas e Zoboli. Abordagem de famílias para a atenção primária. Tecnologias para a sistematização da</p><p>assistência de enfermagem a famílias na atenção primária a saúde. 2020</p><p>Considerando a complexidade e a relevância dos instrumentos de abordagem familiar na prática</p><p>clínica do Médico de Família e Comunidade, avalie as asserções a seguir:</p><p>I.O genograma, ao representar a estrutura familiar de forma gráfica, é uma ferramenta que</p><p>possibilita a identificação de padrões transgeracionais de saúde, comportamento e interações</p><p>familiares, fornecendo insights para intervenções terapêuticas mais eficazes.</p><p>PORQUE</p><p>II.O ecomapa, complementando o genograma, é um instrumento dinâmico que mapeia as</p><p>interações da família com o ambiente externo, incluindo redes sociais, recursos comunitários e</p><p>fatores socioeconômicos, permitindo uma compreensão holística das influências ambientais na</p><p>dinâmica familiar.</p><p>A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 55 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A asserção I destaca que o genograma, ao representar a estrutura familiar de forma gráfica,</p><p>possibilita a identificação de padrões transgeracionais de saúde, comportamento e interações</p><p>familiares. O genograma é um instrumento crucial na prática clínica e na pesquisa em saúde</p><p>familiar, permitindo uma análise mais profunda das dinâmicas familiares e fornecendo subsídios</p><p>para intervenções terapêuticas individualizadas e eficazes.</p><p>A asserção II afirma que o ecomapa, complementando o genograma, (mas não justificando a</p><p>afirmativa anterior), é um instrumento dinâmico que mapeia as interações da família com o</p><p>ambiente externo. O ecomapa integra informações sobre o ambiente externo da família, incluindo</p><p>redes sociais, recursos comunitários e fatores socioeconômicos, proporcionando uma</p><p>compreensão mais holística das influências ambientais na dinâmica familiar e auxiliando na</p><p>formulação de estratégias de intervenção mais abrangentes.</p><p>Referências:</p><p>DIAS, L.C. Abordagem familiar. In: GUSSO G.; LOPES, J. M. C. (Org.). Tratado de medicina de</p><p>família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2019. Cap. 35.</p><p>CHAPADEIRO, C. A. et al. A família como foco da atenção primária à Saúde. Belo Horizonte:</p><p>Nescon/UFMG, 2011.</p><p>39ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Um paciente, de 45 anos de idade, do sexo masculino, apresenta-se ao serviço de emergência</p><p>com queixas de fadiga persistente, palidez, febre intermitente e perda de peso inexplicada ao</p><p>longo dos últimos três meses. Ele também relata hematomas espontâneos e sangramento</p><p>gengival com facilidade. Ao exame físico, observa-se palidez cutânea, petéquias dispersas e</p><p>aumento do baço. Após solicitação de exames laboratoriais, observou-se:</p><p>Hemograma completo:</p><p>Hemoglobina: 8 g/dL (valor de referência: 13-17 g/dL)</p><p>Hematócrito: 25% (valor de referência: 39-50%)</p><p>Leucócitos: 180.000/mm³ (valor de referência: 4.000-11.000/mm³)</p><p>Plaquetas: 50.000/mm³ (valor de referência: 150.000-400.000/mm³)</p><p>Exame de morfologia das células sanguíneas:</p><p>Presença de blastos imaturos na circulação periférica.</p><p>Considerando o contexto acima, marque a alternativa que apresenta a principal hipótese</p><p>diagnóstica.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 56 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Leucemia mielóide aguda.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 57 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Com base nas queixas clínicas e nos resultados dos exames laboratoriais, a principal hipótese</p><p>diagnóstica para esse paciente é Leucemia Mieloide Aguda (LMA).</p><p>A LMA é uma neoplasia hematológica caracterizada pela proliferação descontrolada de células</p><p>imaturas (blastos) na medula óssea, que acabam por suprimir a produção normal de células</p><p>sanguíneas maduras, levando à anemia, trombocitopenia e neutropenia. Os sintomas</p><p>apresentados, como fadiga, palidez, febre, perda de peso, hematomas espontâneos e</p><p>sangramento gengival, são típicos de pacientes com LMA.</p><p>A presença de blastos imaturos na circulação periférica reforça a suspeita de LMA, pois é</p><p>característica dessa condição a presença de blastos na corrente sanguínea devido à interrupção</p><p>da maturação normal das células na medula óssea.</p><p>Neste caso específico, a suspeita de anemia autoimune ou ferropriva não é a mais provável</p><p>devido aos achados clínicos e laboratoriais apresentados.</p><p>1. Anemia autoimune:</p><p>Não é provável devido à presença de petéquias dispersas e aumento do</p><p>baço. A anemia autoimune geralmente não causa esplenomegalia e</p><p>petéquias, que são mais sugestivas de distúrbios hematológicos malignos,</p><p>como a leucemia.</p><p>Além disso, a presença de blastos imaturos na circulação periférica sugere</p><p>uma proliferação anormal de células mieloides na medula óssea, o que é</p><p>característico de leucemia mieloide aguda, e não de uma anemia autoimune.</p><p>2. Anemia ferropriva:</p><p>A anemia ferropriva é caracterizada pela deficiência de ferro, que pode ser</p><p>confirmada por exames laboratoriais, como a dosagem de ferritina sérica e a</p><p>saturação de transferrina. No entanto, não há indicação de deficiência de</p><p>ferro com base nos achados laboratoriais fornecidos.</p><p>Além disso, a presença de leucocitose e trombocitopenia é incomum na</p><p>anemia ferropriva e sugere uma condição mais grave, como uma neoplasia</p><p>hematológica.</p><p>Referências:</p><p>GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. Rio de Janeiro: Grupo GEN,</p><p>2022. E-book. ISBN 9788595159297. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159297/. Acesso em: 30 mar. 2024.</p><p>HOFFBRAND, A. V.; MOSS, P. A. H. Fundamentos em hematologia de Hoffbrand. Porto Alegre:</p><p>Grupo A, 2018. E-book. ISBN 9788582714515. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714515/. Acesso em: 30 mar. 2024.</p><p>JAMESON, J. L. et al. Medicina interna de Harrison - 2 volumes. Porto Alegre: Grupo A, 2019. E-</p><p>book. ISBN 9788580556346. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556346/. Acesso em: 30 mar. 2024.</p><p>40ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Um paciente, de 60 anos, chega à clínica com histórico de dispneia aos esforços progressiva,</p><p>ortopneia e edema nos tornozelos há cerca de 6 meses. Durante o exame físico, é observada</p><p>taquicardia, terceira bulha cardíaca audível e estertores pulmonares bilaterais a ausculta.</p><p>Considerando o contexto de um caso clínico de paciente com cardiomiopatia dilatada, qual é a</p><p>correlação mais provável entre as manifestações clínicas e os achados do exame físico?</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 58 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Dispneia aos esforços, ortopneia e edema nos tornozelos são achados típicos da insuficiência</p><p>cardíaca congestiva, enquanto a presença de uma terceira bulha e estertores pulmonares</p><p>sugere congestão pulmonar decorrente da disfunção sistólica do ventrículo esquerdo.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A resposta correta descreve os sinais e sintomas clássicos da insuficiência cardíaca congestiva,</p><p>que é uma manifestação comum da cardiomiopatia dilatada. Dispneia aos esforços: A dispneia</p><p>ocorre devido à incapacidade do coração em bombear sangue de forma eficiente para atender</p><p>às demandas metabólicas do corpo, resultando em uma redução do fluxo sanguíneo para os</p><p>tecidos e órgãos, especialmente durante o esforço físico. Ortopneia: É a dificuldade de respirar</p><p>quando deitado plano, aliviada pela posição sentada ou em pé. Isso ocorre porque, quando</p><p>deitado, o sangue retorna para o coração, aumentando o volume de sangue no coração e nos</p><p>pulmões, o que pode agravar a dispneia. Edema nos tornozelos: O edema periférico é comum</p><p>na insuficiência cardíaca devido à retenção de líquidos, resultante da diminuição da capacidade</p><p>do coração em bombear eficientemente o sangue para fora dos tecidos, levando à acumulação</p><p>de fluido</p><p>nos tornozelos e outras partes do corpo. Terceira bulha (B3): A terceira bulha é um</p><p>som cardíaco adicional ouvido logo após o segundo som cardíaco (B2). Ela é causada pela</p><p>rápida distensão do ventrículo durante a fase inicial da diástole, indicando uma sobrecarga de</p><p>volume e disfunção diastólica. Estertores pulmonares: São ruídos respiratórios anormais</p><p>ouvidos durante a ausculta dos pulmões, indicando congestão pulmonar devido ao acúmulo de</p><p>líquido nos alvéolos, um resultado da insuficiência cardíaca esquerda. Esses achados são</p><p>consistentes com a fisiopatologia da cardiomiopatia dilatada, onde há dilatação do coração,</p><p>redução da contratilidade miocárdica e consequente insuficiência cardíaca congestiva.</p><p>Referências:</p><p>PORTO, Celmo C. Semiologia Médica, 8ª edição. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2019.</p><p>E-book. ISBN 9788527734998. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734998/. Acesso em: 05 abr. 2024.</p><p>NORRIS, Tommie L. Porth - Fisiopatologia. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2021. E-</p><p>book. ISBN 9788527737876. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737876/. Acesso em: 05 abr. 2024.</p><p>41ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 59 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Homem, 42 anos, chega ao pronto-socorro queixando-se de dor torácica aguda e penetrante que</p><p>piora com inspiração profunda e quando deitado. Ele descreve a dor como central e irradiando</p><p>para as costas. Ao exame físico, seus sinais vitais estão dentro da normalidade, com frequência</p><p>cardíaca de 90 bpm, pressão arterial de 130/80 mmHg, frequência respiratória de 18 irpm e</p><p>saturação de oxigênio de 98% em ar ambiente. Sem sinais de cianose ou extremidades frias. Os</p><p>níveis de troponina estão dentro dos limites da normalidade. Um ECG foi realizado mostrando</p><p>elevações difusas do segmento ST em múltiplas derivações, com depressão do segmento PR. O</p><p>ecocardiograma não mostrou acúmulo de líquido pericárdico visível ou silhueta globular do</p><p>coração.</p><p>O diagnóstico mais provável para o caso é:</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A) (CORRETA)</p><p>pericardite.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 60 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A pericardite é uma condição inflamatória caracterizada pela inflamação do pericárdio, o saco que</p><p>envolve o coração. Os pacientes geralmente apresentam dor torácica aguda e de natureza</p><p>pleurítica, muitas vezes exacerbada pela inspiração e aliviada pela inclinação para frente. Essa</p><p>dor pode irradiar para o pescoço, ombros ou costas. No exame clínico, uma fricção pericárdica,</p><p>um som de arranhão ou rangido, melhor ouvido na borda esternal esquerda, pode ser auscultado.</p><p>Os achados do eletrocardiograma geralmente mostram elevações difusas do segmento ST em</p><p>múltiplas derivações, com depressão do segmento PR. Marcadores inflamatórios elevados, como</p><p>proteína C reativa e velocidade de hemossedimentação, podem ser observados em exames</p><p>laboratoriais. A ecocardiografia transtorácica pode auxiliar no diagnóstico ao visualizar</p><p>espessamento ou derrame pericárdico, embora nem sempre esteja presente. O diagnóstico</p><p>diferencial inclui distinguir pericardite de derrame pericárdico e tamponamento cardíaco. O</p><p>derrame pericárdico envolve o acúmulo de líquido dentro do saco pericárdico, frequentemente</p><p>detectado pela ecocardiografia. O tamponamento cardíaco, uma complicação crítica do derrame</p><p>pericárdico, manifesta-se com a tríade de Beck (hipotensão, distensão venosa jugular, sons</p><p>cardíacos abafados) e pode exigir intervenção urgente, como pericardiocentese.</p><p>Referências:</p><p>Loscalzo J, Fauci AS, Kasper DL et al. Medicina Interna de Harrison. (21st edição). Rio de</p><p>Janeiro: Grupo A; 2024.</p><p>Goldman L, Schafer AI. Goldman-Cecil Medicina. (26th edição). Rio de Janeiro: Grupo GEN;</p><p>2022.</p><p>Jatene IB, Ferreira JFM, Drager LF et al. Tratado de cardiologia SOCESP. (5th edição). São</p><p>Paulo: Editora Manole; 2022.</p><p>42ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>P. L. C. 47 anos, sexo masculino, atualmente cumpre pena em um presídio no interior paulista.</p><p>Durante a madrugada, o homem passa mal e então é levado pelo SAMU para um hospital da</p><p>região. Ao chegar na unidade hospitalar, o médico percebe que o paciente está debilitado, com</p><p>febre, acompanhado de tosse persistente seca. Além disso o homem relata sudorese noturna e</p><p>emagrecimento há pelo menos 15 dias. Diante desse quadro, foi solicitado a baciloscopia e</p><p>radiografia (imagem abaixo) para confirmação da hipótese diagnóstica.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 61 de 77</p><p>Fonte: Consenso sobre o diagnóstico da tuberculose da Sociedade Brasileira de Pneumologia e</p><p>Tisiologia – Jornal Brasileiro de Pneumologia (2021)</p><p>Sobre a hipótese diagnóstica do caso descrito, avalie as assertivas abaixo e assinale a alternativa</p><p>correta:</p><p>I. A radiografia do paciente apresenta cavidade de paredes espessadas localizada no terço médio</p><p>do pulmão direito associada a pequenos nódulos do espaço aéreo, também designados de lesões</p><p>satélites.</p><p>II. A baciloscopia de escarro é indicada na situação desse paciente, uma vez que a indicação</p><p>clínica desse exame é somente em condições de sintomatologia respiratória.</p><p>III. As lesões típicas da doença são causadas por uma resposta imunológica, envolvendo</p><p>linfócitos Th1, que liberam IFN-γ, ativando os macrófagos responsáveis por fagocitar o agente</p><p>etiológico da doença.</p><p>IV. O tratamento escolhido para o paciente foi a base de rifampicina, isoniazida, pirazinamida e</p><p>etambutol, tendo em vista a boa atividade bacteriostática dessas drogas e diminuição da</p><p>probabilidade de resistência microbiana.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 62 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A) (CORRETA)</p><p>I e III são corretas.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A imagem demonstra os principais achados radiográficos na tuberculose pulmonar. A</p><p>cavidade de paredes espessadas localizada no terço médio do pulmão direito associada a</p><p>pequenos nódulos do espaço aéreo, também designados de lesões satélites, que</p><p>documentam o aspecto clássico de disseminação broncogênica da doença.</p><p>Fonte:</p><p>Consenso sobre o diagnóstico da tuberculose da Sociedade Brasileira de Pneumologia e</p><p>Tisiologia – Jornal Brasileiro de Pneumologia (2021)</p><p>A baciloscopia do escarro, desde que executada corretamente em todas as suas fases, permite</p><p>detectar de 60% a 80% dos casos de TB pulmonar em adultos, o que é importante do ponto de</p><p>vista epidemiológico, já que os casos com baciloscopia positiva são os maiores responsáveis</p><p>pela manutenção da cadeia de transmissão. Em crianças, a sensibilidade da baciloscopia é</p><p>bastante diminuída pela dificuldade de obtenção de uma amostra com boa qualidade.</p><p>A baciloscopia de escarro é indicada nas seguintes condições: no sintomático respiratório,</p><p>durante estratégia de busca ativa; em caso de suspeita clínica e/ou radiológica de Tuberculose</p><p>pulmonar, independentemente do tempo de tosse; para acompanhamento e controle de cura em</p><p>casos pulmonares com confirmação laboratorial.</p><p>A baciloscopia de escarro deve ser realizada em duas amostras: uma por ocasião do primeiro</p><p>contato com a pessoa que tosse e outra, independentemente do resultado da primeira, no dia</p><p>seguinte, com a coleta do material sendo feita preferencialmente ao despertar. Nos casos em que</p><p>houver indícios clínicos e radiológicos de suspeita de TB e as duas amostras de diagnóstico</p><p>apresentarem resultado negativo, podem ser solicitadas amostras adicionais.</p><p>Em resposta à infecção por M. tuberculosis, os macrófagos secretam interleucina-12 (IL-12) e</p><p>fator de necrose tumoral-α (TNF-α). Essas citocinas aumentam a inflamação localizada por meio</p><p>do recrutamento de células T e células natural killer (NK) para a área dos macrófagos infectados,</p><p>induzindo a diferenciação das células T em células TH1 (células T auxiliadoras), com</p><p>subsequente secreção de interferon-γ (IFN-γ). Na presença de IFN-γ, os macrófagos infectados</p><p>são ativados.</p><p>Levando-se em consideração o comportamento metabólico e localização do bacilo, o esquema</p><p>terapêutico antituberculose</p><p>deve atender a três grandes objetivos: ter atividade bactericida</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 63 de 77</p><p>precoce, ser capaz de prevenir a emergência de bacilos resistentes e ter atividade esterilizante.</p><p>A atividade bactericida precoce é a capacidade de matar o maior número de bacilos, o mais</p><p>rapidamente possível, diminuindo a infectividade do caso-índice no início do tratamento. Em geral,</p><p>após duas a três semanas de tratamento com esquema antiTB que inclua fármacos com</p><p>atividade bactericida precoce, a maior parte dos doentes deixa de ser bacilífero (ter baciloscopia</p><p>direta de escarro positiva), diminuindo assim a possibilidade de transmissão da doença.</p><p>Referências:</p><p>Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças</p><p>Transmissíveis. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil. Ministério</p><p>da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças</p><p>Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019.</p><p>Consenso sobre o diagnóstico da tuberculose da Sociedade Brasileira de Pneumologia e</p><p>Tisiologia. Consenso sobre o diagnóstico da tuberculose da Consenso sobre o diagnóstico da</p><p>tuberculose da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. J Bras Pneumol.</p><p>2021;47(2):e20210054.</p><p>MURRAY, Patrick R. Microbiologia Médica Básica. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. E-book.</p><p>ISBN 9788595151758.</p><p>43ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 64 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>João Alfredo, 75 anos, chega à Unidade de Saúde da Família (USF) com queixas de febre alta,</p><p>tosse produtiva com secreção amarelada, dor torácica pleurítica e falta de ar há três dias. Ele</p><p>relata também sintomas gerais de mal-estar e fadiga. O mesmo foi recebido pela enfermeira da</p><p>unidade, a qual realizou o acolhimento de João Alfredo e ao exame físico, observou taquipneia,</p><p>crepitações à ausculta pulmonar em base direita e febre. João Alfredo foi encaminhado ao</p><p>médico para consulta detalhada.</p><p>Com base no caso clínico apresentado, assinale a alternativa que apresenta o agente etiológico</p><p>mais provável e a análise adequada da conduta da equipe de acolhimento, de acordo com a</p><p>Política Nacional de Humanização (PNH).</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A) (CORRETA)</p><p>O gente etiológico mais provável é Streptococcus pneumoniae e a equipe de acolhimento,</p><p>através da avaliação de enfermagem, realizou manejo adequado utilizando dispositivos da PNH,</p><p>a qual sugere o Acolhimento com Classificação de Risco.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A pneumonia bacteriana é frequentemente causada pelo Streptococcus pneumoniae em</p><p>pacientes idosos. A conduta adequada da equipe de acolhimento, de acordo com a política</p><p>nacional de humanização, envolve o Acolhimento com Classificação de Risco. No caso do</p><p>Paciente João, ele foi acolhido pela enfermeira e foi encaminhado para consulta médica devido a</p><p>necessidade da sua situação.</p><p>Referências:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção</p><p>Básica. Cadernos de Atenção Básica: Acolhimento à demanda espontânea. 1. ed. 1 reimp.</p><p>n. 28. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. v. 1.</p><p>KUMAR, Vinay. Robbins Patologia Básica. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018.</p><p>44ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 65 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Paciente, masculino, 35 anos, diagnosticado com malária, apresenta-se ao pronto-socorro com</p><p>fadiga persistente, palidez cutaneomucosa, dispneia aos esforços e icterícia. Após a realização</p><p>do hemograma, foram observados os seguintes resultados:</p><p>Hemoglobina: 7,8 g/dL (Valor de referência: 13,5 - 17,5 g/dL)</p><p>Hematócrito: 23% (Valor de referência: 41% - 53%)</p><p>VCM: 85 fL (Valor de referência: 80 - 100 fL)</p><p>Leucócitos: 8.500/mm³ (Valor de referência: 4.500 - 11.000/mm³)</p><p>Plaquetas: 200.000/mm³ (Valor de referência: 150.000 - 400.000/mm³)</p><p>Com base nos dados apresentados, analise as afirmativas abaixo:</p><p>I. Os valores da hemoglobina e do hematócrito sugerem anemia hemolítica.</p><p>II. Os valores do VCM são condizentes com anemia macrocítica.</p><p>III. A plaquetopenia observada está relacionada à anemia hemolítica.</p><p>Está(ão) correta(s) apenas a(s)</p><p>afirmativa(s)</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>I.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 66 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Resposta correta:</p><p>Apenas a afirmativa I está correta.</p><p>Resposta comentada:</p><p>As anemias hemolíticas são distúrbios caracterizados por redução do tempo de vida dos</p><p>eritrócitos (hemácias) maduros no sangue periférico, em que a taxa de destruição dos eritrócitos</p><p>ultrapassa a capacidade de eritropoese da medula óssea para manter níveis normais de</p><p>hemoglobina e hematócrito. De acordo com a etiologia, a hemólise e a destruição acelerada dos</p><p>eritrócitos podem ocorrer na vasculatura (hemólise intravascular) e/ou no fígado ou no baço</p><p>(hemólise extravascular). A anemia hemolítica pode ser a consequência de um defeito intrínseco</p><p>(intracorpuscular) e, com frequência, geneticamente determinado da membrana eritrocitária ou de</p><p>um constituinte do eritrócito (estrutura da hemoglobina ou mecanismos enzimáticos). Por outro</p><p>lado, a anemia hemolítica pode resultar de uma anormalidade extrínseca (extracorpuscular) e,</p><p>tipicamente, adquirida, que ataca a membrana do eritrócito (imune, infecciosa, tóxica).</p><p>Os eritrócitos também podem ser descritos por meio de parâmetros, denominados índices</p><p>eritrocitários, que são rotineiramente calculados pela maioria dos contadores de células</p><p>eletrônicos. Os índices eritrocitários incluem o volume corpuscular médio (VCM), a hemoglobina</p><p>corpuscular média (HCM) e a concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM). O</p><p>índice VCM permite a análise do tamanho médio dos glóbulos vermelhos. Uma anemia é</p><p>considerada macrocítica quando o VCM está aumentado, o que significa que os glóbulos</p><p>vermelhos estão maiores que o normal.</p><p>A trombocitopenia é definida por uma contagem de plaquetas inferior à faixa da normalidade,</p><p>habitualmente abaixo de 140.000/mm³. As causas de trombocitopenia podem ser divididas em</p><p>três grandes categorias: (1) destruição aumentada de plaquetas, como a observada em causas</p><p>imunomediadas; (2) produção diminuída de plaquetas, habitualmente devido a distúrbio</p><p>subjacente da medula óssea; ou (3) sequestro de plaquetas no baço, conforme observado em</p><p>condições que causam esplenomegalia (hiperesplenismo).</p><p>Referência:</p><p>GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina: Grupo GEN, 2022. E-</p><p>book. ISBN 9788595159297. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159297/. Acesso em: 02 abr. 2024.</p><p>45ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 67 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>E.A.S., sexo masculino, 68 anos, tabagista há mais de 40 anos, procura atendimento médico,</p><p>referindo história de tosse crônica há 2 anos, geralmente seca, sendo algumas vezes produtiva,</p><p>mas que sempre associou ao cigarro e nunca procurou investigar. Porém, a cerca de 8 meses</p><p>vem apresentando dispneia aos moderados esforços, especialmente quando exercendo</p><p>atividades que exigiam maior esforço físico no trabalho. Essa dispneia vem piorando, e, nas</p><p>últimas 2 semanas, têm acontecido até em repouso, o impedindo de realizar suas atividades</p><p>diárias, o que o levou a se afastar da oficina de carros em que trabalhava. Nega HAS ou outra</p><p>doença crônica. Sobre o possível diagnóstico e a fisiopatologia da doença, analise as assertivas</p><p>abaixo:</p><p>I. Os sintomas do paciente apontam para um possível caso de doença pulmonar obstrutiva</p><p>crônica (DPOC), que caracteriza-se pela obstrução ao fluxo aéreo das vias respiratórias</p><p>inferiores, em geral progressiva, parcialmente reversível, e pode acompanhar-se de</p><p>hiperreatividade das vias aéreas, o que torna a dispneia progressiva um sintoma comum entre os</p><p>pacientes.</p><p>II. Doenças pulmonares obstrutivas incluem a bronquite crônica e enfisema pulmonar, as quais</p><p>são os tipos mais comuns. Estas doenças têm em comum obstrução crônica ao fluxo aéreo, e se</p><p>manifestam com sinais</p><p>e sintomas respiratórios persistentes.</p><p>III. A bronquite crônica é caracterizada por aumento anormal e permanente do tamanho dos</p><p>ácinos pulmonares associado a destruição dos septos alveolares, sem fibrose evidente, já o</p><p>enfisema pulmonar por um quadro inflamatório crônico, com hipersecreção de muco, hipertrofia</p><p>das glândulas submucosas, aumento do número de células caliciformes e acúmulo de secreção.</p><p>IV. O paciente do caso apresenta fatores de risco e história clínica consistente com a DPOC.</p><p>Fatores de risco para a doença incluem o tabagismo, poluentes, doenças genéticas, dentre</p><p>outros.</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>I, II, e IV.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 68 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Doenças pulmonares obstrutivas são entidades clínico-patológicas que têm em comum</p><p>obstrução crônica ao fluxo aéreo, em qualquer nível da árvore respiratória, e se manifestam com</p><p>sinais e sintomas respiratórios persistentes. As duas principais doenças obstrutivas são bronquite</p><p>crônica e enfisema pulmonar. A asma, antes considerada doença obstrutiva, foi separada como</p><p>entidade própria na revisão de 2020 da Global Strategy for Prevention, Diagnosis and</p><p>Management of COPD (GOLD, 2020). São também incluídas entre as doenças obstrutivas</p><p>entidades menos comuns, como fibrose cística e bronquiectasia. Na bronquite crônica as grandes</p><p>vias aéreas apresentam hipersecreção de muco, hipertrofia das glândulas submucosas, aumento</p><p>do número de células caliciformes e acúmulo de secreção. Já o enfisema pulmonar é definido</p><p>como aumento anormal e permanente do tamanho dos ácinos pulmonares associado a</p><p>destruição dos septos alveolares, sem fibrose evidente.</p><p>Entre os fatores de risco para tais doenças, estão: (a) tabagismo, inclusive fumo passivo, tanto</p><p>em países desenvolvidos como em desenvolvimento; (b) poluição indoor, ou seja, ambientes</p><p>internos, domésticos ou residenciais (principalmente a partir de combustíveis da biomassa) e</p><p>outdoor, ou seja, ambientes externos ou abertos; (c) alérgenos variados; (d) agentes</p><p>ocupacionais; (e) estados pós-infecciosos; (f) doenças genéticas (como deficiência de α1-</p><p>antitripsina); (g) dieta e estados nutricionais (provável).</p><p>Portanto, estão corretos os itens I, II e IV.</p><p>Referências:</p><p>BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo patologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,</p><p>2022, ix, 1573 p. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527738378/.</p><p>Global Strategy for the diagnosis, management, and prevention of Chronic Obstructive Pulmonary</p><p>Disease. 2020 Report. Disponível em: https://goldcopd.org/wp-content/uploads/2019/12/GOLD-</p><p>2020-FINAL-ver1.2-03Dec19_WMV.pdf</p><p>46ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Você é um estudante de medicina em um hospital universitário. Durante sua rotação na</p><p>pneumologia, você é apresentado a um paciente do sexo masculino, 60 anos, com histórico de</p><p>doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e tabagismo. Ele se queixa de falta de ar progressiva</p><p>e dor no peito que piora com a respiração profunda.</p><p>Exame Físico: Durante o exame físico, você nota que a expansão do pulmão direito está</p><p>diminuída e os sons respiratórios estão abafados nesse lado.</p><p>Exame Complementar: O médico decide realizar um exame complementar invasivo, que envolve</p><p>a remoção de um fluido específico para análise. Este fluido é obtido de uma cavidade do corpo</p><p>que normalmente contém uma pequena quantidade de líquido lubrificante.</p><p>Resultados do Exame: Os resultados laboratoriais do líquido pleural mostram uma contagem</p><p>elevada de leucócitos, predominância de neutrófilos, proteína elevada e Lactato Desidrogenase</p><p>(LDH) elevada.</p><p>Com base no cenário clínico, no exame físico e nos resultados do exame complementar, qual é a</p><p>condição mais provável que este paciente está enfrentando?</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 69 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa B) (CORRETA)</p><p>Derrame pleural.</p><p>Resposta comentada:</p><p>O derrame pleural é caracterizado pelo acúmulo excessivo de líquido na cavidade pleural, que é</p><p>o espaço entre as duas camadas da pleura (uma membrana fina que reveste os pulmões e a</p><p>parede interna do tórax). Os sintomas comuns incluem falta de ar e dor no peito que piora ao</p><p>respirar profundamente, como descrito no cenário clínico.</p><p>O exame complementar mencionado na questão é a toracocentese, um procedimento invasivo</p><p>que envolve a inserção de uma agulha na cavidade pleural para remover o líquido pleural para</p><p>análise. Este procedimento é comumente realizado quando há suspeita de derrame pleural,</p><p>especialmente se a causa do derrame é desconhecida ou se há suspeita de infecção ou câncer.</p><p>Os resultados laboratoriais do líquido pleural que mostram uma contagem elevada de leucócitos</p><p>(um tipo específico de células brancas do sangue), proteína elevada e LDH (uma enzima</p><p>específica) elevada são consistentes com um derrame pleural exsudativo, que é comumente</p><p>causado por condições como pneumonia, tuberculose, câncer e doenças autoimunes.</p><p>Referências:</p><p>GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. Rio de Janeiro: Grupo GEN,</p><p>2022.</p><p>BROADDUS, V. Courtney. Murray & Nadel - Tratado de Medicina Respiratória. Rio de</p><p>Janeiro: Grupo GEN, 2017.</p><p>47ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Paciente, de 65 anos, tabagista, apresenta-se ao pronto socorro com queixa de tosse produtiva</p><p>com expectoração purulenta, febre alta (39,9ºC), dispneia e dor pleurítica há 3 dias. Ao exame</p><p>físico, observa-se taquipneia, sibilos e estertores crepitantes em hemitórax direito. A radiografia</p><p>de tórax revela um infiltrado intersticial focal no mesmo hemitórax. Nega outras doenças. Com</p><p>base no quadro clínico e nos achados, qual a conduta inicial mais adequada para o paciente?</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 70 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>Solicitar hemocultura e iniciar ceftriaxona intravenosa, aguardando resultado para</p><p>ajuste de tratamento.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 71 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>O quadro clínico descrito é característico de pneumonia, especialmente considerando os</p><p>sintomas de tosse produtiva purulenta, febre, dispneia e dor pleurítica, juntamente com os</p><p>achados auscultatórios de taquipneia, sibilos e estertores crepitantes em hemitórax direito. A</p><p>radiografia de tórax neste caso e seus achados, reforçam essa suspeita. Embora a amoxicilina e</p><p>clavulanato seja um antibiótico comumente utilizado para tratar infecções respiratórias, não é a</p><p>escolha ideal para este paciente por algumas razões:</p><p>1. Idade e tabagismo: Pacientes idosos e fumantes apresentam maior risco de desenvolver</p><p>pneumonia grave, que pode ser causada por patógenos mais resistentes à amoxicilina.</p><p>2. Gravidade do quadro: O paciente apresenta febre alta, dispneia e dor pleurítica, sinais que</p><p>indicam uma pneumonia grave. Nesses casos, é crucial iniciar um antibiótico de amplo espectro</p><p>por via intravenosa o mais rápido possível.</p><p>3. Infiltrado intersticial focal: A radiografia de tórax revela um infiltrado intersticial focal, que pode</p><p>ser indicativo de pneumonia atípica, causada por patógenos que não respondem à amoxicilina.</p><p>4. Falta de investigação: A conduta descrita na alternativa (A) não inclui a investigação do agente</p><p>causador da pneumonia. A hemocultura é essencial para identificar o patógeno e definir o</p><p>antibiótico mais eficaz.</p><p>Logo, a hemocultura é fundamental para identificar o agente etiológico específico da pneumonia,</p><p>orientando assim o tratamento antibiótico adequado. A ceftriaxona é um antibiótico de amplo</p><p>espectro comumente utilizado no tratamento inicial da pneumonia, pois é eficaz contra muitos dos</p><p>principais patógenos causadores, incluindo Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e</p><p>Moraxella catarrhalis.</p><p>A tomografia computadorizada de tórax não é rotineiramente indicada no diagnóstico de</p><p>pneumonia, mas pode ser considerada em casos específicos, como em pacientes</p><p>imunossuprimidos ou com pneumonia grave, quando há necessidade de avaliação mais</p><p>detalhada da extensão da doença e</p><p>o caso não refere tal necessidade.</p><p>O swab nasofaríngeo para pesquisa de vírus influenza é indicado principalmente em pacientes</p><p>com sintomas sugestivos de influenza, como coriza, dor.</p><p>Referências:</p><p>BROADDUS, V. Courtney. Murray & Nadel - Tratado de Medicina Respiratória. Rio de Janeiro:</p><p>Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN 9788595156869. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156869/. Acesso em: 21 out. 2023.</p><p>GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. Rio de Janeiro: Grupo GEN,</p><p>2022. E-book. ISBN 9788595159297. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159297/. Acesso em: 21 out. 2023.</p><p>KUMAR, Vinay. Robbins Patologia Básica. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. E-book. ISBN</p><p>9788595151895. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151895/. Acesso em: 21 out. 2023.</p><p>48ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 72 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Um homem, de 58 anos, com histórico de diabetes mellitus tipo 2 e hipertensão arterial sistêmica,</p><p>apresenta-se ao pronto atendimento com dor no peito de início súbito, irradiando-se para o braço</p><p>esquerdo e acompanhada de sudorese fria. Ele relata que a dor começou enquanto estava em</p><p>repouso e não melhora com o uso do nitrato. Seu eletrocardiograma mostra elevação do</p><p>segmento ST em múltiplas derivações. Nos exames laboratoriais, realizados no momento da</p><p>admissão e após 4 horas, não apresentaram positividade para marcadores de necrose cardíaca.</p><p>A partir dos seus conhecimentos, analise as seguintes asserções e marque a alternativa correta:</p><p>I. O caso apresentado se trata de uma angina instável, pelo fato de não haver melhora em</p><p>repouso e com a medicação, e apesar do paciente apresentar sintomas semelhantes ao infarto</p><p>agudo do miocárdio (IAM), as características patológicas de ambas as doenças são distintas.</p><p>PORQUE</p><p>II. Enquanto a angina instável é geralmente desencadeada por uma diminuição da oferta de</p><p>oxigênio do miocárdio, o IAM é causado por uma obstrução aguda das artérias coronárias devido</p><p>à formação de trombo sobre uma placa aterosclerótica ulcerada, levando à necrose do tecido</p><p>cardíaco.</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa B) (CORRETA)</p><p>As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é justificativa correta da I.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 73 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A angina instável é geralmente desencadeada por uma diminuição da oferta de oxigênio do</p><p>miocárdio, muitas vezes devido à obstrução parcial das artérias coronárias por placas</p><p>ateroscleróticas, sendo normalmente pouco responsivas ao tratamento com nitrato. Por outro</p><p>lado, o infarto agudo do miocárdio é causado por uma obstrução aguda das artérias coronárias</p><p>devido à formação de trombo sobre uma placa aterosclerótica ulcerada. Enquanto a angina</p><p>instável envolve principalmente isquemia miocárdica transitória, o IAM resulta em necrose</p><p>irreversível do tecido cardíaco devido à interrupção prolongada do fluxo sanguíneo, evidenciada</p><p>pela positividade nos marcadores de necrose cardíaca (troponina T ou I, CK-MB). Na angina</p><p>instável, a histologia mostra inflamação aguda e descolamento parcial ou completo de uma placa</p><p>aterosclerótica, mas sem necrose significativa do tecido cardíaco. No entanto, no infarto agudo do</p><p>miocárdio, além da presença de placas ateroscleróticas, há formação de trombo sobre uma placa</p><p>aterosclerótica ulcerada, resultando em oclusão total ou subtotal do vaso e subsequente necrose</p><p>do miocárdio. Portanto, embora ambas as condições possam manifestar sintomas semelhantes,</p><p>como dor no peito, é crucial distinguir entre elas devido às diferenças em suas causas</p><p>subjacentes e características histopatológicas, o que tem implicações significativas no manejo</p><p>clínico e prognóstico do paciente.</p><p>Referências:</p><p>JATENE, Ieda B.; FERREIRA, João Fernando M.; DRAGER, Luciano F.; et al. Tratado de</p><p>cardiologia SOCESP. Santanda de Parnaíba [SP]: Editora Manole, 2022.</p><p>PORTO, Celmo C. Semiologia Médica, 8ª edição: Grupo GEN, 2019. E-book. ISBN</p><p>9788527734998. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734998/. Acesso em: 06 abr. 2024.</p><p>49ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Na Estratégia Saúde da Família (ESF), o médico de família e comunidade, atende uma criança do</p><p>sexo masculino de 4 anos de idade, que é acompanhada em consultas de puericultura realizadas</p><p>desde quando nasceu. Hoje a mãe trouxe o garoto para uma consulta clínica. Logo que viu a mãe,</p><p>o médico percebeu que ela parecia muito preocupada. Com a atenção de sempre, pediu à mãe</p><p>que explicasse por que parecia tão preocupada. A mãe então contou que seu filho começou há</p><p>cerca de 2 meses com alguns episódios de febre, dor em membros inferiores e desânimo para</p><p>brincar. Informou ainda que observou caroços no pescoço, que vêm aumentando de tamanho e</p><p>estão mais visíveis agora. Após a explicação, a mãe começa a chorar. O médico aguarda que ela</p><p>se acalme e pergunta o que ela pensa sobre a situação de adoecimento do filho. A mãe,</p><p>reconfortada pela atenção do médico, explica que tem muito medo do filho estar com uma</p><p>“doença ruim”, que sofreu muito para conseguir engravidar e que o filho é tudo na vida dela. O</p><p>médico diz que irá examinar o garoto. Ao exame foi evidenciado criança hipocorada,</p><p>linfoadenomegalia em cadeias cervicais, com linfonodos medindo aproximadamente 3 cm,</p><p>indolores e aderidos a planos profundos.</p><p>Assinale a alternativa que contém o componente do Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)</p><p>que o médico utilizou e a hipótese diagnóstica mais provável.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 74 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>Explorando a doença e experiência do adoecimento para a provável leucemia linfocitica aguda.</p><p>Resposta comentada:</p><p>O médico utilizou o MCCP ao aplicar o componente 1: Explorando a doença e experiência do</p><p>adoecimento para a provável leucemia linfocitica aguda. Ao aplicar o componente 1 do MCCP o</p><p>médico foi capaz de entender a dimensão da doença e o significado para a mãe da criança</p><p>doente. A leucemia linfocítica aguda é uma neoplasia maligna que ocorre principalmente na</p><p>infância, especialmente na faixa etária de 2 a 10 anos. É a neoplasia maligna mais comum na</p><p>infância. Ocorre proliferação desordenada das células com parada da maturação, com</p><p>aparecimento de blastos e infiltração de tecidos, podendo apresentar dor óssea como sintoma,</p><p>devido à infiltração de linfoblastos no periósteo. Há supressão da produção de precursores de</p><p>eritrócitos, plaquetas e leucócitos normais e, desta forma, há também prejuízo da resposta</p><p>imune normal do paciente. Febre, palidez, equimoses, petéquias, hepatoesplenomegalia e</p><p>linfadenomegalias podem ser achados do exame físico.</p><p>Referência:</p><p>GUSSO, Gustavo, et al. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e</p><p>Prática. 2ª ed. Grupo A, 2018. Cap. 60. Disponível em: Minha Biblioteca.</p><p>STEWART, Moira. et al. Medicina centrada na pessoa: transformando o método clínico. 3. ed.</p><p>Porto Alegre: Artmed, 2017. e-PUB. - PARTE 02 [recurso eletrônico]</p><p>Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção</p><p>Especializada e Temática. Protocolo de diagnóstico precoce para oncologia pediátrica [recurso</p><p>eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção</p><p>Especializada e Temática. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017.</p><p><http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/</p><p>protocolo_diagnostico_precoce_cancer_pediatrico.pd f></p><p>50ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 75 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Uma mulher de 60 anos, com histórico de tabagismo crônico e enfisema há 10 anos, morreu de</p><p>insuficiência cardíaca (IC) e outras complicações decorrentes da doença pulmonar. As suspeitas</p><p>para a etiologia da IC apontam para hipertensão pulmonar. Não há evidência de doença arterial</p><p>coronariana, miocardiopatias ou doença cardíaca valvar. Na análise do prontuário da paciente, foi</p><p>relatado sintomas</p><p>respiratórios como dispneia e tosse, decorrentes do enfisema, além de edema</p><p>periférico, distensão jugular e hepatomegalia. Apesar do tabagismo, não foi constatado quadro de</p><p>hipertensão arterial sistêmica. Em um ecocardiograma realizado na paciente, a fração de ejeção</p><p>do ventrículo direito foi de 77%.</p><p>A imagem do coração, evidenciando os achados anatomopatológicos é mostrada abaixo.</p><p>Fonte: https://5minuteconsult.com/</p><p>De acordo com o exposto acima, marque a alternativa que classifica corretamente a insuficiência</p><p>cardíaca apresentada nesse caso.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 76 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Insuficiência cardíaca direita com fração de ejeção preservada (diastólica).</p><p>Resposta comentada:</p><p>No texto é possível identificar que a paciente apresentou cor pulmonale, definida como hipertrofia</p><p>do ventrículo direito secundária à hipertensão pulmonar. A causa mais comum de cor pulmonale</p><p>é uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) como o enfisema, geralmente resultante do</p><p>tabagismo. Mesmo a insuficiência cardíaca direita, geralmente sendo uma consequência da</p><p>insuficiência cardíaca esquerda, nesse caso podemos constatar uma IC direita isolada devido a</p><p>hipertensão pulmonar.</p><p>Outro achado que sustenta o diagnóstico é a hipertrofia do ventrículo direito, apresentada no</p><p>corte transversal do coração.</p><p>Além disso, não existem evidências no prontuário para sinais e sintomas prévios de uma IC</p><p>esquerda, com exceção de sintomas respiratórios, que nesse caso são causados pelo próprio</p><p>enfisema. Os sinais e sintomas do prontuário – edema periférico, hepatomegalia – indicam</p><p>claramente a IC direita.</p><p>Podemos concluir também, que se trata de uma Insuficiência cardíaca com fração de ejeção</p><p>preservada, onde há disfunção diastólica, ou seja, o coração não se enche adequadamente,</p><p>devido a hipertrofia. Como as câmaras tornam-se rígidas, não podem relaxar o suficiente para</p><p>permitir o enchimento adequado dos ventrículos.</p><p>A Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida é associada a um problema com a</p><p>contração cardíaca e, portanto, o coração não consegue bombear com força suficiente, então há</p><p>disfunção sistólica. As causas incluem: paredes finas/fibrosadas, contração</p><p>anormal/descoordenada, devido a problemas na circulação coronária ou defeitos nas valvas.</p><p>Referências:</p><p>FILHO, Geraldo B. Bogliolo - Patologia: Grupo GEN, 2021.</p><p>MITCHELL, Richard N.; KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; AL, et. Robbins & Cotran</p><p>Fundamentos de Patologia: Grupo GEN, 2017.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 77 de 77</p><p>de PAD (fase V</p><p>de Korotkoff) são abaixo de 120 mmHg, com valores acima de 140 mmHg indicando</p><p>hipertensão.</p><p>Incorreta - Os valores normais de PAD são abaixo de 80 mmHg, não de 120 mmHg</p><p>Referência:</p><p>BARROSO, Weimar Kunz Sebba et al. Diretrizes brasileiras de hipertensão arterial–</p><p>2020. Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 116, p. 516-658, 2021.</p><p>3ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Você é um médico de família e comunidade e está realizando uma visita domiciliar a um paciente</p><p>com câncer em estágio avançado. O paciente apresenta dor crônica intensa e dificuldade para se</p><p>alimentar devido à mucosite oral causada pelo tratamento oncológico. A família do paciente</p><p>expressa preocupação com a qualidade de vida dele e busca orientações sobre como melhorar</p><p>seu conforto em casa.</p><p>Considerando o caso apresentado, assinale a alternativa que apresenta a intervenção mais</p><p>apropriada para proporcionar cuidados paliativos adequados ao paciente neste cenário.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 4 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Prescrever analgésicos potentes, como morfina, para o controle da dor, e orientar sobre</p><p>técnicas de relaxamento e respiração para ajudar no manejo da dor e do desconforto oral.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A resposta correta é a opção "Prescrever analgésicos potentes, como morfina, para o</p><p>controle da dor, e orientar sobre técnicas de relaxamento e respiração para ajudar no</p><p>manejo da dor e do desconforto oral." Neste caso, o paciente está em estágio avançado de</p><p>câncer, enfrentando dor crônica intensa e mucosite oral. Os cuidados paliativos visam</p><p>proporcionar conforto e qualidade de vida ao paciente, focando no alívio dos sintomas e no</p><p>suporte emocional tanto ao paciente quanto à família. A prescrição de analgésicos potentes, como</p><p>morfina, é essencial para controlar a dor, uma das principais preocupações do paciente em</p><p>cuidados paliativos. Além disso, orientar sobre técnicas de relaxamento e respiração pode ajudar</p><p>no manejo da dor e do desconforto oral, proporcionando um alívio adicional ao paciente.</p><p>Referências:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.</p><p>Caderno de atenção domiciliar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,</p><p>Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Capítulo 6).</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Departamento de</p><p>Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência. Atenção Domiciliar na Atenção Primária à Saúde</p><p>[recurso eletrônico] / Brasília: Ministério da Saúde, 2020.</p><p>Manual de Cuidados Paliativos / Coord. Maria Perez Soares D’Alessandro, Carina Tischler Pires,</p><p>Daniel Neves Forte ... [et al.]. – São Paulo: Hospital Sírio-libanês; Ministério da Saúde; 2020.</p><p>4ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 5 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Um paciente, de 40 anos, com diagnóstico prévio de hanseníase paucibacilar (PB), procurou a</p><p>unidade de saúde relatando que não completou o esquema terapêutico anterior e, agora,</p><p>apresenta novas lesões na pele, além de comprometimento neural. Os exames laboratoriais</p><p>indicam uma mudança no tipo de hanseníase, evoluindo para multibacilar (MB). Com base nesse</p><p>caso clínico e nas informações fornecidas, responda:</p><p>Qual das seguintes afirmativas sobre a hanseníase é correta?</p><p>I- A hanseníase multibacilar é caracterizada por lesões únicas na pele, com bordas bem</p><p>delimitadas e comprometimento neural intenso e localizado.</p><p>II- A hanseníase indeterminada é caracterizada por lesões na pele, frequentemente únicas,</p><p>brancas, lisas e mal delimitadas, sem comprometimento neural.</p><p>III- A hanseníase tuberculoide é a forma mais contagiosa da doença, apresentando manchas</p><p>esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, com bordas elevadas e mal delimitadas.</p><p>IV- A hanseníase virchowiana é caracterizada por lesões avermelhadas na pele, com poros</p><p>dilatados, pápulas e nódulos endurecidos, além de comprometimento neural intenso e localizado.</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa B)</p><p>(CORRETA) II e IV,</p><p>apenas.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 6 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>I- Incorreta. A hanseníase multibacilar é caracterizada por múltiplas manchas esbranquiçadas ou</p><p>avermelhadas na pele, com bordas pouco definidas, além de comprometimento neural.</p><p>II- Correta. A hanseníase indeterminada é caracterizada por lesões na pele, frequentemente</p><p>únicas, brancas, lisas e mal delimitadas, sem comprometimento neural.</p><p>III- Incorreta. A hanseníase tuberculoide não é a forma mais contagiosa da doença, e sim a</p><p>hanseníase virchowiana.</p><p>IV- Correta. A hanseníase virchowiana é caracterizada por lesões avermelhadas na pele, com</p><p>poros dilatados, pápulas e nódulos endurecidos, além de comprometimento neural intenso e</p><p>generalizado.</p><p>Referências:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de</p><p>Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes</p><p>Terapêuticas da Hanseníase [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de</p><p>Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Secretaria de Vigilância</p><p>em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2022.</p><p>5ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>A.S.P., com 20 anos de idade, desempregado, reside em casa de madeira com um cômodo junto</p><p>com o pai, mãe e 5 irmãos. Ele procurou a Unidade de Saúde da Família, com queixa de tosse,</p><p>febre perda ponderal e dispneia há mais ou menos 2 meses, inicialmente aos esforços e</p><p>posteriormente em repouso. Nega tuberculose (TB) anterior. Relata que o pai teve tuberculose,</p><p>porém abandonou o tratamento 2 vezes e no momento encontra-se assintomático. Há 6 meses,</p><p>foi</p><p>solicitado investigação dos contatos, considerando o reingresso após abandono do tratamento do</p><p>pai, porém nenhum dos membros da família compareceu à unidade para avaliação clínica e/ ou</p><p>realizou os exames. No atendimento de hoje, o paciente realizou teste rápido (IgM/IgG) para</p><p>COVID-19 com resultado negativo. Aplicando as evidências científicas, preceitos éticos e legais,</p><p>singularidade e complexidade dos casos de cada membro desta família, assinale a afirmação</p><p>verdadeira.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 7 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A) (CORRETA)</p><p>Durante a reavaliação do caso de A.S.P. é importante verificar se tem feito uso do esquema</p><p>RHZE; identificar se a tosse, dispneia e febre regressaram ou evoluíram, verificar se houve</p><p>recuperação de peso, para possíveis ajustes posológicos, se presença de reações adversas,</p><p>além de revisar prazos, expectativas, tarefas, objetivos, metas e resultados esperados e</p><p>obtidos.</p><p>Resposta comentada:</p><p>O plano Terapêutico Singular é ferramenta de organização e sistematização do cuidado,</p><p>dedicado a situações mais complexas. Como o pai do paciente em questão foi a fonte de</p><p>infecção e além disso, apresenta fatores associados a baixa adesão ao tratamento, deve-se</p><p>iniciar por ele as ações da linha de cuidado.</p><p>INCORRETA. O projeto terapêutico singular é uma ferramenta de organização e sistematização</p><p>do cuidado construído entre equipe de saúde e usuário que deve considerar a singularidade do</p><p>sujeito e a complexidade de cada caso. Fatores associados a baixa adesão, como a</p><p>vulnerabilidade, a falta de comparecimento da família às consultas para investigação dos casos e</p><p>o histórico de abandono de tratamento são suficientes para a construção do PTS para todos os</p><p>membros da família.</p><p>A primeira etapa para a construção do PTS é definir as hipóteses diagnósticas. O paciente,</p><p>seus pais e irmãos serão ouvidos pelo médico, que realizará o exame físico e solicitará a</p><p>baciloscopia, a radiografia de tórax e o teste molecular para A.S.P e o PPD para o restante</p><p>da família. Após isso, compartilhará o diagnóstico com a equipe da atenção primária.</p><p>INCORRETA. A primeira etapa na construção do PTS é definir hipóteses diagnósticas: o sujeito é</p><p>escutado/acompanhado por diferentes profissionais da equipe de Atenção Primária à Saúde em</p><p>atendimento individual,</p><p>atividades coletivas, atendimentos domiciliares, entre outras abordagens.</p><p>As hipóteses de todos os profissionais são importantes para a construção do Projeto. Portanto,</p><p>para além do diagnóstico formal, é imprescindível que a equipe tenha um compartilhamento e</p><p>discussão entre si dos diferentes modos como cada profissional percebe o sujeito.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 8 de 77</p><p>Após chegar ao diagnóstico de tuberculose ativa, definiu-se questões a se intervir, como o</p><p>tratamento de A.S.P., a investigação dos contatos, a identificação e encaminhamento de</p><p>problemas psicossociais ou econômicos, o esclarecimento de dúvidas, que serão</p><p>informadas ao usuário pelo profissional de menor contato, a fim de estreitar laços com a</p><p>equipe.</p><p>INCORRETA. Na segunda etapa da elaboração do PTS é estabelecimento de metas que visa</p><p>definir questões sobre as quais se pretende intervir, norteadas pela inserção social, a ampliação</p><p>de autonomia e o apoio da rede de suporte social da pessoa, família, grupo ou coletivo com</p><p>propostas de curto, médio e longo prazo que serão negociadas com o usuário e a equipe de</p><p>saúde ou o profissional de referência que tiver melhor vínculo com o paciente.</p><p>Durante a reavaliação do caso de A.S.P. é importante verificar se tem feito uso do esquema</p><p>RHZE; identificar se a tosse, dispneia e febre regressaram ou evoluíram, verificar se houve</p><p>recuperação de peso, para possíveis ajustes posológicos, se presença de reações</p><p>adversas, além de revisar prazos, expectativas, tarefas, objetivos, metas e resultados</p><p>esperados e obtidos.</p><p>CORRETA. Reavaliação: conduzida pelo profissional de referência, a reavaliação envolve</p><p>encontros com os envolvidos no processo e deve ser feita em diversos momentos. Nela, são</p><p>revistos prazos, expectativas, tarefas, objetivos, metas e resultados e feitas as devidas</p><p>intervenções e direcionamentos.</p><p>Referências:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Recomendações para o controle da tuberculose no</p><p>Brasil/ Brasília: Ministério da Saúde, 2019.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política</p><p>Nacional de Humanização. Clínica ampliada, equipe de referência e projeto terapêutico singular.</p><p>Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de</p><p>Humanização. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 60 p.: il. color. Série B. Textos Básicos</p><p>de Saúde.</p><p>6ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Roberto, 65 anos, tabagista há 35 anos, procurou unidade de pronto atendimento apresentando</p><p>quadro de dificuldade de deglutição, fadiga mesmo após o repouso, dificuldade para respirar e</p><p>rouquidão. Paciente relata que já emagreceu 10 kg nos últimos três meses, mesmo se</p><p>alimentando normalmente. Aponta piora da falta de ar quando faz algum esforço físico. Nega uso</p><p>de medicamentos e doenças prévias. O paciente foi orientado a realizar radiografia de tórax e</p><p>retornou uma semana após com o resultado, que apresentava um nódulo pulmonar com 2,8 cm</p><p>de diâmetro. Após realização de biopsia, o paciente foi diagnosticado com câncer de pulmão.</p><p>Com base no caso acima e nos tipos histológicos de câncer de pulmão, assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 9 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>O carcinoma de células escamosas é mais comum em homens e está mais associado ao</p><p>tabagismo. É caracterizado pela presença de queratinização que pode assumir a forma de</p><p>pérolas escamosas ou células individuais com citoplasma marcadamente eosinofílico.</p><p>Resposta comentada:</p><p>O adenocarcinoma é uma neoplasia epitelial maligna invasiva com diferenciação glandular ou</p><p>produção de mucina pelas células tumorais. A maioria dessas células tumorais expressa o fator</p><p>de transcrição da tireoide-1 (TTF-1) que pode ser detectado por imuno-histoquímica.</p><p>O carcinoma de células escamosas é mais comum em homens e está mais associado ao</p><p>tabagismo. É caracterizado pela presença de queratinização que pode assumir a forma de</p><p>pérolas escamosas ou células individuais com citoplasma marcadamente eosinofílico.</p><p>O carcinoma de pequenas células é caracterizado pela alta agressividade, metastatizando</p><p>amplamente. Apresenta contagem mitótica alta e ilhas de células pequenas extremamente</p><p>basofílicas e áreas de necrose.</p><p>O carcinoma de grandes células apresenta células normalmente com núcleos grandes, nucléolos</p><p>proeminentes e uma quantidade moderada de citoplasma. As células tumorais são pleomórficas e</p><p>não apresentam evidência de diferenciação escamosa ou glandular.</p><p>Kumar, Vinay, et al. Robbins & Cotran Patologia: Bases Patológicas das Doenças .</p><p>Disponível em: Minha Biblioteca, (10ª edição). Grupo GEN, 2023.</p><p>7ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 10 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Um paciente, de 25 anos, procura atendimento médico apresentando febre alta, dor de cabeça</p><p>intensa, dores musculares generalizadas, inclusive dor abdominal intensa, além de exantema</p><p>cutâneo. Ele relata que os sintomas iniciaram há 3 dias. Os resultados dos exames mostraram:</p><p>Prova do laço positiva. Hemograma completo: leucopenia e plaquetopenia, aumento dos índices</p><p>de hematócrito, albumina sérica abaixo do valor de referência e elevação das transaminases.</p><p>P.A= 120mmHg/ 80 mmHg.</p><p>Considerando o caso acima, qual é o diagnóstico mais provável para esse paciente?</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A) (CORRETA)</p><p>Dengue com sinais de alarme e espera-se encontrar resultado do teste de antígeno NS1</p><p>positivo.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 11 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A alternativa correta é:</p><p>Dengue com sinais de alarme e espera-se encontrar resultado do teste de antígeno NS1 positivo</p><p>Sintomas compatíveis: O paciente apresenta febre alta, dor de cabeça intensa, dores</p><p>musculares generalizadas e exantema cutâneo, que são sintomas característicos da dengue. A</p><p>prova do laço é um teste simples utilizado para auxiliar no diagnóstico da dengue, onde é feito um</p><p>torniquete no braço do paciente por cinco minutos e, após esse período, observa-se a presença</p><p>de petéquias no local após a remoção do torniquete, o que sugere a fragilidade capilar associada à</p><p>dengue.</p><p>Os resultados dos exames laboratoriais também indicam características associadas à dengue</p><p>com sinais de alarme, incluindo:</p><p>1. 1. 1. Prova do laço positiva: Indica aumento da permeabilidade</p><p>capilar, o que pode ser um sinal de alarme na dengue.</p><p>2. Leucopenia e plaquetopenia: A redução do número de leucócitos</p><p>(leucopenia) e plaquetas (plaquetopenia) são achados comuns na</p><p>dengue e são considerados sinais de alarme.</p><p>3. Variação dos índices de hematócrito: Variações nos índices de</p><p>hematócrito, como hematócrito elevado com hematócrito baixo,</p><p>podem indicar extravasamento de plasma, o que é um sinal de</p><p>alarme na dengue.</p><p>4. Albumina sérica abaixo do valor de referência: A diminuição</p><p>dos níveis de albumina sérica pode ser um indicador de</p><p>extravasamento de fluidos, o que é um sinal de alarme na dengue.</p><p>5. Elevação das transaminases: A elevação das enzimas hepáticas</p><p>(transaminases) pode indicar comprometimento hepático, o que é</p><p>considerado um sinal de alarme na dengue.</p><p>Portanto, com base na situação clínica e nos resultados dos exames laboratoriais, o diagnóstico</p><p>mais provável para esse paciente é a Dengue com sinais de alarme.</p><p>Os anticorpos IgM são produzidos em resposta à infecção recente por dengue. Portanto, é</p><p>provável que o resultado do teste de IgM seja positivo, confirmando a presença de uma infecção</p><p>aguda por dengue.</p><p>O antígeno NS1 é uma proteína viral presente no sangue durante os estágios iniciais da infecção</p><p>por dengue. Portanto, é esperado que o resultado do teste de antígeno NS1 seja positivo, o que</p><p>confirma a infecção aguda por dengue.</p><p>Referência:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das</p><p>Doenças Transmissíveis. Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança [recurso</p><p>eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de</p><p>Vigilância</p><p>das Doenças Transmissíveis. 5ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.</p><p>8ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 12 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Um paciente, de 60 anos de idade, do sexo masculino, procura atendimento na Unidade Básica</p><p>de Saúde com queixas de cansaço excessivo ao realizar atividades físicas leves, como caminhar</p><p>por curtos períodos. Ele relata histórico familiar de doença cardiovascular e diabetes tipo 2, além</p><p>de não ter tempo para se alimentar de forma saudável. Durante a consulta, o médico observa que</p><p>o paciente apresenta obesidade abdominal, pressão arterial levemente elevada e exames</p><p>laboratoriais revelam níveis elevados de colesterol LDL 180mg/dl e triglicerídeos 200mg/dl. Ao</p><p>discutir a saúde cardiovascular do paciente, o médico explicou que o paciente estava passando</p><p>por um processo de resposta inflamatória crônica (aterosclerose) e que seu coração estava</p><p>sendo comprometido por escolhas erradas dele.</p><p>Com base no caso apresentado, é correto afirmar que, a intervenção nutricional mais apropriada</p><p>para reduzir o risco de aterosclerose neste paciente deve ser.</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Orientar o aumento do consumo de fibras alimentares.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 13 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A resposta correta é Orientar o aumento do consumo de fibras alimentares.</p><p>A aterosclerose é um processo no qual ocorre o acúmulo de placas de gordura, colesterol e</p><p>outras substâncias nas artérias, levando à obstrução do fluxo sanguíneo. Uma das estratégias</p><p>nutricionais mais eficazes na prevenção e manejo da aterosclerose é o aumento do consumo de</p><p>fibras alimentares.</p><p>As fibras alimentares, encontradas em frutas, vegetais, grãos integrais e leguminosas, ajudam a</p><p>reduzir os níveis de colesterol LDL e triglicerídeos, além de melhorar a sensibilidade à insulina em</p><p>pacientes com diabetes tipo 2. Essa intervenção nutricional também contribui para o controle do</p><p>peso e da pressão arterial, fatores importantes na prevenção de doenças cardiovasculares.</p><p>As opções a, b, d e e são contraindicadas, pois alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcares</p><p>simples, alimentos processados e fast-food estão associados a um maior risco de</p><p>desenvolvimento de aterosclerose e outras doenças cardiovasculares.</p><p>Referências:</p><p>SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretrizes da Sociedade Brasileira de</p><p>Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento</p><p>ST – 2021. Arq. Bras. Cardiol. 2021, 117(1):181-264. Disponível em https://abccardiol.org/wp-</p><p>content/uploads/articles_xml/0066-45 / 194782X-abc-117-01-0181/0066-782X-abc-117-01-</p><p>0181.pdf.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.</p><p>Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica / Ministério da Saúde, Secretaria de</p><p>Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (pag.</p><p>55 a 77).</p><p>9ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Uma paciente de 38 anos, do sexo feminino, procura atendimento médico em uma unidade de</p><p>saúde apresentando febre alta (39,5°C), mialgia intensa, dor retroocular e náuseas. Ela relata que</p><p>os sintomas começaram há cerca de 5 dias e que tem notado uma diminuição na produção de</p><p>urina nas últimas 24 horas. Durante o exame físico, observa-se pequenas manchas vermelhas</p><p>disseminadas pelo corpo e a contagem de plaquetas encontra-se em 50.000/mm³. Além disso, os</p><p>exames laboratoriais revelam uma elevação nas enzimas hepáticas (AST = 120 U/L, ALT = 110</p><p>U/L) e uma taxa de filtração glomerular, que está em 40 mL/min/1,73m².</p><p>Com base no caso clínico apresentado, qual dos seguintes achados é mais sugestivo de dengue</p><p>grave?</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 14 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa B) (CORRETA)</p><p>Ocorrência de insuficiência renal aguda e distúrbios eletrolíticos graves.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A ocorrência de insuficiência renal aguda e distúrbios eletrolíticos graves, como hiponatremia e</p><p>hiperpotassemia, são complicações frequentes e graves associadas à dengue grave, sendo o</p><p>achado mais sugestivo dessa condição.</p><p>RFERÊNCIA:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das</p><p>Doenças Transmissíveis. Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança [recurso</p><p>eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de</p><p>Vigilância das Doenças Transmissíveis. 5ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.</p><p>GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. Rio de Janeiro: Grupo GEN,</p><p>2022. E-book. ISBN 9788595159297. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159297/. Acesso em: 21 out. 2023.</p><p>JAMESON, J. L. et al. Medicina interna de Harrison - 2 volumes. Porto Alegre: Grupo A, 2019.</p><p>E-book. ISBN 9788580556346. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556346/. Acesso em: 21 out. 2023.</p><p>SALOMÃO, Reinaldo. Infectologia - Bases Clínicas e Tratamento. Rio de Janeiro: Grupo GEN,</p><p>2017. E-book. ISBN 9788527732628. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732628/. Acesso em: 21 out. 2023.</p><p>10ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Em uma Unidade de Saúde da Família (USF), observou-se uma dificuldade significativa na</p><p>adesão ao tratamento da Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) por parte de pacientes,</p><p>devido às suas condições sociais e econômicas desfavoráveis. Considerando a importância de</p><p>abordar as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e reconhecendo a relação entre as</p><p>dificuldades de adesão ao tratamento da DAOP e as condições socioeconômicas dos pacientes,</p><p>qual das seguintes alternativas representa uma abordagem apropriada que poderia ser</p><p>implementada no âmbito das políticas de abordagem a DCNT para melhorar a adesão ao</p><p>tratamento da DAOP?</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 15 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Fornecer gratuitamente medicamentos e dispositivos médicos necessários para o tratamento</p><p>da DAOP, garantindo que a falta de recursos financeiros não seja um obstáculo à adesão.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A resposta correta considera a necessidade de eliminar as barreiras financeiras que podem</p><p>dificultar a adesão ao tratamento da DAOP, especialmente para pacientes de baixa renda.</p><p>Fornecer medicamentos e dispositivos médicos gratuitamente é uma estratégia eficaz para tornar</p><p>o tratamento mais acessível e, assim, melhorar a adesão. Essa abordagem está alinhada com</p><p>políticas de saúde que buscam reduzir as desigualdades no acesso aos cuidados de saúde e</p><p>promover o tratamento eficaz das DCNT, como a DAOP.</p><p>Referência:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.</p><p>Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica / Ministério da Saúde, Secretaria de</p><p>Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (pag.</p><p>55 a 77).</p><p>11ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Paciente do sexo feminino, 65 anos, com antecedentes de insuficiência cardíaca congestiva e</p><p>hipertensão arterial, apresenta-se na unidade de pronto atendimento com queixa de tosse seca,</p><p>dispneia e dor torácica ventilatório-dependente. Durante o exame físico, observa-se diminuição do</p><p>murmúrio vesicular e macicez à percussão na base do hemitórax esquerdo. A radiografia de tórax</p><p>revela apagamento do seio costofrênico ipsilateral.</p><p>Com base no caso acima, relacione a fisiopatologia da doença e suas manifestações clínicas</p><p>assinalando a alternativa correta.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 16 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>O derrame pleural foi causado por um aumento na pressão hidrostática capilar pulmonar,</p><p>resultando em transudato pleural. A dispneia pode ser justificada pelo estado cardíaco prévio da</p><p>paciente e devido ao aumento do líquido pleural.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A paciente do caso apresenta insuficiência cardíaca e hipertensão como doença de base e, estas</p><p>condições</p><p>de saúde, estão relacionadas a um aumento da pressão hidrostática nos capilares</p><p>podendo desenvolver um derrame pleural do tipo transudato. O quadro prévio de insuficiência</p><p>cardíaca e o aumento do líquido pleural justificam o quadro de dispneia da paciente. Os dados</p><p>apresentados no caso em conjunto não relacionam-se com os demais tipos/causas de derrame</p><p>pleural apresentados.</p><p>Referências:</p><p>BROADDUS, V. Courtney. Murray & Nadel - Tratado de Medicina Respiratória. Rio de Janeiro:</p><p>Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN 9788595156869. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156869/.</p><p>JAMESON, J. L. et al. Medicina interna de Harrison - 2 volumes. Porto Alegre: Grupo A, 2019.</p><p>E-book. ISBN 9788580556346. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556346/. Acesso em: 21 out. 2023.</p><p>https://www.dynamed.com/approach-to/pleural-effusion</p><p>12ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Paciente, de 32 anos, sexo feminino, procura atendimento no UPA com queixa de febre alta,</p><p>cefaleia intensa, mialgia e artralgia há 3 dias. Nega comorbidades e refere apenas alergia a</p><p>penicilina. Ao exame físico, apresenta discreta rash cutâneo e petéquias em membros inferiores.</p><p>Diante da suspeita de arbovirose, o médico decide realizar a prova do laço.</p><p>Assinale a alternativa que contem a técnica correta para realização da prova do laço.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 17 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Utilizar um esfigmomanômetro e inflar a bolsa de pressão até a pressão arterial média. Manter a</p><p>pressão por 5 minutos e contar o número de petéquias em um quadrado com uma área de 2,5 x</p><p>2,5 cm desenhado no antebraço do paciente.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A alternativa correta é a Utilizar um esfigmomanômetro e inflar a bolsa de pressão até a</p><p>pressão arterial média. Manter a pressão por 5 minutos e contar o número de petéquias em</p><p>um quadrado com uma área de 2,5 x 2,5 cm desenhado no antebraço do paciente.</p><p>A prova do laço, também conhecida como prova do torniquete ou teste de Rumpel-Leede, é um</p><p>exame simples e rápido que auxilia na triagem de pacientes com suspeita de doenças</p><p>arbovíricas, como dengue, Chikungunya e Zika. A técnica adequada para a realização do exame</p><p>é a seguinte:</p><p>A Prova do laço deve ser realizada na triagem, obrigatoriamente, em todo paciente com suspeita</p><p>de dengue e que não apresente sangramento espontâneo. A prova deverá ser repetida no</p><p>acompanhamento clínico do paciente apenas se previamente negativa.</p><p>Verificar a pressão arterial e calcular o valor médio pela fórmula (PAS + PAD)/2; por</p><p>exemplo, PA de 100 x 60 mmHg, então 100+60=160, 160/2=80; então, a média de</p><p>pressão arterial é de 80 mmHg.</p><p>Insuflar o manguito até o valor médio e manter durante cinco minutos nos adultos e três</p><p>minutos em crianças.</p><p>Desenhar um quadrado com 2,5 cm de lado no antebraço e contar o número de</p><p>petéquias formadas dentro dele; a prova será positiva se houver 20 ou mais petéquias</p><p>em adultos e dez ou mais em crianças; atenção para o surgimento de possíveis</p><p>petéquias em todo o antebraço, dorso das mãos e nos dedos.</p><p>Se a prova do laço apresentar-se positiva antes do tempo preconizado para adultos e crianças, a</p><p>mesma pode ser interrompida. A prova do laço frequentemente pode ser negativa em pessoas</p><p>obesas e durante o choque.</p><p>É importante ressaltar que a prova do laço não é um exame diagnóstico definitivo, mas sim um</p><p>teste de triagem. Um resultado positivo deve ser seguido por outros exames laboratoriais para</p><p>confirmar o diagnóstico da doença arbovírica.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 18 de 77</p><p>As demais alternativas estão incorretas por diversos motivos:</p><p>Alternativa Utilizar um manguito de pressão arterial calibrado em 100 mmHg, inflar o</p><p>manguito por 2 minutos e contar o número de petéquias em um quadrado de 2,5 cm de</p><p>diâmetro desenhado no antebraço do paciente.</p><p>A pressão utilizada não é sempre de 100 mmHg, e o tempo de compressão pode ser insuficiente</p><p>para o aparecimento das petéquias.</p><p>Alternativa Utilizar um garrote de borracha e apertá-lo no terço médio do antebraço do</p><p>paciente por 3 minutos. Após a descompressão, contar o número de petéquias em um</p><p>quadrado de 5 cm de diâmetro desenhado na região.</p><p>O garrote de borracha pode não exercer uma pressão uniforme sobre o antebraço, o que pode</p><p>levar a resultados inconsistentes. Além disso, a área de contagem de petéquias está inadequada.</p><p>Alternativa Para realizar a prova de laço, deve-se pressionar o polegar com força sobre o</p><p>antebraço do paciente por 30 segundos. Após remover o polegar, contar o número de</p><p>petéquias em uma área de 10 cm quadrados desenhada na região.</p><p>A pressão exercida pelo polegar não é padronizada e pode variar de acordo com a força do</p><p>examinador. Além disso, a área de contagem de petéquias (uma área de 10 cm quadrados) é</p><p>maior do que a recomendada.</p><p>Referência:</p><p>Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão.</p><p>Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança / Ministério da Saúde, Secretaria de</p><p>Vigilância em Saúde, Diretoria Técnica de Gestão. – 4. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.</p><p>80 p. : il.</p><p>13ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Um paciente, de 55 anos, apresenta edema, pigmentação marrom-avermelhada na região dos</p><p>tornozelos e úlcera cutânea na face interna do tornozelo esquerdo. O paciente relata desconforto</p><p>e dor associados à úlcera, que se torna mais intensa ao final do dia e após períodos prolongados</p><p>em pé. Além disso, relata episódios de coceira e descamação na região afetada. Com base</p><p>nesse caso clínico, qual das seguintes opções descreve corretamente a complicação presente e</p><p>a recomendação mais apropriada para melhora do quadro?</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 19 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>Complicação: Úlcera de estase; Recomendação: Uso de meias de compressão graduada e</p><p>aplicação tópica de corticosteroides e antibióticos.</p><p>Resposta comentada:</p><p>O paciente apresenta sinais clínicos clássicos de insuficiência venosa crônica (IVC), incluindo</p><p>edema, pigmentação marrom-avermelhada (dermatite ocre) e úlcera cutânea na face interna do</p><p>tornozelo esquerdo. Além disso, relata dor e desconforto associados à úlcera, piorando ao final do</p><p>dia e após períodos prolongados em pé, sintomas característicos de úlcera de estase. A</p><p>recomendação mais apropriada para melhora da estase venosa inclui a elevação dos membros</p><p>inferiores para reduzir o edema e o uso de meias de compressão graduada, que ajudam a</p><p>melhorar o retorno venoso e reduzir o edema, além da aplicação tópica de corticosteroides e</p><p>antibióticos.</p><p>Doenças como a trombose venosa profunda, eczema venoso e dermatite atópica possuem um</p><p>conjunto de achados distintos ao apresentado no caso, e há ainda erros nas condutas propostas</p><p>para estas doenças.</p><p>Referências:</p><p>PORTO, Celmo C. Semiologia Médica, 8ª edição. Grupo GEN, 2019. E-book. ISBN</p><p>9788527734998. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734998/. Acesso em: 05 abr. 2024.</p><p>NORRIS, Tommie L. Porth - Fisiopatologia. Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788527737876.</p><p>Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737876/. Acesso em: 05</p><p>abr. 2024.</p><p>14ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 20 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Durante uma consulta médica ambulatorial, um paciente hipertenso apresenta-se com sintomas</p><p>de uma crise asmática. Ao analisar a situação, o médico precisa considerar o tratamento mais</p><p>adequado para controlar a inflamação e broncoconstrição do paciente. Com base nisso, analise</p><p>as assertivas abaixo:</p><p>I. Aplicar um broncodilatador inalatório de curta ação, como o salbutamol, pode ajudar a aliviar a</p><p>broncoconstrição aguda associada à asma.</p><p>II. Aplicar um corticosteroide inalatório, como a budesonida, é fundamental para controlar a</p><p>inflamação crônica nas vias aéreas na asma.</p><p>III. Aplicar um anti-hipertensivo betabloqueador não seletivo, como o propranolol pode ser eficaz</p><p>na redução da broncoconstrição associada à asma durante uma crise.</p><p>IV. Aplicar uma dose única de um descongestionante nasal, como a fenilefrina, pode auxiliar na</p><p>melhora da respiração durante uma crise asmática.</p><p>Está correto apenas o que se afirma em:</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>I e II.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 21 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Resposta correta: I e II.</p><p>Resposta comentada:</p><p>I. Fato verdadeiro. Broncodilatadores de curta ação, como o salbutamol, são fundamentais para</p><p>aliviar a broncoconstrição aguda associada à asma, proporcionando alívio rápido dos sintomas.</p><p>II. Fato verdadeiro. Corticosteroides inalatórios, como a budesonida, são essenciais para controlar</p><p>a inflamação crônica das vias aéreas na asma, prevenindo exacerbações e melhorando o</p><p>controle dos sintomas a longo prazo.</p><p>III. Fato falso. Anti-hipertensivos betabloquadores possuem efeito broncoconstritor, piorando os</p><p>quadros de asma. O foco principal deve ser em medicamentos broncodilatadores e</p><p>corticosteroides para controlar a inflamação.</p><p>IV. Fato falso. Descongestionantes nasais, como a fenilefrina, não são indicados no tratamento da</p><p>asma, especialmente durante uma crise. Eles não têm efeito sobre a inflamação das vias aéreas</p><p>e podem até piorar os sintomas em alguns casos.</p><p>Referências:</p><p>PIZZICHINI, Marcia Margaret Menezes et al. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.</p><p>Recomendações para o manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia –</p><p>2020. J. Bras. Pneumol., 2020, 46(1):e20190307. Disponível em http://jbp.org.br/details-supp/105.</p><p>Acesso em: 02 abr. 2024.</p><p>BARROSO, Weimar Kunz Sebba et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq.</p><p>Bras. Cardiol. [online]. 2021, vol. 116, n. 3, p.516-658. Disponível em:</p><p><https://abccardiol.org/article/diretrizes-brasileiras-de-hipertensao-arterial-2020/>. Acesso em: 02</p><p>abr. 2024. ISSN 0066-782X.</p><p>GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. Grupo GEN, 2022. E-book.</p><p>ISBN 9788595159297. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159297/. Acesso em: 02 abr. 2024.</p><p>15ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Criança, de 1 mês e 15 dias de vida, está sendo examinada no ambulatório de cardiologia</p><p>pediátrica com história de estar apresentando cansaço e sudorese durante as mamadas. A mãe</p><p>informa ter sido auscultado sopro na criança na clínica da família de origem. Segundo a mãe,</p><p>nasceu de parto normal, domiciliar, em boas condições. Realizou teste do pezinho e o teste da</p><p>orelhinha está agendado. Em uso de leite materno exclusivo. Durante exame físico é auscultado</p><p>sopro sistólico audível em focos da base, região axilar e interescapular. Os pulsos femorais e de</p><p>membros inferiores encontravam-se bastante reduzidos em amplitude.</p><p>O diagnóstico mais provável da cardiopatia congênita, dessa criança, é:</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 22 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa B) (CORRETA)</p><p>Coarctação de aorta.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A coarctação aórtica é uma cardiopatia congênita, cujas manifestações dependerão do grau de</p><p>obstrução. Pode cursar com sinas de insuficiência cardíaca até choque grave. Crianças maiores</p><p>podem manifestar hipertensão arterial com medidas mais elevadas nos membros superiores do</p><p>que inferiores. Ocorre também sopro sistólico em focos da base, região axilar e interescapular,</p><p>além do achado de redução da amplitude ou ausência de pulsos femorais e de membros</p><p>inferiores.</p><p>Referência:</p><p>Leão Ennio Pediatria Ambulatorial (et al), 6ºedição, Belo Horizonte, Coopmed, 2022.</p><p>PORTO, C. C.; PORTO, A.L. Exame Clínico. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.</p><p>recurso online. ISBN 978-85-277-3103-4. Disponível em:</p><p><https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527731034> Acesso em: 09 de maio</p><p>de 2024.</p><p>16ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>José, 52 anos, procura a Unidade de Saúde da Família para uma consulta de rotina. Ele não tem</p><p>histórico conhecido de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), mas relata que em aferições</p><p>anteriores em farmácias, notou valores elevados de pressão arterial. Durante a consulta, sua</p><p>pressão arterial é de 135/85 mmHg. José tem um histórico de tabagismo e sedentarismo, trabalha</p><p>como motorista de ônibus e tem uma dieta rica em gorduras e pobre em vegetais.</p><p>Na consulta, é importante para o médico da APS não apenas tratar os valores alterados de</p><p>pressão arterial de José, mas também identificar e abordar fatores de risco para a HAS. Com</p><p>base no relato, quais estratégias de prevenção o médico deveria enfatizar?</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 23 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa B) (CORRETA)</p><p>Aconselhar a interrupção do tabagismo e a incorporação de atividade física</p><p>regular.</p><p>Resposta comentada:</p><p>Resposta correta: Aconselhar a interrupção do tabagismo e a incorporação de atividade física</p><p>regular.</p><p>Justificativa da resposta correta: é correta porque o tabagismo e o sedentarismo são fatores</p><p>de risco bem estabelecidos para a HAS. A interrupção do tabagismo e a incorporação de</p><p>exercícios físicos regulares são medidas preventivas fundamentais que podem melhorar a</p><p>pressão arterial e a saúde cardiovascular de José.</p><p>Justificativas das alternativas incorretas: Medicamentos anti-hipertensivos podem ser</p><p>necessários, mas não são a única nem a primeira medida preventiva a ser tomada,</p><p>especialmente sem uma avaliação mais aprofundada. Exames laboratoriais são importantes,</p><p>mas não substituem as mudanças no estilo de vida necessárias para prevenir a HAS. Uma dieta</p><p>rica em sódio é contraindicada para hipertensos, pois o sódio pode elevar ainda mais a pressão</p><p>arterial.</p><p>Referências:</p><p>Sociedade Brasileira de Cardiologia. (2020). VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial.</p><p>Arquivos Brasileiros de Cardiologia.</p><p>Ministério da Saúde. (2013). Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Pessoas Adultas. Brasília:</p><p>Ministério da Saúde.</p><p>Caderno de Atenção Básica 37 – Estratégias para cuidado da pessoa com doença crônica</p><p>(Hipertensão Arterial Sistêmica). Capítulos 1 e 2 – Hipertensão Arterial Sistêmica - até página 35.</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/hipertensao_arterial_sistemica_cab37.pdf</p><p>17ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Um lactente, de 18 meses, é trazido à Unidade Básica de Saúde pela mãe devido ao</p><p>desenvolvimento recente de uma erupção cutânea. De acordo com a genitora, a criança começou</p><p>a ter febre baixa e irritação há alguns dias, com subsequente aparecimento de pequenas bolhas</p><p>cheias de líquido, que rapidamente se romperam, se tornando crostosas. Ao exame físico,</p><p>presença de múltiplas lesões cutâneas vesiculares distribuídas principalmente no tronco e na</p><p>face. Além disso, algumas lesões estão em diferentes estágios de evolução, incluindo vesículas,</p><p>pústulas e crostas. Considerando os sinais e sintomas apresentados no caso clínico, aponte o</p><p>diagnóstico mais provável.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 24 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A) (CORRETA)</p><p>Varicela</p><p>Resposta comentada:</p><p>A distribuição típica das lesões vesiculares no tronco e na face é característica da Varicela</p><p>(catapora), uma doença exantemática causada pelo vírus Varicela-Zoster. Os outros elementos,</p><p>como a idade da criança, a presença de febre, a história de viagem recente e a coceira nas</p><p>lesões, são importantes para a avaliação clínica, mas a distribuição das lesões é um achado</p><p>específico que está mais diretamente relacionado com a condição da Varicela.</p><p>Referência:</p><p>Abordagem Diagnóstica das Doenças Exantemáticas na Infância:</p><p>https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42356/2/ve_Josenilson_Silva_etal.pdf</p><p>LEÃO, Ennio. Pediatria Ambulatorial 6ª Edição. ISBN, 9786586108170. Editora: Coopmed. Edição:</p><p>6°. Ano: 2022</p><p>PORTO, C. C. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. Recurso</p><p>on-line. ISBN 978-85-277-3498-1. Disponível em:</p><p><https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527734998>. Acesso em: 09 de maio</p><p>de 2024.</p><p>18ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>No primeiro trimestre</p><p>de 2024, tem sido observado um aumento significativo no número de casos</p><p>de arboviroses, especialmente dengue que já superou 2 milhões de casos no Brasil (BBC News,</p><p>2024). A previsão é de que essa tendência de aumento persista devido às condições climáticas</p><p>favoráveis à proliferação do vetor e consequentemente do flavivírus, que quando infecta o</p><p>hospedeiro suscetível, gera uma resposta inflamatória aguda, resultando em lesão endotelial e</p><p>aumento da permeabilidade vascular. Diante dessa situação epidemiológica e da gravidade da</p><p>doença, os profissionais das equipes de saúde da família necessitam de capacitação para lidar de</p><p>forma eficaz com o diagnóstico precoce, tratamento adequado e medidas de prevenção das</p><p>arboviroses.</p><p>Considerando a situação epidemiológica descrita e os princípios da Educação Permanente na</p><p>Atenção Primária à Saúde (APS), qual das seguintes estratégias seria mais apropriada para</p><p>capacitar a equipe de saúde da família e melhorar a abordagem das arboviroses na comunidade?</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 25 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa B) (CORRETA)</p><p>Promover oficinas periódicas de atualização, com discussões de casos clínicos reais</p><p>relacionados às arboviroses, incentivando a troca de experiências e a reflexão sobre práticas</p><p>assistenciais.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A resposta correta é a segunda alternativa: Promover oficinas periódicas de atualização, com</p><p>discussões de casos clínicos reais relacionados às arboviroses, incentivando a troca de</p><p>experiências e a reflexão sobre práticas assistenciais.</p><p>Tal afirmativa se justifica porque a Educação Permanente (EP) na Atenção Primária à Saúde</p><p>(APS) preconiza estratégias de aprendizado contínuo e reflexivo, como oficinas periódicas de</p><p>atualização, que permitem a integração do conhecimento teórico com a prática clínica baseado</p><p>em problemas locais. Essas oficinas proporcionam um ambiente propício para a discussão de</p><p>casos reais, estimulando a troca de experiências entre os profissionais de saúde e promovendo a</p><p>melhoria das práticas assistenciais no enfrentamento das arboviroses.</p><p>Referências:</p><p>Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das</p><p>Doenças Transmissíveis. Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança. Ministério da</p><p>Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças</p><p>Transmissíveis. – 5. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/dengue/dengue-manejo-</p><p>adulto-crianca-5d-1.pdf/view . Acesso em: 21 out. 2023.</p><p>MENDES, G.N. et al. Educação continuada e permanente na Atenção Primária de Saúde: uma</p><p>necessidade multiprofissional. Cenas Educacionais. v.4, p1-13, 2021.</p><p>19ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 26 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Paciente masculino, 70 anos, hipertenso, dislipidêmico e tabagista de longa data, procura a</p><p>unidade básica de saúde de sua cidade por queixa de dor em panturrilha direita sempre que</p><p>caminha longas distâncias ou ao subir ladeira de sua casa. Relata que logo ao iniciar a dor,</p><p>necessita interromper a caminhada para aliviar a dor. Após alguns minutos, consegue continuar o</p><p>percurso, porém, quando o trajeto é mais longo, necessita de várias paradas. No exame físico foi</p><p>constatado extremidades inferiores frias, ressecadas e pálidas, além de feridas nos pés.</p><p>Com relação ao quadro clínico apresentado, assinale a alternativa correta.</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A) (CORRETA)</p><p>Rarefação dos pelos em região distal dos membros, palidez e hipotermia são sinais</p><p>característicos da doença arterial obstrutiva periférica apresentada pelo paciente.</p><p>Resposta comentada:</p><p>Na doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) ocorre obstrução das artérias periféricas por</p><p>formação de placas de ateroma. O fator de risco principal é o tabagismo, porém, outros fatores</p><p>estão associados a gênese da doença como: idade avançada, hipertensão arterial, diabetes</p><p>mellitus e dislipidemia. Um dos sintomas clássicos é a claudicação intermitente. Ao caminhar, a</p><p>musculatura da região posterior das pernas consome maior quantidade de oxigênio, do que</p><p>quando em repouso. As artérias têm a função de aumentar a oferta de oxigênio para os músculos</p><p>durante o exercício. Se as artérias têm algum grau de obstrução, esse aumento da oferta não</p><p>acompanha o aumento do consumo de oxigênio, o que gera dor. O paciente pode começar a</p><p>caminhada normalmente, mas, conforme anda alguns metros, surge uma dor, mais comumente</p><p>na panturrilha, com aumento gradual, até que o indivíduo precise interromper o exercício. Outros</p><p>achados são: rarefação dos pelos em região distal dos membros, palidez e hipotermia.</p><p>Referências:</p><p>JAMESON, J L.; FAUCI, Anthony S.; KASPER, Dennis L.; et al. Medicina interna de Harrison -</p><p>2 volumes. Porto Alegre: Grupo A, 2019.</p><p>GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. Rio de Janeiro: Grupo GEN,</p><p>2022.</p><p>20ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 27 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Em uma região endêmica da malária, um paciente apresenta sintomas como febre recorrente,</p><p>calafrios, sudorese intensa, dor de cabeça e fadiga extrema. Diante desses sintomas e</p><p>considerando o contexto da região, o médico suspeita de malária. Com base na imagem do ciclo</p><p>biológico do Plasmodium e nos sintomas apresentados pelo paciente, qual das alternativas abaixo</p><p>melhor descreve o processo de transmissão e desenvolvimento da malária nesse caso?</p><p>Fonte: Pratt-Riccio et al. 2021. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/pdf/rpas/v12nesp/2176-6223-</p><p>rpas-12-esp-e202100462.pdf</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 28 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>Após a picada do mosquito Anopheles, o parasita Plasmodium é liberado na corrente</p><p>sanguínea do paciente, onde infecta e se multiplica dentro dos glóbulos vermelhos,</p><p>desencadeando os sintomas da malária.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A infecção no homem se inicia quando fêmeas do mosquito Anopheles, durante o repasto</p><p>sanguíneo, inoculam na pele os esporozoítos acumulados em suas glândulas salivares. Essas</p><p>formas se movem ativamente até encontrarem os vasos linfáticos ou sanguíneos, vias pelas</p><p>quais chegam ao fígado, onde invadem os hepatócitos, iniciando a fase exoeritrocítica. Os</p><p>esporozoítas se diferenciam em esquizontes hepáticos com milhares de merozoítos que são</p><p>liberados na corrente sanguínea e são capazes de invadir eritrócitos. No ciclo do Plasmodium</p><p>vivax e do Plasmodium ovale, nem todos os esporozoítos que infectam os hepatócitos entram em</p><p>processo de esquizogonia. Ao invés disso, eles se desenvolvem em formas hepáticas latentes,</p><p>chamadas hipnozoítos, permitindo as recaídas tardias da doença. A invasão dos merozoítos nos</p><p>eritrócitos dá início ao ciclo eritrocítico da infecção, fase na qual ocorrem os sintomas clínicos da</p><p>malária. Dentro do eritrócito, os merozoítos se diferenciam em trofozoítos jovens e maduros, que</p><p>se multiplicam, dando origem a esquizontes repletos de merozoítos sanguíneos. Com o</p><p>amadurecimento do esquizonte, ocorre a lise dos eritrócitos, liberando os merozoítos sanguíneos,</p><p>que invadirão novos eritrócitos. Após alguns ciclos, alguns merozoítos se diferenciam em formas</p><p>eritrocíticas sexuadas, os gametócitos femininos (macrogametócitos) e os gametócitos</p><p>masculinos (microgametócitos), que, ao serem ingeridos por um mosquito durante um repasto</p><p>sanguíneo, dão início ao ciclo esporogônico. Nessa fase, após subsequentes diferenciações</p><p>celulares, os esporozoítos que se desenvolvem atingem as glândulas salivares do inseto,</p><p>possibilitando continuidade do ciclo parasitário.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação</p><p>Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] /</p><p>Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação</p><p>Estratégica de Vigilância em Saúde. 5ª ed. rev. e atual. Brasília: Ministério da Saúde,</p><p>2022.</p><p>Disponível</p><p>em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_5ed_rev_atual.pdf</p><p>21ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 29 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Paciente do sexo feminino, 48 anos, em consulta ao ginecologista tem como queixa principal</p><p>hipermenorreia há 1 ano, com piora gradativa ao longo dos meses. Após exame físico e coleta de</p><p>preventivo, a paciente recebe pedidos de exame de sangue e ultrassonografia de pelve.</p><p>Após 2 semanas a paciente retorna com o resultado do exame de sangue evidenciando uma</p><p>anemia ferropriva.</p><p>Assinale a alternativa que apresente as manifestações clínicas frequentes na anemia ferropriva e</p><p>as alterações do eritrograma correspondentes.</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>Palidez cutaneomucosa, fadiga, taquicardia. Hemácias microcíticas e hipocrômicas.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 30 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>As principais manifestações clínicas da anemia ferropriva são:</p><p>•Fraqueza</p><p>•Fadiga</p><p>•Dor nos membros inferiores</p><p>•Sonolência</p><p>•Dispneia aos esforços</p><p>•Palpitações</p><p>•Tonturas</p><p>•Zumbidos</p><p>•Parestesia nas extremidades</p><p>•Perversão do apetite: vontade incontrolável de comer gelo, arroz cru, terra (pica)</p><p>•Déficit de aprendizado em crianças</p><p>•Predisposição a cáries</p><p>•Alterações gestacionais (prematuridade, baixo peso, aumento da mortalidade perinatal e</p><p>neonatal)</p><p>•Cefaleia, podendo mimetizar hipertensão intracraniana (raro)</p><p>•Palidez cutaneomucosa</p><p>•Unhas quebradiças e rugosas</p><p>•Queilite angular</p><p>•Sopro cardíaco</p><p>•Esplenomegalia leve</p><p>•Queda de cabelo.</p><p>A anemia ferropriva é microcítica e hipocrômica, raramente (especialmente em fase inicial) pode</p><p>ser normocrômica e/ou normocítica.</p><p>Referência:</p><p>PORTO, Celmo C.; PORTO, Arnaldo L. Clínica Médica na Prática Diária: Grupo GEN, 2022. E-</p><p>book. ISBN 9788527738903. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527738903/. Acesso em: 27 mar. 2024.</p><p>22ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Durante uma aula prática de Farmacologia no Laboratório de Simulação Realística, os estudantes</p><p>foram avaliados quanto ao conhecimento dos mecanismos de ação dos fármacos anti-</p><p>hipertensivos. O experimento teve início com a administração de um fármaco X ao manequim</p><p>simulador programado previamente para apresentar hipertensão arterial sistêmica e asma.</p><p>Prontamente, verificou-se queda da frequência e contratilidade cardíacas, além de redução da</p><p>liberação de renina. Simultaneamente, o manequim começou a exibir dificuldade respiratória</p><p>compatível com um quadro de broncoespasmo. Após a discussão dos resultados, o experimento</p><p>foi encerrado e passou-se ao segundo experimento nos mesmos moldes do primeiro, sendo</p><p>agora administrado o fármaco Y, que promoveu rápida redução da pressão arterial e aumento da</p><p>concentração de bradicinina.</p><p>Com base no conhecimento dos princípios que governam a farmacoterapia da hipertensão</p><p>arterial, os fármacos X e Y e seus mecanismos de ação correspondem, respectivamente ao:</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 31 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa B) (CORRETA)</p><p>propranolol, antagonista não-seletivo dos receptores beta-adrenérgicos e captopril, inibidor da</p><p>enzima conversora de angiotensina.</p><p>Resposta comentada:</p><p>O propranolol é um antagonista não-seletivo dos receptores beta-adrenérgicos. O bloqueio dos</p><p>receptores beta-1 adrenérgicos no coração reduz a contratilidade e a frequência cardíaca e no</p><p>complexo justaglomerular diminui a secreção de renina enquanto o bloqueio dos receptores</p><p>beta-2 adrenérgicos na musculatura lisa respiratória pode precipitar crise asmática em indivíduos</p><p>suscetíveis.</p><p>O atenolol é um antagonista seletivo dos receptores beta-1 adrenérgicos e, portanto, não está</p><p>associado à broncoconstrição em questão.</p><p>A redução da frequência cardíaca e da contratilidade miocárdica não são compatíveis com a</p><p>ação do anlodipino, que é um bloqueador de canais de cálcio e reduz a pressão arterial pela</p><p>diminuição do movimento transmembrana de cálcio, o que resulta no relaxamento da</p><p>musculatura lisa arteriolar e, consequentemente, na redução da resistência vascular periférica.</p><p>Eventualmente pode levar à taquicardia reflexa, dada a descarga simpática mediada pelos</p><p>barorreceptores.</p><p>Ao inibirem a enzima conversora de angiotensina (ECA), o captopril e o enalapril comprometem</p><p>a degradação de bradicinina, justificando o aumento de sua concentração. Além disso, a</p><p>inibição da ECA compromete a produção de angiotensina II e, consequentemente, a secreção de</p><p>aldosterona pelas suprarrenais, explicando à tendência à hipercalemia, sobretudo na presença</p><p>de diuréticos poupadores de potássio. A losartana é um bloqueador dos receptores AT1 de</p><p>angiotensina II e não interfere na degradação da bradicinina.</p><p>Referência:</p><p>BRUNTON, L L.; HILAL-DANDAN, R. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e</p><p>Gilman. Porto Alegre: Grupo A, 2018. Capítulo 28.</p><p>23ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 32 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Um homem, de 45 anos, em situação de rua e desprovido de documentos, enfrenta uma série de</p><p>desafios de saúde. Apresenta ferimentos nos pés, desnutrição e dificuldade respiratória. Relata</p><p>sofrer de dores crônicas nas costas e articulações.</p><p>Com base no caso apresentado e na Política Nacional para a População em Situação de Rua,</p><p>analise as assertivas abaixo:</p><p>I. O homem precisa de acesso a serviços de Atenção Primária à Saúde, para tratar suas feridas</p><p>nos pés e realizar uma avaliação das suas condições de saúde.</p><p>II. O homem não será atendido na Estratégia de Saúde da Família (ESF), pois não é morador fixo</p><p>do território da unidade.</p><p>III. Quando estabilizado, se ele quiser, é importante encaminhar o homem para serviços de</p><p>assistência social, para ajudá-lo a acessar recursos como moradia e alimentação.</p><p>IV. O homem deve ser direcionado para o consultório na rua, único equipamento de saúde do</p><p>SUS autorizado a atender pessoas em situação de rua e sem documentos.</p><p>Assinale a alternativa que possui as assertivas</p><p>corretas.</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Somente as assertivas I e III estão corretas.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 33 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Resposta correta:</p><p>Somente as assertivas I e III estão corretas</p><p>A assertiva I está correta, pois destaca a necessidade de acesso a serviços de Atenção Primária</p><p>à saúde, para tratar problemas de saúde física, como feridas nos pés e desnutrição.</p><p>A assertiva III está correta ao enfatizar a necessidade de encaminhar o homem para serviços de</p><p>assistência social, visando ajudá-lo a acessar recursos como moradia e alimentação, conforme</p><p>previsto na Política Nacional para a População em Situação de Rua.</p><p>A assertiva II está incorreta, pois o homem tem o direito de ser atendido na Estratégia de Saúde</p><p>da Família (ESF).</p><p>A assertiva IV está incorreta, pois o consultório de rua não é o único equipamento de saúde do</p><p>SUS autorizado a atender uma pessoa em situação de rua e sem documentos. A pessoa em</p><p>situação de rua deve ser atendida em todos os níveis de atenção à saúde sem restrição.</p><p>Referências:</p><p>VOVCHENCO, E. e VILLIGER M. In: GUSSO, Gustavo, et al. Tratado de Medicina de Família e</p><p>Comunidade: Princípios, Formação e Prática. 2ª ed. Grupo A, 2018. Cap. 65. Disponível em:</p><p>Minha Biblioteca.</p><p>BRASIL. Saúde da população em situação de rua: um direito humano / Ministério da Saúde,</p><p>Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa. –</p><p>Brasília: Ministério da Saúde, 2014.</p><p>24ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Um menino de 5 anos, com paralisia cerebral e dificuldade de deglutição, é levado à emergência</p><p>pelo pai devido a episódios recorrentes de tosse, engasgos e dificuldade respiratória após as</p><p>refeições. O pai relata que o menino frequentemente apresenta secreção nasal espessa e</p><p>episódios de aspiração durante a alimentação. No exame físico, o médico observa presença de</p><p>sibilos e crepitações pulmonares em bases, além de sinais de dificuldade respiratória. Diante</p><p>desses achados, o médico suspeita de broncoaspiração.</p><p>Qual dos seguintes mecanismos fisiopatológicos é mais associado à broncoaspiração em</p><p>pacientes com esse perfil?</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 34 de 77</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>Diminuição do reflexo de tosse e proteção das vias aéreas.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A resposta correta é diminuição do reflexo de tosse e proteção das vias aéreas.</p><p>Justificativa: "Diminuição do reflexo de tosse e proteção das vias aéreas", pois pacientes</p><p>pediátricos com paralisia cerebral podem apresentar comprometimento do reflexo de tosse e da</p><p>proteção das vias aéreas devido à disfunção neurológica associada à condição.</p><p>O reflexo de tosse desempenha um papel fundamental na remoção de corpos estranhos e</p><p>secreções das vias aéreas superiores e inferiores. Quando esse reflexo está comprometido,</p><p>como é o caso em pacientes com paralisia cerebral, há uma maior probabilidade de ocorrer</p><p>aspiração de alimentos, saliva ou outras substâncias, levando à broncoaspiração.</p><p>Além disso, a paralisia cerebral pode causar disfagia (dificuldade de deglutição) e alterações na</p><p>coordenação dos músculos envolvidos na mastigação e deglutição, aumentando ainda mais o</p><p>risco de aspiração durante a alimentação.</p><p>Portanto, a diminuição do reflexo de tosse e da proteção das vias aéreas é o mecanismo</p><p>fisiopatológico mais associado à broncoaspiração em pacientes pediátricos com paralisia</p><p>cerebral e dificuldade de deglutição.</p><p>Referência:</p><p>BROADDUS, V. Courtney. Murray & Nadel - Tratado de Medicina Respiratória. Rio de</p><p>Janeiro: Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN 9788595156869.</p><p>25ª QUESTÃO</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 35 de 77</p><p>Enunciado:</p><p>Homem, 76 anos, fumante, obeso, sedentário, foi atendido pelo médico da Unidade Saúde da</p><p>Família (USF) com queixa de dor na nuca e mal-estar. Durante a consulta, observou-se pressão</p><p>arterial 160x100 mmHg e o médico solicitou exames laboratoriais, fez orientações importantes</p><p>quanto ao controle do peso, atividade física e eliminação do fumo e encaminhou à nutricionista.</p><p>Após 07 (sete) dias, o paciente retornou à USF com os resultados dos exames, e o médico</p><p>prescreveu anti-hipertensivo e estatina.</p><p>Considerando o caso, analise as afirmativas abaixo:</p><p>I- No caso, o médico realizou prevenção cardiovascular primária, pois foram abordados os</p><p>cuidados após a ocorrência de um evento cardiovascular.</p><p>II - No caso acima, o médico realizou prevenção cardiovascular primária, pois foram abordados</p><p>cuidados antes do evento cardiovascular ocorrer, como a prescrição de medicamentos e</p><p>orientações.</p><p>III - O médico realizou prevenção cardiovascular secundária, pois já havia acontecido outros</p><p>episódios cardiovasculares e abordou novamente as orientações para mudanças de estilo de vida</p><p>e terapia medicamentosa.</p><p>IV - A não adesão ao tratamento anti-hipertensivo e às mudanças de hábitos de vida pelo</p><p>paciente, pode acarretar em complicações cardiovasculares.</p><p>É correto afirmar que:</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>II e IV estão corretas.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 36 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Na prevenção cardiovascular primária é abordado o cuidado antes da ocorrência de um evento</p><p>cardiovascular, como a prescrição de medicamentos e orientações. A não adesão ao tratamento</p><p>anti-hipertensivo, bem como a dificuldade de mudanças de hábitos de vida, pode acarretar em</p><p>complicações cardiovasculares.</p><p>Referência:</p><p>LIU, G.K.H. e SILVA, B.L.S.S. Prevenção primária e secundária para doenças cardiovasculares</p><p>In: GUSSO, Gustavo, et al. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios,</p><p>Formação e Prática. 2ª ed. Grupo A, 2018. Cap. 157. Disponível em: Minha Biblioteca.</p><p>26ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Um paciente adulto de 50 anos chega à UPA com febre, tosse produtiva e dispneia. Ao realizar a</p><p>ausculta pulmonar, o médico observa a presença de crepitações finas na base do pulmão direito.</p><p>Com base nessa informação, qual dos seguintes achados semiológicos é mais provável que</p><p>esteja presente na fisiopatologia da pneumonia?</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Aumento do ruído respiratório na base do pulmão direito.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 37 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>A pneumonia é uma inflamação dos pulmões causada por uma infecção bacteriana, viral ou</p><p>fúngica. A presença de crepitações finas na base do pulmão direito sugere que há um aumento do</p><p>ruído respiratório nessa região, o que é consistente com a fisiopatologia da pneumonia. Esses</p><p>sons são causados pela vibração das vias aéreas estreitadas devido à inflamação e ao acúmulo</p><p>de fluidos nos alvéolos pulmonares. Além disso, a pneumonia pode causar febre, tosse produtiva</p><p>e dispneia, que são sintomas relatados pelo paciente. A diminuição do ruído respiratório na base</p><p>do pulmão direito seria mais sugestiva de um colapso pulmonar, enquanto os sibilos expiratórios e</p><p>roncos inspiratórios sugerem uma doença obstrutiva das vias aéreas, como a asma ou DPOC.</p><p>As crepitações grossas, por sua vez, são geralmente associadas a doenças pulmonares</p><p>intersticiais, como a fibrose pulmonar.</p><p>Referências:</p><p>HANSEL, Donna E.; DINTZIS, Renee Z. Fundamentos de Rubin - Patologia. Grupo GEN, 2007.</p><p>978-85-277-2491-3. Disponível em: https: //integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-</p><p>2491-3/. Acesso em: 07 jun. 2022.</p><p>FILHO, Geraldo B. Bogliolo – Patologia. Grupo GEN, 2021. 9788527738378. Disponível em:</p><p>https: //integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527738378/. Acesso em: 07 jun. 2022.</p><p>27ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>Uma criança, de 5 anos de idade, é levada à consulta médica na Unidade de Saúde da Família</p><p>(USF) pelos pais, apresentando febre de 38ºC há 2 dias, associada a tosse produtiva. Ao exame</p><p>físico, apresenta-se com FR: 30 incursões respiratórias por minuto, FC: 110 batimentos</p><p>cardíacos por minuto. À ausculta respiratória, apresenta murmúrio vesicular presente em ambos</p><p>hemitórax e presença de estertores crepitantes finos em base do hemitórax direito.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico mais provável desta criança.</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A)</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Pneumonia adquirida na comunidade.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 38 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Tosse produtiva, febre, taquipneia, taquicardia e estertores crepitantes finos são sintomas e sinais</p><p>sugestivos de pneumonia adquirida na comunidade. Combinados, eles tornam o diagnóstico</p><p>altamente provável. Os demais diagnósticos não são compatíveis com o caso clínico</p><p>apresentado.</p><p>Referência:</p><p>PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Médica. Editora Guanabara Koogan. 8. ed, 2019.</p><p>28ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>A dermatite atópica (DA) é uma doença crônica da pele caracterizada por intensa coceira e</p><p>inflamação. Ela afeta uma parcela significativa da população mundial e tem uma etiologia</p><p>multifatorial, envolvendo fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Os processos</p><p>imunológicos subjacentes à DA são complexas e envolvem uma disfunção da barreira cutânea,</p><p>resposta imune desregulada e colonização bacteriana da pele. Pesquisas recentes têm</p><p>esclarecido o papel de células do sistema imunológico, como as células Th2, na patogênese da</p><p>DA, bem como a importância de citocinas específicas na mediação da resposta inflamatória.</p><p>Considerando os processos imunológicos envolvidos na fisiopatologia da dermatite atópica, qual</p><p>das seguintes afirmativas melhor descreve um aspecto chave desta condição?</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>A produção excessiva de IgE e a resposta de células Th2 são centrais na patogênese da</p><p>dermatite atópica crônica, levando à liberação de citocinas que exacerbam a inflamação e os</p><p>sintomas da doença.</p><p>000122.11001b.7ca23a.a1a7f3.04fc96.c87baa.1434d7.7e336 Pgina 39 de 77</p><p>Resposta comentada:</p><p>Resposta correta: A produção excessiva de IgE e a resposta de células Th2 são centrais na</p><p>patogênese da dermatite atópica</p>