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<p>18/07/2024</p><p>1</p><p>Marilene de Souza Silva</p><p>Especialista em Educação Especial</p><p>Mestranda em Neurociências</p><p>Deficiência Intelectual</p><p>Introdução</p><p>A sociedade, de modo geral, enfrenta dificuldades para lidar com o que é</p><p>diferente, isto é, com tudo aquilo que se afasta dos padrões estabelecidos</p><p>como normais. Todas as categorias que não se enquadrem nesses padrões</p><p>são, de alguma forma, identificadas como desviantes e colocadas à margem</p><p>do processo social (VIGOTSKI, 2004)</p><p>1</p><p>2</p><p>18/07/2024</p><p>2</p><p>Neste sentido, os "desviantes", de acordo com Marques (2001), são</p><p>considerados anormais, por fugirem aos critérios de pertencimento e de</p><p>não pertencimento, costurados e validados pela sociedade com os</p><p>parâmetros criados por ela mesma.</p><p>Introdução</p><p>Para Silva(1986), Marques(2001) e Vygotski(1997), o modo como a sociedade</p><p>considera e trata seus membros vistos como desviantes pode ser apreciado</p><p>como um fator cultural.</p><p>Existem situações e características que fogem aos padrões em todo o</p><p>mundo, no entanto as formas de preconceito e discriminação a elas</p><p>relacionadas dependem dos padrões culturais.</p><p>Introdução</p><p>3</p><p>4</p><p>18/07/2024</p><p>3</p><p>Introdução</p><p>Desta forma, o contexto histórico-cultural e econômico leva à construção</p><p>de conceitos de normalidade atrelando valores morais, de produtividade</p><p>e eficácia, em que a diferença representa um distanciamento dos modelos</p><p>e padrões estabelecidos, e sua não adaptação, um problema para a</p><p>sociedade.</p><p>Os transtornos do Neurodesenvolvimento</p><p>São um grupo de condições com início no período de desenvolvimento. Os</p><p>distúrbios geralmente se manifestam no início do desenvolvimento, muitas</p><p>vezes antes da criança entrar na escola, e são caracterizados por déficits de</p><p>desenvolvimento ou diferenças nos processos cerebrais que produzem</p><p>prejuízos no funcionamento pessoal, social, acadêmico ou ocupacional.</p><p>5</p><p>6</p><p>18/07/2024</p><p>4</p><p>Os transtornos do neurodesenvolvimento frequentemente ocorrem</p><p>concomitantemente; por exemplo, indivíduos com transtorno do espectro</p><p>autista geralmente têm transtorno do desenvolvimento intelectual</p><p>(deficiência intelectual) e muitas crianças com transtorno de déficit de</p><p>atenção/hiperatividade (TDAH) também têm um transtorno específico de</p><p>aprendizagem.</p><p>Os transtornos do Neurodesenvolvimento</p><p>Os transtornos do neurodesenvolvimento também ocorrem frequentemente</p><p>com outros transtornos mentais e comportamentais com início na infância (p.</p><p>Para alguns transtornos do neurodesenvolvimento, a apresentação clínica</p><p>inclui comportamentos mais frequentes ou intensos quando comparados aos</p><p>de crianças típicas da mesma idade de desenvolvimento e sexo, bem como</p><p>déficits e atrasos no alcance dos marcos esperados.</p><p>Os transtornos do Neurodesenvolvimento</p><p>7</p><p>8</p><p>18/07/2024</p><p>5</p><p>Encontramos no meio acadêmico e científico o emprego das</p><p>denominações deficiência mental, que para Pessoti [1984], focaliza a incapacidade,</p><p>na limitação e na insuficiência e, mais recentemente verificamos o emprego do</p><p>termo deficiência intelectual, que se originou da mudança proposta em 2002</p><p>pela American Association of Mental Retardation (AAMR), que passa a conter</p><p>uma perspectiva funcional, bioecológica e multidimensional, e a considerar a</p><p>interação dinâmica entre o funcionamento do indivíduo e o seu meio social.</p><p>Transtorno do desenvolvimento intelectual</p><p>Deficiência Intelectual – DI</p><p>A deficiência intelectual, apresenta déficits cognitivos concomitantes ao</p><p>funcionamento adaptativo, em pelo menos duas das seguintes áreas:</p><p>comunicação, cuidados pessoais, vida doméstica, habilidades</p><p>sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, independência,</p><p>habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança.</p><p>Transtorno do desenvolvimento intelectual</p><p>Deficiência Intelectual – DI</p><p>9</p><p>10</p><p>18/07/2024</p><p>6</p><p>A deficiência intelectual não é considerada uma doença ou um transtorno</p><p>psiquiátrico, e sim um ou mais fatores que causam prejuízo das funções</p><p>cognitivas que acompanham o desenvolvimento diferente do cérebro.</p><p>(HONORA & FRIZANCO, 2008, p. 103)</p><p>Transtorno do desenvolvimento intelectual</p><p>Deficiência Intelectual – DI</p><p>O transtorno do desenvolvimento intelectual é caracterizado por déficits nas habilidades</p><p>mentais gerais, como raciocínio, resolução de problemas, planejamento, pensamento</p><p>abstrato, julgamento, aprendizado acadêmico e aprendizado com a experiência.</p><p>Os déficits resultam em deficiências no funcionamento adaptativo, de tal forma que o</p><p>indivíduo deixa de cumprir os padrões de independência pessoal e responsabilidade social</p><p>em um ou mais aspectos da vida diária, incluindo comunicação, participação social,</p><p>funcionamento acadêmico ou ocupacional e independência pessoal em casa ou no</p><p>trabalho.</p><p>É diagnosticado quando um indivíduo não consegue atingir os marcos de desenvolvimento</p><p>esperados em várias áreas do funcionamento intelectual.</p><p>Transtorno do desenvolvimento intelectual</p><p>Deficiência Intelectual – DI</p><p>11</p><p>12</p><p>18/07/2024</p><p>7</p><p>Diagnóstico</p><p>Segundo DSM V, a definição de antes que se utilizava “Deficiência Mental”</p><p>passa a ser considerado o termo DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (DI), com início</p><p>no período do desenvolvimento, com déficits funcionais tanto intelectuais</p><p>quanto adaptativos, nos domínios conceitual, social e prático. Com</p><p>funcionamento intelectual inferior de Qi=70 ou abaixo;</p><p>Diagnóstico Diferencial</p><p>O diagnóstico de deficiência intelectual jamais deve ser pressuposto em</p><p>razão de determinada condição genética ou médica. Uma síndrome genética</p><p>associada à deficiência intelectual deve ser registrada como um diagnóstico</p><p>concorrente com a deficiência intelectual.</p><p>✓ Transtornos neurocognitivos maiores e leves.</p><p>✓ Transtornos da comunicação e transtorno específico da aprendizagem.</p><p>✓ Transtorno do espectro autista</p><p>13</p><p>14</p><p>18/07/2024</p><p>8</p><p>Características diagnósticas</p><p>As características essenciais do transtorno do desenvolvimento intelectual (deficiência</p><p>intelectual) são déficits nas habilidades mentais gerais (Critério A) e prejuízo no</p><p>funcionamento adaptativo diário, em comparação com os pares de idade, gênero e o início</p><p>é durante o período de desenvolvimento (Critério C).</p><p>O diagnóstico de transtorno do desenvolvimento intelectual é baseado em avaliação clínica</p><p>e testes padronizados de funções intelectuais, testes neuropsicológicos padronizados e</p><p>testes padronizados de funcionamento adaptativo. (Critério B).</p><p>Déficits no funcionamento adaptativo (Critério B) referem-se a quão bem</p><p>uma pessoa atende aos padrões comunitários de independência pessoal e</p><p>responsabilidade social, em comparação com outras de idade e</p><p>antecedentes socioculturais semelhantes.</p><p>O funcionamento adaptativo envolve o raciocínio adaptativo em três</p><p>domínios: conceitual, social e prático.</p><p>Características diagnósticas</p><p>15</p><p>16</p><p>18/07/2024</p><p>9</p><p>O domínio conceitual (acadêmico) envolve competência em memória, linguagem, leitura,</p><p>escrita, raciocínio matemático, aquisição de conhecimento prático, resolução de problemas</p><p>e julgamento em situações novas, entre outros.</p><p>O domínio social envolve a consciência dos pensamentos, sentimentos e experiências dos</p><p>outros; empatia; habilidades de comunicação interpessoal; habilidades de amizade; e</p><p>julgamento social, entre outros.</p><p>Comportamento adaptativo</p><p>O domínio prático envolve aprendizagem e autogestão em todos os</p><p>contextos da vida, incluindo cuidados pessoais, responsabilidades de</p><p>trabalho, gestão de dinheiro, recreação, autogestão de comportamento e</p><p>organização de tarefas escolares e de trabalho, entre outros.</p><p>Comportamento adaptativo</p><p>17</p><p>18</p><p>18/07/2024</p><p>10</p><p>Capacidade intelectual, educação, motivação, socialização, características de</p><p>personalidade, oportunidade vocacional, experiência cultural e coexistência de outras</p><p>condições médicas ou transtornos mentais influenciam o funcionamento adaptativo.</p><p>Os vários níveis de gravidade são definidos com base no funcionamento adaptativo, e não</p><p>nas pontuações de QI, porque é o funcionamento adaptativo que determina o nível de</p><p>suporte necessário. Além disso, as medidas de QI são menos válidas na</p><p>extremidade</p><p>inferior da faixa de QI.</p><p>Comportamento adaptativo</p><p>O critério A refere-se a funções intelectuais que envolvem raciocínio, resolução de problemas,</p><p>planejamento, pensamento abstrato, julgamento, aprendizado por instrução e experiência e compreensão</p><p>prática. Os componentes críticos incluem compreensão verbal, memória de trabalho, raciocínio, raciocínio</p><p>quantitativo, pensamento abstrato e eficácia cognitiva</p><p>O critério B é atendido quando pelo menos um domínio do funcionamento adaptativo – conceitual, social</p><p>ou prático – está suficientemente prejudicado para que o apoio contínuo seja necessário para que a pessoa</p><p>tenha um desempenho adequado em vários ambientes, como casa, escola, trabalho e comunidade .</p><p>O critério C, início durante o período de desenvolvimento, refere-se ao reconhecimento de que déficits</p><p>intelectuais e adaptativos estão presentes durante a infância ou adolescência.</p><p>Características diagnósticas</p><p>19</p><p>20</p><p>18/07/2024</p><p>11</p><p>Uma avaliação abrangente inclui uma avaliação da capacidade intelectual e do</p><p>funcionamento adaptativo; identificação de etiologias genéticas e não genéticas;</p><p>avaliação de condições médicas associadas (por exemplo, paralisia cerebral,</p><p>distúrbio convulsivo); e avaliação para transtornos mentais, emocionais e</p><p>comportamentais concomitantes.</p><p>Os componentes da avaliação podem incluir histórico médico pré e perinatal</p><p>básico, linhagem familiar de três gerações, exame físico, avaliação genética</p><p>Características diagnósticas</p><p>O transtorno do desenvolvimento intelectual é uma condição heterogênea</p><p>com múltiplas causas. Pode haver dificuldades associadas com o julgamento</p><p>social; avaliação de risco; autogestão do comportamento, emoções ou</p><p>relações interpessoais; ou motivação na escola ou ambientes de trabalho.</p><p>Devido à falta de consciência do risco e do perigo, as taxas de lesões</p><p>acidentais podem aumentar.</p><p>Transtorno do desenvolvimento intelectual</p><p>Deficiência Intelectual – DI</p><p>21</p><p>22</p><p>18/07/2024</p><p>12</p><p>A credulidade é muitas vezes uma característica, envolvendo ingenuidade</p><p>em situações sociais e uma tendência a ser facilmente liderado por outros. A</p><p>credulidade e a falta de consciência do risco podem resultar em exploração</p><p>por outros e possível vitimização, fraude, envolvimento criminal não</p><p>intencional, confissões falsas e risco de abuso físico e sexual. Esses recursos</p><p>associados podem ser importantes em casos criminais.</p><p>Transtorno do desenvolvimento intelectual</p><p>Deficiência Intelectual – DI</p><p>Além dos déficits no funcionamento adaptativo, os indivíduos também</p><p>podem ficar angustiados com suas limitações intelectuais. Embora essa</p><p>angústia nem sempre possa ser vista como tendo impacto no</p><p>funcionamento, a angústia pode representar uma característica importante</p><p>do cenário clínico.</p><p>Transtorno do desenvolvimento intelectual</p><p>Deficiência Intelectual – DI</p><p>23</p><p>24</p><p>18/07/2024</p><p>13</p><p>A falta de habilidades de comunicação pode predispor a</p><p>comportamentos disruptivos e agressivos.</p><p>Transtorno do desenvolvimento intelectual</p><p>Deficiência Intelectual – DI</p><p>Atraso Global do Desenvolvimento</p><p>Este diagnóstico está reservado a indivíduos com menos de 5 anos de idade,</p><p>quando o nível de gravidade clínica não pode ser avaliado de modo confiável</p><p>durante a primeira infância.</p><p>Esta categoria é diagnosticada quando a criança apresenta atrasos nos marcos do</p><p>desenvolvimento esperados em várias áreas da função intelectual. É uma</p><p>categoria que requer reavaliações após um período de tempo.</p><p>25</p><p>26</p><p>18/07/2024</p><p>14</p><p>Transtorno do Desenvolvimento Intelectual</p><p>Não Especificado</p><p>Esta categoria é reservada para indivíduos com idade superior a 5 anos quando a</p><p>avaliação do grau de transtorno do desenvolvimento intelectual (deficiência</p><p>intelectual) por meio de procedimentos disponíveis localmente se torna difícil ou</p><p>impossível devido a deficiências sensoriais ou físicas associadas, como na</p><p>cegueira ou surdez pré-lingual ; deficiência locomotora; ou presença de</p><p>comportamentos problemáticos graves ou transtorno mental concomitante.</p><p>Esta categoria só deve ser usada em circunstâncias excepcionais e requer</p><p>reavaliação após um período de tempo.</p><p>Diagnóstico</p><p>A AIDD, 2002, apresenta as cinco dimensões para o diagnóstico de D.I.:</p><p>Dimensão I: habilidades intelectuais –</p><p>A dimensão da dificuldade intelectual passa a constituir apenas um dos</p><p>indicadores de déficit intelectual, considerando a relação às outras dimensões.</p><p>Não é o suficiente para o diagnóstico da deficiência.</p><p>27</p><p>28</p><p>18/07/2024</p><p>15</p><p>Diagnóstico</p><p>Dimensão II: comportamento adaptativo –</p><p>O comportamento adaptativo relaciona-se a aspectos acadêmicos,</p><p>conceituais e de comunicação, necessários à competência social e ao</p><p>exercício da autonomia, e pode ser entendido como um “conjunto de</p><p>habilidades conceituais, sociais e práticas adquiridas pela pessoa para</p><p>corresponder às demandas da vida cotidiana.”</p><p>Diagnóstico</p><p>Dimensão III: participação, interações e papéis sociais –</p><p>Essa dimensão ressalta a importância na vida comunitária. Refere-se às</p><p>interações sociais e aos papéis vivenciados pela pessoa, bem como à sua</p><p>participação na comunidade.</p><p>29</p><p>30</p><p>18/07/2024</p><p>16</p><p>Diagnóstico</p><p>Dimensão IV: saúde –</p><p>A avaliação diagnóstica de atraso de desenvolvimento intelectual deve</p><p>contemplar elementos mais amplos, de modo a incluir fatores etiológicos</p><p>e de saúde física e mental. A definição e o acompanhamento dos quadros</p><p>patológicos e das síndromes são fundamentais na definição do</p><p>diagnóstico e dos apoios necessários.</p><p>Diagnóstico</p><p>Dimensão V: contexto –</p><p>A avaliação do contexto refere-se a uma perspectiva ecológica do</p><p>desenvolvimento – que remete à abordagem ecológica, de Bronfenbrenner,</p><p>a qual privilegia os aspectos saudáveis do desenvolvimento, que devem ser</p><p>estudados em ambientes naturais.</p><p>31</p><p>32</p><p>18/07/2024</p><p>17</p><p>Diagnóstico</p><p>O diagnóstico envolve também a pesquisa de possíveis etiologias e,</p><p>quanto antes for realizada, melhores serão as possibilidades de</p><p>intervenção.</p><p>É importante fazer o diagnóstico diferencial, pois algumas situações como</p><p>o fracasso escolar produzido pelas desigualdades sociais, pode confundir,</p><p>muitas vezes, os profissionais menos preparados.</p><p>Diagnóstico</p><p>Há também muita confusão entre as definições de doença mental e</p><p>deficiência intelectual.</p><p>Na primeira há comprometimento da percepção da realidade, o que não</p><p>ocorre no caso da deficiência intelectual.</p><p>33</p><p>34</p><p>18/07/2024</p><p>18</p><p>Diagnóstico</p><p>Para considerar o diagnóstico da D.I. é necessário haver falhas tanto na</p><p>questão cognitiva da criança/adulto e na questão adaptativa, pois se</p><p>houver incapacidades em apenas em uma das questões não se considera</p><p>como D.I.</p><p>Dificuldades observadas na DI</p><p>Segundo Honora & Frizanco (2008), existe uma grande variação de</p><p>capacidades e necessidades dos indivíduos com deficiência intelectual,</p><p>podendo apresentar diferenças em quatro áreas:</p><p>35</p><p>36</p><p>18/07/2024</p><p>19</p><p>1. Área motora: algumas crianças com deficiência intelectual leve não</p><p>apresentam diferenças significativas em relação às crianças com</p><p>desenvolvimento típico, porém podem apresentar alterações na</p><p>motricidade fina.</p><p>Nos casos mais severos, pode-se perceber incapacidades motoras mais</p><p>acentuadas, tais como dificuldades de coordenação e manipulação.</p><p>Dificuldades observadas na DI</p><p>2. Área cognitiva: alguns alunos com deficiência intelectual podem</p><p>apresentar dificuldades na aprendizagem de conceitos abstratos, em</p><p>focar a atenção, capacidade de memorização, resolução de problemas,</p><p>e na generalização.</p><p>Podem atingir os mesmos objetivos escolares que alunos típicos, porém,</p><p>em alguns casos, com um ritmo mais lento.</p><p>Dificuldades observadas na DI</p><p>37</p><p>38</p><p>18/07/2024</p><p>20</p><p>3. Área da comunicação: em pessoas com deficiência intelectual, é</p><p>encontrada dificuldade de comunicação, acarretando uma maior</p><p>dificuldade em suas relações.</p><p>Dificuldades observadas na DI</p><p>4. Área socioeducacional: em alguns casos de deficiência intelectual,</p><p>ocorre uma discrepância entre a idade mental e a idade cronológica.</p><p>Dificuldades observadas na DI</p><p>39</p><p>40</p><p>18/07/2024</p><p>21</p><p>O transtorno do desenvolvimento</p><p>intelectual (deficiência intelectual) é um</p><p>transtorno com início durante o período de desenvolvimento que inclui déficits de</p><p>funcionamento intelectual e adaptativo nos domínios conceitual, social e prático.</p><p>Os três critérios a seguir devem ser atendidos:</p><p>Transtorno do Desenvolvimento Intelectual</p><p>Critérios do DSM-5 TR</p><p>41</p><p>42</p><p>18/07/2024</p><p>22</p><p>43</p><p>44</p><p>18/07/2024</p><p>23</p><p>Quando o transtorno do desenvolvimento intelectual está associado a uma síndrome genética,</p><p>pode haver uma aparência física característica (por exemplo, como na síndrome de Down). Algumas</p><p>síndromes têm um fenótipo comportamental, que se refere a comportamentos específicos que são</p><p>característicos de um distúrbio genético específico (por exemplo, síndrome de Lesch-Nyhan). Nas</p><p>formas adquiridas, o início pode ser abrupto após uma doença como meningite ou encefalite ou</p><p>traumatismo craniano ocorrido durante o período de desenvolvimento. Quando o transtorno do</p><p>desenvolvimento intelectual resulta de uma perda de habilidades cognitivas previamente</p><p>adquiridas, como no traumatismo cranioencefálico grave, os diagnósticos de transtorno do</p><p>desenvolvimento intelectual e de transtorno neurocognitivo podem ser atribuídos.</p><p>Transtorno do desenvolvimento intelectual</p><p>Deficiência Intelectual – DI</p><p>Causas</p><p>As causas da D.I. são desconhecidas de 30 a 50% dos casos. Estas podem</p><p>ser genéticas, congênitas ou adquiridas. Dentre as quais as mais</p><p>conhecidas são: Síndrome de Down, Síndrome alcoólica fetal, Intoxicação</p><p>por chumbo, Síndrome do X-frágil, malformações cerebrais e desnutrição</p><p>proteico-calórica.</p><p>45</p><p>46</p><p>18/07/2024</p><p>24</p><p>Condições que podem ocorrer a DI</p><p>(Fonte: APAE)</p><p>Síndrome do X-Frágil – Uma alteração genética. A criança apresenta face alongada,</p><p>orelhas grandes ou salientes, além de comprometimento ocular e comportamento social</p><p>atípico, principalmente timidez, pode apresentar deficiência auditiva em alguns casos.</p><p>Síndrome de Prader-Willi – o quadro clínico varia de paciente a paciente, conforme a</p><p>idade. No período neonatal, a criança apresenta severa hipotonia muscular, baixo peso e</p><p>pequena estatura.</p><p>Síndrome de Angelman – distúrbio neurológico, comprometimento ou ausência de fala,</p><p>epilepsia, atraso psicomotor, andar desequilibrado, com as pernas afastadas e esticadas,</p><p>dificuldades do sono, alterações no comportamento, entre outras.</p><p>Principais tipos de DI</p><p>(Fonte: APAE)</p><p>Síndrome de Williams – alteração genética que causa deficiência intelectual de leve a</p><p>moderada. A pessoa apresenta comprometimento maior da capacidade visual e espacial,</p><p>em contraste com um bom desenvolvimento da linguagem oral e na música.</p><p>Erros Inatos de Metabolismo (Fenilcetonúria, Hipotireoidismo congênito etc.) –</p><p>alterações metabólicas, em geral enzimáticas, que normalmente não apresentam sinais</p><p>nem sintomas sugestivos de doenças. São detectados pelo Teste do Pezinho, e quando</p><p>tratados adequadamente, podem prevenir o aparecimento de deficiência intelectual.</p><p>47</p><p>48</p><p>18/07/2024</p><p>25</p><p>Síndrome de Down (SD)</p><p>A Síndrome de Down (SD), é uma condição genética, relacionada com fatores</p><p>hereditários e com alterações prematuras no desenvolvimento do embrião. Consiste</p><p>numa anomalia cromossómica.</p><p>As crianças, jovens e os adultos com síndrome de Down podem ter algumas</p><p>características semelhantes e estar sujeitos a uma maior incidência de doenças, mas</p><p>apresentam personalidades e características diferentes e únicas.</p><p>Em alguns casos, a piora progressiva do funcionamento intelectual pode representar a</p><p>sobreposição de transtorno neurocognitivo que se desenvolve na idade adulta (ou seja,</p><p>pessoas com síndrome de Down têm alto risco de desenvolver transtorno neurocognitivo</p><p>devido à doença de Alzheimer na idade adulta). Nesta situação, ambos os diagnósticos,</p><p>transtorno do desenvolvimento intelectual e transtorno neurocognitivo, são dados.</p><p>Intervenções precoces e contínuas podem melhorar o funcionamento adaptativo</p><p>durante a infância e a idade adulta. Em alguns casos, isso resulta em melhora</p><p>significativa do funcionamento intelectual, de tal forma que o diagnóstico de</p><p>transtorno do desenvolvimento intelectual não é mais apropriado.</p><p>Assim, é prática comum ao avaliar bebês e crianças pequenas atrasar o</p><p>diagnóstico de transtorno do desenvolvimento intelectual até que um curso</p><p>adequado de intervenção seja fornecido.</p><p>Transtorno do desenvolvimento intelectual</p><p>Deficiência Intelectual – DI</p><p>49</p><p>50</p><p>18/07/2024</p><p>26</p><p>Para crianças mais velhas e adultos, a extensão do apoio fornecido pode permitir</p><p>a participação plena em todas as atividades da vida diária e uma melhor função</p><p>adaptativa.</p><p>As avaliações diagnósticas devem determinar se as habilidades adaptativas</p><p>aprimoradas são o resultado de uma aquisição de novas habilidades estáveis e</p><p>generalizadas (nesse caso, o diagnóstico de transtorno do desenvolvimento</p><p>intelectual pode não ser mais apropriado) ou se a melhora depende da presença</p><p>de apoios e intervenções contínuas. (permanece o diagnóstico)</p><p>Transtorno do desenvolvimento intelectual</p><p>Deficiência Intelectual – DI</p><p>Marilena Chauí (2002) aborda minuciosamente sobre o olhar, partindo de</p><p>diferentes modalidades do verbo ver – observar, examinar, instruir-se,</p><p>conhecer, saber – para assinalar laços entre ver e conhecer.</p><p>Mudança de olhar</p><p>51</p><p>52</p><p>18/07/2024</p><p>27</p><p>Rubem Alves e Madalena Freire, em vários de seus artigos, relacionam</p><p>olhar com o ato educativo e coincidem na afirmação de que ele precisa ser</p><p>aprendido, pois não fomos educados para o ver e nem para o escutar.</p><p>Mudança de olhar</p><p>A noção popular de que o olhar é sinônimo de ver, nos conduzem a pensar</p><p>sobre a reeducação de nossos sentidos, principalmente a visão quando se</p><p>trata de olhar para uma outra pessoa.</p><p>Isto nos dá espaço para afirmarmos que o algo a mais do olhar é a</p><p>capacidade reflexiva frente aquilo que se vê.</p><p>Mudança de olhar</p><p>53</p><p>54</p><p>18/07/2024</p><p>28</p><p>E o mesmo se dá com o ouvir, cujo ato reflexivo é o escutar. O que</p><p>queremos dizer é que, encontra-se inserido no reflexivo uma</p><p>intencionalidade e a possibilidade de conhecer de modo mais amplo o que</p><p>o olhar e o escutar nos oferecem. Portanto, tornam-se saberes e</p><p>competências essenciais em nossas ações.</p><p>Mudança de olhar</p><p>O objetivo é estar aberto para conhecer quem nos procura.</p><p>E isso é mais importante do que ter conhecimentos isolados sobre as</p><p>deficiências e suas dificuldades.</p><p>Mudança de olhar</p><p>55</p><p>56</p><p>18/07/2024</p><p>29</p><p>Para Vygotsky, o indivíduo é constituído socialmente: todas as suas funções</p><p>psicológicas têm origem social.</p><p>Suas interações com o meio são construídas a partir de sua inserção em um</p><p>universo histórico-cultural.</p><p>Mudança de olhar</p><p>A família, escola, comunidade e seus elementos constituintes - pais, irmãos,</p><p>professores, colegas, amigos - fazem parte desse universo histórico-cultural</p><p>e servem de elo intermediário entre o sujeito e o objeto de conhecimento.</p><p>Mudança de olhar</p><p>57</p><p>58</p><p>18/07/2024</p><p>30</p><p>Devido as dificuldades de acessar informações suficientes para poder</p><p>entender o que está ocorrendo ao seu redor, resulta em confusão e</p><p>frustração, e na maioria das vezes, em isolamento ou comportamentos</p><p>agressivos.</p><p>Mudança de olhar</p><p>Vygotsky considera que a deficiência, não constitui em si, um impedimento</p><p>para o desenvolvimento do indivíduo. O que poderia constituir esse</p><p>impedimento seriam as mediações estabelecidas e as formas de lidarmos</p><p>com o problema, negando possibilidades de trocas e relações significativas</p><p>que possibilitam o crescimento do indivíduo.</p><p>Mudança de olhar</p><p>59</p><p>60</p><p>18/07/2024</p><p>31</p><p>Nós temos muito em comum, mas somos também muito diferentes.</p><p>Precisamos entender como aprendemos e como percebemos o mundo, e saber que cada</p><p>um vê o mundo de maneira diferente.</p><p>Pessoas com deficiência também aprendem e percebem o mundo de várias maneiras,</p><p>cabe a nós educadores, terapeutas, médicos, saber quais os canais sensoriais no qual eles</p><p>estão buscando informações ao redor e oferecer experiências significativas e funcionais.</p><p>Mudança de olhar</p><p>Estamos naturalmente programados</p><p>para procurar os significados. Esse</p><p>princípio nos orienta para a sobrevivência.</p><p>O cérebro precisa do que é familiar, e automaticamente o registra, ao</p><p>mesmo tempo em que procura estímulos adicionais e reage à eles.</p><p>A procura pelo significado é inata</p><p>61</p><p>62</p><p>18/07/2024</p><p>32</p><p>Até 02 anos de</p><p>idade</p><p>A rede neuronal</p><p>se estrutura por</p><p>meio de ações</p><p>sensório-motoras.</p><p>Estabilidade</p><p>emocional.</p><p>Até 03 anos de</p><p>idade</p><p>Até 06 anos de</p><p>idade</p><p>Construção da</p><p>permanência do</p><p>objeto. Aquisição</p><p>de linguagem.</p><p>Ação da criança</p><p>não precisa estar</p><p>sempre apoiada no</p><p>concreto, já opera</p><p>em pensamento</p><p>sobre as</p><p>experiências</p><p>vividas.</p><p>A formação na 1ª infância</p><p>tem Impacto por toda a vida.</p><p>Cognitivo</p><p>SensorialAfetivo</p><p>Social</p><p>63</p><p>64</p><p>18/07/2024</p><p>33</p><p>Aos 3 anos, a criança</p><p>tem o dobro de conexões</p><p>cerebrais de um adulto</p><p>Até os 11 anos, trilhões</p><p>delas são perdidas</p><p>100</p><p>0</p><p>50</p><p>Ficam as conexões que foram</p><p>usadas repetidamente nos</p><p>primeiros anos de vida</p><p>Até os 6 anos, 90% das sinapses</p><p>cerebrais são formadas*</p><p>Até os 4 anos, a criança já alcançou GRANDE</p><p>PARTE do potencial mental que terá quando</p><p>adulto**</p><p>* Relatório SIB, UNICEF, 2001</p><p>** Boosting Poor Children's Chances: Early Development services for poor children. Banco Mundial, 1999</p><p>*** Craig Ramey, Universidade do Alabama</p><p>90%</p><p>100 %</p><p>100</p><p>0</p><p>50</p><p>65</p><p>66</p><p>18/07/2024</p><p>34</p><p>É necessário saber que para aprender são necessárias condições:</p><p>√ cognitivas (abordar o conhecimento);</p><p>√ afetivas (estabelecer vínculos);</p><p>√ criativas (prática);</p><p>√ Linguagem e Comunicação.</p><p>Mudança de olhar</p><p>Precisamos aprender a ver a pessoa com deficiência com os olhos reflexivos,</p><p>estes que trazem o sabor da curiosidade para a descoberta, que buscam o</p><p>entendimento, de percepção aguçada, que se desdobram para rever,</p><p>conhecer e explorar, no sentido de ativar possibilidades que essa pessoa</p><p>pode garantir de melhor, para si mesmo e para os outros.</p><p>Mudança de olhar</p><p>67</p><p>68</p><p>18/07/2024</p><p>35</p><p>Considerações finais</p><p>Não existem “receitas” prontas para o trabalho com pessoas com</p><p>deficiência intelectual, ou com outra deficiência, quanto com os</p><p>sem deficiência.</p><p>Devemos ter em mente que cada pessoa é única e que suas</p><p>potencialidades, necessidades, conhecimentos ou experiências</p><p>prévias devem ser levados em conta, sempre.</p><p>(HONORA & FRIZANCO, 2008, p. 107)</p><p>Obrigada!!</p><p>Marilene de Souza Silva</p><p>Psicóloga/Neuropsicóloga</p><p>msseduconsultoria@gmail.com</p><p>(11)97657.2404</p><p>69</p><p>70</p><p>18/07/2024</p><p>36</p><p>• PAN, M. O direito à diferença: uma reflexão sobre deficiência intelectual e educação inclusiva. Curitiba: IBPEX, 2008.</p><p>• PESSOTI, I. Deficiência mental: da superstição à ciência. São Paulo: T.A. Queiroz, 1984.</p><p>• SILVA, O. M. A Epopéia ignorada: a pessoa deficiente na história do mundo de ontem e de hoje. São Paulo: CEDAS, 1986.</p><p>• VIGOTSKI, L. S. A Construção do pensamento e da linguagem. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2001.</p><p>• O comportamento anormal. Psicologia Pedagógica. 2. ed. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes; 2004. p. 379-395.</p><p>• VIGOTSKII, L. S. Aprendizagem e desenvolvimento na idade escolar. In: Vigotskii, L. S.; Luria, A. R.; Leontiev, A. N., Linguagem,</p><p>desenvolvimento e aprendizagem.10. ed. São Paulo: Icone; 2006. p. 103-118.</p><p>• VIGOTSKI, L.S. Obras Escogidas V: fundamentos de defectología. Madrid: Visor Distribuciones, 1997.</p><p>• Vygotsky, L. S.; Luria A. R. A criança e seu comportamento. In: Vygotsky, L. S.; Luria A. R., Estudos sobre a história do</p><p>comportamento: símios homem primitivo e criança. Porto Alegre, RS: Artes Médicas; 1996. p.151-239.</p><p>• WANDERLEY, M.B. Refletindo sobre a noção de exclusão. In: SAWAIA, B., (Org.). As artimanhas da exclusão:análise psicossocial e</p><p>ética da desigualdade social. 6. ed. Petrópolis: Editora Vozes; 2006. p.15-26.</p><p>71</p><p>Slide 1</p><p>Slide 2: Introdução</p><p>Slide 3</p><p>Slide 4</p><p>Slide 5: Introdução</p><p>Slide 6: Os transtornos do Neurodesenvolvimento</p><p>Slide 7: Os transtornos do Neurodesenvolvimento</p><p>Slide 8: Os transtornos do Neurodesenvolvimento</p><p>Slide 9: Transtorno do desenvolvimento intelectual Deficiência Intelectual – DI</p><p>Slide 10: Transtorno do desenvolvimento intelectual Deficiência Intelectual – DI</p><p>Slide 11: Transtorno do desenvolvimento intelectual Deficiência Intelectual – DI</p><p>Slide 12: Transtorno do desenvolvimento intelectual Deficiência Intelectual – DI</p><p>Slide 13: Diagnóstico</p><p>Slide 14: Diagnóstico Diferencial</p><p>Slide 15: Características diagnósticas</p><p>Slide 16: Características diagnósticas</p><p>Slide 17</p><p>Slide 18</p><p>Slide 19: Comportamento adaptativo</p><p>Slide 20: Características diagnósticas</p><p>Slide 21: Características diagnósticas</p><p>Slide 22: Transtorno do desenvolvimento intelectual Deficiência Intelectual – DI</p><p>Slide 23: Transtorno do desenvolvimento intelectual Deficiência Intelectual – DI</p><p>Slide 24: Transtorno do desenvolvimento intelectual Deficiência Intelectual – DI</p><p>Slide 25: Transtorno do desenvolvimento intelectual Deficiência Intelectual – DI</p><p>Slide 26: Atraso Global do Desenvolvimento</p><p>Slide 27: Transtorno do Desenvolvimento Intelectual Não Especificado</p><p>Slide 28: Diagnóstico</p><p>Slide 29: Diagnóstico</p><p>Slide 30: Diagnóstico</p><p>Slide 31: Diagnóstico</p><p>Slide 32: Diagnóstico</p><p>Slide 33: Diagnóstico</p><p>Slide 34: Diagnóstico</p><p>Slide 35: Diagnóstico</p><p>Slide 36: Dificuldades observadas na DI</p><p>Slide 37: Dificuldades observadas na DI</p><p>Slide 38: Dificuldades observadas na DI</p><p>Slide 39: Dificuldades observadas na DI</p><p>Slide 40: Dificuldades observadas na DI</p><p>Slide 41: Transtorno do Desenvolvimento Intelectual Critérios do DSM-5 TR</p><p>Slide 42</p><p>Slide 43</p><p>Slide 44</p><p>Slide 45: Transtorno do desenvolvimento intelectual Deficiência Intelectual – DI</p><p>Slide 46: Causas</p><p>Slide 47: Condições que podem ocorrer a DI (Fonte: APAE)</p><p>Slide 48: Principais tipos de DI (Fonte: APAE)</p><p>Slide 49: Síndrome de Down (SD)</p><p>Slide 50: Transtorno do desenvolvimento intelectual Deficiência Intelectual – DI</p><p>Slide 51: Transtorno do desenvolvimento intelectual Deficiência Intelectual – DI</p><p>Slide 52</p><p>Slide 53</p><p>Slide 54</p><p>Slide 55</p><p>Slide 56</p><p>Slide 57</p><p>Slide 58</p><p>Slide 59</p><p>Slide 60</p><p>Slide 61</p><p>Slide 62</p><p>Slide 63</p><p>Slide 64</p><p>Slide 65</p><p>Slide 66</p><p>Slide 67</p><p>Slide 68</p><p>Slide 69: Considerações finais</p><p>Slide 70: Obrigada!!</p><p>Slide 71</p>

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