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<p>Formulações teórico-metodológicas dos processos grupais</p><p>Grupos e experiência humana</p><p>Experiência humana envolve participação em diversos grupos ao longo da vida.</p><p>Grupos incluem família, escola, religião, trabalho, lazer e redes sociais.</p><p>Interação constante com grupos é intrínseca à vida humana.</p><p>Na evolução, grupos foram essenciais para proteção, poder e solidariedade contra ameaças externas.</p><p>Grupos são fundamentais para formação de identidade individual e grupal, garantindo a sobrevivência e refletindo a natureza gregária dos seres humanos.</p><p>Grupos e experiência humana</p><p>O que é um grupo?</p><p>Um grupo é caracterizado por interações entre seus membros e objetivos comuns.</p><p>Membros se comunicam, têm finalidades compartilhadas e se organizam para alcançar tais objetivos, resultando em satisfação coletiva.</p><p>Grupos são encontrados em várias esferas da vida, como família, escola, trabalho, igreja, clube, etc.</p><p>De acordo com Sartre, grupos existem quando há interação dinâmica e recíproca com interdependência fundamental, criando confiança entre os membros.</p><p>Definição de grupo</p><p>Para Lewin (1978), um grupo é mais do que a soma de seus membros: consiste numa totalidade dinâmica que não resulta apenas da soma de seus integrantes, tendo propriedades específicas enquanto totalidade, possui estrutura própria, objetivos e relações com outros grupos.</p><p>A essência de um grupo não é a semelhança ou a diferença entre seus membros, mas sua interdependência.</p><p>AGRUPAMENTO - Por agrupamento entendemos um conjunto de pessoas que convive, partilhando de um mesmo espaço e que guarda entre si uma certa valência de inter-relacionamento e uma potencialidade em virem a se constituir como um grupo propriamente dito.</p><p>Interesses comuns - agrupamento</p><p>Interesses em comum - grupo</p><p>Grupos e experiência humana</p><p>O que é um grupo?</p><p>Grupos formais</p><p>Baseiam-se em autoridade, hierarquia, normas e tarefas específicas, e a institucionalização ocorre quando as pessoas adaptam seu comportamento para facilitar a convivência e a realização das tarefas.</p><p>Grupos informais</p><p>Se constituem de relações mais flexíveis, com o papel de proporcionar satisfação emocional aos seus membros, como nas amizades e na família.</p><p>Grupos ideológicos</p><p>São formados por vínculos que têm o objetivo de defender ideias acerca de questões fundamentais da humanidade, em torno de temas como sustentabilidade, família, política etc.</p><p>MODALIDADES GRUPAIS</p><p>Aspectos constituintes dos processos grupais</p><p>Coesão de grupo</p><p>Existem vários aspectos que formam os processos grupais:</p><p>Papéis;</p><p>Normas;</p><p>Coesão;</p><p>Coalizão;</p><p>Cooperação;</p><p>Conflito;</p><p>Liderança;</p><p>Poder;</p><p>Reconhecimento;</p><p>Status.</p><p>Aspectos constituintes dos processos grupais</p><p>Coesão de grupo</p><p>Grupos têm membros com papéis sociais e normas para guiar o comportamento.</p><p>Normas são padrões compartilhados com consequências quando desrespeitadas.</p><p>Coesão ocorre quando membros compartilham objetivos, promovendo satisfação, comunicação eficaz e produtividade.</p><p>Coesão não implica homogeneidade de ideias, permitindo diversidade.</p><p>Coalizões surgem quando membros têm interesses comuns, levando à cooperação baseada em valores compartilhados e interações recíprocas.</p><p>Aspectos constituintes dos processos grupais</p><p>Conflitos e liderança</p><p>Conflitos surgem em grupos devido a competição, imposição de ideias e falta de comunicação.</p><p>Diversidade no grupo pode ser positiva se conflitos forem resolvidos de forma construtiva.</p><p>Coesão une, mas excesso pode tornar um grupo opressor.</p><p>Liderança pode vir de um líder ou normas compartilhadas, com as últimas sendo muitas vezes mais eficazes.</p><p>Aspectos constituintes dos processos grupais</p><p>Conflitos e liderança</p><p>Uma liderança é caracterizada pela capacidade de motivar e influenciar os liderados, contribuindo com a realização dos objetivos. Nem sempre tem a ver com hierarquia. Um líder pode ser:</p><p>Autocrático</p><p>Quando concentra poder por meio da coerção.</p><p>Democrático</p><p>Quando representa a decisão da maioria.</p><p>Permissivo</p><p>Quando é omisso e cada um age ao seu modo.</p><p>Aspectos constituintes dos processos grupais</p><p>Conflitos e liderança</p><p>Dentro de um grupo há três elementos inter-relacionados:</p><p>O poder é a faculdade de exercer a autoridade ou o direito de deliberar;</p><p>O reconhecimento é uma necessidade humana na qual nosso valor pessoal é afirmado mediante nossa relação com o outro;</p><p>O status refere-se a uma posição de destaque ou privilégios dentro do grupo.</p><p>Evolução científica sobre processos grupais</p><p>Dinâmica de grupo de Kurt Lewin</p><p>Kurt Lewin introduziu "dinâmica de grupo" em 1944.</p><p>Estudos enfatizados para resolver problemas sociais.</p><p>Estabeleceu novos rumos na psicologia social.</p><p>Explorou processos em grupos e princípios que os regem.</p><p>Investigou intervenção, técnicas, liderança e influências nos grupos.</p><p>Dinâmica de grupo aplicada em gestão, comunidades, sala de aula, treinamento, clínica e corporações.</p><p>Evolução científica sobre processos grupais</p><p>Dinâmica de grupo de Kurt Lewin</p><p>No início do século XX, surgiram movimentos de estudo experimental dos pequenos grupos, que podem ser caraterizados em três correntes:</p><p>A individualista, de base freudiana, com interesse em demonstrar influências inconscientes no comportamento social;</p><p>A culturalista, com base na antropologia, com objetivo de evidenciar determinantes sócio-históricos;</p><p>A behaviorista, que pretendia estudar os fenômenos sociais em laboratório.</p><p>Autores relevantes nos estudos sobre grupos</p><p>Atualmente, a dinâmica de grupo tem uma abrangência multidisciplinar, reunindo áreas como Psicologia social, Antropologia, Sociologia, Serviço social, Psicoterapia, Administração e Educação.</p><p>Abordou grupos como totalidades dinâmicas e interativas com forças impulsionadoras ou restritivas.</p><p>Lewin (1890-1947)</p><p>Pioneiro na sociometria de pequenos grupos e psicoterapia grupal com foco em espontaneidade e criatividade.</p><p>Jacob Levy Moreno (1889-1974)</p><p>15</p><p>Autores relevantes nos estudos sobre grupos</p><p>Desenvolveu a abordagem centrada na pessoa e "grupos de encontro" para promover autoconhecimento e autenticidade nas relações interpessoais.</p><p>Carl Rogers (1902-1987)</p><p>Considerava o ser humano sempre envolvido em grupos, enfatizando a produção e compartilhamento de conhecimento nos grupos.</p><p>Enrique Pichon-Rivière (1907-1977)</p><p>Teorizou sobre relações interpessoais em grupos, identificando um processo cíclico de três fases: inclusão, controle e afeição.</p><p>William Schultz (1925-2002)</p><p>16</p><p>Diferenças entre dinâmica de grupo e psicoterapia de grupo</p><p>O termo “dinâmica de grupo”</p><p>Pode ter três significados:</p><p>Campo de estudo das forças que afetam grupos e seus membros.</p><p>Influência dinâmica que um grupo exerce sobre o comportamento de seus participantes.</p><p>Atividades de interação entre três ou mais pessoas com uma meta específica, incluindo recursos como técnicas de atuação, debates, observação e feedback para processos coletivos.</p><p>O objetivo comum determina a existência do grupo, o grau de coesão é influenciado pelo valor atribuído ao objetivo, e a clareza do objetivo afeta a força de ação do grupo.</p><p>A psicoterapia de grupo</p><p>A dinâmica de grupo é uma ferramenta que consiste na reunião de várias pessoas no mesmo local para a realização de atividades nas quais elas interagem entre si.</p><p>Podem ser aplicadas com finalidades terapêuticas e em diversos contextos.</p><p>As sessões grupais são uma modalidade de atendimento psicológico com objetivos e estratégias clínicas diferentes dos da psicoterapia individual.</p><p>É um tipo de psicoterapia que envolve mais de três pessoas sendo atendidas ao mesmo tempo.</p><p>Colaboração dos outros participantes.</p><p>Em geral, essas sessões têm duração de uma hora e meia a duas horas.</p><p>Pode haver um coterapeuta.</p><p>Os grupos terapêuticos podem funcionar de maneira livre ou temática. A mais frequente é esta última, que reúne pessoas com vivências semelhantes.</p><p>Peridiocidade.</p><p>Não é genérica, trabalha com uma problemática específica.</p><p>Geralmente não é de formato aberto, tem um</p><p>número predefinido de sessões, e a entrada de novos participantes é limitada.</p><p>Média de duração de 12 sessões.</p><p>Há um plano para cada sessão.</p><p>Pode ou não ser seguida de intervenção individual, depende da necessidade de cada participante.</p><p>Vantagens</p><p>Sinergia – os participantes se ajudam mutualmente.</p><p>Em grupo os participantes tem mais motivação para executar os exercícios necessários a melhora.</p><p>Favorece a socialização, construindo um espaço seguro para que os pacientes possam se expor diante de outras pessoas.</p><p>Outro aspecto positivo é a possibilidade de ser acolhido e aceito.</p><p>Um benefício que não pode deixar de ser citado quando se fala em terapia em grupo é o desenvolvimento de habilidades sociais.</p><p>Ouvir o outro, desenvolve empatia, comunicação.</p><p>Custo menor</p><p>image7.jpeg</p><p>image8.jpeg</p><p>image9.jpeg</p><p>image10.png</p><p>image11.jpeg</p><p>image12.png</p><p>image13.png</p><p>image14.png</p><p>image15.png</p><p>image16.png</p><p>image17.png</p>