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1 Universidade Federal do Esp´ırito Santo Uma soluc¸a˜o Terceira Prova de A´lgebra Linear Vito´ria, 23 de abril de 2013 1. Sejam a, b, c ∈ R. Considere a matriz A = a 1√2 1√3b − 1√ 2 1√ 3 c 0 1√ 3 . (a) Encontre v = (a, b, c) ∈ R3 tal que a matriz A seja ortogonal. O vetor v e´ u´nico? Sol.: Sejam v1 = ( 1√ 2 ,− 1√ 2 , 0) e v2 = ( 1√ 3 , 1√ 3 , 1√ 3 ). Como < v1, v2 >= 0 e ||v1|| = ||v2|| = 1, enta˜o, escolhendo v = v1 × v2 = (− 1√6 ,− 1√6 , √ 2√ 3 ) temos: ||v|| = 1, < v, v1 >= < v, v2 >= 0. Portanto, β = {v, v1, v2} sera´ ortonormal e A sera´ uma matriz ortogonal, para esta escolha de v. Perceba que −v tambem e´ soluc¸a˜o do problema. Logo, v na˜o e´ u´nico. (b) Seja β = {v, ( 1√ 2 ,− 1√ 2 , 0), ( 1√ 3 , 1√ 3 , 1√ 3 )}, onde v e´ uma soluc¸a˜o do item (a). Encontre as coordenadas do vetor u = (0, 1, 1) na base β. Sol.: Veja que A e´ matriz de mudanc¸a de base, da base β, definida no item (a), para a base conoˆnica de R3, ale´m disso, A−1 = AT . Portanto, [u]β = AT [u]can = ( 1√6 ,− 1√2 , 2√3). 2. Considere a matriz A = 1 0 3 0 0 −1 −1 0 0 2 2 0 1 0 3 1 . (a) Encontre os auto-valores de A. Sol.: Veja que det(λI − A) = λ(λ− 1)3. Logo os auto-valores de A sa˜o 0 e 1. (b) A e´ diagonaliza´vel? Explique! Sol.: Na˜o, pois a dimensa˜o do auto-espac¸o associado ao auto-valor 1 tem diensa˜o 1. De fato, I − A = 0 0 3 0 0 −2 −1 0 0 2 1 0 1 0 3 0 . Como 3 linhas de (I − A) sa˜o L.I., o espac¸o nulo de I − A tem dimensa˜o 1. A seria diagonaliza´vel se a dimensa˜o do auto-espac¸o associado ao auto-valor 1 fosse 3. 3. Seja T a transformac¸a˜o linear de R2 em R3 definida por T (x, y) = (x+ 2y, y − x, x+ y). (a) Encontre o nu´cleo de T . A transformac¸a˜o T e´ injetora? T e´ sobrejetora? Sol.: T (x, y) = (0, 0, 0)⇒ x+ 2y = 0y − x = 0x+ y = 0 ⇒ x = 0 e y = 0. Logo N(T ) = {(0, 0)} e T e´ injetora. T na˜o pode ser sobrejetora pois a dimensa˜o do domı´nio (R2) e´ menor que a dimensa˜o do contra-domı´nio (R3). 2 (b) Encontre a matriz de T com relac¸a˜o a`s bases β = {(1, 2), (3,−1)} e β′ = {(1, 0, 0), (1, 1, 0), (1, 1, 1)} Sol.: Sejam α e α′ as bases conoˆnicas do R2 e R3 respectivamente. Enta˜o, [T ]α′,α = 1 2−1 1 1 1 . Sejam P = [ 1 3 2 −1 ] e Q = 1 1 10 1 1 0 0 1 as matrizes de mudanc¸a de base de β para α e de β′ para α′ respectivamente. Assim [T ]β′,β = Q −1 [T ]α′,α P = 1 −1 00 1 −1 0 0 1 1 2−1 1 1 1 [ 1 3 2 −1 ] = 4 5−2 −6 3 2 . 4. Seja S ⊂ R5 o espac¸o-linha da matriz A = 1 −2 −1 2 −12 −3 −5 4 −1 −1 3 −2 −2 2 . (a) Encontre bases β e β′ para S e para o seu complemento ortogonal S⊥, respectivamente. Sol.: A e´ equivalente por linhas a matriz 1 −2 −1 2 −10 1 −3 0 1 0 0 0 0 0 . Sejam v1 = (1,−2,−1, 2,−1) e v2 = (0, 1,−3, 0, 1). Enta˜o β = {v1, v2} e´ uma base orto- gonal de S. Como o nu´cleo de A, N(A), e´ o complemento ortogonal do espac¸o linha de A, temos que S⊥ = N(A) = ger{v3 = (7, 3, 1, 0, 0), v4 = (−2, 0, 0, 1, 0), v5 = (−1,−1, 0, 0, 1)}. Assim, β′ = {v3, v4, v5} e´ uma base para S⊥. (b) Ortogonalize a base B do R5 obtida pela unia˜o de β e β′ (B = β ∪ β′). Sol.: Como v1 e v2 sa˜o ortogonais e todo vetor de S e´ ortogonal a todo vetor de S ⊥, basta aplicar Gram-Schimidt em β′. Seja u3 = v3, u4 = v4 − <u3,v4>||u3||2 u3 e u5 = v5 − <u4,v5> ||u4||2 u4 − <u3,v5> ||u3||2 u3. B = {v1, v2, u3, u4, u5} e´ uma base ortogonal de R5 obtida da ortogonalizac¸a˜o de B. (c) Defina um operador linear T : R5 → R5 tal que{ Im(T ) = S Nuc(T ) = S⊥. Sol.: Basta definir T na base B da seguinte forma: T (v1) = v1, T (v2) = v2, T (u3) = T (u4) = T (u5) = 0.
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