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<p>Universidade Federal de São Paulo- UNIFESP</p><p>Relatório da Aula Prática de Parasitologia: Helmintos</p><p>1. Introdução</p><p>Os helmintos, conhecidos como vermes, são metazoários macroscópicos na</p><p>fase adulta, quando de natureza parasitária, podem ser divididos em dois filos:</p><p>Nematelmintos e Platelmintos.</p><p>Os Nematelmintos possuem como características o formato do corpo</p><p>cilíndrico, enquanto que os Platelmintos possuem forma achatada. De forma geral,</p><p>os helmintos podem infectar seus hospedeiros por meio da ingestão de alimentos</p><p>contaminados ou pelo contato com o solo infectado, estando relacionados a fatores</p><p>como saneamento básico e higiene, eles são responsáveis por diversas doenças</p><p>como esquistossomose, ascaridíase, teníase e ancilostomíase. A segunda aula</p><p>prática da unidade curricular de parasitologia teve por objetivo a visualização de</p><p>lâminas de helmintos parasitários descritos em sala de aula, para associação e</p><p>análise do que já foi aprendido teoricamente.</p><p>A seguir, o presente relatório fará uma descrição para cada lâmina</p><p>visualizada microscópicamente, sendo identificados em aula helmintos do gênero</p><p>nematelmintos, platelmintos, além de um vetor do gênero pulga.</p><p>2. Platelmintos</p><p>2.1 Lâminas: Taenia</p><p>Nas lâminas 1, 2 e 3, observamos o ovo e proglotes de Taenia, um tipo de</p><p>platelminto pertencente à classe Cestoda, tendo duas espécies: Taenia solium e</p><p>Taenia saginata. A Taenia apresenta um corpo extenso e segmentado em proglotes,</p><p>podendo atingir mais de 7 metros em sua fase adulta. Esse Cestóide não possui</p><p>aparelho digestivo em seu organismo e o seu sistema reprodutor é do tipo</p><p>hermafrodita, ocorrendo a reprodução no interior de seus proglotes. Além disso,</p><p>como parte de sua estrutura podemos observar o escólex (cabeça), que é dotado de</p><p>uma organização capaz de fazer o parasita se fixar na parede do tecido de seu</p><p>hospedeiro.</p><p>Conhecida como solitária, a Taenia possui apenas humanos como</p><p>hospedeiros em sua fase adulta, sendo ela o agente etiológico para a doença</p><p>teníase, que independente de sua espécie infectante, apresentará o mesmo quadro,</p><p>tendo o parasita fixado nas paredes do intestino de seu hospedeiro enquanto se</p><p>desenvolve. Os ovos da taenia solium também podem ser infectantes, e o seu</p><p>consumo pode vir a gerar uma doença mais grave, chamada cisticercose, que</p><p>acomete não só humanos, como também o porco. Portanto, a T. solium possui o</p><p>humano como hospedeiro definitivo ou intermediário. A infecção por Taenia ocorre</p><p>principalmente pelo consumo de carne contaminada, falta do hábito de higiene após</p><p>defecar (principalmente em crianças, idosos e doentes mentais), além de péssimas</p><p>condições de saneamento básico, que podem contaminar alimentos, água e</p><p>inclusive infectar o gado.</p><p>Lâmina 1: Cysticercus (Taenia), forma larvária</p><p>Figura: Cysticercus (Taenia) sp. Foto tirada em 2022</p><p>Na lâmina 1, observamos a forma larvária do cestóide Taenia, conhecida</p><p>como cysticercus. A espécie da Taenia solium é a que possui capacidade para</p><p>infectar humanos em sua forma larvária, sendo responsável por desenvolver</p><p>cisticercose humana. Sendo esta uma doença grave por conta da possibilidade de</p><p>movimentação deste helminto pelos tecidos de seu hospedeiro, este pode chegar a</p><p>região do globo ocular, muscular, subcutânea, ou acometer o sistema nervoso,</p><p>ocasionando a neurocisticercose. O homem pode se infectar ao ingerir os ovos da T.</p><p>solium, principalmente quando se alimenta da carne de porco mal cozida.</p><p>Lâmina 2: Taenia (Proglote), fase adulta</p><p>Figura: Taenia (Proglote). Foto tirada em 2022</p><p>A lâmina 2 apresenta a proglote da Taenia, indicando que trata-se da fase</p><p>adulta do verme, sendo as proglotes, unidades segmentares que formam a</p><p>extensão do corpo da Taenia. Nessa extensão, chamada de estróbilo, as proglotes</p><p>próximas ao escólex, são mais as mais jovens, seguidas das proglotes maduras, e</p><p>por fim pelas proglotes grávidas na parte posterior do verme, nesta lâmina em</p><p>questão, trata-se de uma proglote madura. A taenia em sua fase adulta é a causa</p><p>da doença teníase ou da doença cisticercose. Em casos de teníase, o cestóide se</p><p>encontra no intestino de seu hospedeiro, enquanto que em caso de cisticercose,</p><p>podemos encontrar o verme se desenvolvendo em outras regiões do organismo,</p><p>como no cérebro (neurocisticercose).</p><p>Lâmina 3: Taenia (Proglote grávida), fase adulta</p><p>Figura: Taenia sp. (Proglote grávida). Foto tirada em 2022</p><p>Nesta lâmina é possível visualizarmos claramente uma proglote grávida,</p><p>estando ela preenchida por ovos. O sistema reprodutor da taenia é hermafrodita,</p><p>sendo composto por um testículo e um ovário, e a reprodução podendo ocorrer por</p><p>auto-fertilização ou de maneira cruzada na região do poro genital. Distantes do</p><p>escólex, as proglotes grávidas presentes na porção posterior do verme, apresentam</p><p>úteros hipertróficos e preenchidos por ovos, até que as proglotes se rompam e</p><p>ocorra o extravasamento dos ovos, processo este conhecido como apólise. É</p><p>possível encontrar ovos e proglotes de Taenia nas fezes do hospedeiro.</p><p>2.2 Lâminas: Schistosomas sp</p><p>Schistosoma sp é o gênero de um platelminto (corpo dorsoventralmente</p><p>achatado trematódeo causador da esquistossomose, também conhecida como</p><p>barriga d’água.</p><p>Esse platelminto é dióico, isto é, apresenta sexos separados (macho e</p><p>fêmea) visível morfologicamente e correspondem a parasitas de vasos sanguíneos</p><p>em mamíferos e aves, principalmente na veia porta-hepática. Apresentam na região</p><p>anterior do corpo um ventosa oral e uma ventosa ventral para sua fixação e</p><p>absorção, bem como uma região posterior no qual está situado o canal ginecóforo</p><p>onde a fêmea é abrigada e fecundada na cópula.</p><p>A fêmea é mais fina que o macho e apresenta uma única ventosa para sua</p><p>fixação no corpo do macho.</p><p>O ovo da fêmea possui uma espícula que auxilia sua motilidade ao longo do</p><p>intestino e são encontrados nas fezes do hospedeiro. Este ovo libera uma larva</p><p>ciliada denominada miracídio, o que permite a movimentação da mesma no</p><p>ambiente aquático até que penetre no corpo do hospedeiro intermediário, que</p><p>corresponde a um caramujo do gênero Biomphalaria.</p><p>Após a penetração do miracídio no caramujo, por exemplo Biomphalaria</p><p>glabrata , os mesmo transformam-se em um saco onde ocorre a produção de</p><p>células germinativas, chamado esporocisto.</p><p>Essas células germinativas passam a se multiplicar e formam um esporocisto</p><p>secundário no qual migra para as glândulas digestivas do molusco e se transformam</p><p>em cercárias (representada na lâmina). Um único miracídio pode gerar 300 mil</p><p>cercárias.</p><p>A transmissão do parasito ao hospedeiro humano definitivo (ocorre</p><p>reprodução sexuada) ocorre pela penetração da cercária na pele que perdem a</p><p>cauda, causando uma dermatite cercariana.</p><p>O Schistosoma sp adulto se instala no sistema porta, de modo que os</p><p>esquistossômulos atingem a maturação sexual e passam a se reproduzir</p><p>sexuadamente. Quando o sistema porta-hepático fica saturado de parasitas , esses</p><p>vermes passam a migrar para outros locais como coração, SNC, bexiga etc.</p><p>Abaixo seguem as lâminas deste platelminto observadas:</p><p>Lâmina 4: Schistosoma mansoni (Cercária)</p><p>Figura: Schistosoma mansoni (Cercária). Foto tirada em 2022.</p><p>Lâmina 5: Schistosoma mansoni (cópula), fase adulto</p><p>Figura: Schistosoma sp. (Adultos) - cópula. Foto tirada em 2022</p><p>2.3 Fascíola Hepatica</p><p>A Fascíola hepática é o agente etiológico para a doença fasciolíase. Este</p><p>verme, da classe dos trematódeos, possui como características o seu corpo</p><p>achatado, sendo capaz de infectar seus hospedeiros após a eclosão de seus ovos,</p><p>e a liberação da sua forma infectante que contaminam a água, alimentos e</p><p>principalmente o agrião e plantas aquáticas. Após a ingestão do verme, ocorre a sua</p><p>migração pelo organismo até o fígado ou aos ductos biliares.</p><p>Imagem: Fasciola hepática em formol. Foto tirada em 2022</p><p>3. Nematelmintos</p><p>3.1 Lâminas : Strongyloides</p><p>Agente etiológico: Strongyloides stercoralis.</p><p>Strongyloides é um gênero de parasitas da região gastrointestinal, possuem</p><p>ciclos de vida complexos, podendo ser de forma de vida livre ou de forma</p><p>parasitária. São os menores</p><p>dos nematódeos que parasitam o homem .</p><p>Algumas espécies, principalmente o agente Strongyloides stercoralis,</p><p>causam uma verminose conhecida como estrongiloidíase, em regiões tropicais,</p><p>incluindo o Brasil. Na maioria das vezes, em pacientes saudáveis, não provoca</p><p>sintomas. De forma resumida, a infecção humana, acontece através do contato</p><p>entre pele e filarióides, geralmente isso ocorre atŕas do contato do solo contaminado</p><p>com fezes, com pés descalços. Outro meio de infecção ocorre, através de alimentos</p><p>contaminados ou por consumo de água contaminada. Após conseguirem penetrar a</p><p>pele, as larvas migram para o pulmão, onde são direcionadas para boca, sendo de</p><p>forma inconsciente engolidas, conseguindo assim atingir a região intestinal.</p><p>No intestino delgado, ocorre o amadurecimento e lá evoluem de forma</p><p>exclusiva para fêmeas adultas, podendo medir 2mm de comprimento, elas podem</p><p>sobreviver até 5 anos dentro do intestino expelindo ovos que são liberados nas</p><p>fezes, reiniciando o ciclo. No ambiente, essas larvas podem evoluir para macho. O</p><p>processo de contaminação até a liberação dos ovos demora até 4 semanas, ou</p><p>seja, o paciente se torna transmissor dentro de 1 mês. Ela é também o único</p><p>helminto capaz de completar de forma independente seu ciclo dentro do hospedeiro,</p><p>alguns ovos eclodem dentro do próprio intestino, podendo penetrar a mucosa do</p><p>cólon, retornando a circulação, conseguindo assim ir até o pulmão, onde novamente</p><p>conseguem atingir as vias do trato superior, conseguindo retornar ao intestino, ou</p><p>seja, o paciente fica se auto infectando.</p><p>Lâmina 6: Strongyloides, fase larvária</p><p>Strongyloides sp. (Larva rabditóide). Foto tirada em 2022.</p><p>Na lâmina 6, podemos observar o primeiro estágio larval, conhecido como</p><p>rabditóide, que pode ser encontrado nas fezes, como os ovos são eliminados nas</p><p>fezes e a eclosão é rápida, temos esse estágio. No ambiente, são capazes de se</p><p>transformar em macho ou fêmea, adultos de vida livre, realizando ciclos no solo, até</p><p>conseguirem se tornar filarióides para penetrarem o homem. Estágio não infectivo.</p><p>Lâmina 7: Strongyloides (Fêmea)</p><p>Figura: Strongyloides sp (Fêmea). Foto tirada em 2022.</p><p>Na lâmina 7, podemos ver uma fêmea. Que pode ser de forma livre ou</p><p>parasitária. É importante lembrar, que somente as fêmeas, são capazes de causar</p><p>parasitismo, já que exclusivamente irão desenvolver no trato intestinal. Essa forma</p><p>se diferencia das outras, apresentando um corpo cilíndrico, filiforme e</p><p>esbranquiçado, medindo de 2 a 3 mm. Elas podem ficar cerca de 5 anos no intestino</p><p>liberando ovos e provocando auto infecção.</p><p>3.2. Lâmina : Ascaris</p><p>Ascarididae conhecido também como lombriga, é um tipo de nematóide</p><p>pertencente ao agente etiológico Ascaris lumbricoides. A transmissão pelo verme se</p><p>dá principalmente em lugares sem saneamento básico, com fezes contaminadas no</p><p>solo e água. Isso ocorre quando uma pessoa ingere acidentalmente ovos presentes</p><p>no ambiente. Especialmente ovos embrionados contendo larvas de segunda etapa.</p><p>Lâmina 8: Ascaris, fase ovos</p><p>Figura: Ascaris (ovos intrauterinos). Figura tirada em 2022.</p><p>Na Lâmina é observado o ovo fertilizado e coberto com marmelada de</p><p>albumina e uma casca de quitina amarelo-amarronzada. Esse estágio se encontra</p><p>na fase de infecção intestinal da doença onde apresenta o sintoma de dor</p><p>abdominal e diarreia, no qual ocorre eliminação de ovos pela fezes e contaminação</p><p>do ambiente.</p><p>3.3. Lâmina 9: Ancylostoma brasiliense (Fêmea)</p><p>Ancylostoma brasiliense (Fêmea). Foto tirada em 2022.</p><p>A Lâmina 9 é observado verme adulto fêmea causador da ancilostomose, um</p><p>tipo de nematóide pertencente ao agente etiológico Ancylostoma brasiliense. A</p><p>transmissão é por meio da penetração na pele, ao caminhar descalço em solo</p><p>contaminado com larvas no estágio infectante. Pode ser de dois tipos: cutânea,</p><p>quando se tem edema, lesão ou dermatite. Ou em pontos de penetração como pé,</p><p>tornozelos e nádegas.</p><p>Um verme corpulento, cápsula bucal esclerotizada e armada com dentes. A</p><p>fêmea tem abertura genital no terço posterior do corpo. A forma de verme adulto é</p><p>encontrada em praticamente todo o ciclo biológico do parasito, na fase infecção</p><p>intestinal, fase de migração da larva para o pulmão e na anemia ancilostomótica,</p><p>onde ocorre a perda de sangue.</p><p>4. Vetor: Pulga</p><p>Siphonaptera é o agente etiológico da pulga, uma ordem de insetos sem</p><p>asas. São conhecidos como parasitos internos que se alimentam do sangue de</p><p>mamíferos e aves, principalmente cães. A transmissão se dá por diferentes fatores</p><p>como contato com animal infectado, acúmulo de poeira, falta de limpeza em frestas</p><p>ou assoalhos, usar a mesma roupa de cama sem a higienização e locais fechados</p><p>por muito tempo.</p><p>Lâmina 10: Tunga penetrans ,(Fêmea)</p><p>Tunga penetrans (Fêmea). Foto tirada em 2022.</p><p>A lâmina 10 demonstra a pulga fêmea na sua fase adulta. Nessa fase se</p><p>tornam ectoparasitas, ingerem o sangue do hospedeiro e geram ovos em profusão.</p><p>Alguns sintomas presentes na fase adulta da pulga são coceiras, erupções</p><p>cutâneas, vermelhidão na pele e urticária.</p><p>5. Referências Bibliográficas</p><p>1. Rey , L. Parasitologia. 4º edição, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2008.</p>

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