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Aula 5 - Técnicas de amostragem e noções estatísticas Prof.ª Nadielle Bidu nadiellebidu@hotmail.com Técnicas de amostragens Amostragem é o procedimento pelo qual são retiradas amostras representativas para análise e controle de um todo. As técnicas de amostragem, bem como planejamentos amostrais, são importantes em pesquisas científicas, de opinião e em controle de qualidade, para que se conheça alguma característica de uma população. O planejamento de amostragem, além do bom senso, deve ser norteado por algumas questões importantes, tais como: O que deve ser amostrado e analisado? Quando se deve retirar amostras? Como esta deve ser feita e em que quantidade? Como interpretar os resultados da análise? Técnicas de amostragem ▪ As técnicas de amostragem devem considerar: ▪ Aspectos legais ▪ Compreendem dois fatores: ▪ Amostras legais: os fabricantes devem guardar um mínimo de três embalagens do produto acabado, ou quantidade suficiente para três aná lises. ▪ Atendimento aos regulamentos de Boas Práticas de Fabricação e Controle e Normas NBR ISO/IEC: segundo regulamentação, todo laboratório deve apresentar plano e procedimento de amostragem que devem estar disponíveis no local de execução dessa atividade e assegurar a qualidade das amostras e a veracidade dos resultados. Técnica de amostragem ▪ Deve ser adequado: ▪ Ao objetivo da amostragem; ▪ Ao tipo de controle que se pretende aplicar às amostras; ▪ Ao material a ser amostrado. ▪ Testes: ▪ Verificação da identidade; ▪ Realização de testes farmacopeicos ou análogos; ▪ Realização de testes especiais ou específicos. Deve-se ser detectada a não uniformidade do material Técnica de amostragem Não conformidade do material: • Diferenças na forma, tamanho ou cor das partículas em substâncias sólidas cristalinas, granulares ou em pó; • Crostas úmidas em substâncias higroscópicas; • Depósitos de produtos farmacêuticos sólidos em produtos líquidos ou semilíquidos; • Estratificação de produtos líquidos. Planos de amostragem Apesar de existirem diversos tipos de planos de amostragem, o custo e a precisão requerida dos resultados são fundamentais na escolha do que melhor se adequa. Os planos de amostragem devem conter: Definição da unidade de amostragem; Forma de seleção dos elementos da população; Tamanho da amostra No contexto do controle de medicamentos, as farmacopeias, de forma geral, direcionam a quantidade a ser amostrada. Essa quantidade depende do tamanho do lote e da forma farmacêutica. Técnicas de amostragem ▪ As técnicas de amostragem devem considerar: ▪ Tamanho da amostra: ▪ Depende do número de análises e independe do tamanho do lote, pois a representatividade está mais relacionada à qualidade com a quantidade amostral. ▪ Análises a serem efetuadas: ▪ O tipo de análise que será realizada determina a criticidade dos cuida dos relacionados à coleta e tratamento das amostras coletadas. Testes de matérias-primas ▪ Lote uniforme: ▪ Amostra retirada de qualquer parte da remessa ▪ Lote não uniforme: ▪ Utilizar ferramentas especiais de amostragem para retirada de uma parte da seção transversal do material; ▪ Procedimento validado (desde que haja conhecimento prévio) ▪ Testar, também, o intermediário farmacêutico e os produtos à granel; Teste de medicamentos acabados ▪ Considera-se os testes oficiais e os não oficiais; ▪ Testes de adulteração e falsificação (não oficial) ▪ A qualidade dos produtos farmacêuticos acabados frequentemente precisa ser verificada no momento de sua importação ou compra. ▪ Os testes de formas de dosagem unitária para uniformidade de peso, volume ou conteúdo podem exigir um número considerável de unidades, assim como os testes de esterilidade. Amostras ▪ Devem ser manuseado um material por vez; ▪ Amostras nunca devem ser devolvidas para a remessa; ▪ Proteção adequada à amostra para evitar misturas ou danos; ▪ Proteger embalagem primária (contaminação ambiental) ▪ Cada unidade de amostragem deve ser examinada para garantir que está intacta e verificada quanto a possíveis danos ao recipiente; Testes ▪ Inspeção quanto à uniformidade e identidade; ▪ Uniformidade: ▪ Amostras de camadas em diferentes pontos do material sem mistura prévia; ▪ Amostras aleatórias – quantidade; ▪ Materiais de recipientes danificados ou não uniformes devem ser rejeitados ou amostrados e testados individualmente – controle de qualidade completo; ▪ Farmacopeia Brasileira Determinação do peso médio Para: • Formas farmacêuticas sólidas em dose unitária (comprimidos não revestidos, comprimidos revestidos, pastilhas, cápsulas duras e moles e supositórios); • Formas farmacêuticas sólidas acondicionadas em recipientes para dose unitária (pós estéreis, pós liofilizados, pós para injetáveis e pós para reconstituição de uso oral); • Formas farmacêuticas sólidas e semissólidas acondicionadas em recipientes para doses múltiplas (granulados, pós, géis, cremes, pomadas e pós para reconstituição). Amostra: • 20 unidades – dose unitária (comprimidos não revestidos ou revestidos com filme, comprimidos com revestimento açucarado, cápsulas duras, supositórios e óvulos, pós estéreis, pós liofilizados e pós para injetáveis) • 10 unidades – doses múltiplas (pós para reconstituição, granulados, pós, géis, cremes e pomadas) Determinação do volume ▪ Para: ▪ Formas farmacêuticas líquidas em embalagens de dose única ou múltiplas. ▪ Amostra: ▪ 20 unidades – produtos líquidos em recipientes para doses múltiplas (exceto injetáveis), seguindo os procedimentos descritos na farmacopeia; ▪ 10 unidades – produtos líquidos em recipientes para doses múltiplas obtidos a partir de pós para reconstituição (exceto injetáveis) e para produtos líquidos em recipientes para dose única; Determinação do volume ▪ Amostra: ▪ Injetáveis – dose única: ▪ ≥ 10 mL – utiliza-se 06 unidades; ▪ Entre 3 e 10 mL – utiliza-se 10 unidades; ▪ ≤ 3 mL – utiliza-se 12 unidades. ▪ Injetáveis – doses múltiplas rotulados para conter um número específico de doses de um determinado volume: ▪ Usar 01 unidade e proceder conforme descrito para injetáveis em recipientes para dose única. ▪ Injetáveis – doses múltiplas em cartuchos ou seringas pré-carregadas: ▪ ≥ 10 mL – utiliza-se 01 unidade; ▪ Entre 3 e 10 mL – utiliza-se 03 unidades ▪ ≤ 3 mL – utiliza-se 05 unidades ▪ Injetáveis em grandes volumes: 02 unidades Friabilidade Para: Comprimidos não revestidos. Amostra: Peso médio ≤ 0,65 g – utiliza- se 20 comprimidos. Peso médio > 0,65 g – utiliza- se 10 comprimidos. Teste de desintegração ▪ Para ▪ Comprimidos não revestidos, revestidos com filme ou com revestimento açucarado (drágeas), com revestimento entérico, sublinguais, solúveis, dispersíveis e cápsulas duras e moles. ▪ Pode ser aplicado a comprimidos mastigáveis - condições e os critérios de avaliação constarão na monografia individual. ▪ Amostra: ▪ Deve-se testar a desintegração de 6 comprimidos/cápsulas. ▪ Para testar a desintegração de supositórios, óvulos e comprimidos vaginais, deve-se avaliar a desintegração de 3 unidades. Testes ▪ Teste de dissolução: ▪ O número de amostra dependerá do método utilizado. ▪ Geralmente, quantidade amostras analisadas varia entre 6 e 12. ▪ Uniformidade de conteúdo: ▪ Doses unitárias, separar, no mínimo, 30 unidades e proceder conforme descrito para as formas farmacêuticas indicadas. Slide 1: Aula 5 - Técnicas de amostragem e noções estatísticas Slide 2: Técnicas de amostragens Slide 3: Técnicas de amostragem Slide 4: Técnica de amostragem Slide 5: Técnica de amostragem Slide 6: Planos de amostragem Slide 7: Técnicas de amostragem Slide 8: Testes de matérias-primas Slide 9: Teste de medicamentos acabados Slide 10: Amostras Slide 11: Testes Slide 12: Determinação do peso médio Slide 13: Determinação do volume Slide 14: Determinação do volume Slide 15: Friabilidade Slide 16: Teste de desintegraçãoSlide 17: Testes