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· Resumo texto: A Neoliberal Reforma Trabalhista 2017 no Brasil: Instrumento de Desmantelamento da Solidariedade Social - Não Culpe a Tecnologia. O artigo aborda a reforma trabalhista de 2017 no Brasil, que aconteceu durante o governo Temer, estudada sob a ótica das suas repercussões sociais e econômicas. No contexto do neoliberalismo, a reforma pode ser vista como uma tentativa de flexibilizar as relações de trabalho, reduzindo a intervenção do Estado e promovendo maior liberdade para as empresas em relação às condições de trabalho e negociações coletivas. A partir disso, pode-se destacar como os principais aspectos da reforma trabalhista de 2017: 1. Flexibilização das Leis Trabalhistas: A reforma introduziu mudanças significativas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), permitindo maior negociação direta entre empregadores e empregados e diminuindo a rigidez das normas trabalhistas. 2. Terceirização: A reforma ampliou a permissão para terceirização de atividades, o que possibilitou que empresas contratassem serviços terceirizados para atividades-fim, além das atividades-meio. 3. Acordos e Convenções Coletivas: A reforma valorizou os acordos e convenções coletivas sobre a legislação trabalhista, possibilitando que questões como jornada de trabalho e condições de trabalho fossem decididas diretamente entre empregador e empregado, com menor intervenção do Estado. 4. Alterações na Jornada de Trabalho: Modificações foram feitas na forma como a jornada de trabalho é regulamentada, incluindo a possibilidade de negociação de jornadas diferenciadas e o aumento do limite de horas extras. 5. Mudanças nos Direitos Trabalhistas: A reforma também trouxe mudanças nos direitos relacionados a férias, horas extras e outros benefícios, além de criar novas regras para a rescisão de contrato e o pagamento de verbas rescisórias. Desse modo, levando em consideração tudo que aqui foi exposto, pode-se concluir que a reforma pode ter enfraquecido a proteção social dos trabalhadores e contribuído para a desigualdade. A flexibilização e a prevalência dos acordos individuais sobre a legislação trabalhista podem reduzir a segurança dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que aumentam a capacidade das empresas de ajustar condições de trabalho de acordo com suas necessidades, muitas vezes em detrimento dos direitos dos empregados. Assim, a afirmação de que a reforma não deve ser culpada pela tecnologia sugere que a responsabilidade pelas mudanças não deve ser atribuída apenas aos avanços tecnológicos, mas sim às escolhas políticas e econômicas que moldaram a reforma. É importante distinguir entre a tecnologia, que pode influenciar as relações de trabalho, e as políticas que diretamente impactam a estrutura e os direitos laborais. Em resumo, a reforma trabalhista de 2017 no Brasil reflete uma perspectiva neoliberal que visa a flexibilização e maior liberdade para o mercado de trabalho. Se, por um lado, isso pode ter gerado maior flexibilidade para as empresas, por outro lado, muitos argumentam que também pode ter enfraquecido a rede de proteção social e os direitos dos trabalhadores.