Prévia do material em texto
Verifique se seu caderno está completo, sem repe- tição de questões ou falhas. Caso contrário, noti- fique imediatamente o Fiscal da Sala, para que sejam tomadas as devidas providências; Confira seus dados pessoais, especialmente nome, número de inscrição e documento de identidade e leia atentamente as instruções para preencher o cartão-resposta; Use somente caneta esferográfica, fabricada em material transparente, com tinta preta ou azul; Assine seu nome apenas no(s) espaço(s) reservado(s); Confira sua cor e tipo do caderno de questões. Caso tenha recebido caderno de cor ou tipo diferente do impresso em seu cartão-resposta, o fiscal deve ser obrigatoriamente informado para o devido registro na Ata da Sala; Reserve tempo suficiente para o preenchimento do seu material. O preenchimento é de sua res- ponsabilidade e não será permitida a troca do cartão-resposta ou folha de texto definitivo em caso de erro; Para fins de avaliação, serão levadas em considera- ção apenas as marcações realizadas no cartão- -resposta e na folha de texto definitivo; Os candidatos serão submetidos ao sistema de detecção de metais quando do ingresso e da saída de sanitários durante a realização das provas. Boa sorte! INFORMAÇÕES GERAIS As questões objetivas têm cinco alternativas de resposta (A, B, C, D, E) e somente uma delas está correta; Além deste caderno de questões, contendo setenta questões objetivas, você receberá do Fiscal de Sala: o cartão-resposta das questões objetivas. SUA PROVA Você dispõe de 4h para a realização da prova, já incluído o tempo para a marcação do cartão-res- posta e preenchimento da folha de texto definitivo; 3 horas após o início da prova é possível retirar-se da sala, sem levar o caderno de questões; Faltando 30 minutos para o final da prova é possível retirar-se da sala levando o caderno de questões. TEMPO Qualquer tipo de comunicação entre os candidatos durante a aplicação da prova; Levantar da cadeira sem autorização do Fiscal de Sala; Usar o sanitário ao término da prova, após deixar a sala. NÃO SERÁ PERMITIDO 3º SIMULADO – ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL (PÓS-EDITAL) Tipo – GRAN Tribunal Regional Federal da 1ª Região 3º Simulado Bas ea do n o fo rm at o de p ro va ap lic ad o pe la b an ca F GV FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA LEIA AS ORIENTAÇÕES COM CALMA E ATENÇÃO! INSTRUÇÕES GERAIS ● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas. ● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente a antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe apenas UMA resposta válida e de acordo com o gabarito. ● Faltando uma hora para o término do simulado, você receberá um e-mail para preencher o cartão-resposta, a fim de avaliar sua posição no ranking. Basta clicar no botão vermelho de PREENCHER GABARITO, que estará no e-mail, ou acessar a página de download da prova. Você deve fazer o cadastro em nossa plataforma para participar do ranking. Não se preocupe: o cadastro é grátis e muito simples de ser realizado. – Se a sua prova for estilo Certo ou Errado (CESPE/CEBRASPE): marque o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder a uma determinada questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste estilo de banca, uma resposta errada anula uma resposta certa. Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de ser no estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta em caso de respostas erradas. – Se a sua prova for estilo Múltipla Escolha: marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É preciso responder a todas as questões, pois o sistema não permite o envio do cartão com respostas em branco. ● Uma hora após o encerramento do prazo para preencher o cartão-resposta, você receberá um e-mail com o gabarito para conferir seus acertos e erros. Caso você seja aluno da Assinatura Ilimitada, você receberá, com o gabarito, a prova completa comentada – uma vantagem exclusiva para assinantes, com acesso apenas pelo e-mail e pelo ambiente do aluno. ● Não serão realizadas correções individuais das provas discursivas. Em caso de solicitação de recurso para alguma questão, envie para o e-mail: treinodificil_jogofacil@grancursosonline.com.br. Nossa ouvidoria terá até dois dias úteis para responder à solicitação. Desejamos uma excelente prova! FICHA TÉCNICA DO MATERIAL grancursosonline.com.br CÓDIGO: 2407265499M TIPO DE MATERIAL: Simulado Preparatório NUMERAÇÃO: 3º Simulado NOME DO ÓRGÃO: Tribunal Regional Federal da 1ª Região TRF1 CARGO: Analista Judiciário Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal MODELO/BANCA: FGV EDITAL: Pós-Edital DATA DE APLICAÇÃO: 8/2024 ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 8/2024 Este material está sujeito a atualizações. O Gran não se responsabiliza por custos de impressão, que deve ser realizada sob responsabilidade exclusiva do aluno. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M CONHECIMENTOS BÁSICOS Língua Portuguesa Letícia Bastos Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 10. � Para que serve uma premiação científica? Há várias maneiras de responder a essa pergunta. Todo prêmio é, em primeiro lugar, um reconhecimento do trabalho realizado por um pesquisador, uma equipe ou instituição. Seu valor é imaterial. Premiar, nesse sentido, é prestigiar quem contribuiu de maneira sig- nificativa para o avanço de determinado campo do co- nhecimento. � Essas honrarias costumam vir acompanhadas de alguma quantia em dinheiro. Logo, prêmios também ajudam a financiar a pesquisa científica e a dar incen- tivos concretos, materiais, para que os pesquisadores continuem seu trabalho, sobretudo num país como o Brasil, que remunera mal seus cientistas. � Mas acreditamos que a função mais importan- te de um prêmio é a de destacar certas temáticas ou áreas do conhecimento. Um prêmio é um farol, que aponta direções nas quais a curiosidade humana deve continuar avançando, e também um holofote, capaz de jogar luz sobre assuntos até então pouco conheci- dos do público geral. � O Prêmio Nobel, o mais prestigioso do mundo, é o que melhor ilustra esse fenômeno. Quando a aca- demia sueca anuncia os vencedores do Nobel de Físi- ca ou Química, telejornais do mundo inteiro dedicam preciosos minutos a temas herméticos como entrela- çamento quântico ou química bio-ortogonal. De que outra maneira isso ganharia espaço no horário nobre? � Portanto, um prêmio, na medida em que chama a atenção da sociedade para esta ou aquela temática, é uma forma de valorizar e divulgar a própria ciência. É com base nisso que afirmamos que o Brasil precisa como nunca premiar o trabalho de seus cientistas. (Disponível em: https://www.estadao.com.br/opiniao, Acesso em: 23.07.2024. Adaptado) 1 De acordo com o texto, a função mais importante de uma premiação científica é: (A) destacar certas temáticas ou áreas do conhecimento. (B) reconhecer o trabalho realizado por um pesquisador, equipe ou instituição. (C) financiar a pesquisa científica com quantias em dinheiro. (D) prestigiar quem contribuiu para o avanço de deter- minado campo do conhecimento. (E) chamar a atenção da sociedade para a importância dos prêmios. 2 De acordo com o texto, a função mais importante de um prêmio científico é valorizar e divulgar a própria ciência, (A) porque os prêmios fornecem quantias em dinheiro que incentivam os pesquisadores a continuar seu trabalho. (B) porque os prêmios reconhecem o trabalho realizado por um pesquisador, equipe ou instituição. (C) porque os prêmios são um reconhecimento imaterial que prestigia quem contribuiu para o avanço(C) A isenção é inconstitucional por ser restrita a deter- minada categoria econômica. (D) A isenção é inconstitucional pois não pode ser conce- dida pelos Municípios. (E) A Isenção poderá ser revogada a qualquer momento que deixa de servir a sua finalidade. 74 João ingressou com uma Ação Anulatória de Débito Fiscal com pedido de tutela provisória de urgência an- tecipada tendo sido esta deferida pelo juízo da vara de fazenda pública. O deferimento da tutela acarretará a (A) suspensão da exigibilidade do crédito. (B) exclusão do crédito. (C) extinção do crédito. (D) licença do crédito. (E) cancelamento do crédito: 75 Mozar possui um precatório do estado do Rio Grande do Norte no valor de R$ 1.000.000,00 e solicitou via liminar em mandado de segurança a compensação com débitos federais, diante dos fatos, assinale a opção correta. (A) A compensação de créditos somente poderá ser de- ferida mediante autorização em legal. (B) A compensação de créditos somente poderá ser de- ferida com o trânsito em julgado da ação. (C) A compensação de créditos não poderá ser deferida em liminar em mandado de segurança. (D) Poderá ocorrer a compensação de créditos sem ne- cessidade de lei expressa. (E) É possível a compensação de créditos estaduais com precatória federal. Direito Previdenciário Fernando Maciel 76 O Conselho Nacional de Previdência Social – CNPS é o órgão superior de deliberação colegiada da política pre- videnciária brasileira. Assinale a alternativa correta nos termos do preconizado na Lei n. 8.213/1991. (A) O CNPS é composto por 11 membros, sendo 6 repre- sentantes do Governo Federal e 5 da sociedade civil. (B) O CNPS é composto por 15 membros, sendo 5 repre- sentantes do Governo Federal, 5 dos empregadores e 5 dos trabalhadores. (C) O CNPS é composto por 9 membros, sendo 3 repre- sentantes do Governo Federal, 3 dos empregadores e 3 dos trabalhadores e 5 da sociedade civil. (D) O CNPS é composto por 15 membros, sendo 6 repre- sentantes do Governo Federal e 9 da sociedade civil. (E) O CNPS é composto por 12 membros, sendo 3 repre- sentantes do Governo Federal, 3 dos empregadores, 3 dos trabalhadores e 3 dos aposentados. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 77 Assinale a alternativa correta em matéria de organização e gestão da Assistência Social (Lei n. 8.742/1993). (A) A gestão da Assistência Social fica organizada sob a forma de sistema centralizado e participativo, deno- minado Sistema Único de Assistência Social – SUAS. (B) Dentre os objetivos da Assistência Social está a defi- nição dos níveis de gestão, respeitadas as diversida- des estaduais e distritais. (C) As ações ofertadas no âmbito do Suas têm por obje- tivo a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice e, como base de organiza- ção, o território. (D) A coordenação da Política Nacional de Assistência Social é realizada pelos entes federativos, pelos res- pectivos conselhos e entidades e organizações de as- sistência social. (E) É vedada a utilização da identidade visual do SUAS para fins de identificação das unidades públicas es- tatais, entidades e organizações de assistência social, serviços, programas, projetos e benefícios vincula- dos ao SUAS. 78 Levando-se em consideração o que dispõe a Lei n. 8.213/1991 em matéria de benefícios do RGPS, assinale a alternativa correta. (A) O auxílio-acidente será concedido, como indeniza- ção, ao segurado quando, após consolidação das le- sões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas definitivas, mesmo que não im- pliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia; (B) A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependen- te, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou ha- bilitação; (C) A percepção do salário-maternidade está condicio- nada ao afastamento do segurado do trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena de cancelamen- to do benefício; (D) O auxílio-doença será devido ao segurado que, ha- vendo cumprido, quando for o caso, o período de ca- rência exigido, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por 15 dias conse- cutivos; (E) O salário-família será devido ao segurado emprega- do, doméstico, contribuinte individual e trabalhador avulso, que possuir filho menor de 14 anos, ou invá- lido de qualquer idade. 79 Os benefícios previdenciários dos servidores públicos estatutários sofreram substanciais alterações por força da Emenda Constitucional n. 103/19, também conhe- cida como a “Reforma Previdenciária de 2019”. Acerca dessa temática, assinale a alternativa correta. (A) O servidor público estatutário será aposentado por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insusceptível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a re- alização de avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a conces- são da aposentadoria; (B) Ao completar 75 anos de idade o servidor público es- tatutário será aposentado compulsoriamente, com proventos integrais ao tempo de contribuição; (C) No âmbito da União, os servidores públicos estatutá- rios poderão se aposentar aos 65 anos de idade, se homem, e 60 se mulher. (D) Tratando-se de servidores públicos estatutários es- taduais ou municipais, as regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas pela União; (E) O tempo de serviço federal, estadual, distrital ou mu- nicipal será contado para fins de aposentadoria. 80 Assinale a alternativa correta em matéria de Previdência Complementar. (A) As contribuições extraordinárias são aquelas desti- nadas ao custeio dos benefícios previstos no respec- tivo plano de previdência complementar; (B) O órgão regulador e fiscalizador poderá autorizar a extinção de plano de benefícios, ficando os patroci- nadores desobrigados de cumprir a totalidade dos compromissos assumidos com a entidade relativa- mente aos direitos dos participantes, assistidos e obrigações legais, até a data da extinção do plano; (C) O instituto da portabilidade garante a transferência de recursos entre participantes; (D) É vedada a utilização de corretores na venda dos pla- nos de benefícios das entidades abertas de previdên- cia complementar. (E) A estrutura mínima de uma entidade fechada de previdência complementar deve ser composta por conselho deliberativo, conselho fiscal e diretoria- -executiva. GABARITO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A E C B D A A B E A 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A C B B A E A D B E 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 A C D E B B D E B B 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 E B C B D C B B C B 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 A B B E A A C E B D 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 A C C C D C D D A A 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 C D B D C C D A E C 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 C B B A A D C B A E 3º Simulado Tribunal Regional Federal da 1ª Região Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-Edital) A realização do seu sonho merece um investimento de qualidade. Não desperdice tempo, dinheiro e energia. Invista no seu sucesso, no seu futuro e na sua realização profissional. Assine AGORA a melhor e mais completa plataforma de ensino para concursos públicos. Sua nomeação na palma da sua mão com a Assinatura Ilimitada 9.0 do Gran Cursos Online. Mude de vida. Garanta seu futuro com a melhor plataforma de estudos para concurso público. 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Logo, prêmios também ajudam a financiar a pesquisa científica e a dar incen- tivos concretos, materiais, para que os pesquisadores continuem seu trabalho, sobretudo num país como o Brasil, que remunera mal seus cientistas. � Mas acreditamos que a função mais importan- te de um prêmio é a de destacar certas temáticas ou áreas do conhecimento. Um prêmio é um farol, que aponta direções nas quais a curiosidade humana deve continuar avançando, e também um holofote, capaz de jogar luz sobre assuntos até então pouco conheci- dos do público geral. � O Prêmio Nobel, o mais prestigioso do mundo, é o que melhor ilustra esse fenômeno. Quando a aca- demia sueca anuncia os vencedores do Nobel de Físi- ca ou Química, telejornais do mundo inteiro dedicam preciosos minutos a temas herméticos como entrela- çamento quântico ou química bio-ortogonal. De que outra maneira isso ganharia espaço no horário nobre? � Portanto, um prêmio, na medida em que chama a atenção da sociedade para esta ou aquela temática, é uma forma de valorizar e divulgar a própria ciência. É com base nisso que afirmamos que o Brasil precisa como nunca premiar o trabalho de seus cientistas. (Disponível em: https://www.estadao.com.br/opiniao, Acesso em: 23.07.2024. Adaptado) 1 De acordo com o texto, a função mais importante de uma premiação científica é: (A) destacar certas temáticas ou áreas do conhecimento. (B) reconhecer o trabalho realizado por um pesquisador, equipe ou instituição. (C) financiar a pesquisa científica com quantias em dinheiro. (D) prestigiar quem contribuiu para o avanço de deter- minado campo do conhecimento. (E) chamar a atenção da sociedade para a importância dos prêmios. Letra a. Assunto abordado: Interpretação de texto. (A) Certa. O texto afirma que a função mais importante de um prêmio é a de destacar certas temáticas ou áreas do conhecimento, atuando como um farol que aponta direções e como um holofote que ilumina assuntos pou- co conhecidos. (B) Errada. Embora essa seja uma função importante dos prêmios, o texto indica que a função mais importan- te é destacar temáticas ou áreas do conhecimento. (C) Errada. O financiamento da pesquisa é mencionado como uma função dos prêmios, mas não é considerada a mais importante pelo texto. (D) Errada. Embora prestigiar os cientistas seja uma função dos prêmios, o texto destaca a importância de chamar a atenção para certas temáticas ou áreas do co- nhecimento. (E) Errada. O texto enfatiza a função dos prêmios em destacar áreas do conhecimento, e não a importância dos próprios prêmios. 2 De acordo com o texto, a função mais importante de um prêmio científico é valorizar e divulgar a própria ciência, (A) porque os prêmios fornecem quantias em dinheiro que incentivam os pesquisadores a continuar seu trabalho. (B) porque os prêmios reconhecem o trabalho realizado por um pesquisador, equipe ou instituição. (C) porque os prêmios são um reconhecimento imaterial que prestigia quem contribuiu para o avanço do co- nhecimento. (D) porque os prêmios atraem a atenção dos telejornais para temas complexos como entrelaçamento quânti- co ou química bio-ortogonal. (E) porque os prêmios destacam áreas do conhecimen- to, iluminando assuntos pouco conhecidos e direcio- nando a curiosidade humana. 1 5 10 15 20 25 30 TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Letra e. Assunto abordado: Interpretação de texto. (A) Errada. Embora os prêmios possam fornecer incenti- vos financeiros, o texto não apresenta isso como a fun- ção mais importante. (B) Errada. O reconhecimento é importante, mas o texto afirma que a função mais importante é valorizar e divul- gar a ciência destacando áreas do conhecimento. (C) Errada. Embora o reconhecimento imaterial seja mencionado, a função mais importante é a divulgação e valorização da ciência. (D) Errada. A atenção dos telejornais é um exemplo, mas não é a principal razão pela qual os prêmios são conside- rados importantes. (E) Certa. O texto destaca que a função mais importan- te de um prêmio é atuar como um farol e um holofote, direcionando a curiosidade humana e iluminando áreas pouco conhecidas. 3 De acordo com o texto, os prêmios científicos ajudam a financiar a pesquisa científica: (A) oferecendo reconhecimento imaterial aos pesqui- sadores. (B) destacando certas temáticas ou áreas do conhe- cimento. (C) acompanhando as honrarias com quantias em dinheiro. (D) chamando a atenção da sociedade para a importân- cia da ciência. (E) incentivando a curiosidade humana e o avanço do conhecimento. Letra c. Assunto abordado: Interpretação de texto. (A) Errada. Embora o reconhecimento imaterial seja uma função dos prêmios, não é a maneira como eles ajudam a financiar a pesquisa científica. (B) Errada. Destacar temáticas ou áreas do conhecimen- to é uma função importante dos prêmios, mas não se refere diretamente ao financiamento. (C) Certa. O texto menciona que os prêmios costumam vir acompanhados de alguma quantia em dinheiro, o que ajuda a financiar a pesquisa científica. (D) Errada. Chamar a atenção da sociedade é um benefí- cio dos prêmios, mas não é diretamente relacionado ao financiamento da pesquisa científica. (E) Errada. Incentivar a curiosidade humana é uma função dos prêmios, mas a questão pede especifica- mente como os prêmios ajudam a financiar a pesquisa científica. 4 De acordo com o texto, o Prêmio Nobel é um exemplo significativo de como os prêmios científicos podem in- fluenciar a sociedade, (A) porque oferece uma grande quantia em dinheiro aos vencedores, incentivando a continuidade da pesquisa. (B) porque chama a atenção do público para temas com- plexos e pouco conhecidos, tornando-os acessíveis e discutidos na mídia. (C) porque é concedido pela academia sueca, uma insti- tuição de renome mundial. (D) porque reconhece o trabalho de pesquisadores e ins- tituições de diversas áreas do conhecimento. (E) porque promove a colaboração internacional entre cientistas de diferentes países. Letra b. Assunto abordado: Interpretação de texto. (A) Errada. Embora o Prêmio Nobel ofereça quantias em dinheiro, o texto enfatiza outra função como a mais sig- nificativa. (B) Certa. O texto destaca que o Prêmio Nobel é impor- tante porque, ao anunciar seus vencedores, telejornais do mundo inteiro dedicam tempo a temas complexos, como entrelaçamento quântico ou química bio-ortogo- nal, que de outra forma não ganhariamespaço no ho- rário nobre. (C) Errada. A reputação da academia sueca é mencio- nada, mas o texto destaca a influência dos prêmios na divulgação de temas científicos. (D) Errada. Embora o Prêmio Nobel reconheça trabalhos em diversas áreas, o texto enfatiza a divulgação de te- mas complexos e pouco conhecidos como seu impacto mais significativo. (E) Errada. O texto não menciona a promoção da cola- boração internacional como uma função específica do Prêmio Nobel. 5 O texto apresentado pode ser predominantemente clas- sificado como: (A) narrativo, pois relata eventos históricos sobre prê- mios científicos. (B) descritivo, uma vez que descreve minuciosamente o funcionamento dos prêmios científicos. (C) injuntivo, já que fornece instruções sobre como pre- miar cientistas. (D) argumentativo, porque apresenta argumentos sobre a importância dos prêmios científicos e defende a necessidade de premiar cientistas no Brasil. (E) expositivo, porque apresenta informações sobre a função dos prêmios científicos sem expressar opinião. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Letra d. Assunto abordado: Tipologia textual. (A) Errada. O texto não se concentra em relatar eventos históricos específicos, mas em discutir a importância e as funções dos prêmios científicos. (B) Errada. Embora o texto contenha algumas descri- ções, seu foco principal não é descrever minuciosamen- te o funcionamento dos prêmios científicos. (C) Errada. O texto não fornece instruções ou comandos sobre como premiar cientistas, mas apresenta argumen- tos e opiniões. (D) Certa. O texto é predominantemente argumentati- vo, pois apresenta argumentos sobre a importância dos prêmios científicos e defende a necessidade de premiar cientistas no Brasil. (E) Errada. O texto não é puramente expositivo, pois ex- pressa opiniões e argumentos sobre a importância dos prêmios científicos. 6 No trecho "Todo prêmio é, em primeiro lugar, um reco- nhecimento do trabalho realizado por um pesquisador, uma equipe ou instituição.", a palavra "reconhecimen- to" pertence à classe gramatical de: (A) substantivo. (B) adjetivo. (C) advérbio. (D) verbo. (E) pronome. Letra a. Assunto abordado: Morfologia – classes morfológicas. (A) Certa. "Reconhecimento" é um substantivo, pois designa uma ação ou um conceito, no caso, o ato de reconhecer. (B) Errada. Adjetivo é a classe gramatical que caracteriza ou qualifica um substantivo, o que não é o caso de "re- conhecimento". (C) Errada. Advérbio é a classe gramatical que modifica o sentido do verbo, do adjetivo ou de outro advérbio, o que não se aplica a "reconhecimento". (D) Errada. Verbo é a classe gramatical que expressa uma ação, estado ou fenômeno, mas "reconhecimento" é o substantivo derivado do verbo "reconhecer". (E) Errada. Pronome é a classe gramatical que substitui ou acompanha um substantivo, o que não é o caso de "reconhecimento". 7 Considerando o uso dos tempos e modos verbais no tre- cho "Quando a academia sueca anuncia os vencedores do Nobel de Física ou Química, telejornais do mundo inteiro dedicam preciosos minutos a temas herméticos como entrelaçamento quântico ou química bio-ortogo- nal", é correto afirmar que: (A) o presente do indicativo é utilizado para indicar ações habituais e recorrentes. (B) o futuro do presente é utilizado para expressar ações que acontecerão posteriormente. (C) o pretérito perfeito é utilizado para narrar ações con- cluídas no passado. (D) o presente do subjuntivo é utilizado para expressar uma hipótese ou desejo. (E) o pretérito imperfeito é utilizado para descrever ações contínuas no passado. Letra a. Assunto abordado: Morfologia – classes morfológicas. (A) Certa. No trecho, "anuncia" e "dedicam" estão no presente do indicativo, indicando ações que ocorrem regularmente sempre que a academia sueca anuncia os vencedores do Nobel. (B) Errada. O trecho não utiliza o futuro do presente; os verbos estão no presente do indicativo. (C) Errada. O pretérito perfeito não é utilizado no trecho fornecido. (D) Errada. O presente do subjuntivo não é utilizado no trecho fornecido. (E) Errada. O pretérito imperfeito não é utilizado no tre- cho fornecido. 8 No trecho "Todo prêmio é, em primeiro lugar, um reco- nhecimento do trabalho realizado por um pesquisador, uma equipe ou instituição", a expressão "do trabalho re- alizado por um pesquisador, uma equipe ou instituição" exerce a função de: (A) adjunto adnominal. (B) complemento nominal. (C) predicativo do sujeito. (D) objeto direto. (E) adjunto adverbial. Letra b. Assunto abordado: Sintaxe do período simples. (A) Errada. O adjunto adnominal é o termo que carac- teriza ou determina um substantivo diretamente, sem intermediação de preposição. (B) Certa. A expressão "do trabalho realizado por um pesquisador, uma equipe ou instituição" complementa o sentido do substantivo "reconhecimento", especifican- TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M do o tipo de reconhecimento e é introduzida por uma preposição. (C) Errada. O predicativo do sujeito atribui uma qualida- de ou estado ao sujeito através de um verbo de ligação, o que não ocorre aqui. (D) Errada. Objeto direto é o termo que completa o sen- tido de um verbo transitivo direto, indicando o ser que sofre a ação verbal, o que não é o caso aqui. (E) Errada. Adjunto adverbial é o termo que modifica o verbo, indicando circunstâncias como tempo, lugar, modo etc., o que não é a função da expressão destacada. 9 No trecho "Quando a academia sueca anuncia os ven- cedores do Nobel de Física ou Química, telejornais do mundo inteiro dedicam preciosos minutos a temas herméticos como entrelaçamento quântico ou química bio-ortogonal", a expressão "a temas herméticos como entrelaçamento quântico ou química bio-ortogonal" exerce a função de: (A) complemento nominal. (B) predicativo do sujeito. (C) objeto direto. (D) adjunto adnominal. (E) objeto indireto. Letra e. Assunto abordado: Sintaxe do período simples. (A) Errada. O complemento nominal completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), mas não é o caso aqui, pois o termo “a temas herméticos” está ligado a um verbo. (B) Errada. O predicativo do sujeito atribui uma qualida- de ou estado ao sujeito, através de um verbo de ligação, o que não ocorre aqui. (C) Errada. O objeto direto completa o sentido do verbo transitivo direto sem preposição, o que não é o caso aqui. (D) Errada. O adjunto adnominal caracteriza ou determi- na um substantivo, mas "a temas herméticos como en- trelaçamento quântico ou química bio-ortogonal" não está desempenhando essa função. (E) Certa. A expressão "a temas herméticos como entre- laçamento quântico ou química bio-ortogonal" funciona como objeto indireto do verbo "dedicam", indicando o complemento da ação de dedicar e é introduzido por uma preposição. 10 No trecho "Quando a academia sueca anuncia os ven- cedores do Nobel de Física ou Química, telejornais do mundo inteiro dedicam preciosos minutos a temas herméticos como entrelaçamento quântico ou quími- ca bio-ortogonal", a oração "Quando a academia sueca anuncia os vencedores do Nobel de Física ou Química" classifica-se como: (A) oração subordinada adverbial temporal. (B) oração subordinada adverbial causal. (C) oração subordinada adverbial condicional. (D) oração subordinada adverbial concessiva. (E) oração subordinada adverbial final. Letra a. Assunto abordado: Sintaxe do período composto. (A) Certa. A oração "Quando a academia sueca anuncia os vencedores do Nobel de Física ou Química" é uma oração subordinada adverbial temporal, pois indica o tempo em que a ação principal (os telejornais dedicam preciosos minutos) ocorre. (B) Errada. A oração causal indica a causa da ação princi- pal, o que não é o caso aqui. (C) Errada. A oração condicional expressa uma condição para a realizaçãoda ação principal, o que não se aplica neste caso. (D) Errada. A oração concessiva expressa uma ideia de contraste ou concessão em relação à ação principal, o que não ocorre aqui. (E) Errada. A oração final indica a finalidade da ação principal, o que não é a função da oração destacada. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Leia o texto abaixo para responder às questões de 11 a 20. � As pitangueiras d’antanho* � Tem seus 23 anos, e eu a conheço desde os oito ou nove, sempre assim, meio gordinha, engraçada, de cabelos ruivos. Foi criada, a bem dizer, na areia do Ar- poador; nasceu e viveu em uma daquelas ruas que vão de Copacabana a Ipanema, de praia a praia. A família mudou-se quando a casa foi comprada para constru- ção de edifício. � Certa vez me contou: � – Em meu quarteirão não há uma só casa de meu tempo de menina. Se eu tivesse passado anos fora do Rio e voltasse agora, acho que não acertaria nem com a minha rua. Tudo acabou: as casas, os jardins, as árvo- res. É como se eu não tivesse tido infância... � Falta-lhe uma base física para a saudade. Tudo o que parecia eterno sumiu. � Outra senhora disse então que se lembrava mui- to de que, quando era menina, apanhava pitangas em Copacabana; depois, já moça, colhia pitangas na Barra da Tijuca; e hoje não há mais pitangas. Disse isso com uma certa animação, e depois ficou um instante com o ar meio triste – a melancolia de não ter mais pitangas, ou, quem sabe, a saudade daquela manhã em que foi com o namorado colher pitangas. � Também em minha infância, há pitangueiras de praia. Não baixinhas, em moitas, como aquelas de Cabo Frio, que o vento não deixa crescer; mas altas; e suas copas se tocavam e faziam uma sombra varada por pequenos pontos de sol. (Rubem Fonseca, “As pitangueiras d’antanho”. 200 crônicas escolhidas, 2001. Fragmento) 11 De acordo com o texto, a principal razão para a persona- gem sentir que não teve infância: (A) são as mudanças urbanas que eliminaram as casas, jardins e árvores de sua infância. (B) é a nostalgia de um tempo em que colhia pitangas com o namorado. (C) é a mudança de sua família para um novo local após a venda da casa. (D) é a melancolia de outras personagens ao lembrar das pitangueiras. (E) é a comparação entre as pitangueiras de sua infância e as de Cabo Frio. Letra a. Assunto abordado: Interpretação de texto. (A) Certa. O texto indica que a personagem sente que não teve infância porque as mudanças urbanas elimi- naram as casas, jardins e árvores que faziam parte de suas memórias. (B) Errada. Essa nostalgia é mencionada em relação a outra personagem, não à principal. (C) Errada. Embora a mudança tenha ocorrido, o senti- mento de não ter tido infância é atribuído às mudanças urbanas em geral. (D) Errada. A melancolia é um sentimento de outra per- sonagem, e não a principal razão para a personagem sentir que não teve infância. (E) Errada. A comparação é feita pelo narrador, mas não é a principal razão para o sentimento da personagem. 12 No contexto do texto, a frase "Falta-lhe uma base física para a saudade" sugere que: (A) a personagem não consegue sentir saudade porque não se lembra de sua infância. (B) a personagem não reconhece mais o lugar onde cres- ceu devido às mudanças físicas no ambiente. (C) as mudanças urbanas eliminaram os referenciais físi- cos que ancoravam as memórias da personagem. (D) a personagem sente falta das pitangueiras e dos jar- dins que existiam em sua infância. (E) a ausência de elementos naturais, como as pitan- gueiras, impediu a personagem de formar memórias afetivas. Letra c. Assunto abordado: Interpretação de texto. (A) Errada. A personagem sente saudade, mas a falta de elementos físicos dificulta essa sensação. (B) Errada. Embora a personagem tenha dificuldade em reconhecer o lugar, isso não é exatamente o que a frase sugere. (C) Certa. A frase sugere que, sem as casas, jardins e árvores, a personagem não tem elementos físicos que sustentem suas memórias e sua saudade. (D) Errada. A frase se refere a uma falta de base física para a saudade em geral, não especificamente das pi- tangueiras. (E) Errada. A frase fala sobre a dificuldade de sentir sau- dade sem uma base física, mas não sugere que isso im- pediu a formação de memórias afetivas. 1 5 10 15 20 25 TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 13 O papel das pitangueiras no texto "As pitangueiras d’antanho" é: (A) representar a resistência da natureza diante das mu- danças urbanas. (B) simbolizar a memória afetiva e a passagem do tem- po, evocando saudades e reflexões sobre a infância. (C) demonstrar a importância das árvores frutíferas na vida das crianças da época. (D) retratar a alegria das personagens ao lembrar das pi- tangueiras. (E) expor a melancolia das personagens devido à falta de pitangueiras na cidade moderna. Letra b. Assunto abordado: Interpretação de texto. (A) Errada. As pitangueiras não representam a resistên- cia da natureza, mas sim uma lembrança de um tem- po passado. (B) Certa. No texto, as pitangueiras evocam lembranças da infância e simbolizam a passagem do tempo, gerando saudades e reflexões sobre as mudanças ocorridas. (C) Errada. Embora as pitangueiras sejam mencionadas como parte das lembranças da infância, o foco não está na importância das árvores frutíferas em si. (D) Errada. O texto menciona uma certa melanco- lia e saudade ao lembrar das pitangueiras, não ape- nas alegria. (E) Errada. A melancolia é mencionada, mas as pitan- gueiras servem mais como um símbolo da memória afe- tiva e da passagem do tempo do que apenas a falta delas na cidade moderna. 14 No trecho "É como se eu não tivesse tido infância...", a expressão "É como se" sugere uma: (A) comparação direta entre a infância da personagem e a de outras crianças. (B) sensação de perda ou inexistência de algo essencial. (C) melancolia associada a memórias felizes da infância. (D) nostalgia pelos tempos passados, que eram melhores. (E) resignação frente às mudanças inevitáveis da vida. Letra b. Assunto abordado: Semântica. (A) Errada. A expressão não sugere uma comparação di- reta com outras infâncias, mas uma sensação interna da personagem. (B) Certa. A expressão "É como se" indica uma sensação subjetiva da personagem de que algo essencial de sua infância foi perdido ou nunca existiu. (C) Errada. A expressão não se refere especificamente a memórias felizes, mas a uma sensação de perda. (D) Errada. A expressão sugere uma sensação de per- da mais do que uma comparação entre o passado e o presente. (E) Errada. A expressão não indica resignação, mas uma sensação de que algo essencial da infância está ausente. 15 No trecho "Foi criada, a bem dizer, na areia do Arpoa- dor", o termo "na areia do Arpoador" exerce a função de: (A) adjunto adverbial de lugar. (B) predicativo do sujeito. (C) objeto indireto. (D) complemento nominal. (E) adjunto adnominal. Letra a. Assunto abordado: Sintaxe do período simples. (A) Certa. A expressão "na areia do Arpoador" indica o local onde a personagem foi criada, funcionando como adjunto adverbial de lugar. (B) Errada. O predicativo do sujeito atribui uma carac- terística ou estado ao sujeito, o que não é o caso aqui, já que "na areia do Arpoador" indica lugar, não ca- racterística. (C) Errada. O objeto indireto completa o sentido de um verbo transitivo indireto e é regido por preposição, mas não é o caso aqui. (D) Errada. O complemento nominal completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e é regi- do por preposição, mas aqui a expressão está qualifican- do o verbo "criada". (E) Errada. O adjunto adnominal caracteriza ou determi- na um substantivo, o que não é a função da expressão "na areia do Arpoador". 16 No trecho "Certa vez me contou: – Em meu quarteirão não há uma só casa de meu tempode menina", a ex- pressão "de meu tempo de menina" exerce a função de: (A) adjunto adverbial de tempo. (B) predicativo do sujeito. (C) complemento verbal. (D) objeto indireto. (E) adjunto adnominal. Letra e. Assunto abordado: Sintaxe do período simples. (A) Errada. Adjunto adverbial de tempo modifica o verbo indicando circunstância de tempo, o que não é a função da expressão "de meu tempo de menina". (B) Errada. O predicativo do sujeito atribui uma carac- terística ou estado ao sujeito, o que não é o caso da ex- pressão "de meu tempo de menina". TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M (C) Errada. Complemento verbal (objeto direto ou indi- reto) completa o sentido do verbo, mas "de meu tempo de menina" não está completando um verbo. (D) Errada. Objeto indireto completa o sentido do verbo transitivo indireto, mas "de meu tempo de menina" não está desempenhando essa função. (E) Certa. A expressão "de meu tempo de menina" fun- ciona como adjunto adnominal, qualificando o substan- tivo "casa" ao especificar o tempo a que se refere. 17 No trecho "Outra senhora disse então que se lembrava muito de que, quando era menina, apanhava pitangas em Copacabana", a oração "que se lembrava muito de que, quando era menina, apanhava pitangas em Copa- cabana" classifica-se como: (A) oração subordinada substantiva objetiva direta. (B) oração subordinada substantiva completiva nominal. (C) oração subordinada substantiva objetiva indireta. (D) oração subordinada substantiva subjetiva. (E) oração subordinada substantiva predicativa. Letra a. Assunto abordado: Sintaxe do período composto. (A) Certa. A oração "que se lembrava muito de que, quando era menina, apanhava pitangas em Copacaba- na" exerce a função de objeto direto do verbo "disse", complementando diretamente o sentido da ação verbal. (B) Errada. A oração subordinada substantiva completi- va nominal completa o sentido de um nome (substanti- vo, adjetivo ou advérbio), o que não é o caso aqui. (C) Errada. A oração subordinada substantiva objetiva indireta completa o sentido do verbo transitivo indireto e é regida por preposição, o que não ocorre aqui. (D) Errada. A oração subordinada substantiva subjetiva exerce a função de sujeito da oração principal, o que não é o caso aqui. (E) Errada. A oração subordinada substantiva predica- tiva atribui uma característica ou estado ao sujeito da oração principal, o que não ocorre neste caso. 18 No trecho "Se eu tivesse passado anos fora do Rio e vol- tasse agora, acho que não acertaria nem com a minha rua", a oração "Se eu tivesse passado anos fora do Rio" classifica-se como: (A) oração subordinada adverbial causal. (B) oração subordinada adverbial temporal. (C) oração subordinada adverbial concessiva. (D) oração subordinada adverbial condicional. (E) oração subordinada adverbial consecutiva. Letra d. Assunto abordado: Sintaxe do período composto. (A) Errada. A oração causal indica a causa da ação princi- pal, o que não é o caso aqui. (B) Errada. A oração temporal indica o tempo em que a ação principal ocorre, o que não é a função da oração destacada. (C) Errada. A oração concessiva indica uma ideia de con- traste ou concessão em relação à ação principal, o que não ocorre aqui. (D) Certa. A oração "Se eu tivesse passado anos fora do Rio" é uma oração subordinada adverbial condicional, pois estabelece uma condição para a ação da oração principal (não acertaria nem com a minha rua). (E) Errada. A oração consecutiva indica uma consequên- cia da ação principal, o que não é a função da oração destacada. 19 Na frase "Outra senhora disse então que se lembrava muito de que, quando era menina, apanhava pitangas em Copacabana", a palavra "se" exerce a função de: (A) índice de indeterminação do sujeito. (B) pronome reflexivo. (C) conjunção subordinativa condicional. (D) partícula expletiva. (E) pronome apassivador. Letra b. Assunto abordado: Funções morfossintáticas do “se”. (A) Errada. O "se" não está sendo usado para indetermi- nar o sujeito nesta frase. (B) Certa. O "se" está funcionando como pronome re- flexivo, indicando que a ação de lembrar recai sobre o próprio sujeito. (C) Errada. O "se" não está introduzindo uma condi- ção na frase. (D) Errada. O "se" não está funcionando como uma par- tícula expletiva ou de realce na frase. (E) Errada. O "se" não está sendo usado para formar uma voz passiva. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 20 Assinale a alternativa que apresenta uma reescrita cor- reta para a frase "Outra senhora disse então que se lem- brava muito de que, quando era menina, apanhava pi- tangas em Copacabana". (A) Outra senhora disse então que lembrava-se muito de que, quando era menina, apanhava pitangas em Co- pacabana. (B) Outra senhora disse então que se lembrava muito de que quando era menina, apanhava-se pitangas em Copacabana. (C) Outra senhora disse então que lembrava muito-se de que, quando era menina, apanhava pitangas em Co- pacabana. (D) Outra senhora disse então que se lembrava muito de que, quando era menina, pitangas apanhava-se em Copacabana. (E) Outra senhora disse então que muito se lembrava de que, quando era menina, apanhava pitangas em Co- pacabana. Letra e. Assunto abordado: Reescrita de frases. (A) Errada. O uso de ênclise está inadequado após a con- junção subordinativa "que", que exige próclise. (B) Errada. A vírgula isolando o adjunto adverbial “quan- do era menina” é obrigatória e, na frase em questão, há a presença apenas de uma vírgula. (C) Errada. A mesóclise está incorreta aqui, pois é usada principalmente com futuro do presente e do pretérito. (D) Errada. A inversão "pitangas apanhava-se" altera a ordem natural e correta da oração. (E) Certa. A colocação pronominal "muito se lembrava" está correta, mantendo a ênfase e a correção gramatical. Raciocínio Lógico e Matemático Marcelo Leite 21 A afirmação a seguir “Se Ana é médica e Lúcia é advo- gada, então Paula não é engenheira” é falsa. Com base nessa afirmação, é correto afirmar que: (A) Ana é médica, Lúcia é advogada e Paula é engenheira. (B) Ana não é médica, Lúcia é advogada e Paula é en- genheira. (C) Ana é médica, Lúcia não é advogada e Paula é en- genheira. (D) Ana é médica, Lúcia é advogada e Paula não é en- genheira. (E) Ana não é médica, Lúcia não é advogada e Paula não é engenheira. Letra a. Assunto abordado: Proposições – Conectivos. A condicional será falsa somente quando o antecedente for verdadeiro e o consequente for falso. Separando a condicional, teremos: Antecedente: Ana é médica e Lúcia é advogada. Consequente: Paula não é engenheira. Como o antecedente é representado por uma conjun- ção, e essa será verdadeira quando todas são verdadei- ras, teremos: Ana é médica: Verdadeira. Lúcia é advogada: Verdadeira. Lembrando que o consequente é falso, logo, “Paula não é engenheira” é falsa. Com isso: Paula é engenheira: Verdadeira. 22 A sentença “Se Ana não vai ao clube, então hoje é sába- do” é equivalente a: (A) Se hoje é sábado, então Ana não vai ao clube. (B) Ana não vai ao clube e hoje não é sábado. (C) Se hoje não é sábado, então Ana vai ao clube. (D) Ana não vai ao clube ou hoje é sábado. (E) Se Ana vai ao clube, então hoje não é sábado. Letra c. Assunto abordado: Equivalência. A condicional possui a seguinte equivalência: Se A então B = Se não B então não A. Assim, a sentença “Se Ana não vai ao clube, então hoje é sábado” é equivalente a “Se hoje não é sábado, então Ana vai ao clube”. 23 Considere que a afirmação “Todo candidato é estudio- so” é verdadeira, logo: (A) toda pessoa estudiosa é candidato. (B) nenhum candidato é estudioso. (C) o conjunto formado pelos candidatos contém o con- junto formado pelos estudiosos. (D) o conjunto formado pelos estudiosos contém o con- junto formado pelos candidatos. (E) Algum candidato não é estudioso. Letra d.Assunto abordado: Diagrama lógico. Representado a proposição categórica “Todo candidato é estudioso” através do diagrama lógico, teremos: TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Assim, teremos: O conjunto formado pelos candidatos está contido no conjunto formado pelos estudiosos, consequentemente o conjunto formado pelos estudiosos contém o conjunto formado pelos candidatos. 24 Considere que n(X) represente a quantidade de elemen- tos que estão presentes no conjunto X. Sabe-se que n(A) = 12 e n(B) = 15 e n(A B) = 20, então n(A B) é igual a: (A) 3. (B) 4. (C) 5. (D) 6. (E) 7. Letra e. Assunto abordado: Operações com conjuntos. Utilizando a fórmula da união, teremos: n(A B) = n(A) + n(B) – n(A B) 20 = 12 + 15 – n(A B) n(A B) = 27 – 20 n(A B) = 7. 25 Nesse mês, foram direcionados a certo tribunal 10.000 processos, e essa quantidade foi 25% maior que o mês anterior. Com base nessas informações, a soma dos alga- rismos que representam a quantidade de processos di- recionados ao referido tribunal no mês anterior é igual a: (A) 7. (B) 8. (C) 12. (D) 16. (E) 21. Letra b. Assunto abordado: Porcentagem. De acordo com o texto, temos: Mês anterior Aumento Mês atual 100% 25% 125% Fazendo a proporcionalidade, teremos: PROCESSOS PORCENTAGEM 10.000 125% (Mês atual) P 100% (Mês anterior) Multiplicando cruzado, teremos: 125.P = 1.000.000 P = 1.000.000/125 P = 8.000. O autor solicitou a soma dos algarismos, logo teremos: 8 + 0 + 0 + 0 = 8. 26 Considere que dezoito servidores, com igual eficiência, conseguem analisar certa quantidade de processos em 4 horas. Caso seis desses servidores fossem direcionados para outro setor, assim os servidores restantes irão ana- lisar os mesmos processos em: (A) 2 horas e 40 minutos. (B) 6 horas. (C) 5 horas e 30 minutos. (D) 6 horas e 20 minutos. (E) 4 horas e 48 minutos. Letra b. Assunto abordado: Proporcionalidade inversa. As grandezas servidores e tempo são grandezas inver- samente proporcionais, logo teremos que multipli- car em linha. SERVIDORES TEMPO (HORAS) 18 4 12 T Multiplicando em linha, teremos: 12.T = 18.4 12.T = 72 T = 72/12 T = 6 horas. Noções de Sustentabilidade Renato Pulz 27 Considerando as disposições do art. 225 da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, marque a alternativa correta. (A) O STJ já havia declarado inconstitucional a prática de rinha de galos por considerar uma violação ao § 1º, inciso VII, do art. 225, que veda a crueldade contra os animais, mas quando tratou da vaquejada o STF considerou que não é uma prática considerada cruel. (B) As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físi- cas, a sanções penais e administrativas, exceto se já repararam os danos causados. (C) A floresta amazônica brasileira, a caatinga, a serra do mar, o pantanal mato-grossense, a zona costeira e os pampas são patrimônio nacional. (D) Há previsão constitucional que favorece e incentiva os biocombustíveis. (E) Incumbe ao poder público exigir, na forma da lei, para instalação de qualquer obra ou atividade causa- dora de degradação do meio ambiente, estudo pré- vio de impacto ambiental, a que se dará publicidade. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Letra d. Assunto abordado: Art. 225 da CF/1988 e seus parágrafos. (A) Errada. O STF julgou tanto a rinha de galos e a far- ra do boi como a vaquejada como inconstitucionais por considerar práticas cruéis contra os animais. Mas por re- ação legislativa, em 2017, foi aprovada a Emenda Cons- titucional n. 96, que incluiu o § 7º. Atenção, cai bastante em provas esse ponto! (B) Errada. Atenção ao texto do dispositivo: Art. 225, § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e ad- ministrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. (grifo nosso) (C) Errada. As bancas adoram tentar confundir o(a) candidato(a) como nessa alternativa. Somente são pa- trimônio nacional a floresta amazônica brasileira, a mata atlântica, a serra do mar, o pantanal mato-grossense e a zona costeira (...) art. 225, § 4º, da CF. (D) Certa. Grande chance de aparecer na prova, pois é novidade da E. C. n. 132, de 2023. Art. 225, §1º, VIII – manter regime fiscal favorecido para os biocombustíveis e para o hidrogênio de baixa emissão de carbono, na forma de lei complementar, a fim de assegurar-lhes tributação inferior à incidente sobre os combustíveis fósseis, capaz de garantir dife- rencial competitivo em relação a estes (...) (grifo nosso) (E) Errada. Cuidado com o texto, pois a simples retirada de algumas palavras muda a intenção do legislador originário. Art. 225, §1º, IV – exigir, na forma da lei, para instala- ção de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estu- do prévio de impacto ambiental, a que se dará pu- blicidade. Ou seja, não é qualquer obra ou atividade, nem qualquer degradação. 28 O conceito de desenvolvimento sustentável está base- ado em três aspectos principais, que são o crescimento econômico, a equidade social e o equilíbrio ecológico. Dessa forma, ao considerar as alternativas abaixo, mar- que aquela que não condiz com esse ideal. (A) Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e me- lhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. (B) Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. (C) Tornar as cidades e os assentamentos humanos in- clusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. (D) Uso sustentável dos recursos hídricos. (E) Não incentivar o modelo de agroflorestas, pois não são produtivas. Letra e. Assunto abordado: Conceito de desenvolvimento sustentável. Exceto a letra E, todas as demais alternativas se coadu- nam com os objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU. Logo se relacionam diretamente ao conceito e seus três pilares. A letra E traz o modelo de agrofloresta, que é altamente incentivado atualmente. Pesquisas sugerem que, além de sustentável, pode ser altamente produtivo. 29 Em um trabalho em grupo na escola, o professor pediu aos alunos que falassem sobre o relatório Brundtland e as medidas que foram sugeridas que os Estados tomas- sem para promover um desenvolvimento sustentável. Os alunos começaram a discordar e cada um fazia uma afirmação. Marque a afirmação correta sobre o tema. (A) Maria afirmou que o relatório nada falava sobre limi- tação do crescimento populacional, afinal havia forte influência religiosa naquele tempo. (B) Joana defendeu que o relatório fez previsão sobre garantia de alimentação a longo prazo, pois faz parte da segurança alimentar e de reduzir desigualdades. (C) Carlos falou que nada foi mencionado sobre energias renováveis, pois ainda não se tinha esse conhecimento. (D) Roberto disse que leu sobre incentivo a urbanização selvagem para melhor distribuição geográfica da terra. (E) Também lembraram que as necessidades supérfluas devem ser satisfeitas, segundo o relatório. Letra b. Assunto abordado: Desenvolvimento sustentável e rela- tório Brundtland. Segundo o relatório Brundtland, uma série de medidas devem ser tomadas pelos Estados Nacionais: • limitação do crescimento populacional; • garantia de alimentação a longo prazo; • preservação da biodiversidade e dos ecossistemas; • diminuição do consumo de energia e desenvolvi- mento de tecnologia que admitem o uso de fontes ener- géticas renováveis; • aumento da produção industrial nos países não in- dustrializados à base de tecnologias ecologicamente adaptadas; • controle da urbanização selvagem e integração entre campo e cidades menores; • as necessidades básicas devem ser satisfeitas (..) (grifo nosso). Lembre-se que nesse tipo de questão devemos prestaratenção na lógica, não adianta tentar decorar. Fonte: https://www2.camara.leg.br/a-camara/estruturaadm/gestao- -na-camara-dos-deputados/responsabilidade-social-e-ambien- tal/ecocamara/noticias/agendaambiental.html https://www2.camara.leg.br/a-camara/estruturaadm/gestao-na-camara-dos-deputados/responsabilidade-social-e-ambiental/ecocamara/noticias/agendaambiental.html https://www2.camara.leg.br/a-camara/estruturaadm/gestao-na-camara-dos-deputados/responsabilidade-social-e-ambiental/ecocamara/noticias/agendaambiental.html https://www2.camara.leg.br/a-camara/estruturaadm/gestao-na-camara-dos-deputados/responsabilidade-social-e-ambiental/ecocamara/noticias/agendaambiental.html TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 30 Sobre a Agenda Ambiental da Administração Pública (AP3), marque a alternativa correta. (A) A AP3 é uma ação compulsória que busca a adoção de novos padrões de produção e consumo, sustentá- veis, dentro do governo. (B) As instituições governamentais devem buscar a mu- dança de hábitos e atitudes internas, promovendo uma nova cultura institucional de combate ao desperdício. (C) A AP3 foca em práticas que protejam o meio ambiente, não considerando aspectos econômicos ou de eficiência. (D) É um dos objetivos da agenda reduzir o impacto so- cioambiental negativo direto causado pela execução somente das atividades operacionais. (E) Quando afirma os princípios dos ‘5Rs’, a AP3 trata ‘reciclar’ e ‘reutilizar’ como sinônimos. Letra b. Assunto abordado: Agenda Ambiental da Administração Pública (AP3). (A) Errada. A aderência à AP3 é voluntária. (B) Certa. Afirmação que vai ao encontro das finalida- des da AP3. (C) Errada. A AP3 se encontra em harmonia com o prin- cípio da economicidade, que se traduz na relação cus- to-benefício e, ao mesmo tempo, atende ao princípio constitucional da eficiência. (D) Errada. Pois inclui também impacto socioambiental negativo direto e indireto. Além disso, que seja causado pela execução das atividades operacionais e administra- tivas, também. (E) Errada. Reutilizar significa usar novamente um mate- rial antes de descartá-lo. Reciclar é transformar os pro- dutos em matéria-prima para se iniciar um novo ciclo de produção consumo-descarte. Fonte: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https:// www.codevasf.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/acoes- -ambientais/responsabilidade-socioambiental/agenda-ambien- tal-da-administracao-publica-a3p/cartilha_agenda-ambiental- -na-administracao-publica-a3p.pdf 31 Sobre os conceitos trazido pela Lei n. 12.187, de 2009 (Política Nacional sobre Mudança do Clima), marque a alternativa ERRADA. (A) Adaptação são as iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima. (B) Mitigação são mudanças e substituições tecnológi- cas que reduzam o uso de recursos e as emissões por unidade de produção, bem como a implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e aumentem os sumidouros. (C) Mudanças do clima são mudanças de clima que po- dem ser direta ou indiretamente atribuídas à ativi- dade humana que altere a composição da atmosfera mundial e que se some àquela provocada pela va- riabilidade climática natural observada ao longo de períodos comparáveis. (D) Vulnerabilidade é o grau de suscetibilidade e incapa- cidade de um sistema, em função de sua sensibilida- de, capacidade de adaptação, e do caráter, magnitu- de e taxa de mudança e variação do clima a que está exposto, de lidar com os efeitos adversos da mudan- ça do clima, entre os quais a variabilidade climática e os eventos extremos. (E) Emissões são a liberação de gases de efeito estufa ou seus precursores na atmosfera em uma área especí- fica e em um período indeterminado. Letra e. Assunto abordado: Lei n. 12.187, de 2009 (Política Na- cional sobre Mudança do Clima). Art. 2º, III – emissões: liberação de gases de efeito estufa ou seus precursores na atmosfera numa área específica e num período determinado; (grifo nosso) As bancas adoram cobrar conceitos trazidos pelo texto legal tentando confundir o(a) candidato(a). Memorize bem esses conceitos, pois eles estarão na sua prova. Cuidado com a troca de expressões como a da alterna- tiva errada. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 32 Sobre a Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n. 12.305/2010), marque a alternativa correta. (A) Apesar da preocupação do legislador com o tema, infelizmente a Lei não trouxe expressamente o prin- cípio do direito da sociedade à informação. (B) Logística reversa é o instrumento de desenvolvimen- to econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabi- lizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra desti- nação final ambientalmente adequada. (C) Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, po- derão ser utilizadas tecnologias visando à recupera- ção energética dos resíduos sólidos urbanos, mesmo que ainda não tenha sido comprovada sua viabilida- de técnica e ambiental e com a implantação de pro- grama de monitoramento de emissão de gases tóxi- cos aprovado pelo órgão ambiental. (D) Acordo de cooperação é o ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, impor- tadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade comparti- lhada pelo ciclo de vida do produto. (E) A existência de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos exime o município ou o Distrito Federal do licenciamento ambiental de aterros sani- tários e de outras infraestruturas e instalações ope- racionais integrantes do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos pelo órgão competente do Sisnama. Letra b. Assunto abordado: Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n. 12.305/2010). (A) Errada. O referido princípio está previsto no art. 6º, X, da lei. Atenção, pois as bancas adoram perguntar so- bre princípios. (B) Certa. Art. 3º, XII, da lei. (C) Errada. Pois exige a comprovação da viabilidade téc- nica e ambiental. Art. 9º, § 1º, da lei. (D) Errada. É acordo setorial. Ver art. 3º, in. I. (E) Errada. Pois não exime o município. Ver art. 19, § 4º, da lei. Noções de Direitos Humanos e Fundamentais e de Acessibilidade Matheus Atalanio 33 A Lei n. 10.098/2000 foi criada para promover a acessi- bilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, estabelecendo normas e critérios para elimi- nar barreiras arquitetônicas, urbanísticas, nos transpor- tes e nas comunicações. Esta lei é um marco importante para assegurar a igualdade de acesso e oportunidades, contribuindo para a inclusão social. A partir disso, assi- nale a afirmação correta sobre as disposições da Lei n. 10.098/2000. (A) A Lei n. 10.098/2000 permite que as barreiras urba- nísticas permaneçam em locais históricos para pre- servar a arquitetura original. (B) A Lei n. 10.098/2000 estabelece que as sinalizações de edificações públicas não precisam ser adaptadas para pessoas com deficiência visual. (C) A Lei n. 10.098/2000 exige a adaptação dos sistemas de transporte para garantir a acessibilidade das pes- soas com deficiência ou mobilidade reduzida. (D) A Lei n. 10.098/2000 não inclui disposições sobre a acessibilidade em serviços de comunicação. (E) A Lei n. 10.098/2000 limita a aplicação da acessibili- dade apenas a novas construções. Letra c. Assunto abordado: Normas gerais e critérios bási- cos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida (Lei n. 10.098/2000). (A) Errada. O Artigo 18 da Lei n. 10.098/2000 não per- mite que barreiras urbanísticas permaneçam,mesmo em locais históricos; é necessário buscar soluções que preservem a arquitetura original enquanto garantem a acessibilidade. (B) Errada. O Artigo 17 da Lei n. 10.098/2000 exige que as sinalizações de edificações públicas sejam adaptadas para pessoas com deficiência visual. (C) Certa. O Artigo 5 da Lei n. 10.098/2000 exige a adaptação dos sistemas de transporte para garantir a acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilida- de reduzida. (D) Errada. O Artigo 19 da Lei n. 10.098/2000 inclui disposições sobre a acessibilidade em serviços de comunicação. (E) Errada. O Artigo 11 da Lei n. 10.098/2000 aplica-se tanto a novas construções quanto a adaptações em edi- ficações existentes. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 34 A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1948, estabelece um conjunto de direitos e liberdades fundamentais que devem ser garantidos a todas as pes- soas. A DUDH serve como um padrão comum de rea- lizações para todos os povos e nações, promovendo a dignidade, a liberdade e a justiça. A partir disso, marque a afirmação correta sobre a DUDH. (A) A DUDH permite a privação arbitrária da liberdade de movimento de uma pessoa. (B) A DUDH afirma que todos têm direito à educação, que deve ser gratuita pelo menos nos graus elemen- tares e fundamentais. (C) A DUDH estabelece que apenas os homens têm direi- to a um padrão de vida adequado, incluindo alimen- tação, vestuário e habitação. (D) A DUDH permite discriminação com base na nacio- nalidade para acesso à educação. (E) A DUDH estipula que a tortura é permitida em casos de emergência nacional. Letra b. Assunto abordado: Declaração Universal dos Direi- tos Humanos. (A) Errada. O Artigo 13 da DUDH afirma que toda pessoa tem o direito de livremente circular e escolher sua resi- dência dentro de um Estado, bem como o direito de dei- xar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar. (B) Certa. O Artigo 26 da DUDH afirma que todos têm direito à educação, que deve ser gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. (C) Errada. O Artigo 25 da DUDH estabelece que toda pessoa tem direito a um padrão de vida adequado, in- cluindo alimentação, vestuário e habitação. (D) Errada. O Artigo 2 da DUDH assegura que todos têm direito à educação, sem discriminação de qualquer for- ma, incluindo nacionalidade. (E) Errada. O Artigo 5 da DUDH proíbe a tortura e qual- quer tratamento ou punição cruel, desumano ou degra- dante, sem exceções. 35 A teoria geral dos direitos humanos fornece a base para a compreensão dos princípios fundamentais que orien- tam a proteção e a promoção desses direitos em nível global. Ela aborda conceitos como universalidade, indi- visibilidade e interdependência dos direitos humanos, além de sua fundamentação normativa e histórica. Esses princípios são essenciais para garantir que todos os seres humanos possam desfrutar de seus direitos fundamen- tais sem discriminação. A partir disso, marque a afirma- ção correta sobre a teoria geral dos direitos humanos. (A) A universalidade dos direitos humanos permite varia- ções culturais que justifiquem violações de direitos. (B) A indivisibilidade dos direitos humanos significa que alguns direitos podem ser priorizados sobre outros. (C) Os direitos humanos são aplicáveis apenas em tem- pos de paz. (D) A teoria dos direitos humanos reconhece a interde- pendência entre direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais. (E) A proteção dos direitos humanos é responsabilidade exclusiva das organizações internacionais. Letra d. Assunto abordado: Teoria geral dos direitos fundamentais. (A) Errada. A universalidade dos direitos humanos signi- fica que eles são aplicáveis a todas as pessoas, indepen- dentemente de variações culturais. (B) Errada. A indivisibilidade dos direitos humanos signi- fica que todos os direitos são igualmente importantes e não podem ser hierarquizados. (C) Errada. Os direitos humanos são aplicáveis em todas as circunstâncias, incluindo tempos de paz e de conflito. (D) Certa. A teoria dos direitos humanos reconhece a in- terdependência entre direitos civis, políticos, econômi- cos, sociais e culturais, indicando que todos os direitos são igualmente importantes e se complementam. (E) Errada. A proteção dos direitos humanos é uma res- ponsabilidade compartilhada entre os Estados e a comu- nidade internacional. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 36 A teoria geral dos direitos humanos inclui a análise dos conceitos, terminologia, e a estrutura normativa que fundamenta esses direitos. Além disso, ela aborda a afir- mação histórica dos direitos humanos e a responsabili- dade dos Estados em garantir a proteção e a promoção desses direitos. A teoria também enfatiza a importância da aplicação universal e igualitária dos direitos huma- nos. A partir disso, assinale a afirmação correta sobre a teoria geral dos direitos humanos. (A) Os direitos humanos podem ser suspensos perma- nentemente por decisão do Estado. (B) A responsabilidade pela proteção dos direitos huma- nos recai exclusivamente sobre organizações inter- nacionais. (C) A afirmação histórica dos direitos humanos inclui marcos importantes como a Magna Carta e a Decla- ração Universal dos Direitos Humanos. (D) A teoria geral dos direitos humanos exclui a proteção dos direitos econômicos e sociais. (E) A aplicação dos direitos humanos é restrita a contex- tos nacionais específicos. Letra c. Assunto abordado: Teoria geral dos direitos fundamentais. (A) Errada. Os direitos humanos não podem ser suspen- sos permanentemente; qualquer suspensão deve ser temporária, justificada e proporcional. (B) Errada. A responsabilidade pela proteção dos direi- tos humanos é compartilhada entre os Estados e a co- munidade internacional. (C) Certa. A afirmação histórica dos direitos humanos inclui marcos importantes como a Magna Carta e a De- claração Universal dos Direitos Humanos, que contribu- íram para a construção do conceito moderno de direi- tos humanos. (D) Errada. A teoria geral dos direitos humanos inclui a proteção dos direitos econômicos e sociais, além dos di- reitos civis e políticos. (E) Errada. A aplicação dos direitos humanos deve ser universal, e não restrita a contextos nacionais específicos. 37 A Lei n. 10.098/2000 estabelece normas gerais e crité- rios básicos para a promoção da acessibilidade das pes- soas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Essa lei visa garantir a inclusão e a participação plena des- sas pessoas na sociedade, removendo barreiras e pro- movendo a igualdade de oportunidades em diferentes áreas, como transporte, edificações e comunicações. A partir disso, assinale a afirmação correta sobre as dispo- sições da Lei n. 10.098/2000. (A) A Lei n. 10.098/2000 permite que edifícios públicos não sejam adaptados para acessibilidade se forem antigos. (B) A Lei n. 10.098/2000 estabelece que as calçadas em áreas urbanas devem ser rebaixadas nas esquinas para facilitar a travessia de pessoas com deficiência. (C) A Lei n. 10.098/2000 não aborda a questão da aces- sibilidade nos meios de transporte público. (D) A Lei n. 10.098/2000 isenta os estabelecimentos comerciais da obrigatoriedade de garantir acessi- bilidade. (E) A Lei n. 10.098/2000 limita a acessibilidade apenas a espaços privados de uso coletivo. Letra b. Assunto abordado: Normas gerais e critérios bási- cos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida (Lei n. 10.098/2000). (A) Errada. O Artigo 11 da Lei n. 10.098/2000 exige a adaptação de todos os edifícios públicos para acessibi- lidade, independentemente de serem antigos ou novos. (B) Certa. O Artigo 9º da Lei n. 10.098/2000 estabelece que as calçadas em áreas urbanas devemser rebaixadas nas esquinas para facilitar a travessia de pessoas com deficiência. (C) Errada. O Artigo 5º da Lei n. 10.098/2000 aborda a questão da acessibilidade nos meios de transporte pú- blico, exigindo adaptações necessárias. (D) Errada. O Artigo 13 da Lei n. 10.098/2000 exige que todos os estabelecimentos comerciais garantam aces- sibilidade. (E) Errada. O Artigo 12 da Lei n. 10.098/2000 abrange tanto espaços públicos quanto privados de uso coletivo. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 38 A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um do- cumento fundamental que define os direitos humanos básicos que devem ser protegidos universalmente. A DUDH inclui direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais, refletindo a interdependência e a indivisibili- dade de todos os direitos humanos. A partir disso, assi- nale a afirmação correta sobre a DUDH. (A) A DUDH permite a escravidão e o tráfico de escravos em situações especiais. (B) A DUDH estabelece que toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião. (C) A DUDH reconhece o direito ao trabalho exclusiva- mente para os cidadãos de um país. (D) A DUDH estipula que os direitos humanos podem ser suspensos em tempos de paz para manter a ordem pública. (E) A DUDH ignora a importância da privacidade, permi- tindo interferência arbitrária na vida privada. Letra b. Assunto abordado: Declaração Universal dos Direi- tos Humanos. (A) Errada. O Artigo 4 da DUDH proíbe a escravi- dão e o tráfico de escravos em todas as suas formas, sem exceções. (B) Certa. O Artigo 18 da DUDH estabelece que toda pes- soa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião, incluindo a liberdade de mudar de religião ou crença. (C) Errada. O Artigo 23 da DUDH reconhece o direito ao trabalho para todas as pessoas, independentemente de sua cidadania. (D) Errada. A DUDH prevê que os direitos humanos não podem ser arbitrariamente limitados ou suspensos, ex- ceto em circunstâncias específicas e justificadas. (E) Errada. O Artigo 12 da DUDH protege a privacidade, proibindo interferências arbitrárias na vida privada de qualquer pessoa. 39 A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável é um compromisso global adotado pela ONU para alcan- çar 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030. Esses objetivos visam promover o desenvolvi- mento sustentável em suas dimensões econômica, so- cial e ambiental, garantindo que ninguém seja deixado para trás. A partir disso, marque a afirmação correta so- bre a Agenda 2030. (A) A Agenda 2030 não inclui objetivos relacionados à ação climática. (B) A Agenda 2030 estabelece que os direitos humanos não são relevantes para o desenvolvimento sus- tentável. (C) A Agenda 2030 inclui um objetivo específico para promover a paz, a justiça e instituições eficazes. (D) A Agenda 2030 exclui a necessidade de parcerias glo- bais para o desenvolvimento sustentável. (E) A Agenda 2030 ignora a importância da inovação e da infraestrutura para o desenvolvimento econômico. Letra c. Assunto abordado: Agenda 2030 da ONU. (A) Errada. A Agenda 2030 inclui um objetivo específico para a ação climática, que é o Objetivo 13. (B) Errada. A Agenda 2030 reconhece a importância dos direitos humanos para o desenvolvimento sustentável. (C) Certa. O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 16 da Agenda 2030 inclui a promoção da paz, da justiça e de instituições eficazes. (D) Errada. A Agenda 2030 inclui o Objetivo 17, que trata da importância das parcerias globais para o desenvolvi- mento sustentável. (E) Errada. A Agenda 2030 inclui o Objetivo 9, que abor- da a importância da inovação e da infraestrutura para o desenvolvimento econômico. 40 A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada pela ONU em 2015, apresenta 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas. Esses objetivos visam erradicar a pobreza, proteger o plane- ta e garantir paz e prosperidade para todos até 2030. A Agenda 2030 é um plano de ação global que aborda as dimensões econômica, social e ambiental do desenvol- vimento sustentável. A partir disso, assinale a afirmação correta sobre a Agenda 2030. (A) A Agenda 2030 não inclui metas relacionadas à igual- dade de gênero. (B) A Agenda 2030 estabelece que a erradicação da po- breza é uma prioridade global. (C) A Agenda 2030 permite a exploração indiscrimina- da de recursos naturais para o desenvolvimento econômico. (D) A Agenda 2030 limita suas metas e objetivos apenas aos países desenvolvidos. (E) A Agenda 2030 não aborda a questão da educação de qualidade. Letra b. Assunto abordado: Agenda 2030 da ONU. (A) Errada. A Agenda 2030 inclui metas relacionadas à igualdade de gênero, como o Objetivo 5. (B) Certa. O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 1 da Agenda 2030 estabelece que a erradicação da pobre- za em todas as suas formas e dimensões é uma priori- dade global. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M (C) Errada. A Agenda 2030 promove o uso sustentável dos recursos naturais. (D) Errada. A Agenda 2030 aplica-se a todos os países, desenvolvidos e em desenvolvimento. (E) Errada. A Agenda 2030 aborda a questão da educa- ção de qualidade no Objetivo 4. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Direito Constitucional Ricardo Blanco 41 Assinale a opção incorreta em relação aos direitos individuais. (A) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização justa e pré- via, se houver dano. (B) A prática do racismo constitui crime inafiançável e im- prescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. (C) A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilíci- to de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respon- dendo os mandantes, os executores e os que, poden- do evitá-los, se omitirem. (D) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decre- tação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. (E) Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação. Letra a. Assunto abordado: Direitos individuais. (A) Errada. Art. 5º CF, XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de proprieda- de particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; (B) Certa. Art. 5º CF, XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclu- são, nos termos da lei; (C) Certa. Art. 5º CF, XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o ter- rorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (D) Certa. Art. 5º CF, XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles execu- tadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; (E) Certa. Art. 5º CF, L – às presidiárias serão asseguradas con- dições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; 42 Assinale a opção correta em relação aos direitos individuais. (A) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por de- cisão judicial, exigindo-se, no segundo caso, o trânsi- to em julgado. (B) Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado. (C) As entidadesassociativas, independentemente de autorização, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente. (D) A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento. (E) Aos autores pertence o direito exclusivo de utiliza- ção, publicação ou reprodução de suas obras, in- transmissível aos herdeiros. Letra b. Assunto abordado: Direitos individuais. (A) Errada. Art. 5º CF, XIX – as associações só poderão ser com- pulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades sus- pensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; (B) Certa. Art. 5º CF, XX – ninguém poderá ser compelido a asso- ciar-se ou a permanecer associado; (C) Errada. Art. 5º CF, XXI – as entidades associativas, quando ex- pressamente autorizadas, têm legitimidade para re- presentar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M (D) Errada. Art. 5º CF, XXVI – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de dé- bitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispon- do a lei sobre os meios de financiar o seu desenvol- vimento; (E) Errada. Art. 5º CF, XXVII – aos autores pertence o direito ex- clusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 43 Assinale a opção correta em relação à administra- ção pública. (A) É garantido ao servidor público civil e militar o direito à livre associação sindical. (B) O direito de greve será exercido nos termos e nos li- mites definidos em lei específica. (C) A lei não reservará percentual dos cargos e empre- gos públicos para as pessoas portadoras de deficiên- cia e definirá os critérios de sua admissão. (D) A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo indeterminado para atender a necessidade temporá- ria de excepcional interesse público. (E) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. Letra b. Assunto abordado: Administração pública. (A) Errada. Art. 37 CF, VI – é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; (B) Certa. Art. 37 CF, VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) (C) Errada. Art. 37 CF, VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; (D) Errada. Art. 37 CF, IX – a lei estabelecerá os casos de contra- tação por tempo determinado para atender a neces- sidade temporária de excepcional interesse público; (Vide Emenda constitucional n. 106, de 2020) (E) Errada. Art. 37 CF, XII – os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser su- periores aos pagos pelo Poder Executivo; 44 Assinale a opção incorreta em relação ao entendi- mento do STF. (A) O Ministério Público tem legitimidade ativa para a de- fesa, em juízo, dos direitos e interesses individuais ho- mogêneos, quando impregnados de relevante natureza social, como sucede com o direito de petição e o direito de obtenção de certidão em repartições públicas. (B) A avocação de atribuições de membro do Ministé- rio Público pelo Procurador-Geral implica quebra na identidade natural do promotor responsável, já que não é atribuição ordinária da Chefia do Ministério Público atuar em substituição a membros do órgão. Essa hipótese de avocação deve ser condicionada à aceitação do próprio promotor natural, cujas atribui- ções se pretende avocar pelo PGJ, para afastar a pos- sibilidade de desempenho de atividades ministeriais por acusador de exceção, em prejuízo da indepen- dência funcional de todos os membros. (C) Por força do princípio da unidade do Ministério Pú- blico (art. 127, § 1º, da CF), os membros do Ministé- rio Público integram um só órgão sob a direção única de um só Procurador-Geral. Só existe unidade dentro de cada Ministério Público, não havendo unidade en- tre o Ministério Público de um Estado e o de outro, nem entre esses e os diversos ramos do Ministério Público da União. (D) A Lei Orgânica Nacional do Ministério Público – LONMP – previu que: ‘Caso o Chefe do Poder Exe- cutivo não efetive a nomeação do Procurador-Geral de Justiça, nos quinze dias que se seguirem ao re- cebimento da lista tríplice, será investido automati- camente no cargo o membro do Ministério Público mais votado, para exercício do mandato’. Discipli- namento da omissão, a fim de garantir a existência de um Procurador-Geral de Justiça de forma a im- plementar o mandamento constitucional de inves- tidura do Procurador-Geral de Justiça, e garantia da independência e do autogoverno da instituição. O legislador utilizou-se da maneira menos gravosa de corrigir eventual omissão e evitar a completa ausên- cia de Procurador-Geral de Justiça: proporcionalida- de da solução desenhada pela LONMP. O art. 9º, § 4º, da Lei n. 8.625/1993 não subverte a metodolo- gia constitucionalmente imposta para a escolha dos Procuradores de Justiça. Regulação proporcional da forma de nomeação do Procurador-Geral de Justiça em razão da omissão do Chefe do Poder Executivo. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc106.htm TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M (E) O modo de investidura do Procurador-Geral de Jus- tiça constitui garantia de independência e autogo- verno, visando à proteção da sociedade e à defesa intransigente do regime democrático e exige, para sua regulamentação, a edição de lei ordinária esta- dual de iniciativa da própria Instituição (CF, art. 128, § 5º). A Constituição Federal consagrou os requisitos básicos para a escolha do Procurador-Geral de Jus- tiça, bem como a existência de mandato por tem- po certo, impossibilitando sua demissão ad nutum, garantindo-lhe a imparcialidade necessária para o pleno exercício da autonomia administrativa da Insti- tuição, sem possibilidade de ingerências externas. Letra e. Assunto abordado: Funções essenciais à justiça. (A) Certa. O Ministério Público tem legitimidade ativa para a defesa, em juízo, dos direitos e interesses indivi- duais homogêneos, quando impregnados de relevante natureza social, como sucede com o direito de petição e o direito de obtenção de certidão em repartições pú- blicas. [RE 472.489 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 29-4- 2008, 2ª T, DJE de 29-8-2008.] = AI 516.419 AgR, rel. min. Gilmar Mendes, j. 16-11-2010, 2ª T, DJE de 30-11-2010 (B) Certa. A avocação de atribuições de membro do Mi- nistério Público pelo Procurador-Geral implica quebra na identidade natural do promotor responsável, já que não é atribuição ordinária da Chefia do Ministério Pú- blico atuar em substituição a membros do órgão. Essa hipótese de avocação deve ser condicionada à aceitação do próprio promotor natural, cujas atribuições se pre- tende avocar pelo PGJ, para afastar a possibilidade de desempenho de atividades ministeriais por acusador de exceção, em prejuízo da independência funcional de to- dos os membros. [ADI 2.854, rel. p/ acórdão: Alexandre de Moraes, j. 13-10-2020, P, DJE de 16-12-2020.] (C) Certa. Por força do princípio da unidade do Ministé- rio Público (art. 127, § 1º, da CF), os membros do Minis- tério Público integram um só órgão sob a direção única de um só Procurador-Geral. Só existe unidade dentro dedo co- nhecimento. (D) porque os prêmios atraem a atenção dos telejornais para temas complexos como entrelaçamento quânti- co ou química bio-ortogonal. (E) porque os prêmios destacam áreas do conhecimen- to, iluminando assuntos pouco conhecidos e direcio- nando a curiosidade humana. 3 De acordo com o texto, os prêmios científicos ajudam a financiar a pesquisa científica: (A) oferecendo reconhecimento imaterial aos pesqui- sadores. (B) destacando certas temáticas ou áreas do conhe- cimento. (C) acompanhando as honrarias com quantias em dinheiro. (D) chamando a atenção da sociedade para a importân- cia da ciência. (E) incentivando a curiosidade humana e o avanço do conhecimento. 1 5 10 15 20 25 30 TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 4 De acordo com o texto, o Prêmio Nobel é um exemplo significativo de como os prêmios científicos podem in- fluenciar a sociedade, (A) porque oferece uma grande quantia em dinheiro aos vencedores, incentivando a continuidade da pesquisa. (B) porque chama a atenção do público para temas com- plexos e pouco conhecidos, tornando-os acessíveis e discutidos na mídia. (C) porque é concedido pela academia sueca, uma insti- tuição de renome mundial. (D) porque reconhece o trabalho de pesquisadores e ins- tituições de diversas áreas do conhecimento. (E) porque promove a colaboração internacional entre cientistas de diferentes países. 5 O texto apresentado pode ser predominantemente clas- sificado como: (A) narrativo, pois relata eventos históricos sobre prê- mios científicos. (B) descritivo, uma vez que descreve minuciosamente o funcionamento dos prêmios científicos. (C) injuntivo, já que fornece instruções sobre como pre- miar cientistas. (D) argumentativo, porque apresenta argumentos sobre a importância dos prêmios científicos e defende a necessidade de premiar cientistas no Brasil. (E) expositivo, porque apresenta informações sobre a função dos prêmios científicos sem expressar opinião. 6 No trecho "Todo prêmio é, em primeiro lugar, um reco- nhecimento do trabalho realizado por um pesquisador, uma equipe ou instituição.", a palavra "reconhecimen- to" pertence à classe gramatical de: (A) substantivo. (B) adjetivo. (C) advérbio. (D) verbo. (E) pronome. 7 Considerando o uso dos tempos e modos verbais no tre- cho "Quando a academia sueca anuncia os vencedores do Nobel de Física ou Química, telejornais do mundo inteiro dedicam preciosos minutos a temas herméticos como entrelaçamento quântico ou química bio-ortogo- nal", é correto afirmar que: (A) o presente do indicativo é utilizado para indicar ações habituais e recorrentes. (B) o futuro do presente é utilizado para expressar ações que acontecerão posteriormente. (C) o pretérito perfeito é utilizado para narrar ações con- cluídas no passado. (D) o presente do subjuntivo é utilizado para expressar uma hipótese ou desejo. (E) o pretérito imperfeito é utilizado para descrever ações contínuas no passado. 8 No trecho "Todo prêmio é, em primeiro lugar, um reco- nhecimento do trabalho realizado por um pesquisador, uma equipe ou instituição", a expressão "do trabalho re- alizado por um pesquisador, uma equipe ou instituição" exerce a função de: (A) adjunto adnominal. (B) complemento nominal. (C) predicativo do sujeito. (D) objeto direto. (E) adjunto adverbial. 9 No trecho "Quando a academia sueca anuncia os ven- cedores do Nobel de Física ou Química, telejornais do mundo inteiro dedicam preciosos minutos a temas herméticos como entrelaçamento quântico ou química bio-ortogonal", a expressão "a temas herméticos como entrelaçamento quântico ou química bio-ortogonal" exerce a função de: (A) complemento nominal. (B) predicativo do sujeito. (C) objeto direto. (D) adjunto adnominal. (E) objeto indireto. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 10 No trecho "Quando a academia sueca anuncia os ven- cedores do Nobel de Física ou Química, telejornais do mundo inteiro dedicam preciosos minutos a temas herméticos como entrelaçamento quântico ou quími- ca bio-ortogonal", a oração "Quando a academia sueca anuncia os vencedores do Nobel de Física ou Química" classifica-se como: (A) oração subordinada adverbial temporal. (B) oração subordinada adverbial causal. (C) oração subordinada adverbial condicional. (D) oração subordinada adverbial concessiva. (E) oração subordinada adverbial final. Leia o texto abaixo para responder às questões de 11 a 20. � As pitangueiras d’antanho* � Tem seus 23 anos, e eu a conheço desde os oito ou nove, sempre assim, meio gordinha, engraçada, de cabelos ruivos. Foi criada, a bem dizer, na areia do Arpoador; nasceu e viveu em uma daquelas ruas que vão de Copacabana a Ipanema, de praia a praia. A família mudou-se quando a casa foi comprada para construção de edifício. � Certa vez me contou: � – Em meu quarteirão não há uma só casa de meu tempo de menina. Se eu tivesse passado anos fora do Rio e voltasse agora, acho que não acertaria nem com a minha rua. Tudo acabou: as casas, os jardins, as ár- vores. É como se eu não tivesse tido infância... � Falta-lhe uma base física para a saudade. Tudo o que parecia eterno sumiu. � Outra senhora disse então que se lembrava mui- to de que, quando era menina, apanhava pitangas em Copacabana; depois, já moça, colhia pitangas na Barra da Tijuca; e hoje não há mais pitangas. Disse isso com uma certa animação, e depois ficou um instante com o ar meio triste – a melancolia de não ter mais pitangas, ou, quem sabe, a saudade daquela manhã em que foi com o namorado colher pitangas. � Também em minha infância, há pitangueiras de praia. Não baixinhas, em moitas, como aquelas de Cabo Frio, que o vento não deixa crescer; mas altas; e suas copas se tocavam e faziam uma sombra varada por pequenos pontos de sol. (Rubem Fonseca, “As pitangueiras d’antanho”. 200 crônicas escolhidas, 2001. Fragmento) 11 De acordo com o texto, a principal razão para a persona- gem sentir que não teve infância: (A) são as mudanças urbanas que eliminaram as casas, jardins e árvores de sua infância. (B) é a nostalgia de um tempo em que colhia pitangas com o namorado. (C) é a mudança de sua família para um novo local após a venda da casa. (D) é a melancolia de outras personagens ao lembrar das pitangueiras. (E) é a comparação entre as pitangueiras de sua infância e as de Cabo Frio. 12 No contexto do texto, a frase "Falta-lhe uma base física para a saudade" sugere que: (A) a personagem não consegue sentir saudade porque não se lembra de sua infância. (B) a personagem não reconhece mais o lugar onde cresceu devido às mudanças físicas no ambiente. (C) as mudanças urbanas eliminaram os referenciais físi- cos que ancoravam as memórias da personagem. (D) a personagem sente falta das pitangueiras e dos jar- dins que existiam em sua infância. (E) a ausência de elementos naturais, como as pitan- gueiras, impediu a personagem de formar memórias afetivas. 13 O papel das pitangueiras no texto "As pitangueiras d’antanho" é: (A) representar a resistência da natureza diante das mu- danças urbanas. (B) simbolizar a memória afetiva e a passagem do tem- po, evocando saudades e reflexões sobre a infância. (C) demonstrar a importância das árvores frutíferas na vida das crianças da época. (D) retratar a alegria das personagens ao lembrar das pi- tangueiras. (E) expor a melancolia das personagens devido à falta de pitangueiras na cidade moderna. 14 No trecho "É como se eu não tivesse tido infância...", a expressão "É como se" sugere uma: (A) comparação direta entre a infância da personagem e a de outras crianças. (B) sensação de perda ou inexistência de algo essencial. (C) melancolia associada a memórias felizes da infância. (D) nostalgia pelos tempos passados, que eram melhores. (E) resignação frente às mudançascada Ministério Público, não havendo unidade entre o Ministério Público de um Estado e o de outro, nem en- tre esses e os diversos ramos do Ministério Público da União. [ADPF 482, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 3-3- 2020, P, DJE de 12-3-2020.] (D) Certa. A Lei Orgânica Nacional do Ministério Público – LONMP – previu que: ‘Caso o Chefe do Poder Executivo não efetive a nomeação do Procurador-Geral de Justiça, nos quinze dias que se seguirem ao recebimento da lis- ta tríplice, será investido automaticamente no cargo o membro do Ministério Público mais votado, para exer- cício do mandato’. Disciplinamento da omissão, a fim de garantir a existência de um Procurador-Geral de Justiça de forma a implementar o mandamento constitucional de investidura do Procurador-Geral de Justiça, e garan- tia da independência e do autogoverno da instituição. O legislador utilizou-se da maneira menos gravosa de corrigir eventual omissão e evitar a completa ausência de Procurador-Geral de Justiça: proporcionalidade da solução desenhada pela LONMP. O art. 9º, § 4º, da Lei n. 8.625/1993 não subverte a metodologia constitucio- nalmente imposta para a escolha dos Procuradores de Justiça. Regulação proporcional da forma de nomeação do Procurador-Geral de Justiça em razão da omissão do Chefe do Poder Executivo. [ADI 2.611, rel. min. Rosa We- ber, j. 7-12-2020, P, DJE de 18-1-2021.] (E) Errada. O modo de investidura do Procurador-Geral de Justiça constitui garantia de independência e auto- governo, visando à proteção da sociedade e à defesa intransigente do regime democrático e exige, para sua regulamentação, a edição de lei complementar esta- dual de iniciativa da própria Instituição (CF, art. 128, § 5º). A Constituição Federal consagrou os requisitos bási- cos para a escolha do Procurador-Geral de Justiça, bem como a existência de mandato por tempo certo, impos- sibilitando sua demissão ad nutum, garantindo-lhe a imparcialidade necessária para o pleno exercício da au- tonomia administrativa da Instituição, sem possibilidade de ingerências externas. [ADI 5.700, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 23-8-2019, P, DJE de 9-9-2019.] 45 Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e jul- gar, originariamente, exceto: (A) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal. (B) nas infrações penais comuns, o Presidente da Repú- blica, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador- -Geral da República. (C) o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal. (D) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo inter- nacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território. (E) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta. http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=544157&codigoClasse=539&numero=472489&siglaRecurso=AgR&classe=RE http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=617323 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754686795 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=752208101 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754822106 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=750738491 TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Letra a. Assunto abordado: Poder Judiciário. Lei municipal no STF será por ADPF. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, pre- cipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I – processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declara- tória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993) b) nas infrações penais comuns, o Presidente da Re- pública, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Ge- ral da República; d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presi- dente da República, das Mesas da Câmara dos Depu- tados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo in- ternacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território; f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta; Direito Administrativo Raphael Spyere 46 Acerca da definição e do regime jurídico dos bens públi- cos, julgue as afirmativas a seguir. I – Autarquias, enquanto pessoas jurídicas de direito público, possuem bens públicos. II – A proibição da penhora de bens que pertençam à fazenda pública se estende às sociedades de econo- mia mista que prestem serviços públicos próprios do estado, em regime não concorrencial e sem pro- pósitos lucrativos. III – Bens públicos dominicais são inalienáveis enquanto mantiverem essa condição. Assinale a alternativa correta. (A) As afirmativas I e II estão corretas. (B) As afirmativas II e III estão corretas. (C) Apenas a afirmativa I está correta. (D) Apenas a afirmativa II está correta. (E) Apenas a afirmativa III está correta. Letra a. Assunto abordado: Bens públicos. A questão trata do conceito de bens públicos e do regi- me jurídico especial que recebem previsto no CC/2002, arts. 98 a 103. I. Certa. Exatamente como disposto no código civil, art. 41 c/c art. 98. Nos termos do art. 41, III: Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: (…) IV – as autarquias, inclusive as associações públicas. Entendem-se como bens públicos todos aqueles que pertençam a pessoas jurídicas de direito público, como é o caso das autarquias. É assim que dispõe o art. 98 do CC/2002: Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. II. Certa. Para entendermos o teor dessa questão é ne- cessário enfrentar certos conceitos. O primeiro deles é o de fazenda pública. Fazenda pública representa o conjunto de entidades de direito público que integram a administração. As entidades federadas e as autarquias se enquadram nesse conceito. Segundo estudado no art. 98 do CC/2002 (exposto nos comentá- rios da assertiva anterior), seus bens são públicos. Adiante com as explicações, os bens públicos, quanto ao uso, podem ser qualificados como especiais, comuns e dominicais. Seus conceitos podem ser extraídos do art. 99 do CC/2002: a) Especiais: são assim entendidos porque são destina- dos a propósito específico de interesse público, como é o caso de edifícios em que estão sediados órgãos e autarquias. b) Comuns: são os de uso comum do povo, tais como rios e estradas. c) Dominicais: são os que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público (fazenda pública), como objeto de direito pessoal ou real. Esses bens não se acham atrelados a fins de interesse público, como os especiais e os comuns. Agora, preste atenção. Segundo o art. 100 do CC/2002, enquanto os bens públicos conservarem a qualificação de especial ou comum, não poderão ser alienados. E o CPC, art. 833, inciso I, institui que os bens inalienáveis são impenhoráveis. Portanto, pela combinação desses dispositivos, os bens da fazenda pública são impenho- ráveis. Observe: Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e osde uso especial são inalienáveis, enquanto conserva- rem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1 TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Art. 833. São impenhoráveis: I – os bens inalienáveis e os declarados, por ato volun- tário, não sujeitos à execução. Então podemos afirmar sem erro que, como pessoas jurídicas de direito privado, as empresas públicas e as sociedades de economia mista têm bens privados que, devido a essa natureza, podem ser alienados e, por con- seguinte, penhorados. Essa é a regra. Contudo, o STF (ADPF 844/PB, Rel. Ministro Edson Fa- chin, Julgamento em 22/08/2022) consagra a regra da impenhorabilidade a tais entidades, desde que atendi- das certas condições. Com efeito, para gozarem da pro- teção contra penhora, as empresas públicas e socieda- des de economia mista devem apresentar as seguintes condições: • serem delegatárias de serviço público próprio do Es- tado (ex: serviço postal) • sem intuito de lucro; • sem caráter concorrencial. A jurisprudência do STF, portanto, é no sentido de que tais entidades equiparam-se ao conceito de fazenda pú- blica quanto ao gozo da prerrogativa de impenhorabili- dade de bens. Nesse sentido, segundo o Excelso Pretório: A jurisprudência do STF é no sentido de que empre- sa pública que atua na ordem econômica prestando serviços públicos próprios do Estado, sem intuito de lucratividade ou caráter concorrencial, equipara-se ao conceito de Fazenda Pública e demais entidades de direito público com assento no art. 100 da Consti- tuição da República. Por todo o explicado, a assertiva está correta (ufa!). III. Errada. Ao contrário do que foi explicado, bens do- minicais podem ser alienados desde que respeitadas as condições formais previstas na Lei Geral de Licitações e Contratos Administrativos. Nesse sentido é o art. 101 do CC/2002: Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alie- nados, observadas as exigências da lei. 47 A agência de fiscalização de um estado, entidade autár- quica responsável por executar as políticas de proteção da ordem urbanística do respectivo ente federativo, embargou a construção de um edifício. O ato cautelar se deveu ao fato de que a empreiteira responsável pela edificação, a empresa Construção Rápida, não detinha a devida licença para o exercício regular de direito, como recruta a lei. Irresignada, a empreiteira atravessou recur- so administrativo 15 dias após sua intimação, pleiteando a anulação da medida sob argumento de que violou os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. O recurso não foi conhecido pela autarquia. Considerando que a administração do estado se sujeita aos ditames da Lei n. 9.784/1999 – Lei Geral de Processos Administrati- vos Federais: (A) o recurso demandado pela empreiteira é inepto, tendo em vista que os argumentos utilizados fun- damentam o pedido de revogação do embargo à construção. (B) o embargo à construção é ilegal, tendo em vista que não foi assegurado o prazo de 10 dias para manifes- tação prévia da empresa como corolário do princípio da ampla defesa. (C) a autarquia procedeu corretamente ao não conhecer do recurso, dada a sua intempestividade. (D) os princípios da razoabilidade e da proporcionalida- de não são argumentos por si só para a anulação do ato de polícia. (E) a empresa somente poderá ajuizar ação judicial con- tra o embargo à obra após o exaurimento da via ad- ministrativa. Letra c. Assunto abordado: Lei n. 9.784/1999 – Processos admi- nistrativos. (A) Errada. Diferentemente do que foi afirmado, os ar- gumentos apontados pela empreiteira fundamentam a anulação do embargo, e não a revogação, como afirma- do na questão. Não há inépcia. A revogação tem como fundamento a oportunidade e a conveniência do interesse público. Todo o explicado tem como fundamento a autotutela, princípio implícito no art. 53 da Lei n. 9.784/1999: Art. 53. A administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportuni- dade, respeitados os direitos adquiridos. Esse princípio é igualmente implícito nas Súmulas n. 346 e 473 do STF, pelas quais: Súmula n. 346: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Súmula n. 473: A administração pode anular seus pró- prios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou re- vogá-los, por motivo de conveniência ou oportunida- de, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Em suma: anulam-se atos ilícitos e revogam-se os atos por oportunidade e conveniência. (B) Errada. O embargo à construção não é ilegal, como apontado. Tem como fundamento o art. 45 da Lei n. 9.784/1999, que estabelece que: Art. 45. Em caso de risco iminente, a administração pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do inte- ressado. Assim, o embargo é legal posto que está amparado nes- se dispositivo que permite medidas acauteladoras dian- te de risco iminente com diferimento da ampla defesa. (C) Certa. De fato, o prazo para interposição do recurso é de 10 dias, contados da intimação da decisão. A em- presa vazou o recurso 15 dias após ter sido intimada do embargo. Portanto, o recurso não deve ser conhecido pela administração dada a sua intempestividade. Nesse sentido é o art. 63, inciso I: Art. 63. O recurso não será conhecido quando in- terposto: I – fora do prazo. (D) Errada. Diferentemente do que foi afirmado, a viola- ção de princípios jurídicos é argumento suficiente para a anulação de atos praticados pela administração. Não há a necessidade de ter havido violação da lei para que a anulação se opere. A agressão a princípio já é causa suficiente para se obter a declaração de nulidade de um ato administrativo. (E) Errada. Segundo o princípio da inafastabilidade da jurisdição, a ação judicial poderá ser ajuizada antes de um processo administrativo, ou no curso dele, ou ainda, após seu trânsito em julgado (exaurimento da via admi- nistrativa). O referido princípio está implícito no inciso XXXV do art. 5º da CF/1988: Art. 5º. (…) XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judi- ciário lesão ou ameaça a direito. Diante disso, segundo o princípio da inafastabilidade da jurisdição, a lesão ou a ameaça de lesão a direito não escapa de apreciação judicial. 48 Provas inequívocas demonstram que as licitações reali- zadas por um tribunal federal foram sistematicamente alvo de fraudes. Diante da gravidade dos atos lesivos à administração brasileira, o Ministério Público Federal ajuizou ação para buscar a responsabilização judicial das autoridades e das pessoas jurídicas envolvidas. Acerca do aludido tema, à luz do disposto na Lei n. 12.846/2013, é correto afirmar que: (A) não caberá acordo de leniência no referido caso con- creto na medida em que a gravidade dos ilícitos afas- ta a aplicação desse benefício. (B) caberá acordo de leniência no referido caso concre- to, bastando que a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para a apuração. (C) a proibição de receber incentivos ou empréstimos de órgãos e de instituições financeiras públicas não tem prazo mínimo. (D) quando a multa ultrapassar 10% do faturamento bruto do último exercício, sua aplicação dependerá de decisão judicial transitada em julgado. (E) será determinada a dissolução compulsória das em- presas constituídas para ocultar ou dissimular inte- resses ilícitos ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados. Letra e. Assunto abordado:Lei n. 12.846/2013 – Lei An- ticorrupção. (A) Errada. A gravidade do ilícito praticado contra a ad- ministração nacional ou estrangeira não é argumento para que se deixe de celebrar acordo de leniência, di- ferentemente do que foi afirmado na questão. O art. 16 estabelece os seguintes requisitos para a celebração do acordo de leniência: Art. 16. (…) § 1º O acordo de que trata o caput somente poderá ser celebrado se preenchidos, cumulativamente, os seguintes requisitos: I – a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para a apuração do ato ilícito; II – a pessoa jurídica cesse completamente seu envol- vimento na infração investigada a partir da data de propositura do acordo; III – a pessoa jurídica admita sua participação no ilíci- to e coopere plena e permanentemente com as inves- tigações e o processo administrativo, comparecendo, sob suas expensas, sempre que solicitada, a todos os atos processuais, até seu encerramento. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M (B) Errada. Ao contrário do que foi afirmado, não basta que a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar so- bre o interesse em cooperar para a apuração do ilícito. Deverão ser atendidas, cumulativamente, as seguintes condições (art. 16). Art. 16. (…) § 1º O acordo de que trata o caput somente poderá ser celebrado se preenchidos, cumulativamente, os seguintes requisitos: I – a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para a apuração do ato ilícito; II – a pessoa jurídica cesse completamente seu envol- vimento na infração investigada a partir da data de propositura do acordo; III – a pessoa jurídica admita sua participação no ilíci- to e coopere plena e permanentemente com as inves- tigações e o processo administrativo, comparecendo, sob suas expensas, sempre que solicitada, a todos os atos processuais, até seu encerramento. (C) Errada. Há, sim, prazo mínimo. Com efeito, ao contrá- rio do que foi asseverado, a lei estabelece o prazo míni- mo de 1 ano, consoante a redação do inciso IV do art. 19: Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 5º desta Lei, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, por meio das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos de representação judicial, ou equi- valentes, e o Ministério Público, poderão ajuizar ação com vistas à aplicação das seguintes sanções às pes- soas jurídicas infratoras: (…) IV – proibição de receber incentivos, subsídios, sub- venções, doações ou empréstimos de órgãos ou en- tidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo prazo míni- mo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos. (D) Errada. Não há a necessidade de decisão judicial transitada em julgado para a aplicação da multa. Nesse sentido é o teor do inciso I do art. 6º: Art. 6º Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas consideradas responsáveis pelos atos lesivos previstos nesta Lei as seguintes sanções: I – multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do faturamento bruto do últi- mo exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos, a qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possí- vel sua estimação. (…) (E) Certa. Exatamente como afirmado, de acordo com o inciso II do § 1º do art. 19: Art. 19. (…) § 1º A dissolução compulsória da pessoa jurídica será determinada quando comprovado: (…) II – ter sido constituída para ocultar ou dissimular in- teresses ilícitos ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados. 49 Letícia, estudante de direito, é estagiária em um tribu- nal federal. Interessada em conhecer mais sobre o tema de atos administrativos, Letícia fez um levantamento dos argumentos apresentados por três postulantes em ações ajuizadas contra a Fazenda Pública Federal. Em um dos casos, John alegava que o órgão competente deixou de motivar o indeferimento de um benefício cuja con- cessão era discricionária. Noutro caso, Stuart alegava que a sua remoção teve motivação política e tinha por objeto puni-lo por divergência de opiniões. Ainda, em um terceiro caso, Mike alegava que o indeferimento de uma autorização para instalação de cerca elétrica em sua residência violava direito líquido e certo. Diante des- ses casos e considerando exclusivamente os argumentos apresentados, Letícia concluiu que os argumentos apre- sentados por: (A) Stuart levam a crer que houve abuso de poder por excesso e que John deve ter seu pleito julgado im- procedente já que atos discricionários não precisam ser motivados. (B) John levam a crer que o ato administrativo padece de vício na forma e que Mike não goza de direito líquido e certo de obter a autorização, por se tratar de con- sentimento de polícia discricionário. (C) John levam a crer que o ato administrativo padece de vício no motivo e que o ato impugnado por Mike não pode ser objeto de apreciação pelo Poder Judiciário por se tratar de ato discricionário. (D) Stuart levam a crer que houve abuso de poder por desvio e que John deve ter seu pleito julgado impro- cedente já que atos discricionários não precisam ser motivados. (E) Stuart levam a crer que houve desvio de finalidade e que Mike deve ter seu pleito judicial atendido, já que uma vez atendidas as exigências legais, terá direito de obter o consentimento, apesar de ser um ato dis- cricionário. Letra b. Assunto abordado: Elementos e controle dos atos ad- ministrativos. A questão tem por objeto a análise dos vícios nos ele- mentos dos atos administrativos e o respectivo controle judicial a que tais atos estarão sujeitos. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Vamos simplificar. Os argumentos formulados por: • John: reproduzem uma situação de vício na forma do ato administrativo, porque quando a lei exige a sua motivação, o descumprimento dessa exigência gera a nulidade do ato. Atos administrativos que apresentem esse vício são nulos e estão sujeitos a controle judicial, com a respectiva anulação. • Stuart: reproduzem uma situação de abuso de poder por desvio de finalidade (sinônimo de desvio de poder). Atos com esse vício são nulos e estão sujeitos a controle judicial para efeitos de anulação. • Mike: não estão em conformidade com o regime jurídico administrativo porque a concessão de autorização é discri- cionária, cabendo à administração avaliar a oportunidade e a conveniência do consentimento. Nesse sentido, Mike não tem direito líquido e certo de obter a autorização, como por ele alegado na ação judicial. Os argumentos apresentados não são causa de controle judicial, por aplicação do princípio da separação dos poderes (ao Judiciário é vedado se imis- cuir na apreciação de oportunidade e conveniência de atos discricionários praticados pela administração). Consentimen- tos de polícia na forma de autorização, como o retratado na questão, são discricionários e somente geram expectativa de direito em favor do interessado. Diante do que foi explicado até aqui, a única resposta certa está na alternativa B. Passemos à análise de cada alternativa. a) Errada. Os argumentos de Stuart se correlacionam com abuso de poder na modalidade de desvio de poder (e não na modalidade de excesso de poder). Para não errar mais, se liga neste esquema: Para além disso, existe outro erro na questão quando se afirma que atos discricionários não precisam ser motivados. Atos administrativos que neguem pedidos devem ser necessariamente motivados como condição de recorribilidade, independentemente de serem vinculados ou discricionários. A falta de motivação desses atos causa a nulidade e por isso podem ser apreciados judicialmente e serem anulados. (B) Certa. De fato, o ato impugnado por John aparenta ter vício na forma (falta de motivação quando exigidaem lei) e Mike não tem direito líquido e certo de obter a autorização, segundo tudo que já foi explicado. (C) Errada. O ato administrativo impugnado judicialmente por John não padece de vício no motivo, mas sim na forma, segundo o que já foi explicado. Ainda há outro erro na questão: afirmar que atos discricionários não podem ser apreciados judicialmente. Com efeito, não importa se o ato administrativo é vinculado ou discricionário porque em qualquer um deles a presença de um vício em qualquer de seus elementos é causa suficiente para intervenção judicial. (D) Errada. De fato, o ato impugnado por Stuart tem vício de desvio de poder, consoante explicado nos comentários opostos na alternativa A. Todavia, segundo o que também já foi explicado nos comentários da alternativa A, indepen- dentemente de o ato administrativo ser discricionário ou vinculado, quando tal ato denega direitos ou liberdades, deve ser motivado. A falta de motivação desses atos causa a nulidade do ato por vício na forma e, por essa razão, pode ser apreciado judicialmente e ser anulado. (E) Errada. O erro da alternativa reside em afirmar que Mike tem direito de receber a autorização para a instalação de cercas elétricas. Por se tratar de ato discricionário, o consentimento depende de oportunidade e conveniência do interesse público, o que gera expectativa de direito à Mike. Noutras palavras: a autorização poderá ser deferida ou indeferida conforme a oportunidade e a conveniência do interesse público, não constituindo direito de obtenção em favor de Mike. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 50 Analise as assertivas a seguir. I – Uma autarquia federal deixou de pagar a empresa contratada. II – Determinada fundação pública estadual suspendeu a execução contratual. III – Certa empresa pública municipal alterou unilateral- mente um contrato. Considerando exclusivamente as disposições contidas na Lei n. 14.133/2021, é correto afirmar que o caso concreto da: (A) autarquia permite a extinção unilateral do contrato administrativo. (B) autarquia permite a extinção consensual do contra- to administrativo somente se forem ultrapassados 3 meses sem pagamento, contados da liquidação. (C) fundação pública permite a extinção por acordo en- tre as partes ou mediante juízo arbitral, desde que tenham sido ultrapassados 2 meses de suspensão do contrato. (D) fundação pública permite a extinção contratual por conciliação, se ultrapassados 3 meses de suspensão e a empresa pública não tem a prerrogativa de alte- rar as cláusulas contratuais unilateralmente. (E) fundação pública permite a extinção por acordo en- tre as partes, ainda que se esteja diante de calami- dade, e a empresa pública não tem a prerrogativa de alteração unilateral das cláusulas contratuais. Letra d. Assunto abordado: Lei n. 14.133/2021 – Contratos ad- ministrativos. (A) Errada. Diferentemente do que foi afirmado, a ad- ministração não poderá extinguir o contrato unilate- ralmente quando o descumprimento decorrer de sua própria conduta (no caso da questão, deixar de pagar o contratado). Segundo a Lei n. 14.133/2021: Art. 138 A extinção do contrato poderá ser: I – determinada por ato unilateral e escrito da admi- nistração, exceto no caso de descumprimento decor- rente de sua própria conduta. (B) Errada. A possibilidade de extinção consensual do contrato será possível após o decurso de 2 meses (não 3 meses) sem pagamento, contado da emissão de nota fiscal (e não da liquidação, como alegado). Segundo o art. 137, § 2º: Art. 137. Constituirão motivos para extinção do con- trato, a qual deverá ser formalmente motivada nos autos do processo, assegurados o contraditório e a ampla defesa, as seguintes situações: (…) § 2º O contratado terá direito à extinção do contrato nas seguintes hipóteses: (…) IV – atraso superior a 2 (dois) meses, contado da emissão da nota fiscal, dos pagamentos ou de par- celas de pagamentos devidos pela administração por despesas de obras, serviços ou fornecimentos. (C) Errada. O erro está no prazo. Se ultrapassados 3 me- ses consecutivos de suspensão (e não 2 meses, como afirmado), a extinção do contrato será possível. Art. 137. Constituirão motivos para extinção do con- trato, a qual deverá ser formalmente motivada nos autos do processo, assegurados o contraditório e a ampla defesa, as seguintes situações: (…) § 2º O contratado terá direito à extinção do contrato nas seguintes hipóteses: (…) II – suspensão de execução do contrato, por ordem escrita da administração, por prazo superior a 3 (três) meses; III – repetidas suspensões que totalizem 90 (noventa) dias úteis, independentemente do pagamento obri- gatório de indenização pelas sucessivas e contratual- mente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas. (D) Certa. O prazo de suspensão contratual que pode dar causa a extinção do contrato está certo (3 meses de sus- pensão). Para além disso, de fato, empresas públicas não têm a prerrogativa de alterar as cláusulas de contratos unilateralmente porque, ressalvadas as normas penais, não se sujeitam à Lei n. 14.133/2021, mas sim à Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais. Segundo o § 1º do art. 1º da Lei n. 14.133/2021: Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as administrações públicas dire- tas, autárquicas e fundacionais da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, e abrange: (…) § 1º Não são abrangidas por esta Lei as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as suas subsidiárias, regidas pela Lei n. 13.303, de 30 de junho de 2016, ressalvado o disposto no art. 178 desta Lei. (E) Errada. O erro da questão reside na primeira parte da questão. Deveras, o contrato administrativo que houver tido a execução suspensa por ato unilateral da adminis- tração (no caso, da fundação pública) não poderá ser extinto em caso de calamidade, mesmo que a suspen- são já tenha passado de 3 meses. Nos termos do art. 137, § 3º, I: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13303.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13303.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/l14133.htm#art178 TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Art. 137. Constituirão motivos para extinção do con- trato, a qual deverá ser formalmente motivada nos autos do processo, assegurados o contraditório e a ampla defesa, as seguintes situações: (…) § 3º As hipóteses de extinção a que se referem os incisos II, III e IV do § 2º deste artigo observarão as seguintes disposições: I – não serão admitidas em caso de calamidade pú- blica, de grave perturbação da ordem interna ou de guerra, bem como quando decorrerem de ato ou fato que o contratado tenha praticado, do qual tenha par- ticipado ou para o qual tenha contribuído. Direito Civil Carlos Elias 51 Sobre a desconsideração da personalidade jurídica, é correto o que se afirma em: (A) a mera existência de grupo econômico não autoriza a desconsideração da personalidade jurídica, caso não estejam presentes os demais requisitos previstos no Código Civil. (B) cumprimento repetitivo pela sociedade de obriga- ções do sócio ou do administrador é considerado desvio de finalidade, para fins da desconsideração da personalidade jurídica. (C) o simples propósito de lesar credores é juridicamen- te irrelevante para fins de desconsideração da perso- nalidade jurídica. (D) a alteração da finalidade original da atividade econô- mica da pessoa jurídica constitui desvio de finalida- de, e é apto a ensejar a desconsideração da persona- lidade jurídica. (E) a desconsideração da personalidade jurídica afetará o patrimônio dos sócios, ainda que eles não partici- pem da gestão da pessoa jurídica. Letra a. Assunto abordado: Pessoas jurídicas – Desconsideração da personalidadejurídica. (A) Certa. É o que dispõe o § 4º do art. 50 do CC: § 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput deste ar- tigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. (B) Errada. Trata-se de confusão patrimonial, nos termos do art. 50, § 2º, I, do CC: § 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracteri- zada por: I – cumprimento repetitivo pela sociedade de obriga- ções do sócio ou do administrador ou vice-versa; (C) Errada. O propósito de lesar credores é considerado desvio de finalidade, e enseja a desconsideração da per- sonalidade jurídica, nos termos do § 1º do art. 50 do CC: § 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o pro- pósito de lesar credores e para a prática de atos ilíci- tos de qualquer natureza. (D) Errada. Contraria o § 5º do art. 50 do CC: § 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expan- são ou a alteração da finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica. (E) Errada. Contraria a jurisprudência do STJ: A desconsideração da personalidade jurídica, em re- gra, deve atingir somente os sócios administradores ou que comprovadamente contribuíram para a prá- tica dos atos caracterizadores do abuso da persona- lidade jurídica. (REsp. 1.861.306/SP, Rel. Min. Ricar- do Villas Bôas Cueva, julgamento: 02/02/2021, DJe: 08/02/2021). 52 Gabriela estava em uma feira de sua paróquia quando avistou um lindo faqueiro dourado. Pensando tratar-se de uma relíquia folheada a ouro, ofereceu R$ 5.000 pelo conjunto. Com 3 meses de uso, percebeu que a cor dou- rada estava desbotando à medida em que as peças eram lavadas, momento em que concluiu ter se enganado quanto ao fato de o faqueiro ser folheado a ouro. Sobre o fato, é correto afirmar: (A) Gabriela incorreu em lesão, haja vista a sua inexperi- ência com objetos de ouro e utensílios domésticos. (B) Gabriela incorreu em erro, razão pela qual o negócio jurídico é nulo de pleno direito. (C) Gabriela incorreu em erro, razão pela qual poderá pleitear a anulação do negócio jurídico, no prazo de 4 anos, contados do dia em que este se realizou. (D) Gabriela incorreu em erro, razão pela qual poderá pleitear a anulação do negócio jurídico, no prazo de 4 anos, contados do dia em que perceber o erro, por aplicação da teoria da actio nata. (E) Caso Gabriela tivesse transmitido sua vontade de adquirir o faqueiro por meios interpostos, o negócio jurídico não poderia ser anulado. Letra c. Assunto abordado: Defeitos do negócio jurídico. Erro é um vício na manifestação de vontade de uma das partes, não induzido pela outra, e que poderia ser per- TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M cebido por pessoa de diligência normal. Está previsto no art. 138, CC: Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro subs- tancial que poderia ser percebido por pessoa de dili- gência normal, em face das circunstâncias do negócio. O erro torna o negócio jurídico anulável. A parte que in- correu em erro deverá pleitear a anulação do negócio jurídico no prazo decadencial de 4 anos, contados da sua celebração, o qual está previsto no art. 178, II, CC: Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: II – no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negó- cio jurídico; 53 Carlos e Marcelo estipularam obrigação na qual Marce- lo se comprometia a entregar a Carlos, na data do ven- cimento, um relógio da marca Rolex ou um relógio da marca Cartier. Acordaram ainda que a escolha caberia a Marcelo. Ocorre que, 3 dias antes do vencimento do contrato, Marcelo, por descuido, deixa cair o relógio da marca Rolex. A queda foi tão feia que o relógio ficou to- talmente inutilizável. Dois dias após o vencimento da obrigação, estando Marcelo em mora, a sua casa sofreu um assalto à mão armada, no qual o relógio da marca Cartier foi roubado e nunca mais encontrado. Nesse caso, é correto afirmar: (A) caso as partes não tivessem acordado que a escolha da prestação alternativa caberia ao devedor, seria aplicada a regra geral do Código Civil, que prevê que a escolha seja feita pelo credor. (B) havendo o perecimento do relógio Rolex, a obrigação foi totalmente resolvida, restando ao credor o direito de exigir perdas e danos. (C) Marcelo será obrigado a pagar a Carlos o valor do relógio Cartier, acrescido de perdas e danos. (D) caso a escolha da prestação coubesse a Carlos, tendo o relógio Rolex perecido primeiro, ele seria obrigado a aceitar o valor do relógio Cartier, acrescido de per- das e danos. (E) como não houve culpa de Marcelo quanto ao rou- bo do relógio Cartier, resolvida está a obrigação, não sendo passível de indenização por perdas e danos. Letra c. Assunto abordado: Obrigações alternativas. Trata-se de obrigação alternativa. (A) Errada. A escolha cabe, em regra, ao devedor. É o que dispõe o art. 252, caput, CC: Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou. (B) Errada. Contraria o disposto no art. 253, CC: Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexequível, sub- sistirá o débito quanto à outra. (C) Certa. É o art. 254, CC: Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar. (D) Errada. O credor pode exigir a prestação subsistente ou o valor da outra. É o que dispõe o art. 255, CC: Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do de- vedor, o credor terá direito de exigir a prestação sub- sistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se torna- rem inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos. (E) Errada. Tendo em vista que Marcelo estava em mora, aplica-se o art. 399, CC: Art. 399. O devedor em mora responde pela impos- sibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. 54 Quanto à solidariedade ativa, é incorreto o que se dispõe em: (A) cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. (B) o pagamento feito a um dos credores solidários ex- tingue a dívida até o montante do que foi pago. (C) caso o devedor possua exceções pessoais relativas a um dos credores solidários, estas se estenderam aos demais cocredores solidários. (D) enquanto alguns dos credores solidários não deman- darem o devedor comum, a qualquer daqueles po- derá este pagar. (E) o julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Letra c. Assunto abordado: Obrigações solidárias. (A) Certa. É o que dispõe o art. 267, CC: Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. (B) Certa. É o que dispõe o art. 269, CC: Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidá- rios extingue a dívida até o montante do que foi pago. (C) Errada. Contraria o disposto no art. 273, CC: Art. 273. A um dos credores solidáriosnão pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros. (D) Certa. É o que dispõe o art. 268, CC: Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daque- les poderá este pagar. (E) Certa. É o que dispõe o art. 274, CC: Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles. 55 Sobre os contratos em geral, é correto afirmar: (A) nas relações contratuais privadas prevalece o enten- dimento de que o poder judiciário deve, sempre que possível, intervir em questões contratuais, de modo a torná-las mais justas para as partes envolvidas. (B) as partes não podem estabelecer critérios para a in- terpretação das cláusulas contratuais, devendo se- guir estritamente as regras do Código Civil, apenas. (C) durante a execução do contrato, as partes são obri- gadas a agir de acordo com os parâmetros da boa-fé, não tendo relevância jurídica o comportamento que adotarão após o fim do contrato. (D) é lícito às partes estipularem contratos atípicos, des- de que observadas as normas gerais fixadas no Códi- go Civil. (E) questões relativas à direito sucessório podem ser objeto de contrato, mesmo que o autor da herança ainda esteja vivo. Letra d. Assunto abordado: Contratos – Contratos em geral. (A) Errada. Contraria o disposto no art. 421, parágrafo único, CC: Parágrafo único. Nas relações contratuais privadas, prevalecerão o princípio da intervenção mínima e a excepcionalidade da revisão contratual. (B) Errada. Contraria o art. 421-A, I, CC: I – as partes negociantes poderão estabelecer parâ- metros objetivos para a interpretação das cláusulas negociais e de seus pressupostos de revisão ou de resolução. (C) Errada. A boa-fé deve ser guardada pelos contratan- tes tanto na execução do contrato quanto na sua conclu- são. É o que dispõe o art. 422, CC: Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execu- ção, os princípios de probidade e boa-fé. (D) Certa. É o que dispõe o art. 425, CC: Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código. (E) Errada. Trata-se de pacto corvina, que é vedado pelo CC. É o que dispõe o art. 426, CC: Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. Direito Processual Civil Marcelo Macintyre 56 Com relação aos sujeitos processuais, assinale a op- ção correta. (A) À luz do que estabelece o Código de Processo Civil sobre a capacidade processual, a sociedade ou asso- ciação sem personalidade jurídica poderá opor a irre- gularidade de sua constituição quando demandada. (B) Em relação à participação dos sujeitos nos processos e aos prazos dos atos processuais, a citação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém de ato ou termo do processo. (C) A representação e a assistência são formas de inte- gração da capacidade processual, que só ocorre em relação a pessoas físicas, jamais em relação a pesso- as jurídicas. (D) Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções, no processo em que seja amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus ad- vogados. (E) Os atos das partes consistentes em declarações uni- laterais ou bilaterais de vontade somente produzem a constituição, a modificação ou a extinção de direi- tos processuais se ratificados por seus advogados no prazo de cinco dias. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Letra c. Assunto abordado: Sujeitos processuais. (A) Errada. Art. 75, § 2º A sociedade ou associação sem persona- lidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua constituição quando demandada. (B) Errada. CPC, Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciên- cia a alguém dos atos e dos termos do processo. (C) Certa. A representação e a assistência, de fato, são formas de integração da capacidade processual, sen- do a representação adequada para integrar a vontade dos absolutamente incapazes (os menores de dezesseis anos) e a assistência adequada para acompanhar os atos praticados pelos relativamente incapazes (os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; ébrios habituais e viciados em tóxicos; aqueles que por causa transitória ou permanente não puderem exprimir suas vontades e os pródigos). Esses institutos relacionam-se à integração da capacidade das pessoas físicas, e não das jurídicas. (D) Errada. Esta corresponde a uma hipótese de suspei- ção, e não de impedimento do juiz, vejamos: Art. 145. Há suspeição do juiz: I – amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados. Importa lembrar que tanto as hipóteses de impedi- mento, quanto de suspeição, correspondem a situa- ções em que o juiz tem o dever de abster-se de jul- gar. São situações de índole pessoal que o afastam da causa para preservar a imparcialidade do julgamento. (E) Errada. Os atos das partes consistentes em decla- rações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extin- ção de direitos processuais, de acordo com o art. 200 do CPC. Ou seja, não há que se falar em ratificação pelo advogado. 57 Sobre os juizados especiais cíveis é correto afirmar: (A) a sentença poderá ser ilíquida, cabendo realizar sua liquidação pelo procedimento simplificado previsto na lei especial. (B) nos juizados especiais cíveis, em razão de o processo seguir critérios de oralidade, economia processual e celeridade, é inaplicável o princípio do duplo grau de jurisdição. (C) nos juizados especiais cíveis, as testemunhas deve- rão comparecer sempre independentemente de inti- mação à audiência de instrução e julgamento. (D) nos juizados especiais cíveis, podem ser julgadas as causas cíveis de menor complexidade, entre elas as ações de despejo para uso próprio e as que não ex- cedam a quarenta vezes o salário mínimo, inclusive as ações possessórias sobre bens imóveis, limitadas a esse valor. (E) nos juizados especiais cíveis, o mandato ao advoga- do poderá ser verbal em seus processos, inclusive quanto aos poderes especiais. Letra d. Assunto abordado: Juizados especiais cíveis. (A) Errada. Art. 38. A sentença mencionará os elementos de con- vicção do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. Parágrafo único. Não se admitirá sentença conde- natória por quantia ilíquida, ainda que genérico o pedido. (B) Errada. Apesar de os juizados especiais serem regi- dos pelos princípios da oralidade, simplicidade, informa- lidade, economia processual e celeridade, isso não ex- clui a aplicação do princípio do duplo grau de jurisdição. O erro comum é pensar que, por serem procedimentos simplificados, os juizados especiais não permitem uma segunda análise das decisões judiciais. Ocorre que há, sim, espaço para a revisão das decisões, embora de ma- neira distinta da observada na justiça comum. No âmbito dos juizados, a revisão das decisões se dá de forma horizontal, ou seja, por um colegiado de juízes do mesmo patamar hierárquico que proferiu a decisão ini- cial. Isso difere da revisão vertical tradicional, em que um órgão superior reexamina a decisão. Deve-se destacar que o duplo grau de jurisdição é um princípio fundamental para o estado de direito, garantin- do que uma decisão possa ser revista através de recurso. No âmbito penal, esse princípio é tão relevante que está assegurado no Pacto de São José da Costa Rica. (C) Errada. As testemunhas devem ser levadas pela par- te que as arrolou, sem necessidade de intimação, mas podem ser intimadas se requerido. (D) Certa. A afirmativa está em conformidade com o que dispõe o art. 3º, I, III e IV, da Lei n. 9.099/1995. (E) Errada. Em sentido diverso, dispõe o art. 9º, § 3º, da Lei n. 9.099/1995, que "o mandato ao advogadopoderá ser verbal, salvo quanto aos poderes especiais". TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 58 Acerca da ação civil pública, marque a alternativa correta. (A) Em relação à ação civil pública, é correto afirmar que não admite litisconsórcio ativo. (B) A ação civil pública pode ser proposta exclusivamen- te pelo Ministério Público, não sendo admitida a par- ticipação de outros legitimados para a propositura da ação, conforme Lei n. 7.347/1985. (C) Ação civil pública pode ser intentada apenas contra pessoas públicas. (D) Termo de ajustamento de conduta celebrado tendo como objeto direitos individuais homogêneos, pode- rá ser executado pelos órgãos legitimados para pro- positura de ação civil pública e indivíduos vítimas do evento danoso. (E) O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio público, cabendo, nessa hipótese, ao poder público, a legi- timidade para atuar como litisconsorte apenas no polo ativo da lide, já que não lhe é dado ir de encon- tro ao interesse cuja defesa se almeja na ação. Letra d. Assunto abordado: Ação civil pública. (A) Errada. Pode ser admitido litisconsórcio ativo facul- tativo entre o Ministério Público Federal, o Ministério Público estadual e o Ministério Público do Trabalho em ação civil pública que vise tutelar pluralidade de direi- tos que legitimem a referida atuação conjunta em juízo. (Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 18/9/2014.) (B) Errada. Lei da ACP (Lei n. 7.347/1985): Art. 5º Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: I – o Ministério Público; II – a Defensoria Pública; III – a União, os estados, o Distrito Federal e os mu- nicípios; IV – a autarquia, empresa pública, fundação ou socie- dade de economia mista; V – a associação que, concomitantemente: a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a pro- teção ao patrimônio público e social, ao meio am- biente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, his- tórico, turístico e paisagístico. Ou seja, além do MP, a defensoria, os entes da federação poderão propor ACP; diferentemente do inquérito civil púb., que deve ser instaurado necessariamente pelo MP. (C) Errada. Na ação civil pública, o polo passivo é mais abrangente e permite que seja incluído como réu no processo qualquer pessoa física, jurídica ou ente da ad- ministração pública que tenha causado danos aos direi- tos da coletividade descritos na lei. (https://www.tjdft. jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/ direito-facil/edicao-semanal/acao-popular-x-acao-ci- vil-publica) (D) Certa. A lei não prevê expressamente quem tem le- gitimidade para executar o TAC. Essa questão sempre foi polêmica na doutrina e na jurisprudência. Todavia, a interpretação mais recente e consentânea com a finalidade das normas protetivas do microssiste- ma de demandas coletivas correlaciona a legitimidade para executar o termo de ajustamento de conduta à na- tureza do direito tutelado. Isso significa que: • se o TAC tratou sobre direitos difusos e coleti- vos stricto sensu, os órgãos públicos são legitimados para executar o acordo; • por outro lado, tratando-se de direitos individuais homogêneos, nada impede que os próprios lesados exe- cutem o título extrajudicial individualmente. Assim, há legitimidade dos indivíduos para executar indi- vidualmente o termo de ajustamento de conduta firma- do por ente público que verse sobre direitos individuais homogêneos. Fonte: https://www.dizerodireito.com.br/2024/02/ha-legitimi- dade-das-vitimas-para.html (E) Errada. Art. 5º, § 2º, da Lei n. 7.347/1985: Art. 5º (...) § 2 º Fica facultado ao Poder Público e as outras asso- ciações legitimadas nos termos deste artigo habilitar- -se como litisconsortes de qualquer das partes. Os legitimados para a ação civil pública podem se habi- litar como litisconsortes não só no polo ativo, mas tam- bém no polo passivo. https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/acao-popular-x-acao-civil-publica https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/acao-popular-x-acao-civil-publica https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/acao-popular-x-acao-civil-publica https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/acao-popular-x-acao-civil-publica TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 59 Assinale a opção correta. (A) Considerando a disciplina processual das ações pre- videnciárias no âmbito dos Juizados Especiais Fede- rais caberá recurso contra decisão do juiz de juizado que aprecia pedido de tutela provisória. (B) Em relação aos juizados especiais federais não se deve admitir, em hipótese alguma, a impetração de mandado de segurança contra as decisões proferidas nos juizados. (C) Tramitando determinada demanda previdenciária nos Juizados Especiais Federais e se fazendo neces- sária a realização de prova técnica para o deslinde da controvérsia, se, após a apresentação do laudo médico, as partes controverterem sobre as conclu- sões científicas do perito nomeado, deverá o Juízo declinar da competência para processo e julgamento do feito para a vara federal comum, sob o argumento da complexidade da matéria envolvida. (D) os mandados de segurança impetrados contra decisões proferidas pelos juizados de primeira instância devem ser apreciados por Juiz Federal Titular de Vara Federal. (E) No âmbito do Juizado Especial Federal, a citação das pessoas jurídicas de direito público, para audiência de conciliação, deve ser efetuada com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas. Letra a. Assunto abordado: Juizado especial federal. (A) Certa. Decisões cautelares, de cunho provisório, são passíveis de recurso na sistemática dos Juizados Espe- ciais Federais, tudo conforme ditam os arts. 4º e 5º da Lei n. 10.259/2001. (B) Errada. Não há vedação legal para mandado de segu- rança em sede de Juizado Especial. (C) Errada. A competência dos Juizados Especiais Fede- rais é absoluta para as causas que neles tramitam, não havendo que se cogitar na remessa dos autos para a Jus- tiça Comum pelo fato da causa apresentar maior com- plexidade e exigir a produção de prova técnica. Este é o posicionamento do STJ a respeito do tema: Quanto à questão da complexidade da causa sujeita ao juizado especial federal, a Lei n. 10.259/2001 é clara em admitir não só a inquirição de técnicos, mas também a possibilidade de realização de prova técnica mediante laudos periciais, o que denota haver permis- são de aquele juizado aprecie causa de maior comple- xidade probatória (diferentemente dos juizados esta- duais), quanto mais se absoluta a competência prevista no art. 3º, § 3º, daquela mesma lei. Precedentes cita- dos: CC 75.314-MA, DJ 27/8/2007; CC 48.022-GO, DJ 12/6/2006; CC 73.000-RS, DJ 3/9/2007; CC 49.171- PR, DJ 17/10/2005, e CC 83.130-ES, DJ 4/10/2007. CC 103.084-SC, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 22/4/2009. (Informativo 391). (D) Errada. Súmula n. 376-STJ: Compete à turma recursal pro- cessar e julgar o mandado de segurança contra ato de juizado especial. (E) Errada. Lei n. 12.153/2009, Art. 7: Não haverá prazo dife- renciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para a audiência de conciliação ser efetuada com antece- dência mínima de 30 (trinta) dias. 60 Sobre as ações possessórias é correto afirmar: (A) para a concessão da liminar na ação possessória de força nova, submetida ao procedimentoespecial, dispensa-se a comprovação do periculum in mora. (B) em ação de nunciação de obra nova promovida por particular contra Estado-membro, a competência para processar e julgar a causa é somente do foro do domicílio do Estado-membro. (C) na pendência do processo possessório, não é defeso, assim ao autor como ao réu, intentar a ação de reco- nhecimento do domínio. (D) sendo cumulado ao pedido possessório o de repa- ração dos danos causados pelo ato ilícito praticado, deverá a ação tramitar pelo procedimento ordinário, ante a impossibilidade de cumulação de pedidos em procedimentos especiais. (E) nas ações possessórias, não é cabível a cumulação, ao pedido possessório, de condenação em perdas e danos, fixação da pena para caso de nova turbação ou esbulho e desfazimento de construção ou planta- ção feita em detrimento da posse do autor. Letra a. Assunto abordado: Ações possessórias. (A) Certa. As ações possessórias de reintegração ou ma- nutenção de posse podem ser reconhecidas de duas di- ferentes formas. Reconhece-se sua força, nova ou velha, conforme o tempo entre o esbulho ou turbação e a pro- positura da ação. Quando a propositura da ação se dá em um período de até um ano e um dia do esbulho ou turbação, é chamada de ação de força nova. Nesse caso, seguem-se os pro- cedimentos dispostos nos arts. 560 a 568 do Novo CPC. Se a propositura da ação se dá em um prazo superior a um ano e um dia do esbulho ou turbação, elas são cha- madas de ação de força velha. Nesse caso, segue-se o procedimento comum, conforme determina o art. 558, parágrafo único, do Novo CPC. Ainda assim, elas não per- dem o caráter de ações possessórias. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M No que diz respeito ao interdito proibitório, é sempre considerado ação de força nova, já que a ameaça, por sua natureza não realizada, é necessariamente atual. (B) Errada. Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. § 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova. § 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. (C) Errada. Art. 923, CPC. Na pendência do processo possessó- rio, é defeso, assim ao autor como ao réu, intentar a ação de reconhecimento do domínio. (D) Errada. Inobstante o procedimento especial das ações possessórias, por expressa previsão legal, admite- -se esse tipo de cumulação de pedidos. Nesse sentido é a previsão: Art. 921. É lícito ao autor cumular ao pedido posses- sório o de: I – condenação em perdas e danos; (E) Errada. Art. 921 É lícito ao autor cumular ao pedido posses- sório o de: I – condenação em perdas e danos; II – cominação de pena para caso de nova turbação ou esbulho; III – desfazimento de construção ou plantação feita em detrimento de sua posse. Direito Penal Wallace França 61 A Lei n. 7.716/1989 trata da punição para os crimes de racismo. Sobre o tema e levando-se em evidência a ju- risprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a al- ternativa incorreta. (A) A perda da função pública é efeito automático da sentença. (B) A suspensão de funcionamento particular por até 3 meses nos casos previstos na lei é causa automática da sentença. (C) Não encontram guarida na referida lei a punição às condutas homofóbicas ou transfóbicas. (D) É tipo penal previsto na referida lei: negar ou obstar emprego em empresa privada. (E) É tipo penal previsto na referida lei: impedir ou obs- tar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da administração direta ou indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos. Letra c. Assunto abordado: Lei n. 7.716/1989 – tipos penais. Enquadra-se nos preceitos da Lei n. 7.716/1989 as con- dutas homofóbicas ou transfóbicas, assim definiu o STF em julgado: Até que sobrevenha lei emanada do Congresso Na- cional destinada a implementar os mandados de cri- minalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da Constituição da República, as condutas homofóbi- cas e transfóbicas, reais ou supostas, que envolvem aversão odiosa à orientação sexual ou à identidade de gênero de alguém, por traduzirem expressões de racismo, compreendido este em sua dimensão so- cial, ajustam-se, por identidade de razão e mediante adequação típica, aos preceitos primários de incrimi- nação definidos na Lei n. 7.716, de 08.01.1989 (...) STF. Plenário. ADO 26/DF, Rel. Min. Celso de Mello; MI 4733/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em em 13/6/2019 (Info 944). Por último, as demais alternativas são expressões literais da Lei n. 7.716/1989. 62 O crime de coação no curso do processo possui causa de aumento de pena caso seja praticado em processo que trate de crime: (A) contra a administração pública. (B) crime contra a fé pública. (C) crime contra o patrimônio. (D) crime contra a dignidade sexual. (E) crime contra a vida. Letra d. Assunto abordado: Crimes contra a administração da justiça – coação no curso do processo. Há causa de aumento de pena de 1/3 a 1/2 se come- tido durante investigação ou processo que trate sobre crime contra a dignidade sexual. Vejamos o art. 344, pa- rágrafo único: A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até a metade se o processo envolver crime contra a dignidade sexual. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 63 Carla é proprietária de uma loja de roupas no município Z. Em um certo dia, conversando com seu amigo Beto, diz que irá à prefeitura do município solicitar o alvará de licença para funcionamento. Beto diz a ela que tem um amigo no setor responsável da prefeitura e solicita a Carla a quantia de R$ 800,00 para agilizar o procedimen- to junto ao seu amigo. Ana aceita e entrega o dinheiro a Beto. Beto, no dia seguinte, vai à prefeitura e oferece 400,00 a seu amigo e pede a ele que agilize o procedi- mento de emissão do alvará. Beto cometeu: (A) tráfico de influência. (B) corrupção ativa. (C) corrupção ativa com causa de aumento de pena. (D) advocacia administrativa. (E) prevaricação. Letra b. Assunto abordado: Crimes contra a administração públi- ca – corrupção passiva. Beto cometeu o crime de corrupção ativa, pois oferece vantagem indevida a servidor público para que esse pra- tique ato fora dos ditames legais. Não houve tráfico de influência, pois esse ocorre por meio da falsidade de in- fluência do agente em relação ao servidor público, caso o agente realmente pratique o ato de mediador, come- terá corrupção ativa. Por último, a advocacia administra- tiva e a prevaricação são crimes cometidos por servidor público contra a administração pública. 64 Considera-se abuso de autoridade a entrada em domicí- lio, mesmo que com mandado de busca, sem consenti- mento do morador, entre os horários de: (A) 20h e 6h. (B) 22h e 7h. (C) 20h e 5h. (D) 21h e 5h. (E) 21h e 6h. Letra d. Assunto abordado: Nova lei de abuso de autoridade – crimes em espécie. A lei de abuso de autoridade, em seu art. 22, § 1º, III, prescreve como crime: Cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após às 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco horas). 65 Gilberto, servidor público do estado X, cometeu ato tipificado como crime na lei de Abuso de Autoridade (13.869/2019). Sabe-se que Gilberto goza de primarie- dade. Caso seja condenado, será efeito automático da condenação (A) a perda do cargo público. (B) a inabilitação de 1 a 5 anos de exercer cargo público. (C) indenizar o dano causado pelo crime. (D) a inabilitação de 2 a 10 anos de exercer cargo público. (E) a inabilitação de 1 a 5 anos de exercer mandato. Letra c. Assunto abordado: Lei n. 13.869/2019 – efeitos auto- máticos da sentença. A Lei n.13.869/2019 traz como efeitos da condenação: tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendi- do, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos; a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos e a perda do cargo, do mandato ou da função pública. Todavia, os dois últimos efeitos exigem que o agente seja reincidente específico em crime de abuso de autoridade, além disso devem ser declarados na sentença, ou seja, não são automáticos. Logo, sendo o agente primário, apenas, sobra a letra C. Direito Processual Penal Lorena Ocampos 66 Prevê o art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal, que aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. No que diz respeito ao princípio da ampla defesa e aos entendimentos jurisprudenciais do Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça, assinale a alter- nativa correta. (A) A conduta de atribuir-se falsa identidade perante au- toridade policial é atípica, tendo em vista se tratar do exercício da autodefesa. (B) No processo penal, a falta e a deficiência da defesa constituem hipótese de nulidade absoluta. (C) É nulo o julgamento da apelação se, após a manifes- tação nos autos da renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro. (D) Não constitui nulidade a falta de intimação do de- nunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, quando suprido pela nomeação de defensor dativo. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M (E) É caso de nulidade por deficiência de defesa técnica, a discordância do atual advogado do réu com o cau- sídico que o precedeu. Letra c. Assunto abordado: Princípio da ampla defesa. (A) Errada. Súmula n. 522 do STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa. (B) Errada. Súmula n. 523 do STF: No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua defici- ência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu (nulidade relativa). (C) Certa. Súmula n. 708 do STF: É nulo o julgamento da apela- ção se, após a manifestação nos autos da renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro. (D) Errada. Súmula n. 707 do STF: Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo. (E) Errada. Não há que se falar em nulidade por deficiência de defesa técnica, em razão da mera discordância do atual advogado do réu com o causídico que o pre- cedeu, sobretudo quando os documentos dos autos apontam que o patrono anterior desempenhou de forma efetiva suas funções. (RHC n. 137.890/CE, rela- tor Ministro Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, julga- do em 14/6/2022, DJe de 1/7/2022.) 67 Após denúncia anônima informando o possível paradeiro de João, homicida foragido de alta periculosidade e que continuava ameaçando de morte familiares de sua vítima fatal, o delegado de polícia responsável pelo caso repre- senta pela decretação de sua prisão preventiva, apontan- do o endereço onde ele supostamente estava escondido. Após os trâmites legais, o mandado de prisão foi corre- tamente expedido por magistrado competente e uma equipe da polícia foi destacada para dar cumprimento ao mandado judicial. Chegando no endereço apontado no mandado de prisão, os policiais, além de efetuarem a prisão, realizaram uma minuciosa busca no imóvel e logram êxito em encontrar e apreender vasta quantida- de de material entorpecente, sendo João e o material apreendido apresentados à autoridade policial em su- posta situação de flagrante. De acordo com a hipótese apresentada, assinale a alternativa correta. (A) Os policiais cumpriram seu mister de maneira exem- plar, logrando êxito em apreender grande quantida- de de material entorpecente. (B) Ao encontrarem material entorpecente, o fato de não existir expressamente no mandado judicial or- dem de busca e apreensão deve ser considerado mera ausência de formalidade, sem qualquer reper- cussão jurídica ante o flagrante ocorrido. (C) Os policiais atuaram de maneira legal ao realizar a revista na residência, porquanto o mandado judicial permitia busca e apreensão. Assim, a prisão é legal e deve ser convertida em prisão preventiva. (D) Atuaram de maneira ilegal ao realizar a revista na re- sidência, porquanto o mandado judicial era tão so- mente para cumprir ordem de prisão e não de busca e apreensão. Assim, o material apreendido não pode ser utilizado como prova para incriminar o réu, uma vez que considerado ilícito. (E) Atuaram de maneira ilegal ao realizar a revista na residência, porquanto o mandado judicial era tão somente para cumprir ordem de prisão e não de busca e apreensão. Assim, o cumprimento do man- dado foi ilegal e, embora Marcos deva ser mantido preso, referido material deve lhe ser imediatamente devolvido. Letra d. Assunto abordado: Princípio da inadmissibilidade das provas ilícitas/prova. Os policiais possuíam um mandado judicial que autoriza- va a prisão. Porém, não dispunham de um mandado de busca e apreensão para a residência. A Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 5º, in- ciso XI, protege a inviolabilidade do domicílio, exigindo um mandado judicial específico para realizar buscas no TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M local, exceto em situações de flagrante delito ou outras circunstâncias excepcionais previstas na lei. A busca realizada pelos policiais, sem o devido manda- do de busca e apreensão, viola a garantia constitucional supracitada. Portanto, qualquer prova obtida por meio dessa busca é considerada ilícita. Este é o conceito de "prova ilícita por derivação" ou, como é comumente chamado, a "teoria dos frutos da árvore envenenada". O fato de os policiais terem encontrado material entor- pecente durante a busca não legitima a ação. A prova ilícita não pode ser utilizada para incriminar o réu, independente da sua relevância ou do sucesso na localização de itens ilícitos. 68 Instituído pela Lei n. 13.964/2019, o Juiz das Garantias será responsável pelo controle da legalidade da investi- gação criminal e pela salvaguarda dos direitos individu- ais cuja franquia tenha sido reservada à autorização pré- via do Poder Judiciário. A inovação legislativa foi objeto de arguição de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal nos autos das ADI 6298, 6299, 6300 e 6305, com julgamento concluído em 23/08/2023 e ata publicada em 31/08/2023. Acerca da previsão do Juiz das Garantias nos sistemas legal, judiciário e policial e em atenção ao julgamento proferido pelo STF, é correto afirmar que (A) o STF atribuiu interpretação para que todos os atos praticados pelo Ministério Público como condutor de investigação criminal se submetam ao controle judi- cial e fixou o prazo de até noventa dias, contados da publicação da ata do julgamento, para os represen- tantes do Ministério Público encaminharem, sob pena de nulidade, todos os PIC e outros procedimentos de investigação criminal, ao respectivo juiz natural. (B) o STF fixou o prazo, improrrogável, de doze meses, a contar da publicação da ata do julgamento, para que sejam adotadas as medidas legislativas e admi- nistrativas necessárias à adequação das diferentes leis de organização judiciária, à efetiva implantação e ao efetivo funcionamento do juiz das garantias em todo o país, tudo conforme as diretrizes do Conselho Nacionalde Justiça e sob a supervisão dele. (C) o juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguar- da dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente decidir sobre o rece- bimento da denúncia ou queixa. (D) as normas relativas ao juiz das garantias não se apli- cam às seguintes situações: processos de competên- cia originária dos tribunais; processos de competência da lei de drogas; casos de violência doméstica e fami- liar; e, infrações penais de menor potencial ofensivo. (E) o STF ficou o entendimento de que o juiz que, na fase de investigação, praticar qualquer ato incluído nas competências do juiz de garantias ficará impedido de funcionar no processo. Letra a. Assunto abordado: Juiz das garantias. (A) Certa. Atribuição de interpretação conforme aos inci- sos IV, VIII e IX do art. 3º-B do Código de Processo Penal, introduzidos pelo art. 3º da Lei n. 13.964/2019, para que todos os atos praticados pelo Ministério Público como condutor de investigação penal se submetam ao controle judicial (HC 89.837/DF, Rel. Min. Celso de Mello); Fixação de prazo de até 30 (trinta) dias, contados da publicação da ata do julgamento, para os representantes do Ministé- rio Público encaminharem, sob pena de nulidade, todos os PIC e outros procedimentos de investigação criminal, mesmo que tenham outra denominação, ao respectivo juiz natural, independentemente de o juiz das garantias já ter sido implementado na respectiva jurisdição. Fonte: ADI 6300, https://digital.stf.jus.br/publico/publi- cacao/256909. (B) Errada. É possível a prorrogação por mais 12 meses. O STF (Info n. 1.106) declarou a constitucionalidade do caput do Art. 3-B do CPP, e, por unanimidade, fixou o pra- zo de 12 meses, a contar da publicação da ata do julga- mento, para que sejam adotadas as medidas legislativas e administrativas necessárias à adequação das diferen- tes leis de organização judiciária, à efetiva implantação e ao efetivo funcionamento do juiz das garantias em todo o País, tudo conforme as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e sob a supervisão dele. Esse prazo po- derá ser prorrogado uma única vez, por no máximo 12 meses, devendo a devida justificativa ser apresentada em procedimento realizado junto ao CNJ. (C) Errada. Declarar a inconstitucionalidade da expres- são “recebimento da denúncia ou queixa na forma do art. 399 deste Código” contida na segunda parte do ca- put do art. 3º-C do CPP, e atribuir interpretação confor- me para assentar que a competência do juiz das garan- tias cessa com o oferecimento da denúncia; declarar a inconstitucionalidade do termo “Recebida” contido no §1º do art. 3º-C do CPP, e atribuir interpretação confor- me ao dispositivo para assentar que, oferecida a denún- cia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento; (STF. Plenário. ADI 6.298/DF, ADI 6.299/DF, ADI 6.300/DF e ADI 6.305/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgados em 24/08/2023) (Info 1106). (D) Errada. Atribuir interpretação conforme à primeira parte do caput do art. 3º-C do CPP, para esclarecer que as normas relativas ao juiz das garantias não se aplicam às seguintes situações: a) processos de competência originária dos tribunais, os quais são regidos pela Lei n. 8.038/1990; b) processos de competência do tribunal https://digital.stf.jus.br/publico/publicacao/256909 https://digital.stf.jus.br/publico/publicacao/256909 TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M do júri; c) casos de violência doméstica e familiar; e d) infrações penais de menor potencial ofensivo; (STF. Ple- nário. ADI 6.298/DF, ADI 6.299/DF, ADI 6.300/DF e ADI 6.305/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgados em 24/08/2023) (Info 1106). (D) Errada. O STF, no julgamento das ADIs 6.298/DF, 6.299/DF, 6.300/DF e 6.305/DF, declarou a inconstitucio- nalidade do caput do artigo 3º-D do CPP, que estabelecia: O juiz que, na fase de investigação, praticar qualquer ato incluído nas competências dos arts. 4º e 5º deste Código ficará impedido de funcionar no processo. 69 No curso de inquérito policial que investigava uma or- ganização criminosa especializada na prática de crime de contrabando, policiais federais obtiveram informa- ções sobre a importação clandestina de mercadorias por membros da organização em data futura. Antes de se dirigir ao local de recebimento do material contraban- deado, a autoridade comunicou ao juízo competente o retardamento da intervenção policial, com a finalidade de acompanhar toda a ação e obter mais informações sobre a organização, inclusive com a identificação de ou- tros membros com obtenção de vantagens para a per- secução penal. Assim, os policiais observaram a prática delitiva, deixando de prender os agentes imediatamen- te, para efetuar a prisão dos envolvidos apenas em mo- mento posterior, quando obtiveram informações mais relevantes. Assim sendo, houve, no caso, flagrante (A) provocado. (B) presumido. (C) forjado. (D) preparado. (E) diferido. Letra e. Assunto abordado: Prisão em flagrante. Em alguns momentos, é mais interessante, sob o pon- to de vista da investigação, que a autoridade aguarde um pouco antes de intervir imediatamente e prender o agente que está praticando o ilícito. Isso ocorre porque em determinados casos se a autoridade esperar um pou- co mais, retardando o flagrante, poderá descobrir outras pessoas envolvidas na prática da infração penal, reunir provas mais robustas, conseguir recuperar o produto ou proveito do crime, enfim obter maiores vantagens para a persecução penal. O flagrante diferido, também chamado de flagrante prorrogado/retardado ou ação controlada, é previsto em alguns dispositivos legais, dentre eles o art. 8º da Lei de Crime Organizado. 70 Durante processo que apura a prática de crime de trá- fico internacional de drogas e associação para o tráfico supostamente praticado por Roberto, o juiz titular da vara de juízo criminal, após requerimento do Ministério Público, decretou a prisão preventiva do réu. Seis me- ses após o cumprimento do mandado de prisão, o juiz, analisando novamente os autos, entende que a prisão preventiva não mais se justifica. Considerando as dispo- sições do Código de Processo Penal, sobretudo aquelas incluídas e alteradas pela Lei n. 13.964/2019, é correto afirmar que o juiz: (A) não pode, de ofício, revogar a prisão preventiva do acusado, sob pena de ofensa ao sistema acusatório. (B) não pode, de ofício, revogar a prisão preventiva do acusado, em razão de se tratar de crime hediondo. (C) pode, de ofício, revogar a prisão preventiva do acusa- do, inexistindo ofensa ao sistema acusatório. (D) somente pode revogar a prisão após manifestação do Ministério Público e da defesa do réu. (E) pode, de ofício e em caráter excepcional, revogar a prisão preventiva do réu, desde que verifique a inér- cia das partes. Letra c. Assunto abordado: Prisão preventiva. A decretação inicial da prisão preventiva não pode ocor- rer de ofício, conforme art. 311 do CPP, sendo necessária a provocação de um dos legitimados, como o Ministério Público, a autoridade policial, o querelante e o assisten- te de acusação. Por outro lado, a revogação da prisão pode ocorrer de ofício. Ou seja, se o juiz verificar que não mais subsistem os motivos autorizadores da prisão, poderá revogá-la sem necessidade de oitiva prévia das partes. De acordo com o art. 316, do CPP, o juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Direito Tributário Maria Christina 71 Oinevitáveis da vida. 1 5 10 15 20 25 TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 15 No trecho "Foi criada, a bem dizer, na areia do Arpoa- dor", o termo "na areia do Arpoador" exerce a função de: (A) adjunto adverbial de lugar. (B) predicativo do sujeito. (C) objeto indireto. (D) complemento nominal. (E) adjunto adnominal. 16 No trecho "Certa vez me contou: – Em meu quarteirão não há uma só casa de meu tempo de menina", a ex- pressão "de meu tempo de menina" exerce a função de: (A) adjunto adverbial de tempo. (B) predicativo do sujeito. (C) complemento verbal. (D) objeto indireto. (E) adjunto adnominal. 17 No trecho "Outra senhora disse então que se lembrava muito de que, quando era menina, apanhava pitangas em Copacabana", a oração "que se lembrava muito de que, quando era menina, apanhava pitangas em Copa- cabana" classifica-se como: (A) oração subordinada substantiva objetiva direta. (B) oração subordinada substantiva completiva nominal. (C) oração subordinada substantiva objetiva indireta. (D) oração subordinada substantiva subjetiva. (E) oração subordinada substantiva predicativa. 18 No trecho "Se eu tivesse passado anos fora do Rio e vol- tasse agora, acho que não acertaria nem com a minha rua", a oração "Se eu tivesse passado anos fora do Rio" classifica-se como: (A) oração subordinada adverbial causal. (B) oração subordinada adverbial temporal. (C) oração subordinada adverbial concessiva. (D) oração subordinada adverbial condicional. (E) oração subordinada adverbial consecutiva. 19 Na frase "Outra senhora disse então que se lembrava muito de que, quando era menina, apanhava pitangas em Copacabana", a palavra "se" exerce a função de: (A) índice de indeterminação do sujeito. (B) pronome reflexivo. (C) conjunção subordinativa condicional. (D) partícula expletiva. (E) pronome apassivador. 20 Assinale a alternativa que apresenta uma reescrita cor- reta para a frase "Outra senhora disse então que se lem- brava muito de que, quando era menina, apanhava pi- tangas em Copacabana". (A) Outra senhora disse então que lembrava-se muito de que, quando era menina, apanhava pitangas em Co- pacabana. (B) Outra senhora disse então que se lembrava muito de que quando era menina, apanhava-se pitangas em Copacabana. (C) Outra senhora disse então que lembrava muito-se de que, quando era menina, apanhava pitangas em Co- pacabana. (D) Outra senhora disse então que se lembrava muito de que, quando era menina, pitangas apanhava-se em Copacabana. (E) Outra senhora disse então que muito se lembrava de que, quando era menina, apanhava pitangas em Co- pacabana. Raciocínio Lógico e Matemático Marcelo Leite 21 A afirmação a seguir “Se Ana é médica e Lúcia é advo- gada, então Paula não é engenheira” é falsa. Com base nessa afirmação, é correto afirmar que: (A) Ana é médica, Lúcia é advogada e Paula é engenheira. (B) Ana não é médica, Lúcia é advogada e Paula é en- genheira. (C) Ana é médica, Lúcia não é advogada e Paula é en- genheira. (D) Ana é médica, Lúcia é advogada e Paula não é en- genheira. (E) Ana não é médica, Lúcia não é advogada e Paula não é engenheira. 22 A sentença “Se Ana não vai ao clube, então hoje é sába- do” é equivalente a: (A) Se hoje é sábado, então Ana não vai ao clube. (B) Ana não vai ao clube e hoje não é sábado. (C) Se hoje não é sábado, então Ana vai ao clube. (D) Ana não vai ao clube ou hoje é sábado. (E) Se Ana vai ao clube, então hoje não é sábado. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 23 Considere que a afirmação “Todo candidato é estudio- so” é verdadeira, logo: (A) toda pessoa estudiosa é candidato. (B) nenhum candidato é estudioso. (C) o conjunto formado pelos candidatos contém o con- junto formado pelos estudiosos. (D) o conjunto formado pelos estudiosos contém o con- junto formado pelos candidatos. (E) Algum candidato não é estudioso. 24 Considere que n(X) represente a quantidade de elemen- tos que estão presentes no conjunto X. Sabe-se que n(A) = 12 e n(B) = 15 e n(A B) = 20, então n(A B) é igual a: (A) 3. (B) 4. (C) 5. (D) 6. (E) 7. 25 Nesse mês, foram direcionados a certo tribunal 10.000 processos, e essa quantidade foi 25% maior que o mês anterior. Com base nessas informações, a soma dos alga- rismos que representam a quantidade de processos di- recionados ao referido tribunal no mês anterior é igual a: (A) 7. (B) 8. (C) 12. (D) 16. (E) 21. 26 Considere que dezoito servidores, com igual eficiência, conseguem analisar certa quantidade de processos em 4 horas. Caso seis desses servidores fossem direcionados para outro setor, assim os servidores restantes irão ana- lisar os mesmos processos em: (A) 2 horas e 40 minutos. (B) 6 horas. (C) 5 horas e 30 minutos. (D) 6 horas e 20 minutos. (E) 4 horas e 48 minutos. Noções de Sustentabilidade Renato Pulz 27 Considerando as disposições do art. 225 da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, marque a alternativa correta. (A) O STJ já havia declarado inconstitucional a prática de rinha de galos por considerar uma violação ao § 1º, inciso VII, do art. 225, que veda a crueldade contra os animais, mas quando tratou da vaquejada o STF considerou que não é uma prática considerada cruel. (B) As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físi- cas, a sanções penais e administrativas, exceto se já repararam os danos causados. (C) A floresta amazônica brasileira, a caatinga, a serra do mar, o pantanal mato-grossense, a zona costeira e os pampas são patrimônio nacional. (D) Há previsão constitucional que favorece e incentiva os biocombustíveis. (E) Incumbe ao poder público exigir, na forma da lei, para instalação de qualquer obra ou atividade causa- dora de degradação do meio ambiente, estudo pré- vio de impacto ambiental, a que se dará publicidade. 28 O conceito de desenvolvimento sustentável está base- ado em três aspectos principais, que são o crescimento econômico, a equidade social e o equilíbrio ecológico. Dessa forma, ao considerar as alternativas abaixo, mar- que aquela que não condiz com esse ideal. (A) Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e me- lhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. (B) Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. (C) Tornar as cidades e os assentamentos humanos in- clusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. (D) Uso sustentável dos recursos hídricos. (E) Não incentivar o modelo de agroflorestas, pois não são produtivas. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 29 Em um trabalho em grupo na escola, o professor pediu aos alunos que falassem sobre o relatório Brundtland e as medidas que foram sugeridas que os Estados tomas- sem para promover um desenvolvimento sustentável. Os alunos começaram a discordar e cada um fazia uma afirmação. Marque a afirmação correta sobre o tema. (A) Maria afirmou que o relatório nada falava sobre limi- tação do crescimento populacional, afinal havia forte influência religiosa naquele tempo. (B) Joana defendeu que o relatório fez previsão sobre garantia de alimentação a longo prazo, pois faz parte da segurança alimentar e de reduzir desigualdades. (C) Carlos falou que nada foi mencionado sobre energias renováveis, pois ainda não se tinha esse conhecimento. (D) Roberto disse que leu sobre incentivo a urbanização selvagem para melhor distribuição geográfica da terra. (E) Também lembraram que as necessidades supérfluas devem ser satisfeitas, segundo o relatório. 30 Sobre a Agenda Ambiental da Administração Pública (AP3), marque a alternativa correta. (A) A AP3 é uma ação compulsória que busca a adoção de novos padrões de produção e consumo, sustentá- veis,estado de Tocantins editou lei ordinária em sua As- sembleia Legislativa Estadual instituindo a contribuição sobre a preservação de logradouros públicos a ser co- brada em conjunto com a fatura de consumo de energia elétrica. Diante dos fatos, assinale a opção correta. (A) A contribuição é constitucional. (B) A contribuição é inconstitucional por violação ao princípio da legalidade. (C) A contribuição é inconstitucional por violação a com- petência. (D) A contribuição é inconstitucional por violação aos princípios da anterioridade. (E) A contribuição não pode ser cobrada em conjunto com a fatura de consumo de energia. Letra c. Assunto abordado: (A) Errada. A contribuição é inconstitucional por viola- ção a competência. (B) Errada. A COSIP deverá ser criada por LO – art. 149 A da CF. (C) Certa. A COSIP é de competência dos municípios e do DF. Art. 149-A da CF. (D) Errada. Não houve violação a anterioridade. (E) Errada. Poderá ser cobrado em conjunto com a fatu- ra de consumo – Art. 149-A, § único, da CF. 72 O Presidente da República como forma de minimizar os prejuízos fiscais da economia do País editou uma Medi- da Provisória para criar o imposto seletivo com cobrança imediata e incidência plurifásica na cadeia de consumo nos produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente des- tinados à exportação. Diante dos fatos, assinale a op- ção correta. (A) O imposto seletivo é constitucional. (B) O imposto seletivo é inconstitucional por violação ao princípio da legalidade. (C) O imposto seletivo é inconstitucional por violação a competência. (D) O imposto seletivo poderá produzir efeitos de imediato. (E) O imposto seletivo por ser plurifásico deverá ser não cumulativo e compensando em cada etapa da cadeia de consumo. Letra b. Assunto abordado: (A) Errada. É inconstitucional por violação ao princípio da legalidade, anterioridade anual e nonagesimal. (B) Certa. É inconstitucional por violação ao princípio da legalidade pois deve ser criado por lei complementar e não pode medida provisória. (C) Errada. É inconstitucional por violação ao princípio da legalidade pois deve ser criado por lei complementar e não pode medida provisória. (D) Errada. Não poderá produzir efeitos de imediato pois deve obediência aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal. (E) Errada. Ele será monofásico. 73 O município de Pedra Grande editou um decreto para conceder isenção de IPTU para todos que trabalhem com artesanato pelo período de 5 anos. Ocorre que pas- sados 2 anos a isenção foi revogada por não ter atingi- do o objetivo almejado. Diante dos fatos, assinale a op- ção correta. (A) A isenção é constitucional. (B) A isenção é inconstitucional por violação a legalidade. (C) A isenção é inconstitucional por ser restrita a deter- minada categoria econômica. (D) A isenção é inconstitucional pois não pode ser conce- dida pelos Municípios. (E) A Isenção poderá ser revogada a qualquer momento que deixa de servir a sua finalidade. Letra b. Assunto abordado: (A) Errada. Houve violação ao princípio da legalidade. (B) Certa. Houve violação ao princípio da legalidade já que isenções devem ser concedidas por meio de lei ordinária. (C) Errada. As isenções podem ser concedidas a deter- minada categoria ou região. (D) Errada. As isenções são concedidas pelo Ente deten- tor da competência atribuída pela Constituição. (E) Errada. A isenção por prazo certo e em função de de- terminadas condições não pode ser revogada pois gera direito aquirido. 74 João ingressou com uma Ação Anulatória de Débito Fiscal com pedido de tutela provisória de urgência an- tecipada tendo sido esta deferida pelo juízo da vara de fazenda pública. O deferimento da tutela acarretará a (A) suspensão da exigibilidade do crédito. (B) exclusão do crédito. (C) extinção do crédito. (D) licença do crédito. (E) cancelamento do crédito: TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Letra a. Assunto abordado: A concessão de tutela gera a suspensão da exigibilidade do crédito – art. 151, V, do CTN. 75 Mozar possui um precatório do estado do Rio Grande do Norte no valor de R$ 1.000.000,00 e solicitou via liminar em mandado de segurança a compensação com débitos federais, diante dos fatos, assinale a opção correta. (A) A compensação de créditos somente poderá ser de- ferida mediante autorização em legal. (B) A compensação de créditos somente poderá ser de- ferida com o trânsito em julgado da ação. (C) A compensação de créditos não poderá ser deferida em liminar em mandado de segurança. (D) Poderá ocorrer a compensação de créditos sem ne- cessidade de lei expressa. (E) É possível a compensação de créditos estaduais com precatória federal. Letra a. Assunto abordado: (A) Certa. A compensação como causa de extinção do crédito depende da edição de lei ordinária. (B) Errada. Poderá ser deferida inclusive em sede de li- minar em mandado de segurança. (C) Errada. Poderá ser deferida inclusive em sede de li- minar em mandado de segurança. O § 2º do art. 7 da Lei n. 12.016/2009 foi declarado inconstitucional. (D) Errada. Deve existir lei para compensar. (E) Errada. Só podem ser compensados créditos dos mesmo Ente Federativo. Direito Previdenciário Fernando Maciel 76 O Conselho Nacional de Previdência Social – CNPS é o órgão superior de deliberação colegiada da política pre- videnciária brasileira. Assinale a alternativa correta nos termos do preconizado na Lei n. 8.213/1991. (A) O CNPS é composto por 11 membros, sendo 6 repre- sentantes do Governo Federal e 5 da sociedade civil. (B) O CNPS é composto por 15 membros, sendo 5 repre- sentantes do Governo Federal, 5 dos empregadores e 5 dos trabalhadores. (C) O CNPS é composto por 9 membros, sendo 3 repre- sentantes do Governo Federal, 3 dos empregadores e 3 dos trabalhadores e 5 da sociedade civil. (D) O CNPS é composto por 15 membros, sendo 6 repre- sentantes do Governo Federal e 9 da sociedade civil. (E) O CNPS é composto por 12 membros, sendo 3 repre- sentantes do Governo Federal, 3 dos empregadores, 3 dos trabalhadores e 3 dos aposentados. Letra d. Assunto abordado: Seguridade social – organização. Conforme dispõe o art. 3º da Lei n. 8.213/1991, o CNPS é composto por 15 membros, sendo 6 representantes do Governo Federal e 9 da sociedade civil, que por sua vez se dividem em 3 representantes dos empregadores, 3 dos trabalhadores em atividade e 3 dos aposentados e pensionistas. 77 Assinale a alternativa correta em matéria de organização e gestão da Assistência Social (Lei n. 8.742/1993). (A) A gestão da Assistência Social fica organizada sob a forma de sistema centralizado e participativo, deno- minado Sistema Único de Assistência Social – SUAS. (B) Dentre os objetivos da Assistência Social está a defi- nição dos níveis de gestão, respeitadas as diversida- des estaduais e distritais. (C) As ações ofertadas no âmbito do Suas têm por obje- tivo a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice e, como base de organiza- ção, o território. (D) A coordenação da Política Nacional de Assistência Social é realizada pelos entes federativos, pelos res- pectivos conselhos e entidades e organizações de as- sistência social. (E) É vedada a utilização da identidade visual do SUAS para fins de identificação das unidades públicas es- tatais, entidades e organizações de assistência social, serviços, programas, projetos e benefícios vincula- dos ao SUAS. Letra c. Assunto abordado: Organização da assistência social – Lei n. 8.742/1993. (A) Errada. A gestão da Assistência Social está organiza- da sob a forma de um sistema descentralizado (art. 6º, Lei n. 8.742/1993). (B) Errada. Na definição dos níveis de gestão devem ser respeitadas as diversidades regionais e municipais (art. 6º, IV, Lei n. 8.742/1993). (C) Certa. Reproduz o § 1º do art. 6º da Lei n. 8.742/1993. (D) Errada. A instância coordenadora da Política Nacio- nal de Assistência Socialé o Ministério do Desenvolvi- mento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (art. 6º, §3º, Lei n. 8.742/1993). (E) Errada. A identidade visual do SUAS deverá prevale- cer na identificação de unidades públicas estatais, enti- dades e organizações de assistência social, serviços, pro- gramas, projetos e benefícios vinculados ao SUAS (art. 6º, § 5º, Lei n. 8.742/1993). TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 78 Levando-se em consideração o que dispõe a Lei n. 8.213/1991 em matéria de benefícios do RGPS, assinale a alternativa correta. (A) O auxílio-acidente será concedido, como indeniza- ção, ao segurado quando, após consolidação das le- sões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas definitivas, mesmo que não im- pliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia; (B) A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependen- te, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou ha- bilitação; (C) A percepção do salário-maternidade está condicio- nada ao afastamento do segurado do trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena de cancelamen- to do benefício; (D) O auxílio-doença será devido ao segurado que, ha- vendo cumprido, quando for o caso, o período de ca- rência exigido, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por 15 dias conse- cutivos; (E) O salário-família será devido ao segurado emprega- do, doméstico, contribuinte individual e trabalhador avulso, que possuir filho menor de 14 anos, ou invá- lido de qualquer idade. Letra b. Assunto abordado: Regime Geral de Previdência Social: Benefícios em espécie – Lei n. 8.213/1991. (A) Errada. O auxílio-acidente pressupõem que a seque- la implique redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia (art. 86, Lei n. 8.213/1991). (B) Certa. Reproduz a redação do art. 76 da Lei n. 8.213/1991. (C) Errada. O não afastamento do trabalho acarreta a suspensão do benefício (art. 71-C, Lei n. 8.213/1991). (D) Errada. O auxílio-doença (atual auxílio por incapaci- dade temporária) pressupõe uma incapacidade por mais de 15 dias (art. 59, Lei n. 8.213/1991). (E) Errada. O contribuinte individual não possui direito ao salário-família (art. 65, Lei n. 8.213/1991). 79 Os benefícios previdenciários dos servidores públicos estatutários sofreram substanciais alterações por força da Emenda Constitucional n. 103/19, também conhe- cida como a “Reforma Previdenciária de 2019”. Acerca dessa temática, assinale a alternativa correta. (A) O servidor público estatutário será aposentado por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insusceptível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a re- alização de avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a conces- são da aposentadoria; (B) Ao completar 75 anos de idade o servidor público es- tatutário será aposentado compulsoriamente, com proventos integrais ao tempo de contribuição; (C) No âmbito da União, os servidores públicos estatutá- rios poderão se aposentar aos 65 anos de idade, se homem, e 60 se mulher. (D) Tratando-se de servidores públicos estatutários es- taduais ou municipais, as regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas pela União; (E) O tempo de serviço federal, estadual, distrital ou mu- nicipal será contado para fins de aposentadoria. Letra a. Assunto abordado: Previdência Social do Servidor Públi- co – benefícios. (A) Certa. Reproduz os termos do art. 40, § 1º, I, da CF/1988 (com redação dada pela EC n. 103/2019). (B) Errada. A aposentadoria compulsória acarreta pro- ventos proporcionais ao tempo de contribuição (art. 40, § 1º, II, da CF/1988, com redação dada pela EC n. 103/2019). (C) Errada. A idade mínima para a aposentadoria no âm- bito do RPPS da União é 65 anos para os homens e 62 para as mulheres (art. 40, § 1º, III, da CF/1988, com re- dação dada pela EC n. 103/2019). (D) Errada. Cada ente federativo deve estabelecer as regras para cálculo dos proventos de aposentadoria de seus respectivos servidores (art. 40, § 3º, da CF/1988, com redação dada pela EC n. 103/2019). (E) Errada. O tempo de serviço será computado para fins de disponibilidade, sendo que somente o tempo de con- tribuição é que será contado para fins de aposentadoria (art. 40, § 9º, da CF/1988, com redação dada pela EC n. 103/2019). TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 80 Assinale a alternativa correta em matéria de Previdência Complementar. (A) As contribuições extraordinárias são aquelas desti- nadas ao custeio dos benefícios previstos no respec- tivo plano de previdência complementar; (B) O órgão regulador e fiscalizador poderá autorizar a extinção de plano de benefícios, ficando os patroci- nadores desobrigados de cumprir a totalidade dos compromissos assumidos com a entidade relativa- mente aos direitos dos participantes, assistidos e obrigações legais, até a data da extinção do plano; (C) O instituto da portabilidade garante a transferência de recursos entre participantes; (D) É vedada a utilização de corretores na venda dos pla- nos de benefícios das entidades abertas de previdên- cia complementar. (E) A estrutura mínima de uma entidade fechada de previdência complementar deve ser composta por conselho deliberativo, conselho fiscal e diretoria- -executiva. Letra e. Assunto abordado: Previdência Complementar – Lei Complementar n. 109/2001. (A) Errada. As contribuições extraordinárias são aque- las destinadas ao custeio de déficits, serviço passado e outras finalidades não incluídas na contribuição normal (art. 19, II, LCP n. 109/2001). (B) Errada. Os patrocinadores ficam obrigados ao cum- primento da totalidade dos compromissos até a data de extinção do plano (art. 25, LCP n. 109/2001). (C) Errada. No caso de portabilidade é vedada a trans- ferência de recursos entre participantes (art. 27, § 2º, II, LCP n. 109/2001); (D) Errada. É facultativa a utilização de corretores na venda dos planos de benefícios das entidades abertas (art. 30, LCP n. 109/2001). (E) Certa. Reproduz os termos do art. 35 da LCP n. 109/2001.dentro do governo. (B) As instituições governamentais devem buscar a mu- dança de hábitos e atitudes internas, promovendo uma nova cultura institucional de combate ao desperdício. (C) A AP3 foca em práticas que protejam o meio ambiente, não considerando aspectos econômicos ou de eficiência. (D) É um dos objetivos da agenda reduzir o impacto so- cioambiental negativo direto causado pela execução somente das atividades operacionais. (E) Quando afirma os princípios dos ‘5Rs’, a AP3 trata ‘reciclar’ e ‘reutilizar’ como sinônimos. 31 Sobre os conceitos trazido pela Lei n. 12.187, de 2009 (Política Nacional sobre Mudança do Clima), marque a alternativa ERRADA. (A) Adaptação são as iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima. (B) Mitigação são mudanças e substituições tecnológi- cas que reduzam o uso de recursos e as emissões por unidade de produção, bem como a implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e aumentem os sumidouros. (C) Mudanças do clima são mudanças de clima que po- dem ser direta ou indiretamente atribuídas à ativi- dade humana que altere a composição da atmosfera mundial e que se some àquela provocada pela va- riabilidade climática natural observada ao longo de períodos comparáveis. (D) Vulnerabilidade é o grau de suscetibilidade e incapa- cidade de um sistema, em função de sua sensibilida- de, capacidade de adaptação, e do caráter, magnitu- de e taxa de mudança e variação do clima a que está exposto, de lidar com os efeitos adversos da mudan- ça do clima, entre os quais a variabilidade climática e os eventos extremos. (E) Emissões são a liberação de gases de efeito estufa ou seus precursores na atmosfera em uma área especí- fica e em um período indeterminado. 32 Sobre a Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n. 12.305/2010), marque a alternativa correta. (A) Apesar da preocupação do legislador com o tema, infelizmente a Lei não trouxe expressamente o prin- cípio do direito da sociedade à informação. (B) Logística reversa é o instrumento de desenvolvimen- to econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabi- lizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra desti- nação final ambientalmente adequada. (C) Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, po- derão ser utilizadas tecnologias visando à recupera- ção energética dos resíduos sólidos urbanos, mesmo que ainda não tenha sido comprovada sua viabilida- de técnica e ambiental e com a implantação de pro- grama de monitoramento de emissão de gases tóxi- cos aprovado pelo órgão ambiental. (D) Acordo de cooperação é o ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, impor- tadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade comparti- lhada pelo ciclo de vida do produto. (E) A existência de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos exime o município ou o Distrito Federal do licenciamento ambiental de aterros sani- tários e de outras infraestruturas e instalações ope- racionais integrantes do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos pelo órgão competente do Sisnama. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Noções de Direitos Humanos e Fundamentais e de Acessibilidade Matheus Atalanio 33 A Lei n. 10.098/2000 foi criada para promover a acessi- bilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, estabelecendo normas e critérios para elimi- nar barreiras arquitetônicas, urbanísticas, nos transpor- tes e nas comunicações. Esta lei é um marco importante para assegurar a igualdade de acesso e oportunidades, contribuindo para a inclusão social. A partir disso, assi- nale a afirmação correta sobre as disposições da Lei n. 10.098/2000. (A) A Lei n. 10.098/2000 permite que as barreiras urba- nísticas permaneçam em locais históricos para pre- servar a arquitetura original. (B) A Lei n. 10.098/2000 estabelece que as sinalizações de edificações públicas não precisam ser adaptadas para pessoas com deficiência visual. (C) A Lei n. 10.098/2000 exige a adaptação dos sistemas de transporte para garantir a acessibilidade das pes- soas com deficiência ou mobilidade reduzida. (D) A Lei n. 10.098/2000 não inclui disposições sobre a acessibilidade em serviços de comunicação. (E) A Lei n. 10.098/2000 limita a aplicação da acessibili- dade apenas a novas construções. 34 A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1948, estabelece um conjunto de direitos e liberdades fundamentais que devem ser garantidos a todas as pes- soas. A DUDH serve como um padrão comum de rea- lizações para todos os povos e nações, promovendo a dignidade, a liberdade e a justiça. A partir disso, marque a afirmação correta sobre a DUDH. (A) A DUDH permite a privação arbitrária da liberdade de movimento de uma pessoa. (B) A DUDH afirma que todos têm direito à educação, que deve ser gratuita pelo menos nos graus elemen- tares e fundamentais. (C) A DUDH estabelece que apenas os homens têm direi- to a um padrão de vida adequado, incluindo alimen- tação, vestuário e habitação. (D) A DUDH permite discriminação com base na nacio- nalidade para acesso à educação. (E) A DUDH estipula que a tortura é permitida em casos de emergência nacional. 35 A teoria geral dos direitos humanos fornece a base para a compreensão dos princípios fundamentais que orien- tam a proteção e a promoção desses direitos em nível global. Ela aborda conceitos como universalidade, indi- visibilidade e interdependência dos direitos humanos, além de sua fundamentação normativa e histórica. Esses princípios são essenciais para garantir que todos os seres humanos possam desfrutar de seus direitos fundamen- tais sem discriminação. A partir disso, marque a afirma- ção correta sobre a teoria geral dos direitos humanos. (A) A universalidade dos direitos humanos permite varia- ções culturais que justifiquem violações de direitos. (B) A indivisibilidade dos direitos humanos significa que alguns direitos podem ser priorizados sobre outros. (C) Os direitos humanos são aplicáveis apenas em tem- pos de paz. (D) A teoria dos direitos humanos reconhece a interde- pendência entre direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais. (E) A proteção dos direitos humanos é responsabilidade exclusiva das organizações internacionais. 36 A teoria geral dos direitos humanos inclui a análise dos conceitos, terminologia, e a estrutura normativa que fundamenta esses direitos. Além disso, ela aborda a afir- mação histórica dos direitos humanos e a responsabili- dade dos Estados em garantir a proteção e a promoção desses direitos. A teoria também enfatiza a importância da aplicação universal e igualitária dos direitos huma- nos. A partir disso, assinale a afirmação correta sobre a teoria geral dos direitos humanos. (A) Os direitos humanos podem ser suspensos perma- nentemente por decisão do Estado. (B) A responsabilidade pela proteção dos direitos huma- nos recai exclusivamente sobre organizações inter- nacionais. (C) A afirmação histórica dos direitos humanos inclui marcos importantes como a Magna Carta e a Decla- ração Universal dos Direitos Humanos. (D) A teoria geral dos direitos humanos exclui a proteção dos direitos econômicos e sociais. (E) A aplicação dos direitos humanos é restrita a contex- tos nacionais específicos. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 37 A Lei n. 10.098/2000 estabelece normas gerais e crité- rios básicos para a promoção da acessibilidade das pes- soas com deficiênciaou com mobilidade reduzida. Essa lei visa garantir a inclusão e a participação plena des- sas pessoas na sociedade, removendo barreiras e pro- movendo a igualdade de oportunidades em diferentes áreas, como transporte, edificações e comunicações. A partir disso, assinale a afirmação correta sobre as dispo- sições da Lei n. 10.098/2000. (A) A Lei n. 10.098/2000 permite que edifícios públicos não sejam adaptados para acessibilidade se forem antigos. (B) A Lei n. 10.098/2000 estabelece que as calçadas em áreas urbanas devem ser rebaixadas nas esquinas para facilitar a travessia de pessoas com deficiência. (C) A Lei n. 10.098/2000 não aborda a questão da aces- sibilidade nos meios de transporte público. (D) A Lei n. 10.098/2000 isenta os estabelecimentos comerciais da obrigatoriedade de garantir acessi- bilidade. (E) A Lei n. 10.098/2000 limita a acessibilidade apenas a espaços privados de uso coletivo. 38 A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um do- cumento fundamental que define os direitos humanos básicos que devem ser protegidos universalmente. A DUDH inclui direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais, refletindo a interdependência e a indivisibili- dade de todos os direitos humanos. A partir disso, assi- nale a afirmação correta sobre a DUDH. (A) A DUDH permite a escravidão e o tráfico de escravos em situações especiais. (B) A DUDH estabelece que toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião. (C) A DUDH reconhece o direito ao trabalho exclusiva- mente para os cidadãos de um país. (D) A DUDH estipula que os direitos humanos podem ser suspensos em tempos de paz para manter a ordem pública. (E) A DUDH ignora a importância da privacidade, permi- tindo interferência arbitrária na vida privada. 39 A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável é um compromisso global adotado pela ONU para alcan- çar 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030. Esses objetivos visam promover o desenvolvi- mento sustentável em suas dimensões econômica, so- cial e ambiental, garantindo que ninguém seja deixado para trás. A partir disso, marque a afirmação correta so- bre a Agenda 2030. (A) A Agenda 2030 não inclui objetivos relacionados à ação climática. (B) A Agenda 2030 estabelece que os direitos humanos não são relevantes para o desenvolvimento sus- tentável. (C) A Agenda 2030 inclui um objetivo específico para promover a paz, a justiça e instituições eficazes. (D) A Agenda 2030 exclui a necessidade de parcerias glo- bais para o desenvolvimento sustentável. (E) A Agenda 2030 ignora a importância da inovação e da infraestrutura para o desenvolvimento econômico. 40 A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada pela ONU em 2015, apresenta 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas. Esses objetivos visam erradicar a pobreza, proteger o plane- ta e garantir paz e prosperidade para todos até 2030. A Agenda 2030 é um plano de ação global que aborda as dimensões econômica, social e ambiental do desenvol- vimento sustentável. A partir disso, assinale a afirmação correta sobre a Agenda 2030. (A) A Agenda 2030 não inclui metas relacionadas à igual- dade de gênero. (B) A Agenda 2030 estabelece que a erradicação da po- breza é uma prioridade global. (C) A Agenda 2030 permite a exploração indiscrimina- da de recursos naturais para o desenvolvimento econômico. (D) A Agenda 2030 limita suas metas e objetivos apenas aos países desenvolvidos. (E) A Agenda 2030 não aborda a questão da educação de qualidade. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Direito Constitucional Ricardo Blanco 41 Assinale a opção incorreta em relação aos direitos individuais. (A) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização justa e pré- via, se houver dano. (B) A prática do racismo constitui crime inafiançável e im- prescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. (C) A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilíci- to de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respon- dendo os mandantes, os executores e os que, poden- do evitá-los, se omitirem. (D) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decre- tação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. (E) Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação. 42 Assinale a opção correta em relação aos direitos individuais. (A) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por de- cisão judicial, exigindo-se, no segundo caso, o trânsi- to em julgado. (B) Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado. (C) As entidades associativas, independentemente de autorização, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente. (D) A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento. (E) Aos autores pertence o direito exclusivo de utiliza- ção, publicação ou reprodução de suas obras, in- transmissível aos herdeiros. 43 Assinale a opção correta em relação à administra- ção pública. (A) É garantido ao servidor público civil e militar o direito à livre associação sindical. (B) O direito de greve será exercido nos termos e nos li- mites definidos em lei específica. (C) A lei não reservará percentual dos cargos e empre- gos públicos para as pessoas portadoras de deficiên- cia e definirá os critérios de sua admissão. (D) A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo indeterminado para atender a necessidade temporá- ria de excepcional interesse público. (E) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. 44 Assinale a opção incorreta em relação ao entendi- mento do STF. (A) O Ministério Público tem legitimidade ativa para a de- fesa, em juízo, dos direitos e interesses individuais ho- mogêneos, quando impregnados de relevante natureza social, como sucede com o direito de petição e o direito de obtenção de certidão em repartições públicas. (B) A avocação de atribuições de membro do Ministé- rio Público pelo Procurador-Geral implica quebra na identidade natural do promotor responsável, já que não é atribuição ordinária da Chefia do Ministério Público atuar em substituição a membros do órgão. Essa hipótese de avocação deve ser condicionada à aceitação do próprio promotor natural, cujas atribui- ções se pretende avocar pelo PGJ, para afastar a pos- sibilidade de desempenho de atividades ministeriais por acusador de exceção, em prejuízo da indepen- dência funcional de todos os membros. (C) Por força do princípio da unidade do Ministério Pú- blico (art. 127, § 1º, da CF), os membros do Ministé- rio Público integram um só órgão sob a direção única de um só Procurador-Geral. Só existe unidade dentro de cada Ministério Público, não havendo unidade en- tre o Ministério Público de um Estado e o de outro, nem entre esses e os diversos ramos do Ministério Público da União. (D) A Lei Orgânica Nacional do Ministério Público – LONMP – previu que: ‘Caso o Chefe do Poder Exe- cutivo não efetive a nomeação do Procurador-Geral de Justiça, nos quinze dias que se seguirem ao re- cebimento da lista tríplice, será investido automati- camente no cargo o membro do Ministério Público mais votado, para exercício do mandato’. Discipli-namento da omissão, a fim de garantir a existência de um Procurador-Geral de Justiça de forma a im- plementar o mandamento constitucional de inves- TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M tidura do Procurador-Geral de Justiça, e garantia da independência e do autogoverno da instituição. O legislador utilizou-se da maneira menos gravosa de corrigir eventual omissão e evitar a completa ausên- cia de Procurador-Geral de Justiça: proporcionalida- de da solução desenhada pela LONMP. O art. 9º, § 4º, da Lei n. 8.625/1993 não subverte a metodolo- gia constitucionalmente imposta para a escolha dos Procuradores de Justiça. Regulação proporcional da forma de nomeação do Procurador-Geral de Justiça em razão da omissão do Chefe do Poder Executivo. (E) O modo de investidura do Procurador-Geral de Jus- tiça constitui garantia de independência e autogo- verno, visando à proteção da sociedade e à defesa intransigente do regime democrático e exige, para sua regulamentação, a edição de lei ordinária esta- dual de iniciativa da própria Instituição (CF, art. 128, § 5º). A Constituição Federal consagrou os requisitos básicos para a escolha do Procurador-Geral de Jus- tiça, bem como a existência de mandato por tem- po certo, impossibilitando sua demissão ad nutum, garantindo-lhe a imparcialidade necessária para o pleno exercício da autonomia administrativa da Insti- tuição, sem possibilidade de ingerências externas. 45 Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e jul- gar, originariamente, exceto: (A) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal. (B) nas infrações penais comuns, o Presidente da Repú- blica, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador- -Geral da República. (C) o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal. (D) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo inter- nacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território. (E) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta. Direito Administrativo Raphael Spyere 46 Acerca da definição e do regime jurídico dos bens públi- cos, julgue as afirmativas a seguir. I – Autarquias, enquanto pessoas jurídicas de direito público, possuem bens públicos. II – A proibição da penhora de bens que pertençam à fazenda pública se estende às sociedades de econo- mia mista que prestem serviços públicos próprios do estado, em regime não concorrencial e sem pro- pósitos lucrativos. III – Bens públicos dominicais são inalienáveis enquanto mantiverem essa condição. Assinale a alternativa correta. (A) As afirmativas I e II estão corretas. (B) As afirmativas II e III estão corretas. (C) Apenas a afirmativa I está correta. (D) Apenas a afirmativa II está correta. (E) Apenas a afirmativa III está correta. 47 A agência de fiscalização de um estado, entidade autárqui- ca responsável por executar as políticas de proteção da or- dem urbanística do respectivo ente federativo, embargou a construção de um edifício. O ato cautelar se deveu ao fato de que a empreiteira responsável pela edificação, a empre- sa Construção Rápida, não detinha a devida licença para o exercício regular de direito, como recruta a lei. Irresignada, a empreiteira atravessou recurso administrativo 15 dias após sua intimação, pleiteando a anulação da medida sob argu- mento de que violou os princípios da razoabilidade e da pro- porcionalidade. O recurso não foi conhecido pela autarquia. Considerando que a administração do estado se sujeita aos ditames da Lei n. 9.784/1999 – Lei Geral de Processos Admi- nistrativos Federais: (A) o recurso demandado pela empreiteira é inepto, tendo em vista que os argumentos utilizados fun- damentam o pedido de revogação do embargo à construção. (B) o embargo à construção é ilegal, tendo em vista que não foi assegurado o prazo de 10 dias para manifes- tação prévia da empresa como corolário do princípio da ampla defesa. (C) a autarquia procedeu corretamente ao não conhecer do recurso, dada a sua intempestividade. (D) os princípios da razoabilidade e da proporcionalida- de não são argumentos por si só para a anulação do ato de polícia. (E) a empresa somente poderá ajuizar ação judicial con- tra o embargo à obra após o exaurimento da via ad- ministrativa. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 48 Provas inequívocas demonstram que as licitações reali- zadas por um tribunal federal foram sistematicamente alvo de fraudes. Diante da gravidade dos atos lesivos à administração brasileira, o Ministério Público Federal ajuizou ação para buscar a responsabilização judicial das autoridades e das pessoas jurídicas envolvidas. Acerca do aludido tema, à luz do disposto na Lei n. 12.846/2013, é correto afirmar que: (A) não caberá acordo de leniência no referido caso con- creto na medida em que a gravidade dos ilícitos afas- ta a aplicação desse benefício. (B) caberá acordo de leniência no referido caso concre- to, bastando que a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para a apuração. (C) a proibição de receber incentivos ou empréstimos de órgãos e de instituições financeiras públicas não tem prazo mínimo. (D) quando a multa ultrapassar 10% do faturamento bruto do último exercício, sua aplicação dependerá de decisão judicial transitada em julgado. (E) será determinada a dissolução compulsória das em- presas constituídas para ocultar ou dissimular inte- resses ilícitos ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados. 49 Letícia, estudante de direito, é estagiária em um tribu- nal federal. Interessada em conhecer mais sobre o tema de atos administrativos, Letícia fez um levantamento dos argumentos apresentados por três postulantes em ações ajuizadas contra a Fazenda Pública Federal. Em um dos casos, John alegava que o órgão competente deixou de motivar o indeferimento de um benefício cuja con- cessão era discricionária. Noutro caso, Stuart alegava que a sua remoção teve motivação política e tinha por objeto puni-lo por divergência de opiniões. Ainda, em um terceiro caso, Mike alegava que o indeferimento de uma autorização para instalação de cerca elétrica em sua residência violava direito líquido e certo. Diante des- ses casos e considerando exclusivamente os argumentos apresentados, Letícia concluiu que os argumentos apre- sentados por: (A) Stuart levam a crer que houve abuso de poder por excesso e que John deve ter seu pleito julgado im- procedente já que atos discricionários não precisam ser motivados. (B) John levam a crer que o ato administrativo padece de vício na forma e que Mike não goza de direito líquido e certo de obter a autorização, por se tratar de con- sentimento de polícia discricionário. (C) John levam a crer que o ato administrativo padece de vício no motivo e que o ato impugnado por Mike não pode ser objeto de apreciação pelo Poder Judiciário por se tratar de ato discricionário. (D) Stuart levam a crer que houve abuso de poder por desvio e que John deve ter seu pleito julgado impro- cedente já que atos discricionários não precisam ser motivados. (E) Stuart levam a crer que houve desvio de finalidade e que Mike deve ter seu pleito judicial atendido, já que uma vez atendidas as exigências legais, terá direito de obter o consentimento, apesar de ser um ato dis- cricionário. 50 Analise as assertivas a seguir. I – Uma autarquia federal deixou de pagar a empresa contratada. II – Determinada fundaçãopública estadual suspendeu a execução contratual. III – Certa empresa pública municipal alterou unilateral- mente um contrato. Considerando exclusivamente as disposições contidas na Lei n. 14.133/2021, é correto afirmar que o caso concreto da: (A) autarquia permite a extinção unilateral do contrato administrativo. (B) autarquia permite a extinção consensual do contra- to administrativo somente se forem ultrapassados 3 meses sem pagamento, contados da liquidação. (C) fundação pública permite a extinção por acordo en- tre as partes ou mediante juízo arbitral, desde que tenham sido ultrapassados 2 meses de suspensão do contrato. (D) fundação pública permite a extinção contratual por conciliação, se ultrapassados 3 meses de suspensão e a empresa pública não tem a prerrogativa de alte- rar as cláusulas contratuais unilateralmente. (E) fundação pública permite a extinção por acordo en- tre as partes, ainda que se esteja diante de calami- dade, e a empresa pública não tem a prerrogativa de alteração unilateral das cláusulas contratuais. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Direito Civil Carlos Elias 51 Sobre a desconsideração da personalidade jurídica, é correto o que se afirma em: (A) a mera existência de grupo econômico não autoriza a desconsideração da personalidade jurídica, caso não estejam presentes os demais requisitos previstos no Código Civil. (B) cumprimento repetitivo pela sociedade de obriga- ções do sócio ou do administrador é considerado desvio de finalidade, para fins da desconsideração da personalidade jurídica. (C) o simples propósito de lesar credores é juridicamen- te irrelevante para fins de desconsideração da perso- nalidade jurídica. (D) a alteração da finalidade original da atividade econô- mica da pessoa jurídica constitui desvio de finalida- de, e é apto a ensejar a desconsideração da persona- lidade jurídica. (E) a desconsideração da personalidade jurídica afetará o patrimônio dos sócios, ainda que eles não partici- pem da gestão da pessoa jurídica. 52 Gabriela estava em uma feira de sua paróquia quando avistou um lindo faqueiro dourado. Pensando tratar-se de uma relíquia folheada a ouro, ofereceu R$ 5.000 pelo conjunto. Com 3 meses de uso, percebeu que a cor dou- rada estava desbotando à medida em que as peças eram lavadas, momento em que concluiu ter se enganado quanto ao fato de o faqueiro ser folheado a ouro. Sobre o fato, é correto afirmar: (A) Gabriela incorreu em lesão, haja vista a sua inexperi- ência com objetos de ouro e utensílios domésticos. (B) Gabriela incorreu em erro, razão pela qual o negócio jurídico é nulo de pleno direito. (C) Gabriela incorreu em erro, razão pela qual poderá pleitear a anulação do negócio jurídico, no prazo de 4 anos, contados do dia em que este se realizou. (D) Gabriela incorreu em erro, razão pela qual poderá pleitear a anulação do negócio jurídico, no prazo de 4 anos, contados do dia em que perceber o erro, por aplicação da teoria da actio nata. (E) Caso Gabriela tivesse transmitido sua vontade de adquirir o faqueiro por meios interpostos, o negócio jurídico não poderia ser anulado. 53 Carlos e Marcelo estipularam obrigação na qual Marce- lo se comprometia a entregar a Carlos, na data do ven- cimento, um relógio da marca Rolex ou um relógio da marca Cartier. Acordaram ainda que a escolha caberia a Marcelo. Ocorre que, 3 dias antes do vencimento do contrato, Marcelo, por descuido, deixa cair o relógio da marca Rolex. A queda foi tão feia que o relógio ficou to- talmente inutilizável. Dois dias após o vencimento da obrigação, estando Marcelo em mora, a sua casa sofreu um assalto à mão armada, no qual o relógio da marca Cartier foi roubado e nunca mais encontrado. Nesse caso, é correto afirmar: (A) caso as partes não tivessem acordado que a escolha da prestação alternativa caberia ao devedor, seria aplicada a regra geral do Código Civil, que prevê que a escolha seja feita pelo credor. (B) havendo o perecimento do relógio Rolex, a obrigação foi totalmente resolvida, restando ao credor o direito de exigir perdas e danos. (C) Marcelo será obrigado a pagar a Carlos o valor do relógio Cartier, acrescido de perdas e danos. (D) caso a escolha da prestação coubesse a Carlos, tendo o relógio Rolex perecido primeiro, ele seria obrigado a aceitar o valor do relógio Cartier, acrescido de per- das e danos. (E) como não houve culpa de Marcelo quanto ao rou- bo do relógio Cartier, resolvida está a obrigação, não sendo passível de indenização por perdas e danos. 54 Quanto à solidariedade ativa, é incorreto o que se dispõe em: (A) cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. (B) o pagamento feito a um dos credores solidários ex- tingue a dívida até o montante do que foi pago. (C) caso o devedor possua exceções pessoais relativas a um dos credores solidários, estas se estenderam aos demais cocredores solidários. (D) enquanto alguns dos credores solidários não deman- darem o devedor comum, a qualquer daqueles po- derá este pagar. (E) o julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 55 Sobre os contratos em geral, é correto afirmar: (A) nas relações contratuais privadas prevalece o enten- dimento de que o poder judiciário deve, sempre que possível, intervir em questões contratuais, de modo a torná-las mais justas para as partes envolvidas. (B) as partes não podem estabelecer critérios para a in- terpretação das cláusulas contratuais, devendo se- guir estritamente as regras do Código Civil, apenas. (C) durante a execução do contrato, as partes são obri- gadas a agir de acordo com os parâmetros da boa-fé, não tendo relevância jurídica o comportamento que adotarão após o fim do contrato. (D) é lícito às partes estipularem contratos atípicos, des- de que observadas as normas gerais fixadas no Códi- go Civil. (E) questões relativas à direito sucessório podem ser objeto de contrato, mesmo que o autor da herança ainda esteja vivo. Direito Processual Civil Marcelo Macintyre 56 Com relação aos sujeitos processuais, assinale a op- ção correta. (A) À luz do que estabelece o Código de Processo Civil sobre a capacidade processual, a sociedade ou asso- ciação sem personalidade jurídica poderá opor a irre- gularidade de sua constituição quando demandada. (B) Em relação à participação dos sujeitos nos processos e aos prazos dos atos processuais, a citação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém de ato ou termo do processo. (C) A representação e a assistência são formas de inte- gração da capacidade processual, que só ocorre em relação a pessoas físicas, jamais em relação a pesso- as jurídicas. (D) Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções, no processo em que seja amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus ad- vogados. (E) Os atos das partes consistentes em declarações uni- laterais ou bilaterais de vontade somente produzem a constituição, a modificação ou a extinção de direi- tos processuais se ratificados por seus advogados no prazo de cinco dias. 57 Sobre os juizados especiais cíveis é correto afirmar: (A) a sentença poderá ser ilíquida, cabendo realizar sua liquidação pelo procedimento simplificado previsto na lei especial. (B) nos juizados especiais cíveis, em razão de o processo seguir critérios de oralidade, economia processual e celeridade, é inaplicável o princípio do duplo grau de jurisdição. (C) nos juizados especiais cíveis, as testemunhas deve- rão comparecer sempre independentemente de inti- mação à audiência de instrução e julgamento. (D)nos juizados especiais cíveis, podem ser julgadas as causas cíveis de menor complexidade, entre elas as ações de despejo para uso próprio e as que não ex- cedam a quarenta vezes o salário mínimo, inclusive as ações possessórias sobre bens imóveis, limitadas a esse valor. (E) nos juizados especiais cíveis, o mandato ao advoga- do poderá ser verbal em seus processos, inclusive quanto aos poderes especiais. 58 Acerca da ação civil pública, marque a alternativa correta. (A) Em relação à ação civil pública, é correto afirmar que não admite litisconsórcio ativo. (B) A ação civil pública pode ser proposta exclusivamen- te pelo Ministério Público, não sendo admitida a par- ticipação de outros legitimados para a propositura da ação, conforme Lei n. 7.347/1985. (C) Ação civil pública pode ser intentada apenas contra pessoas públicas. (D) Termo de ajustamento de conduta celebrado tendo como objeto direitos individuais homogêneos, pode- rá ser executado pelos órgãos legitimados para pro- positura de ação civil pública e indivíduos vítimas do evento danoso. (E) O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio público, cabendo, nessa hipótese, ao poder público, a legi- timidade para atuar como litisconsorte apenas no polo ativo da lide, já que não lhe é dado ir de encon- tro ao interesse cuja defesa se almeja na ação. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 59 Assinale a opção correta. (A) Considerando a disciplina processual das ações pre- videnciárias no âmbito dos Juizados Especiais Fede- rais caberá recurso contra decisão do juiz de juizado que aprecia pedido de tutela provisória. (B) Em relação aos juizados especiais federais não se deve admitir, em hipótese alguma, a impetração de mandado de segurança contra as decisões proferidas nos juizados. (C) Tramitando determinada demanda previdenciária nos Juizados Especiais Federais e se fazendo neces- sária a realização de prova técnica para o deslinde da controvérsia, se, após a apresentação do laudo médico, as partes controverterem sobre as conclu- sões científicas do perito nomeado, deverá o Juízo declinar da competência para processo e julgamento do feito para a vara federal comum, sob o argumento da complexidade da matéria envolvida. (D) os mandados de segurança impetrados contra decisões proferidas pelos juizados de primeira instância devem ser apreciados por Juiz Federal Titular de Vara Federal. (E) No âmbito do Juizado Especial Federal, a citação das pessoas jurídicas de direito público, para audiência de conciliação, deve ser efetuada com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas. 60 Sobre as ações possessórias é correto afirmar: (A) para a concessão da liminar na ação possessória de força nova, submetida ao procedimento especial, dispensa-se a comprovação do periculum in mora. (B) em ação de nunciação de obra nova promovida por particular contra Estado-membro, a competência para processar e julgar a causa é somente do foro do domicílio do Estado-membro. (C) na pendência do processo possessório, não é defeso, assim ao autor como ao réu, intentar a ação de reco- nhecimento do domínio. (D) sendo cumulado ao pedido possessório o de repa- ração dos danos causados pelo ato ilícito praticado, deverá a ação tramitar pelo procedimento ordinário, ante a impossibilidade de cumulação de pedidos em procedimentos especiais. (E) nas ações possessórias, não é cabível a cumulação, ao pedido possessório, de condenação em perdas e danos, fixação da pena para caso de nova turbação ou esbulho e desfazimento de construção ou planta- ção feita em detrimento da posse do autor. Direito Penal Wallace França 61 A Lei n. 7.716/1989 trata da punição para os crimes de racismo. Sobre o tema e levando-se em evidência a ju- risprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a al- ternativa incorreta. (A) A perda da função pública é efeito automático da sentença. (B) A suspensão de funcionamento particular por até 3 meses nos casos previstos na lei é causa automática da sentença. (C) Não encontram guarida na referida lei a punição às condutas homofóbicas ou transfóbicas. (D) É tipo penal previsto na referida lei: negar ou obstar emprego em empresa privada. (E) É tipo penal previsto na referida lei: impedir ou obs- tar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da administração direta ou indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos. 62 O crime de coação no curso do processo possui causa de aumento de pena caso seja praticado em processo que trate de crime: (A) contra a administração pública. (B) crime contra a fé pública. (C) crime contra o patrimônio. (D) crime contra a dignidade sexual. (E) crime contra a vida. 63 Carla é proprietária de uma loja de roupas no município Z. Em um certo dia, conversando com seu amigo Beto, diz que irá à prefeitura do município solicitar o alvará de licença para funcionamento. Beto diz a ela que tem um amigo no setor responsável da prefeitura e solicita a Carla a quantia de R$ 800,00 para agilizar o procedimen- to junto ao seu amigo. Ana aceita e entrega o dinheiro a Beto. Beto, no dia seguinte, vai à prefeitura e oferece 400,00 a seu amigo e pede a ele que agilize o procedi- mento de emissão do alvará. Beto cometeu: (A) tráfico de influência. (B) corrupção ativa. (C) corrupção ativa com causa de aumento de pena. (D) advocacia administrativa. (E) prevaricação. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 64 Considera-se abuso de autoridade a entrada em domicí- lio, mesmo que com mandado de busca, sem consenti- mento do morador, entre os horários de: (A) 20h e 6h. (B) 22h e 7h. (C) 20h e 5h. (D) 21h e 5h. (E) 21h e 6h. 65 Gilberto, servidor público do estado X, cometeu ato tipificado como crime na lei de Abuso de Autoridade (13.869/2019). Sabe-se que Gilberto goza de primarie- dade. Caso seja condenado, será efeito automático da condenação (A) a perda do cargo público. (B) a inabilitação de 1 a 5 anos de exercer cargo público. (C) indenizar o dano causado pelo crime. (D) a inabilitação de 2 a 10 anos de exercer cargo público. (E) a inabilitação de 1 a 5 anos de exercer mandato. Direito Processual Penal Lorena Ocampos 66 Prevê o art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal, que aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. No que diz respeito ao princípio da ampla defesa e aos entendimentos jurisprudenciais do Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça, assinale a alter- nativa correta. (A) A conduta de atribuir-se falsa identidade perante au- toridade policial é atípica, tendo em vista se tratar do exercício da autodefesa. (B) No processo penal, a falta e a deficiência da defesa constituem hipótese de nulidade absoluta. (C) É nulo o julgamento da apelação se, após a manifes- tação nos autos da renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro. (D) Não constitui nulidade a falta de intimação do de- nunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, quando suprido pela nomeação de defensor dativo. (E) É caso de nulidade por deficiência de defesa técnica, a discordância do atual advogado do réu com o cau- sídico que o precedeu. 67 Após denúncia anônima informando o possível paradeiro de João, homicida foragido de alta periculosidade e que continuava ameaçando de morte familiares de sua vítima fatal, o delegado de polícia responsável pelo caso repre- senta pela decretação de sua prisão preventiva, apontan- do o endereço onde ele supostamente estava escondido. Após os trâmites legais, o mandado de prisão foi corre- tamente expedido por magistrado competente e uma equipeda polícia foi destacada para dar cumprimento ao mandado judicial. Chegando no endereço apontado no mandado de prisão, os policiais, além de efetuarem a prisão, realizaram uma minuciosa busca no imóvel e logram êxito em encontrar e apreender vasta quantida- de de material entorpecente, sendo João e o material apreendido apresentados à autoridade policial em su- posta situação de flagrante. De acordo com a hipótese apresentada, assinale a alternativa correta. (A) Os policiais cumpriram seu mister de maneira exem- plar, logrando êxito em apreender grande quantida- de de material entorpecente. (B) Ao encontrarem material entorpecente, o fato de não existir expressamente no mandado judicial or- dem de busca e apreensão deve ser considerado mera ausência de formalidade, sem qualquer reper- cussão jurídica ante o flagrante ocorrido. (C) Os policiais atuaram de maneira legal ao realizar a revista na residência, porquanto o mandado judicial permitia busca e apreensão. Assim, a prisão é legal e deve ser convertida em prisão preventiva. (D) Atuaram de maneira ilegal ao realizar a revista na re- sidência, porquanto o mandado judicial era tão so- mente para cumprir ordem de prisão e não de busca e apreensão. Assim, o material apreendido não pode ser utilizado como prova para incriminar o réu, uma vez que considerado ilícito. (E) Atuaram de maneira ilegal ao realizar a revista na residência, porquanto o mandado judicial era tão somente para cumprir ordem de prisão e não de busca e apreensão. Assim, o cumprimento do man- dado foi ilegal e, embora Marcos deva ser mantido preso, referido material deve lhe ser imediatamente devolvido. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M 68 Instituído pela Lei n. 13.964/2019, o Juiz das Garantias será responsável pelo controle da legalidade da investi- gação criminal e pela salvaguarda dos direitos individu- ais cuja franquia tenha sido reservada à autorização pré- via do Poder Judiciário. A inovação legislativa foi objeto de arguição de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal nos autos das ADI 6298, 6299, 6300 e 6305, com julgamento concluído em 23/08/2023 e ata publicada em 31/08/2023. Acerca da previsão do Juiz das Garantias nos sistemas legal, judiciário e policial e em atenção ao julgamento proferido pelo STF, é correto afirmar que (A) o STF atribuiu interpretação para que todos os atos praticados pelo Ministério Público como condutor de investigação criminal se submetam ao controle judi- cial e fixou o prazo de até noventa dias, contados da publicação da ata do julgamento, para os represen- tantes do Ministério Público encaminharem, sob pena de nulidade, todos os PIC e outros procedimentos de investigação criminal, ao respectivo juiz natural. (B) o STF fixou o prazo, improrrogável, de doze meses, a contar da publicação da ata do julgamento, para que sejam adotadas as medidas legislativas e admi- nistrativas necessárias à adequação das diferentes leis de organização judiciária, à efetiva implantação e ao efetivo funcionamento do juiz das garantias em todo o país, tudo conforme as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça e sob a supervisão dele. (C) o juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguar- da dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente decidir sobre o rece- bimento da denúncia ou queixa. (D) as normas relativas ao juiz das garantias não se apli- cam às seguintes situações: processos de competên- cia originária dos tribunais; processos de competência da lei de drogas; casos de violência doméstica e fami- liar; e, infrações penais de menor potencial ofensivo. (E) o STF ficou o entendimento de que o juiz que, na fase de investigação, praticar qualquer ato incluído nas competências do juiz de garantias ficará impedido de funcionar no processo. 69 No curso de inquérito policial que investigava uma or- ganização criminosa especializada na prática de crime de contrabando, policiais federais obtiveram informa- ções sobre a importação clandestina de mercadorias por membros da organização em data futura. Antes de se dirigir ao local de recebimento do material contraban- deado, a autoridade comunicou ao juízo competente o retardamento da intervenção policial, com a finalidade de acompanhar toda a ação e obter mais informações sobre a organização, inclusive com a identificação de ou- tros membros com obtenção de vantagens para a per- secução penal. Assim, os policiais observaram a prática delitiva, deixando de prender os agentes imediatamen- te, para efetuar a prisão dos envolvidos apenas em mo- mento posterior, quando obtiveram informações mais relevantes. Assim sendo, houve, no caso, flagrante (A) provocado. (B) presumido. (C) forjado. (D) preparado. (E) diferido. 70 Durante processo que apura a prática de crime de trá- fico internacional de drogas e associação para o tráfico supostamente praticado por Roberto, o juiz titular da vara de juízo criminal, após requerimento do Ministério Público, decretou a prisão preventiva do réu. Seis me- ses após o cumprimento do mandado de prisão, o juiz, analisando novamente os autos, entende que a prisão preventiva não mais se justifica. Considerando as dispo- sições do Código de Processo Penal, sobretudo aquelas incluídas e alteradas pela Lei n. 13.964/2019, é correto afirmar que o juiz: (A) não pode, de ofício, revogar a prisão preventiva do acusado, sob pena de ofensa ao sistema acusatório. (B) não pode, de ofício, revogar a prisão preventiva do acusado, em razão de se tratar de crime hediondo. (C) pode, de ofício, revogar a prisão preventiva do acusa- do, inexistindo ofensa ao sistema acusatório. (D) somente pode revogar a prisão após manifestação do Ministério Público e da defesa do réu. (E) pode, de ofício e em caráter excepcional, revogar a prisão preventiva do réu, desde que verifique a inér- cia das partes. TRF 1ª Região – 3° Simulado – Analista Judiciário – Área Judiciária e Oficial de Justiça Avaliador Federal (Pós-edital) – 2407265499M Direito Tributário Maria Christina 71 O estado de Tocantins editou lei ordinária em sua As- sembleia Legislativa Estadual instituindo a contribuição sobre a preservação de logradouros públicos a ser co- brada em conjunto com a fatura de consumo de energia elétrica. Diante dos fatos, assinale a opção correta. (A) A contribuição é constitucional. (B) A contribuição é inconstitucional por violação ao princípio da legalidade. (C) A contribuição é inconstitucional por violação a com- petência. (D) A contribuição é inconstitucional por violação aos princípios da anterioridade. (E) A contribuição não pode ser cobrada em conjunto com a fatura de consumo de energia. 72 O Presidente da República como forma de minimizar os prejuízos fiscais da economia do País editou uma Medi- da Provisória para criar o imposto seletivo com cobrança imediata e incidência plurifásica na cadeia de consumo nos produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente des- tinados à exportação. Diante dos fatos, assinale a op- ção correta. (A) O imposto seletivo é constitucional. (B) O imposto seletivo é inconstitucional por violação ao princípio da legalidade. (C) O imposto seletivo é inconstitucional por violação a competência. (D) O imposto seletivo poderá produzir efeitos de imediato. (E) O imposto seletivo por ser plurifásico deverá ser não cumulativo e compensando em cada etapa da cadeia de consumo. 73 O município de Pedra Grande editou um decreto para conceder isenção de IPTU para todos que trabalhem com artesanato pelo período de 5 anos. Ocorre que pas- sados 2 anos a isenção foi revogada por não ter atingi- do o objetivo almejado. Diante dos fatos, assinale a op- ção correta. (A) A isenção é constitucional. (B) A isenção é inconstitucional por violação a legalidade.