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Retirada e limitação de suporte artificial de vida Apresentação A ciência e a tecnologia sempre desenvolveram um suporte de melhorias para a humanidade. Contudo, aliado a esses benefícios, também ocorrem contrapontos resultantes da utilização descontrolada desses recursos tecnológicos, favorecendo um aumento considerável de riscos que danificam a própria estrutura basal da sociedade, como a obtenção de uma morte digna. Nesta Unidade de Aprendizagem, você estudará sobre os paradigmas da biotecnologia frente à humanidade,assim como os princípios éticos resultantes desse processo. Além disso, verá as decisões de limitação e retirada de vida no ambiente hospitalar. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: · Explicar de que maneira o paradigma biotecnocientífico influencia no conceito de vida. · Descrever os aspectos éticos envolvidos na retirada e na limitação de suporte artificial de vida. · Analisar o papel da família no processo decisório para retirada ou limitação de suporte artificial de vida. · momento da morte muitas vezes é estipulado pela decisão de limitar o suporte que sustenta a vida do paciente. Essa limitação pode ser estabelecida pelo processo no qual não oferecem ou retiram as terapias curativas que de nada alterariam o desenlace final do paciente, apenas prolongariam o seu processo de morte. · Lembre-se: existem consideráveis diferenças em relação às condutas de final de vida entre distintos países, sejam elas culturais, étnicas ou religiosas, vivenciadas tanto pelo paciente e a sua família quanto pelo profissional de saúde. · Neste Infográfico, você vai acompanhar as justificativas para as diferenças de condutas no final da vida. · É necessária a existência de um tratamento humanista na relação entre médico, paciente e seus familiares, ainda mais em um contexto no qual o paciente é detentor de uma doença progressiva e incurável. Nessa condição, é primordial levar em conta todos os agentes envolvidos no tratamento, não provocando o sofrimento a nenhum destes. · Conheça a seguir o caso de Charlie Gard,um bebê britânico que nasceu com uma doença genética rara, causando-lhe dependência ao suporte artificial de vida. A sua história é um dilema bioético sobre a tomada de decisão médica. · · No Brasil não há uma legislação específica para casos como o de Charlie;contudo, a Constituição favorece o princípio do melhor interesse, ou seja, a proteção de vulneráveis de tudo que possa lhes causar prejuízo. · Sendo assim, frente ao direito à vida e ao dever dos pais relativo aos cuidados com os seus filhos, não se deveria prevalecer o desejo dos pais quanto ao tratamento experimental. Lembre-se: a vida a se considerar não é somente a biológica, mas também a digna. Como o tratamento experimental não tinha resultados favoráveis cientificamente, Charlie não tinha possibilidades de viver de forma digna, sendo a sua melhor opção a morte. · A atualização das leis e das normas brasileiras são necessárias frente às questões apresentadas aqui, assim como uma reflexão de toda a população de que não existe somente o direito a uma vida digna, como também o seu prolongamento até o último dia de vida. · · Os serviços de urgência e emergência compõem um sistema que fornece instalações, equipamentos e recursos humanos efetivos e coordenados, proporcionando segurança e saúde a vítimas de injúrias complexas e que demandam cuidados complexos de saúde. O lapso temporal entre o acontecimento de um sinistro e o início do atendimento no serviço pode favorecer o diagnóstico e o tratamento de maneira rápida e precisa, sendo o diferencial entre a manutenção da vida, a prevenção de agravos e as sequelas e o óbito. · Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender o diferencial esperado no perfil assistencial dos trabalhadores atuantes nos Serviços de Urgência e Emergência e a infraestrutura necessária para que sejam atendidas as demandas de saúde da população. Além disso, vai ver quais são as ferramentas de gestão utilizadas para atingir bons indicadores de saúde por meio de qualidade e segurança. · Bons estudos. Os Serviços de Urgência e Emergência são compostos por diferentes pontos de atenção, necessários para o desenvolvimento das diversas ações que envolvem situações de alta complexidade e agilidade. Essa rede multifacetada é criada por meio de estudos do conjunto de agravos mais frequentes na região de implantação dos serviços, necessitando de infraestrutura mínima para o funcionamento adequado Os serviços de urgência e emergência são organizados de maneira a atender os usuários de saúde de forma segura, com qualidade, integralidade e em livre-demanda. O planejamento organizacional e as ferramentas de gestão nos serviços de emergência devem ser de amplo conhecimento de todos os profissionais atuantes, em razão da complexidade assistencial exigida e da grande demanda de recursos humanos e materiais envolvidos. No capítulo Introdução, planejamento organizacional e ferramentas de gestão nos serviços de emergência, da obra Cuidado de Enfermagem em emergência e traumas, você vai conhecer os indicadores e as ferramentas de gestão utilizados para otimizar os serviços de urgência e emergência, bem como entender as necessidades infraestruturais e assistenciais desses serviços. Os Serviços de Urgência e Emergência têm três linhas de cuidado prioritárias, que se diferenciam de acordo com as necessidades de saúde da população brasileira. Na Dica do Professor, você vai ver as características de cada uma dessas linhas, como são amparadas pela Rede de Atenção às Urgências e Emergências e quais são seus principais objetivos. O trauma é uma das principais causas externas de morte no Brasil e o monitoramento e a avaliação da cena de emergência deve ser realizada por profissionais preparados, dinâmicos e ágeis, proporcionando a segurança de todos os envolvidos e a prevenção de agravos das lesões ou óbito das vítimas. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender as definições de trauma, os critérios utilizados para realização da avaliação da cinemática, entender as etapas das colisões e distinguir traumas contusos e perfurantes. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: · Definir trauma e cinemática do trauma. · Descrever a cinemática do trauma: pré-colisão, colisão e pós-colisão. · Identificar tipos de trauma: trauma aberto e trauma fechado. · Denomina-se fase da colisão o momento do impacto entre um objeto em movimento e um segundo objeto, em que este último pode estar também em movimento ou parado e ser tanto um objeto quanto uma pessoa. Em todas as colisões, a troca de energia ocorre entre um objeto que esteja em movimento e o tecido do corpo humano, mas devem ser consideradas a direção em que ocorre essa troca, a quantidade de energia depositada e o efeito que essas forças exercem sobre a vítima. · A importância dessas informações se dá no entendimento de que uma só colisão pode causar, na maioria das vezes, três impactos concomitantes. · No Infográfico a seguir, você vai compreender quais os três impactos possíveis no momento da colisão de veículos automotores.